Homofobia: Mulheres são repreendidas por funcionária da rede Cinemark após beijo no cinema


O caso aconteceu com Amanda Gonçalves e Patricia Gontijo no Cinemark Iguatemi, em Brasília, durante sessão de ‘A Pequena Sereia’

Por Giovanna Castro
Atualização:

Um casal de mulheres foi repreendido ao se beijar em uma sala de cinema da rede Cinemark no Distrito Federal na quinta-feira, 8. A advertência veio por parte de uma funcionária do estabelecimento que, de acordo com o Cinemark, foi demitida após o episódio. O caso foi entendido como homofobia, já que a empresa não possui nenhum tipo de proibição em relação a beijos em sessões de cinema.

Patricia Gontijo (esquerda) e Amanda Gonçalves (direita) assistiam ao filme "A Pequena Sereia" quando foram repreendidas por se beijarem. Foto: Reprodução/ Instagram: @gontijo___

Ao Estadão, Amanda Gonçalves, 35 anos, estoquista, disse que estava com a sua mulher, Patricia Gontijo, 31 anos, assessora técnica, assistindo ao filme A Pequena Sereia no Cinemark Iguatemi quando a funcionária entrou na sala de exibição e as repreendeu por estarem trocando um beijo.

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“Aconteceu mais ou menos no meio da sessão. Eu e minha esposa demos um beijo e a funcionária nos abordou dizendo que a gente não poderia estar fazendo aquilo alí”, relata Amanda. “Ela disse que a gente ‘poderia fazer aquilo fora dali, em qualquer outro local, mas não alí' e repetiu isso várias vezes, apontando para nós duas.”

Segundo a estoquista, o casal não entendeu, de imediato, o que estava acontecendo. “Ficamos nos perguntando o que a gente estava fazendo de errado”, diz. “Ficamos catatônicas, pois quando a gente passa por uma situação assim, a gente não percebe de primeira. É um pouco difícil de processar.”

Além das duas mulheres, estavam na sala outras pessoas que assistiam à sessão. Depois de se darem conta de que o que havia acontecido era um ato de homofobia, dentro da própria sala, Patricia fez uma reclamação na plataforma Reclame Aqui.

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Elas abandonaram então o filme para procurar por um gerente do estabelecimento. Segundo Amanda, o homem foi solícito, reforçou que não havia problema algum em se beijarem no local, mas nitidamente não sabia exatamente como proceder. “Ele nos ofereceu outro ingresso e pipoca, mas nós já não tínhamos clima nenhum. Aquilo acabou com a nossa noite”, afirma.

Boletim de ocorrência por homofobia

As mulheres registraram um Boletim de Ocorrência por homofobia. Posteriormente, o Cinemark as procurou se retratando pelo acontecido e informando que a funcionária foi desligada.

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Ao Estadão, a rede de cinemas disse, em nota: “A Cinemark esclarece que repudia qualquer ato de discriminação e não compactua com o comportamento da colaboradora, que já foi desligada da empresa. A rede informa que tão logo tomou conhecimento do ocorrido prestou apoio às clientes. A marca lamenta o ocorrido e informa que vai reforçar o treinamento do seu time”.

Em junho, é comemorado o “Mês do Orgulho”, que busca dar visibilidade à causa LGBTQIA+ e casos de homo e transfobia.

Um casal de mulheres foi repreendido ao se beijar em uma sala de cinema da rede Cinemark no Distrito Federal na quinta-feira, 8. A advertência veio por parte de uma funcionária do estabelecimento que, de acordo com o Cinemark, foi demitida após o episódio. O caso foi entendido como homofobia, já que a empresa não possui nenhum tipo de proibição em relação a beijos em sessões de cinema.

Patricia Gontijo (esquerda) e Amanda Gonçalves (direita) assistiam ao filme "A Pequena Sereia" quando foram repreendidas por se beijarem. Foto: Reprodução/ Instagram: @gontijo___

Ao Estadão, Amanda Gonçalves, 35 anos, estoquista, disse que estava com a sua mulher, Patricia Gontijo, 31 anos, assessora técnica, assistindo ao filme A Pequena Sereia no Cinemark Iguatemi quando a funcionária entrou na sala de exibição e as repreendeu por estarem trocando um beijo.

“Aconteceu mais ou menos no meio da sessão. Eu e minha esposa demos um beijo e a funcionária nos abordou dizendo que a gente não poderia estar fazendo aquilo alí”, relata Amanda. “Ela disse que a gente ‘poderia fazer aquilo fora dali, em qualquer outro local, mas não alí' e repetiu isso várias vezes, apontando para nós duas.”

Segundo a estoquista, o casal não entendeu, de imediato, o que estava acontecendo. “Ficamos nos perguntando o que a gente estava fazendo de errado”, diz. “Ficamos catatônicas, pois quando a gente passa por uma situação assim, a gente não percebe de primeira. É um pouco difícil de processar.”

Além das duas mulheres, estavam na sala outras pessoas que assistiam à sessão. Depois de se darem conta de que o que havia acontecido era um ato de homofobia, dentro da própria sala, Patricia fez uma reclamação na plataforma Reclame Aqui.

Elas abandonaram então o filme para procurar por um gerente do estabelecimento. Segundo Amanda, o homem foi solícito, reforçou que não havia problema algum em se beijarem no local, mas nitidamente não sabia exatamente como proceder. “Ele nos ofereceu outro ingresso e pipoca, mas nós já não tínhamos clima nenhum. Aquilo acabou com a nossa noite”, afirma.

Boletim de ocorrência por homofobia

As mulheres registraram um Boletim de Ocorrência por homofobia. Posteriormente, o Cinemark as procurou se retratando pelo acontecido e informando que a funcionária foi desligada.

Ao Estadão, a rede de cinemas disse, em nota: “A Cinemark esclarece que repudia qualquer ato de discriminação e não compactua com o comportamento da colaboradora, que já foi desligada da empresa. A rede informa que tão logo tomou conhecimento do ocorrido prestou apoio às clientes. A marca lamenta o ocorrido e informa que vai reforçar o treinamento do seu time”.

Em junho, é comemorado o “Mês do Orgulho”, que busca dar visibilidade à causa LGBTQIA+ e casos de homo e transfobia.

Um casal de mulheres foi repreendido ao se beijar em uma sala de cinema da rede Cinemark no Distrito Federal na quinta-feira, 8. A advertência veio por parte de uma funcionária do estabelecimento que, de acordo com o Cinemark, foi demitida após o episódio. O caso foi entendido como homofobia, já que a empresa não possui nenhum tipo de proibição em relação a beijos em sessões de cinema.

Patricia Gontijo (esquerda) e Amanda Gonçalves (direita) assistiam ao filme "A Pequena Sereia" quando foram repreendidas por se beijarem. Foto: Reprodução/ Instagram: @gontijo___

Ao Estadão, Amanda Gonçalves, 35 anos, estoquista, disse que estava com a sua mulher, Patricia Gontijo, 31 anos, assessora técnica, assistindo ao filme A Pequena Sereia no Cinemark Iguatemi quando a funcionária entrou na sala de exibição e as repreendeu por estarem trocando um beijo.

“Aconteceu mais ou menos no meio da sessão. Eu e minha esposa demos um beijo e a funcionária nos abordou dizendo que a gente não poderia estar fazendo aquilo alí”, relata Amanda. “Ela disse que a gente ‘poderia fazer aquilo fora dali, em qualquer outro local, mas não alí' e repetiu isso várias vezes, apontando para nós duas.”

Segundo a estoquista, o casal não entendeu, de imediato, o que estava acontecendo. “Ficamos nos perguntando o que a gente estava fazendo de errado”, diz. “Ficamos catatônicas, pois quando a gente passa por uma situação assim, a gente não percebe de primeira. É um pouco difícil de processar.”

Além das duas mulheres, estavam na sala outras pessoas que assistiam à sessão. Depois de se darem conta de que o que havia acontecido era um ato de homofobia, dentro da própria sala, Patricia fez uma reclamação na plataforma Reclame Aqui.

Elas abandonaram então o filme para procurar por um gerente do estabelecimento. Segundo Amanda, o homem foi solícito, reforçou que não havia problema algum em se beijarem no local, mas nitidamente não sabia exatamente como proceder. “Ele nos ofereceu outro ingresso e pipoca, mas nós já não tínhamos clima nenhum. Aquilo acabou com a nossa noite”, afirma.

Boletim de ocorrência por homofobia

As mulheres registraram um Boletim de Ocorrência por homofobia. Posteriormente, o Cinemark as procurou se retratando pelo acontecido e informando que a funcionária foi desligada.

Ao Estadão, a rede de cinemas disse, em nota: “A Cinemark esclarece que repudia qualquer ato de discriminação e não compactua com o comportamento da colaboradora, que já foi desligada da empresa. A rede informa que tão logo tomou conhecimento do ocorrido prestou apoio às clientes. A marca lamenta o ocorrido e informa que vai reforçar o treinamento do seu time”.

Em junho, é comemorado o “Mês do Orgulho”, que busca dar visibilidade à causa LGBTQIA+ e casos de homo e transfobia.

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