5 são mortos a tiros em guerra do tráfico na fronteira com Paraguai


Entre os mortos, em uma mesma noite, está aliado de Beira-Mar; em Pedro Juan Caballero, foram 11 assassinatos em 6 dias

Por José Maria Tomazela

SOROCABA - Cinco pessoas supostamente ligadas ao tráfico internacional foram executadas a tiros, nesta quarta-feira, 17, nas cidades de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, e Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Entre as vítimas está o piloto brasileiro Mauro Alberto Parra Espíndola, de 58 anos, acusado de trabalhar para o narcotraficante carioca Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, preso na penitenciária federal de Mossoró (RN). 

O piloto brasileiro Mauro Alberto Parra Espíndola, de 58 anos, era acusado de trabalhar para o narcotraficante carioca Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar Foto: Acervo pessoal

Conforme a Polícia Civil de Ponta Porã, as execuções, com intervalo de poucas horas, indicam um recrudescimento da guerra entre grupos rivais para o controle do tráfico na fronteira do Brasil com o país vizinho. Mauro Espíndola, que vivia no Paraguai, foi morto a tiros de fuzil em uma rua do centro de Pedro Juan Caballero a poucos metros da fronteira. Os pistoleiros atiraram de uma SUV branca e as balas perfuraram a blindagem da caminhonete Ranger, ocupada pelo brasileiro. 

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Chamado de “narcopiloto” por trabalhar para grandes traficantes, Mauro chegou a ser extraditado para o Brasil, em 2005. Segundo a polícia, ele trabalhou para Jorge Rafaat Toumani, o “rei da fronteira”, emboscado e morto em 2016, e para Luiz Carlos da Rocha, o Cabeça Branca, um dos maiores traficantes brasileiros, detido no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. O suspeito chegou a ser condenado a 16 anos de prisão por tráfico, mas estava em liberdade. 

Outras mortes

As paraguaias Elisa Aparecida Villagra Pimentel, de 19 anos, e R.C., de 16, foram mortas com tiros na nuca e jogadas em um lixão, em Pedro Juan Caballero. Em julho, Elisa tinha sido presa na casa onde foi achada um Toyota Hilux, roubado dias antes de um vereador de Dourados (MS). Após o furto, o veículo teria sido usado no transporte de drogas.

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Já o brasileiro Danilo Solis Morinigo, de 20 anos, foi executado com 30 tiros de fuzil na Linha Internacional, que separa os dois países, na margem pertencente a Ponta Porã. Ele estava em liberdade condicional, após prisão por roubo de veículos e tráfico. Conforme o pai, que presenciou o crime, dois homens encapuzados se identificaram como policiais e mandaram que a vítima deitasse no chão, fazendo os disparos. Danilo seria namorado de Elisa.

Por fim, o paraguaio Edgard David Romero, de 25 anos, foi alvejado com tiros de pistola 9 mm quando estava em uma quadra, em Pedro Juan Caballero. Ele tinha prisão decretada pela Justiça paraguaia por suspeita de tráfico e roubo e se escondia em um acampamento de sem-teto, na periferia da cidade.

Conforme o Departamento de Investigação de Crimes de Amambay, província paraguaia, apenas em Pedro Juan Caballero foram registrados 11 assassinatos em seis dias. Na maioria dos casos, as evidências apontam para uma guerra entre facções que lutam pelo controle do crime organizado na fronteira. 

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Para lembrar

O juiz federal aposentado Odilon de Oliveira, que disputa o segundo turno das eleições ao governo de Mato Grosso do Sul, foi o responsável pela extradição ao Brasil do piloto Mauro Alberto Parra Espíndola. Ele havia sido preso com o traficante Carlos Alberto da Silva Duro, em 2003. Oliveira negociou com as autoridades paraguaias e conseguiu que os dois, mais o traficante Odacir Antonio Dametto, fossem trazidos para responder no Brasil a processos por tráfico internacional e lavagem de dinheiro.

SOROCABA - Cinco pessoas supostamente ligadas ao tráfico internacional foram executadas a tiros, nesta quarta-feira, 17, nas cidades de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, e Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Entre as vítimas está o piloto brasileiro Mauro Alberto Parra Espíndola, de 58 anos, acusado de trabalhar para o narcotraficante carioca Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, preso na penitenciária federal de Mossoró (RN). 

O piloto brasileiro Mauro Alberto Parra Espíndola, de 58 anos, era acusado de trabalhar para o narcotraficante carioca Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar Foto: Acervo pessoal

Conforme a Polícia Civil de Ponta Porã, as execuções, com intervalo de poucas horas, indicam um recrudescimento da guerra entre grupos rivais para o controle do tráfico na fronteira do Brasil com o país vizinho. Mauro Espíndola, que vivia no Paraguai, foi morto a tiros de fuzil em uma rua do centro de Pedro Juan Caballero a poucos metros da fronteira. Os pistoleiros atiraram de uma SUV branca e as balas perfuraram a blindagem da caminhonete Ranger, ocupada pelo brasileiro. 

Chamado de “narcopiloto” por trabalhar para grandes traficantes, Mauro chegou a ser extraditado para o Brasil, em 2005. Segundo a polícia, ele trabalhou para Jorge Rafaat Toumani, o “rei da fronteira”, emboscado e morto em 2016, e para Luiz Carlos da Rocha, o Cabeça Branca, um dos maiores traficantes brasileiros, detido no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. O suspeito chegou a ser condenado a 16 anos de prisão por tráfico, mas estava em liberdade. 

Outras mortes

As paraguaias Elisa Aparecida Villagra Pimentel, de 19 anos, e R.C., de 16, foram mortas com tiros na nuca e jogadas em um lixão, em Pedro Juan Caballero. Em julho, Elisa tinha sido presa na casa onde foi achada um Toyota Hilux, roubado dias antes de um vereador de Dourados (MS). Após o furto, o veículo teria sido usado no transporte de drogas.

Já o brasileiro Danilo Solis Morinigo, de 20 anos, foi executado com 30 tiros de fuzil na Linha Internacional, que separa os dois países, na margem pertencente a Ponta Porã. Ele estava em liberdade condicional, após prisão por roubo de veículos e tráfico. Conforme o pai, que presenciou o crime, dois homens encapuzados se identificaram como policiais e mandaram que a vítima deitasse no chão, fazendo os disparos. Danilo seria namorado de Elisa.

Por fim, o paraguaio Edgard David Romero, de 25 anos, foi alvejado com tiros de pistola 9 mm quando estava em uma quadra, em Pedro Juan Caballero. Ele tinha prisão decretada pela Justiça paraguaia por suspeita de tráfico e roubo e se escondia em um acampamento de sem-teto, na periferia da cidade.

Conforme o Departamento de Investigação de Crimes de Amambay, província paraguaia, apenas em Pedro Juan Caballero foram registrados 11 assassinatos em seis dias. Na maioria dos casos, as evidências apontam para uma guerra entre facções que lutam pelo controle do crime organizado na fronteira. 

Para lembrar

O juiz federal aposentado Odilon de Oliveira, que disputa o segundo turno das eleições ao governo de Mato Grosso do Sul, foi o responsável pela extradição ao Brasil do piloto Mauro Alberto Parra Espíndola. Ele havia sido preso com o traficante Carlos Alberto da Silva Duro, em 2003. Oliveira negociou com as autoridades paraguaias e conseguiu que os dois, mais o traficante Odacir Antonio Dametto, fossem trazidos para responder no Brasil a processos por tráfico internacional e lavagem de dinheiro.

SOROCABA - Cinco pessoas supostamente ligadas ao tráfico internacional foram executadas a tiros, nesta quarta-feira, 17, nas cidades de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, e Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Entre as vítimas está o piloto brasileiro Mauro Alberto Parra Espíndola, de 58 anos, acusado de trabalhar para o narcotraficante carioca Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, preso na penitenciária federal de Mossoró (RN). 

O piloto brasileiro Mauro Alberto Parra Espíndola, de 58 anos, era acusado de trabalhar para o narcotraficante carioca Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar Foto: Acervo pessoal

Conforme a Polícia Civil de Ponta Porã, as execuções, com intervalo de poucas horas, indicam um recrudescimento da guerra entre grupos rivais para o controle do tráfico na fronteira do Brasil com o país vizinho. Mauro Espíndola, que vivia no Paraguai, foi morto a tiros de fuzil em uma rua do centro de Pedro Juan Caballero a poucos metros da fronteira. Os pistoleiros atiraram de uma SUV branca e as balas perfuraram a blindagem da caminhonete Ranger, ocupada pelo brasileiro. 

Chamado de “narcopiloto” por trabalhar para grandes traficantes, Mauro chegou a ser extraditado para o Brasil, em 2005. Segundo a polícia, ele trabalhou para Jorge Rafaat Toumani, o “rei da fronteira”, emboscado e morto em 2016, e para Luiz Carlos da Rocha, o Cabeça Branca, um dos maiores traficantes brasileiros, detido no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. O suspeito chegou a ser condenado a 16 anos de prisão por tráfico, mas estava em liberdade. 

Outras mortes

As paraguaias Elisa Aparecida Villagra Pimentel, de 19 anos, e R.C., de 16, foram mortas com tiros na nuca e jogadas em um lixão, em Pedro Juan Caballero. Em julho, Elisa tinha sido presa na casa onde foi achada um Toyota Hilux, roubado dias antes de um vereador de Dourados (MS). Após o furto, o veículo teria sido usado no transporte de drogas.

Já o brasileiro Danilo Solis Morinigo, de 20 anos, foi executado com 30 tiros de fuzil na Linha Internacional, que separa os dois países, na margem pertencente a Ponta Porã. Ele estava em liberdade condicional, após prisão por roubo de veículos e tráfico. Conforme o pai, que presenciou o crime, dois homens encapuzados se identificaram como policiais e mandaram que a vítima deitasse no chão, fazendo os disparos. Danilo seria namorado de Elisa.

Por fim, o paraguaio Edgard David Romero, de 25 anos, foi alvejado com tiros de pistola 9 mm quando estava em uma quadra, em Pedro Juan Caballero. Ele tinha prisão decretada pela Justiça paraguaia por suspeita de tráfico e roubo e se escondia em um acampamento de sem-teto, na periferia da cidade.

Conforme o Departamento de Investigação de Crimes de Amambay, província paraguaia, apenas em Pedro Juan Caballero foram registrados 11 assassinatos em seis dias. Na maioria dos casos, as evidências apontam para uma guerra entre facções que lutam pelo controle do crime organizado na fronteira. 

Para lembrar

O juiz federal aposentado Odilon de Oliveira, que disputa o segundo turno das eleições ao governo de Mato Grosso do Sul, foi o responsável pela extradição ao Brasil do piloto Mauro Alberto Parra Espíndola. Ele havia sido preso com o traficante Carlos Alberto da Silva Duro, em 2003. Oliveira negociou com as autoridades paraguaias e conseguiu que os dois, mais o traficante Odacir Antonio Dametto, fossem trazidos para responder no Brasil a processos por tráfico internacional e lavagem de dinheiro.

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