IBGE inicia Censo 2022 em terras indígenas e cria ‘sala de situação’ sobre áreas de conflito


Recenseadores começam nesta quarta, 10, a visitar comunidades onde vivem os povos originários do Brasil; objetivo da nova estrutura, criada com a Funai, é dar informações de segurança ao pessoal do IBGE que visitará aldeias

Por Roberta Jansen

RIO - O recrudescimento da violência nas terras indígenas preocupa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que começa nesta quarta-feira, 10, o recenseamento nas regiões ocupadas pelos povos originários. Além de um mapeamento das condições de vida nas aldeias, foi criada, em parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai), uma “sala de situação” permanente. A novidade permitirá a atualização contínua da avaliação de segurança nas áreas de conflito.

O Censo Demográfico de 2010 foi a primeira pesquisa nacional a registrar o número de etnias e línguas indígenas existentes no País. Foram contados 896 mil indígenas, de 305 etnias, falantes de 274 línguas. De acordo com a última atualização do Censo, o Brasil tinha 632 terras indígenas, ocupadas por 5.494 agrupamentos. O objetivo do novo recenseamento é tentar avaliar o que mudou nesses últimos doze anos.

Recenseador do IBGE, no Rio de Janeiro. Censo vai ouvir povos orginarios a partir desta quarta-feira. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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A preparação para o recenseamento nas terras indígenas começou em novembro do ano passado. Foi quando agentes locais do IBGE e funcionários da Funai começaram a fazer um mapeamento das áreas de conflito. Como as situações podem variar bastante em curtos períodos de tempo, foi criada a sala de situação. O objetivo é atualizar constantemente com informações 1.500 recenseadores. O grupo está designado para trabalhar nas terras indígenas.

“A segurança será avaliada constantemente junto à Funai para sabermos, antecipadamente, como está a segurança de cada área antes de enviarmos os recenseadores”, explicou a coordenadora do Censo de Povos e Comunidades Tradicionais do IBGE, Marta de Oliveira Antunes. 

“No entanto, nosso compromisso prévio é recensear todas as áreas do País; então, mesmo em regiões de maior insegurança, vamos fazer um esforço especial para pensar estratégias para tornar o recenseamento factível e manter a equipe em segurança.”

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Os recenseadores não são acompanhados por nenhum tipo de força policial ou fiscalizatória. É uma determinação do próprio IBGE. Especialistas acreditam que a presença de guardas ou fiscais atrapalharia. Poderia intimidar os entrevistados. Isso colocaria em risco a validade das informações coletadas.

O Censo em terras indígenas tem outras peculiaridades, segundo o IBGE. Em vez de irem diretamente às habitações de cada um, os técnicos farão primeiro uma reunião com as lideranças de cada localidade. No encontro, os recenseadores vão se apresentar à comunidade.

Um questionário mais genérico será respondido pelos líderes. Trata da aldeia e da comunidade indígena, O objetivo é reunir informações sobre a infraestrutura, acesso a recursos naturais, educação, saúde, entre outros. Só depois os recenseadores vão a cada habitação. Aí começa a coleta de informações sobre as famílias.

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O questionário sobre a identificação étnica-racial dos indígenas também é um pouco diferente daquele aplicado ao restante da população. “Cor ou raça” é uma percepção que o entrevistado tem sobre si mesmo e as demais pessoas do domicílio. É a chamada autoidentificação. O IBGE oferece cinco opções de resposta. São elas: branca, preta, amarela, parda ou indígena.

Muitos indígenas, porém, se identificam como pardos ou pretos. Associam a pergunta à cor da sua pele e não à sua raça ou etnia. Por isso, nessas áreas, há uma questão adicional: “Você se considera indígena?”. Ainda há questões específicas sobre a etnia e as línguas faladas.

RIO - O recrudescimento da violência nas terras indígenas preocupa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que começa nesta quarta-feira, 10, o recenseamento nas regiões ocupadas pelos povos originários. Além de um mapeamento das condições de vida nas aldeias, foi criada, em parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai), uma “sala de situação” permanente. A novidade permitirá a atualização contínua da avaliação de segurança nas áreas de conflito.

O Censo Demográfico de 2010 foi a primeira pesquisa nacional a registrar o número de etnias e línguas indígenas existentes no País. Foram contados 896 mil indígenas, de 305 etnias, falantes de 274 línguas. De acordo com a última atualização do Censo, o Brasil tinha 632 terras indígenas, ocupadas por 5.494 agrupamentos. O objetivo do novo recenseamento é tentar avaliar o que mudou nesses últimos doze anos.

Recenseador do IBGE, no Rio de Janeiro. Censo vai ouvir povos orginarios a partir desta quarta-feira. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A preparação para o recenseamento nas terras indígenas começou em novembro do ano passado. Foi quando agentes locais do IBGE e funcionários da Funai começaram a fazer um mapeamento das áreas de conflito. Como as situações podem variar bastante em curtos períodos de tempo, foi criada a sala de situação. O objetivo é atualizar constantemente com informações 1.500 recenseadores. O grupo está designado para trabalhar nas terras indígenas.

“A segurança será avaliada constantemente junto à Funai para sabermos, antecipadamente, como está a segurança de cada área antes de enviarmos os recenseadores”, explicou a coordenadora do Censo de Povos e Comunidades Tradicionais do IBGE, Marta de Oliveira Antunes. 

“No entanto, nosso compromisso prévio é recensear todas as áreas do País; então, mesmo em regiões de maior insegurança, vamos fazer um esforço especial para pensar estratégias para tornar o recenseamento factível e manter a equipe em segurança.”

Os recenseadores não são acompanhados por nenhum tipo de força policial ou fiscalizatória. É uma determinação do próprio IBGE. Especialistas acreditam que a presença de guardas ou fiscais atrapalharia. Poderia intimidar os entrevistados. Isso colocaria em risco a validade das informações coletadas.

O Censo em terras indígenas tem outras peculiaridades, segundo o IBGE. Em vez de irem diretamente às habitações de cada um, os técnicos farão primeiro uma reunião com as lideranças de cada localidade. No encontro, os recenseadores vão se apresentar à comunidade.

Um questionário mais genérico será respondido pelos líderes. Trata da aldeia e da comunidade indígena, O objetivo é reunir informações sobre a infraestrutura, acesso a recursos naturais, educação, saúde, entre outros. Só depois os recenseadores vão a cada habitação. Aí começa a coleta de informações sobre as famílias.

O questionário sobre a identificação étnica-racial dos indígenas também é um pouco diferente daquele aplicado ao restante da população. “Cor ou raça” é uma percepção que o entrevistado tem sobre si mesmo e as demais pessoas do domicílio. É a chamada autoidentificação. O IBGE oferece cinco opções de resposta. São elas: branca, preta, amarela, parda ou indígena.

Muitos indígenas, porém, se identificam como pardos ou pretos. Associam a pergunta à cor da sua pele e não à sua raça ou etnia. Por isso, nessas áreas, há uma questão adicional: “Você se considera indígena?”. Ainda há questões específicas sobre a etnia e as línguas faladas.

RIO - O recrudescimento da violência nas terras indígenas preocupa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que começa nesta quarta-feira, 10, o recenseamento nas regiões ocupadas pelos povos originários. Além de um mapeamento das condições de vida nas aldeias, foi criada, em parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai), uma “sala de situação” permanente. A novidade permitirá a atualização contínua da avaliação de segurança nas áreas de conflito.

O Censo Demográfico de 2010 foi a primeira pesquisa nacional a registrar o número de etnias e línguas indígenas existentes no País. Foram contados 896 mil indígenas, de 305 etnias, falantes de 274 línguas. De acordo com a última atualização do Censo, o Brasil tinha 632 terras indígenas, ocupadas por 5.494 agrupamentos. O objetivo do novo recenseamento é tentar avaliar o que mudou nesses últimos doze anos.

Recenseador do IBGE, no Rio de Janeiro. Censo vai ouvir povos orginarios a partir desta quarta-feira. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A preparação para o recenseamento nas terras indígenas começou em novembro do ano passado. Foi quando agentes locais do IBGE e funcionários da Funai começaram a fazer um mapeamento das áreas de conflito. Como as situações podem variar bastante em curtos períodos de tempo, foi criada a sala de situação. O objetivo é atualizar constantemente com informações 1.500 recenseadores. O grupo está designado para trabalhar nas terras indígenas.

“A segurança será avaliada constantemente junto à Funai para sabermos, antecipadamente, como está a segurança de cada área antes de enviarmos os recenseadores”, explicou a coordenadora do Censo de Povos e Comunidades Tradicionais do IBGE, Marta de Oliveira Antunes. 

“No entanto, nosso compromisso prévio é recensear todas as áreas do País; então, mesmo em regiões de maior insegurança, vamos fazer um esforço especial para pensar estratégias para tornar o recenseamento factível e manter a equipe em segurança.”

Os recenseadores não são acompanhados por nenhum tipo de força policial ou fiscalizatória. É uma determinação do próprio IBGE. Especialistas acreditam que a presença de guardas ou fiscais atrapalharia. Poderia intimidar os entrevistados. Isso colocaria em risco a validade das informações coletadas.

O Censo em terras indígenas tem outras peculiaridades, segundo o IBGE. Em vez de irem diretamente às habitações de cada um, os técnicos farão primeiro uma reunião com as lideranças de cada localidade. No encontro, os recenseadores vão se apresentar à comunidade.

Um questionário mais genérico será respondido pelos líderes. Trata da aldeia e da comunidade indígena, O objetivo é reunir informações sobre a infraestrutura, acesso a recursos naturais, educação, saúde, entre outros. Só depois os recenseadores vão a cada habitação. Aí começa a coleta de informações sobre as famílias.

O questionário sobre a identificação étnica-racial dos indígenas também é um pouco diferente daquele aplicado ao restante da população. “Cor ou raça” é uma percepção que o entrevistado tem sobre si mesmo e as demais pessoas do domicílio. É a chamada autoidentificação. O IBGE oferece cinco opções de resposta. São elas: branca, preta, amarela, parda ou indígena.

Muitos indígenas, porém, se identificam como pardos ou pretos. Associam a pergunta à cor da sua pele e não à sua raça ou etnia. Por isso, nessas áreas, há uma questão adicional: “Você se considera indígena?”. Ainda há questões específicas sobre a etnia e as línguas faladas.

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