Milhares de civis fugiram na quarta-feira da zona de guerra do Sri Lanka, onde tropas do governo e rebeldes tâmeis travam o que parecem ser os últimos combates do conflito mais antigo da Ásia, apesar dos apelos para proteger pessoas ainda retidas sob o fogo. No começo da semana, tropas oficiais explodiram o gigantesco muro de terra construído pela guerrilha Tigres da Libertação do Tâmil Eelam (TLTE), desencadeando o êxodo. De acordo com os militares, pelo menos 95 mil já se registraram desde então em campos de refugiados. Na manhã de quarta-feira os soldados haviam capturado cerca de um terço da área que permanecia sob poder da guerrilha, que havia sido declarada pelo Exército como uma zona livre de disparos até que os soldados completem a ocupação e transformem a área no último campo de batalha convencional do conflito. "Confrontos estão ocorrendo. Sempre que cruzamos com quadros do TLTE, estamos combatendo. A operação de resgate continua", disse o brigadeiro Udaya Nanayakkara, porta-voz dos militares. Os militares estimam que cerca de 167 mil pessoas já tenham fugido da zona de combates neste ano. Um porta-voz do governo diz que restam aos rebeldes apenas cerca de 13 quilômetros quadrados, e que as tropas já dominaram o centro da faixa litorânea norte-sul, dividindo os guerrilheiros remanescentes em dois bolsões. Mais tarde, militares disseram que dois comandantes rebeldes se renderam quando tentavam fugir junto com civis.