Intoxicação de cães: governo manda suspender uso de ingrediente de petisco após ver irregularidade


Ministério determina que não sejam usados dois lotes de matéria-prima que era enviada para fábrica interditada; polícia diz que total de relatos de animais mortos pelo País passa de 40

Por Renata Okumura
Atualização:

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) identificou irregularidades envolvendo uma das fornecedoras de matéria-prima para a Bassar Pet Food, rede de produtos para animais, e mandou suspender o uso de parte dos ingredientes fabricados por essa empresa. O governo já havia determinado o recolhimento nacional de todos os lotes de mercadorias da Bassar após a morte de ao menos nove cachorros em São Paulo e em Minas por suspeita de intoxicação ao consumir petiscos da marca.

Além de São Paulo, Minas e Distrito Federal, mais 7 Estados já têm relatos. Segundo investigações da Polícia Civil mineira, os óbitos no Brasil já chegam passam de 40.

Na tarde desta quarta-feira, a Bassar informou que está realizando um recall de todos os produtos comercializados pela marca.

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Nesta terça-feira, 6, o Ministério da Agricultura mandou suspender o uso de dois lotes de um ingrediente produzido pela fornecedora Tecnoclean Industrial Ltda e que foi usado nos petiscos. Isso ocorreu porque o propilenoglicol, insumo utilizado pelo setor industrial na fabricação de alimentos para humanos e animais, adquirido pela empresa de um de seus fornecedores, estaria contaminado com etilenoglicol. Procurada pela reportagem, a Tecno ainda não se manifestou.

Ainda de acordo com o ministério, as empresas fabricantes de produtos para alimentação animal registradas no Mapa também devem identificar os produtos fabricados com o uso dessas matérias-primas e, caso encontrem, devem fazer o recolhimento no comércio atacadista e varejista.

“Os procedimentos deverão ser comunicados aos serviços de inspeção de produtos de origem animal de cada jurisdição, para controle e ações complementares do Mapa”, disse em nota.

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Anteriormente, os produtos identificados com suspeita de contaminação eram o Every Day sabor fígado (lote 3554) e o Dental Care (lote 3467). O Grupo Petz também havia informado que logo que teve conhecimento do caso, ainda na sexta-feira, também retirou embalagens do petisco Snack Cuidado Oral Hálito Fresco dos pontos de vendas. Todos fabricados pela Bassar.

O Mapa encaminhou ofício às associações Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), Associação Brasileira da Indústria e Comércio de Ingredientes e Aditivos para Alimentos (Abiam) e Associação Brasileira de Reciclagem Animal (Abra) para que colaborem na divulgação dos dados junto a seus associados.

Procuradas pela reportagem, a Tecnoclean Industrial Ltda e as entidades ainda não se manifestaram.

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Polícia fala em aumento de mortes

A Polícia Civil de Minas afirma que Minas, São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Alagoas, Sergipe e Goiás têm relatos de intoxicação de cachorros. Conforme investigações, já são pelo menos 48 óbitos registrados com a mesma suspeita, sendo 8 mortes apenas em Belo Horizonte registradas até segunda-feira, 5. Outros cães permanecem internados com quadro de falência renal, segundo a delegada Danúbia Quadros, responsável pelo caso.

“É importante que o tutor procure a delegacia mais próxima e leve o produto para verificar se esse óbito e essas intercorrências se deram pela ingestão do petisco”, acrescentou a delegada.

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Polícia orienta tutor a registrar boletim de ocorrência na delegacia mais próxima, em caso de suspeita de animal com intoxicação por petiscos. Foto: Divulgação/Polícia Civil de Belo Horizonte

Início das investigações

As investigações tiveram início após tutores de animais de estimação observarem que pets saudáveis começaram a ficar doentes e falecer.

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Laudo preliminar divulgado pela Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com base na necropsia de dois dos animais intoxicados, identificou a presença de monoetilenoglicol no corpo de um deles. Conhecida também como etilenoglicol, a substância é geralmente usada para refrigeração e encontrada em baterias, motores de carro e freezers ou geladeiras.

Segundo a perita criminal Renata Fontes, desde o início da semana a polícia mineira vem recebendo materiais trazidos por tutores dos animais supostamente ligados à intoxicação. “Fizemos alguns exames e, até agora, identificamos o monoetilenoglicol em um dos diversos produtos que estamos recebendo, mas ainda existem muitos outros a serem encaminhados para análise, que ainda está em andamento. Ainda há muito trabalho a ser feito para chegarmos a uma conclusão mais precisa”, afirmou.

“Precisamos avançar para entender ainda como tudo aconteceu, pois não conhecemos o processo produtivo da empresa. Certo é que o monoetilenoglicol não deve estar presente em nenhum alimento, ou seja, nenhum produto de consumo humano, nem animal. É uma substância classicamente tóxica que leva à insuficiência renal, um dos sintomas identificados em dois dos animais acometidos pela intoxicação”, explicou ainda a perita. O etilenoglicol é o mesmo líquido que causou a morte de 10 pessoas que consumiram a cerveja Backer, em 2019.

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As polícias Civil de São Paulo e de Minas trabalham em conjunto para completo esclarecimento dos fatos.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) afirma que todos os casos registrados serão encaminhados para a Delegacia de Investigações sobre Infrações Contra o Meio Ambiente (DICMA) de Guarulhos, que instaurou inquérito policial e solicitou perícia na fábrica.

Funcionários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, junto com a equipe de investigação da delegacia e do Instituto de Criminalística (IC), estiveram na fábrica da Bassar em Guarulhos e apreenderam elementos para perícia. Representantes da empresa serão ouvidos nos próximos dias.

“Os responsáveis e funcionários da instituição prestarão depoimento para auxiliar na elucidação dos fatos, assim como os tutores dos cães. Os laudos periciais estão em elaboração e, assim que concluídos, serão analisados”, disse, em nota.

A polícia aconselha ainda que os tutores registrem boletim de ocorrência. “O registro pode ser feito em qualquer delegacia ou por meio da delegacia eletrônica. A Polícia Civil orienta que os donos dos animais apresentem o máximo de detalhes para auxiliar nas investigações como, por exemplo, disponibilizar o petisco ou a embalagem dele, assim como o laudo clínico do cão.

Após ter conhecimento dos casos, o Procon-SP também notificou nesta semana a empresa Bassar Pet Food para que preste esclarecimentos sobre as ocorrências.

Tutores devem ficar atentos aos sintomas

Entre os principais sintomas identificados nos relatos dos tutores dos cachorros estão convulsão, vômito, diarreia e prostração.

“Se após o consumo dos petiscos dessa marca, o tutor do animal perceber algum desses sintomas, orientamos procurar imediatamente o veterinário para os devidos cuidados, e além disso, relatar o caso à delegacia de sua cidade”, afirmou.

Todos os cachorros que passaram mal são até o momento de porte pequeno, entre eles, sptiz alemão, shih tzu e Yorkshire. Os cães internados precisaram realizar tratamento de hemodiálise.

Posicionamento da Bassar desta quarta-feira

A Bassar Pet Food informa que exames preliminares realizados pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) apontaram indícios de que o propilenoglicol, insumo utilizado pelo setor industrial na fabricação de alimentos para humanos e animais, adquirido pela Bassar Pet Food de um de seus fornecedores, estaria contaminado com etilenoglicol.

Por isso, a empresa está realizando um recall de todos os seus produtos junto a seus consumidores, solicitando que entreguem no local de venda os itens que já tenham adquirido anteriormente. A Bassar Pet Food já vinha recolhendo todas as suas linhas do varejo nacional e havia interrompido sua produção na semana passada.

O ofício 424/2022 do MAPA, divulgado ontem (6 de setembro), alerta todas as empresas do setor de alimentação animal que podem ter também adquirido esta matéria prima desse fornecedor, pertencente a um grande grupo econômico mineiro, para que retirem imediatamente eventuais produtos fabricados e distribuídos ao mercado.

A Bassar Pet Food é a maior interessada no esclarecimento dos fatos, apoia as investigações do MAPA e das autoridades policiais e está colaborando com as investigações para a elucidação do caso.

Em complemento às investigações oficiais, estão sendo finalizados trabalhos de perícia na Bassar Pet Food em todo o processo de produção e maquinários em sua própria fábrica e de todas as matérias-primas que compõem seus produtos finais, cujas análises preliminares convergem no mesmo sentido do que está sendo apontado pelas autoridades. A empresa reforça que o etilenoglicol não faz parte de nenhuma etapa da sua cadeia de produção.

De modo preventivo, a companhia está retendo em todo território nacional todos os produtos produzidos em sua planta fabril até que os laudos definitivos sejam concluídos.

A Bassar Pet Food se solidariza com todos os tutores de pets – a razão de nossa empresa existir. Os consumidores podem tirar dúvidas pelo e-mail sac@bassarpetfood.com.br.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) identificou irregularidades envolvendo uma das fornecedoras de matéria-prima para a Bassar Pet Food, rede de produtos para animais, e mandou suspender o uso de parte dos ingredientes fabricados por essa empresa. O governo já havia determinado o recolhimento nacional de todos os lotes de mercadorias da Bassar após a morte de ao menos nove cachorros em São Paulo e em Minas por suspeita de intoxicação ao consumir petiscos da marca.

Além de São Paulo, Minas e Distrito Federal, mais 7 Estados já têm relatos. Segundo investigações da Polícia Civil mineira, os óbitos no Brasil já chegam passam de 40.

Na tarde desta quarta-feira, a Bassar informou que está realizando um recall de todos os produtos comercializados pela marca.

Nesta terça-feira, 6, o Ministério da Agricultura mandou suspender o uso de dois lotes de um ingrediente produzido pela fornecedora Tecnoclean Industrial Ltda e que foi usado nos petiscos. Isso ocorreu porque o propilenoglicol, insumo utilizado pelo setor industrial na fabricação de alimentos para humanos e animais, adquirido pela empresa de um de seus fornecedores, estaria contaminado com etilenoglicol. Procurada pela reportagem, a Tecno ainda não se manifestou.

Ainda de acordo com o ministério, as empresas fabricantes de produtos para alimentação animal registradas no Mapa também devem identificar os produtos fabricados com o uso dessas matérias-primas e, caso encontrem, devem fazer o recolhimento no comércio atacadista e varejista.

“Os procedimentos deverão ser comunicados aos serviços de inspeção de produtos de origem animal de cada jurisdição, para controle e ações complementares do Mapa”, disse em nota.

Anteriormente, os produtos identificados com suspeita de contaminação eram o Every Day sabor fígado (lote 3554) e o Dental Care (lote 3467). O Grupo Petz também havia informado que logo que teve conhecimento do caso, ainda na sexta-feira, também retirou embalagens do petisco Snack Cuidado Oral Hálito Fresco dos pontos de vendas. Todos fabricados pela Bassar.

O Mapa encaminhou ofício às associações Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), Associação Brasileira da Indústria e Comércio de Ingredientes e Aditivos para Alimentos (Abiam) e Associação Brasileira de Reciclagem Animal (Abra) para que colaborem na divulgação dos dados junto a seus associados.

Procuradas pela reportagem, a Tecnoclean Industrial Ltda e as entidades ainda não se manifestaram.

Polícia fala em aumento de mortes

A Polícia Civil de Minas afirma que Minas, São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Alagoas, Sergipe e Goiás têm relatos de intoxicação de cachorros. Conforme investigações, já são pelo menos 48 óbitos registrados com a mesma suspeita, sendo 8 mortes apenas em Belo Horizonte registradas até segunda-feira, 5. Outros cães permanecem internados com quadro de falência renal, segundo a delegada Danúbia Quadros, responsável pelo caso.

“É importante que o tutor procure a delegacia mais próxima e leve o produto para verificar se esse óbito e essas intercorrências se deram pela ingestão do petisco”, acrescentou a delegada.

Polícia orienta tutor a registrar boletim de ocorrência na delegacia mais próxima, em caso de suspeita de animal com intoxicação por petiscos. Foto: Divulgação/Polícia Civil de Belo Horizonte

Início das investigações

As investigações tiveram início após tutores de animais de estimação observarem que pets saudáveis começaram a ficar doentes e falecer.

Laudo preliminar divulgado pela Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com base na necropsia de dois dos animais intoxicados, identificou a presença de monoetilenoglicol no corpo de um deles. Conhecida também como etilenoglicol, a substância é geralmente usada para refrigeração e encontrada em baterias, motores de carro e freezers ou geladeiras.

Segundo a perita criminal Renata Fontes, desde o início da semana a polícia mineira vem recebendo materiais trazidos por tutores dos animais supostamente ligados à intoxicação. “Fizemos alguns exames e, até agora, identificamos o monoetilenoglicol em um dos diversos produtos que estamos recebendo, mas ainda existem muitos outros a serem encaminhados para análise, que ainda está em andamento. Ainda há muito trabalho a ser feito para chegarmos a uma conclusão mais precisa”, afirmou.

“Precisamos avançar para entender ainda como tudo aconteceu, pois não conhecemos o processo produtivo da empresa. Certo é que o monoetilenoglicol não deve estar presente em nenhum alimento, ou seja, nenhum produto de consumo humano, nem animal. É uma substância classicamente tóxica que leva à insuficiência renal, um dos sintomas identificados em dois dos animais acometidos pela intoxicação”, explicou ainda a perita. O etilenoglicol é o mesmo líquido que causou a morte de 10 pessoas que consumiram a cerveja Backer, em 2019.

As polícias Civil de São Paulo e de Minas trabalham em conjunto para completo esclarecimento dos fatos.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) afirma que todos os casos registrados serão encaminhados para a Delegacia de Investigações sobre Infrações Contra o Meio Ambiente (DICMA) de Guarulhos, que instaurou inquérito policial e solicitou perícia na fábrica.

Funcionários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, junto com a equipe de investigação da delegacia e do Instituto de Criminalística (IC), estiveram na fábrica da Bassar em Guarulhos e apreenderam elementos para perícia. Representantes da empresa serão ouvidos nos próximos dias.

“Os responsáveis e funcionários da instituição prestarão depoimento para auxiliar na elucidação dos fatos, assim como os tutores dos cães. Os laudos periciais estão em elaboração e, assim que concluídos, serão analisados”, disse, em nota.

A polícia aconselha ainda que os tutores registrem boletim de ocorrência. “O registro pode ser feito em qualquer delegacia ou por meio da delegacia eletrônica. A Polícia Civil orienta que os donos dos animais apresentem o máximo de detalhes para auxiliar nas investigações como, por exemplo, disponibilizar o petisco ou a embalagem dele, assim como o laudo clínico do cão.

Após ter conhecimento dos casos, o Procon-SP também notificou nesta semana a empresa Bassar Pet Food para que preste esclarecimentos sobre as ocorrências.

Tutores devem ficar atentos aos sintomas

Entre os principais sintomas identificados nos relatos dos tutores dos cachorros estão convulsão, vômito, diarreia e prostração.

“Se após o consumo dos petiscos dessa marca, o tutor do animal perceber algum desses sintomas, orientamos procurar imediatamente o veterinário para os devidos cuidados, e além disso, relatar o caso à delegacia de sua cidade”, afirmou.

Todos os cachorros que passaram mal são até o momento de porte pequeno, entre eles, sptiz alemão, shih tzu e Yorkshire. Os cães internados precisaram realizar tratamento de hemodiálise.

Posicionamento da Bassar desta quarta-feira

A Bassar Pet Food informa que exames preliminares realizados pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) apontaram indícios de que o propilenoglicol, insumo utilizado pelo setor industrial na fabricação de alimentos para humanos e animais, adquirido pela Bassar Pet Food de um de seus fornecedores, estaria contaminado com etilenoglicol.

Por isso, a empresa está realizando um recall de todos os seus produtos junto a seus consumidores, solicitando que entreguem no local de venda os itens que já tenham adquirido anteriormente. A Bassar Pet Food já vinha recolhendo todas as suas linhas do varejo nacional e havia interrompido sua produção na semana passada.

O ofício 424/2022 do MAPA, divulgado ontem (6 de setembro), alerta todas as empresas do setor de alimentação animal que podem ter também adquirido esta matéria prima desse fornecedor, pertencente a um grande grupo econômico mineiro, para que retirem imediatamente eventuais produtos fabricados e distribuídos ao mercado.

A Bassar Pet Food é a maior interessada no esclarecimento dos fatos, apoia as investigações do MAPA e das autoridades policiais e está colaborando com as investigações para a elucidação do caso.

Em complemento às investigações oficiais, estão sendo finalizados trabalhos de perícia na Bassar Pet Food em todo o processo de produção e maquinários em sua própria fábrica e de todas as matérias-primas que compõem seus produtos finais, cujas análises preliminares convergem no mesmo sentido do que está sendo apontado pelas autoridades. A empresa reforça que o etilenoglicol não faz parte de nenhuma etapa da sua cadeia de produção.

De modo preventivo, a companhia está retendo em todo território nacional todos os produtos produzidos em sua planta fabril até que os laudos definitivos sejam concluídos.

A Bassar Pet Food se solidariza com todos os tutores de pets – a razão de nossa empresa existir. Os consumidores podem tirar dúvidas pelo e-mail sac@bassarpetfood.com.br.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) identificou irregularidades envolvendo uma das fornecedoras de matéria-prima para a Bassar Pet Food, rede de produtos para animais, e mandou suspender o uso de parte dos ingredientes fabricados por essa empresa. O governo já havia determinado o recolhimento nacional de todos os lotes de mercadorias da Bassar após a morte de ao menos nove cachorros em São Paulo e em Minas por suspeita de intoxicação ao consumir petiscos da marca.

Além de São Paulo, Minas e Distrito Federal, mais 7 Estados já têm relatos. Segundo investigações da Polícia Civil mineira, os óbitos no Brasil já chegam passam de 40.

Na tarde desta quarta-feira, a Bassar informou que está realizando um recall de todos os produtos comercializados pela marca.

Nesta terça-feira, 6, o Ministério da Agricultura mandou suspender o uso de dois lotes de um ingrediente produzido pela fornecedora Tecnoclean Industrial Ltda e que foi usado nos petiscos. Isso ocorreu porque o propilenoglicol, insumo utilizado pelo setor industrial na fabricação de alimentos para humanos e animais, adquirido pela empresa de um de seus fornecedores, estaria contaminado com etilenoglicol. Procurada pela reportagem, a Tecno ainda não se manifestou.

Ainda de acordo com o ministério, as empresas fabricantes de produtos para alimentação animal registradas no Mapa também devem identificar os produtos fabricados com o uso dessas matérias-primas e, caso encontrem, devem fazer o recolhimento no comércio atacadista e varejista.

“Os procedimentos deverão ser comunicados aos serviços de inspeção de produtos de origem animal de cada jurisdição, para controle e ações complementares do Mapa”, disse em nota.

Anteriormente, os produtos identificados com suspeita de contaminação eram o Every Day sabor fígado (lote 3554) e o Dental Care (lote 3467). O Grupo Petz também havia informado que logo que teve conhecimento do caso, ainda na sexta-feira, também retirou embalagens do petisco Snack Cuidado Oral Hálito Fresco dos pontos de vendas. Todos fabricados pela Bassar.

O Mapa encaminhou ofício às associações Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), Associação Brasileira da Indústria e Comércio de Ingredientes e Aditivos para Alimentos (Abiam) e Associação Brasileira de Reciclagem Animal (Abra) para que colaborem na divulgação dos dados junto a seus associados.

Procuradas pela reportagem, a Tecnoclean Industrial Ltda e as entidades ainda não se manifestaram.

Polícia fala em aumento de mortes

A Polícia Civil de Minas afirma que Minas, São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Alagoas, Sergipe e Goiás têm relatos de intoxicação de cachorros. Conforme investigações, já são pelo menos 48 óbitos registrados com a mesma suspeita, sendo 8 mortes apenas em Belo Horizonte registradas até segunda-feira, 5. Outros cães permanecem internados com quadro de falência renal, segundo a delegada Danúbia Quadros, responsável pelo caso.

“É importante que o tutor procure a delegacia mais próxima e leve o produto para verificar se esse óbito e essas intercorrências se deram pela ingestão do petisco”, acrescentou a delegada.

Polícia orienta tutor a registrar boletim de ocorrência na delegacia mais próxima, em caso de suspeita de animal com intoxicação por petiscos. Foto: Divulgação/Polícia Civil de Belo Horizonte

Início das investigações

As investigações tiveram início após tutores de animais de estimação observarem que pets saudáveis começaram a ficar doentes e falecer.

Laudo preliminar divulgado pela Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com base na necropsia de dois dos animais intoxicados, identificou a presença de monoetilenoglicol no corpo de um deles. Conhecida também como etilenoglicol, a substância é geralmente usada para refrigeração e encontrada em baterias, motores de carro e freezers ou geladeiras.

Segundo a perita criminal Renata Fontes, desde o início da semana a polícia mineira vem recebendo materiais trazidos por tutores dos animais supostamente ligados à intoxicação. “Fizemos alguns exames e, até agora, identificamos o monoetilenoglicol em um dos diversos produtos que estamos recebendo, mas ainda existem muitos outros a serem encaminhados para análise, que ainda está em andamento. Ainda há muito trabalho a ser feito para chegarmos a uma conclusão mais precisa”, afirmou.

“Precisamos avançar para entender ainda como tudo aconteceu, pois não conhecemos o processo produtivo da empresa. Certo é que o monoetilenoglicol não deve estar presente em nenhum alimento, ou seja, nenhum produto de consumo humano, nem animal. É uma substância classicamente tóxica que leva à insuficiência renal, um dos sintomas identificados em dois dos animais acometidos pela intoxicação”, explicou ainda a perita. O etilenoglicol é o mesmo líquido que causou a morte de 10 pessoas que consumiram a cerveja Backer, em 2019.

As polícias Civil de São Paulo e de Minas trabalham em conjunto para completo esclarecimento dos fatos.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) afirma que todos os casos registrados serão encaminhados para a Delegacia de Investigações sobre Infrações Contra o Meio Ambiente (DICMA) de Guarulhos, que instaurou inquérito policial e solicitou perícia na fábrica.

Funcionários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, junto com a equipe de investigação da delegacia e do Instituto de Criminalística (IC), estiveram na fábrica da Bassar em Guarulhos e apreenderam elementos para perícia. Representantes da empresa serão ouvidos nos próximos dias.

“Os responsáveis e funcionários da instituição prestarão depoimento para auxiliar na elucidação dos fatos, assim como os tutores dos cães. Os laudos periciais estão em elaboração e, assim que concluídos, serão analisados”, disse, em nota.

A polícia aconselha ainda que os tutores registrem boletim de ocorrência. “O registro pode ser feito em qualquer delegacia ou por meio da delegacia eletrônica. A Polícia Civil orienta que os donos dos animais apresentem o máximo de detalhes para auxiliar nas investigações como, por exemplo, disponibilizar o petisco ou a embalagem dele, assim como o laudo clínico do cão.

Após ter conhecimento dos casos, o Procon-SP também notificou nesta semana a empresa Bassar Pet Food para que preste esclarecimentos sobre as ocorrências.

Tutores devem ficar atentos aos sintomas

Entre os principais sintomas identificados nos relatos dos tutores dos cachorros estão convulsão, vômito, diarreia e prostração.

“Se após o consumo dos petiscos dessa marca, o tutor do animal perceber algum desses sintomas, orientamos procurar imediatamente o veterinário para os devidos cuidados, e além disso, relatar o caso à delegacia de sua cidade”, afirmou.

Todos os cachorros que passaram mal são até o momento de porte pequeno, entre eles, sptiz alemão, shih tzu e Yorkshire. Os cães internados precisaram realizar tratamento de hemodiálise.

Posicionamento da Bassar desta quarta-feira

A Bassar Pet Food informa que exames preliminares realizados pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) apontaram indícios de que o propilenoglicol, insumo utilizado pelo setor industrial na fabricação de alimentos para humanos e animais, adquirido pela Bassar Pet Food de um de seus fornecedores, estaria contaminado com etilenoglicol.

Por isso, a empresa está realizando um recall de todos os seus produtos junto a seus consumidores, solicitando que entreguem no local de venda os itens que já tenham adquirido anteriormente. A Bassar Pet Food já vinha recolhendo todas as suas linhas do varejo nacional e havia interrompido sua produção na semana passada.

O ofício 424/2022 do MAPA, divulgado ontem (6 de setembro), alerta todas as empresas do setor de alimentação animal que podem ter também adquirido esta matéria prima desse fornecedor, pertencente a um grande grupo econômico mineiro, para que retirem imediatamente eventuais produtos fabricados e distribuídos ao mercado.

A Bassar Pet Food é a maior interessada no esclarecimento dos fatos, apoia as investigações do MAPA e das autoridades policiais e está colaborando com as investigações para a elucidação do caso.

Em complemento às investigações oficiais, estão sendo finalizados trabalhos de perícia na Bassar Pet Food em todo o processo de produção e maquinários em sua própria fábrica e de todas as matérias-primas que compõem seus produtos finais, cujas análises preliminares convergem no mesmo sentido do que está sendo apontado pelas autoridades. A empresa reforça que o etilenoglicol não faz parte de nenhuma etapa da sua cadeia de produção.

De modo preventivo, a companhia está retendo em todo território nacional todos os produtos produzidos em sua planta fabril até que os laudos definitivos sejam concluídos.

A Bassar Pet Food se solidariza com todos os tutores de pets – a razão de nossa empresa existir. Os consumidores podem tirar dúvidas pelo e-mail sac@bassarpetfood.com.br.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) identificou irregularidades envolvendo uma das fornecedoras de matéria-prima para a Bassar Pet Food, rede de produtos para animais, e mandou suspender o uso de parte dos ingredientes fabricados por essa empresa. O governo já havia determinado o recolhimento nacional de todos os lotes de mercadorias da Bassar após a morte de ao menos nove cachorros em São Paulo e em Minas por suspeita de intoxicação ao consumir petiscos da marca.

Além de São Paulo, Minas e Distrito Federal, mais 7 Estados já têm relatos. Segundo investigações da Polícia Civil mineira, os óbitos no Brasil já chegam passam de 40.

Na tarde desta quarta-feira, a Bassar informou que está realizando um recall de todos os produtos comercializados pela marca.

Nesta terça-feira, 6, o Ministério da Agricultura mandou suspender o uso de dois lotes de um ingrediente produzido pela fornecedora Tecnoclean Industrial Ltda e que foi usado nos petiscos. Isso ocorreu porque o propilenoglicol, insumo utilizado pelo setor industrial na fabricação de alimentos para humanos e animais, adquirido pela empresa de um de seus fornecedores, estaria contaminado com etilenoglicol. Procurada pela reportagem, a Tecno ainda não se manifestou.

Ainda de acordo com o ministério, as empresas fabricantes de produtos para alimentação animal registradas no Mapa também devem identificar os produtos fabricados com o uso dessas matérias-primas e, caso encontrem, devem fazer o recolhimento no comércio atacadista e varejista.

“Os procedimentos deverão ser comunicados aos serviços de inspeção de produtos de origem animal de cada jurisdição, para controle e ações complementares do Mapa”, disse em nota.

Anteriormente, os produtos identificados com suspeita de contaminação eram o Every Day sabor fígado (lote 3554) e o Dental Care (lote 3467). O Grupo Petz também havia informado que logo que teve conhecimento do caso, ainda na sexta-feira, também retirou embalagens do petisco Snack Cuidado Oral Hálito Fresco dos pontos de vendas. Todos fabricados pela Bassar.

O Mapa encaminhou ofício às associações Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), Associação Brasileira da Indústria e Comércio de Ingredientes e Aditivos para Alimentos (Abiam) e Associação Brasileira de Reciclagem Animal (Abra) para que colaborem na divulgação dos dados junto a seus associados.

Procuradas pela reportagem, a Tecnoclean Industrial Ltda e as entidades ainda não se manifestaram.

Polícia fala em aumento de mortes

A Polícia Civil de Minas afirma que Minas, São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Alagoas, Sergipe e Goiás têm relatos de intoxicação de cachorros. Conforme investigações, já são pelo menos 48 óbitos registrados com a mesma suspeita, sendo 8 mortes apenas em Belo Horizonte registradas até segunda-feira, 5. Outros cães permanecem internados com quadro de falência renal, segundo a delegada Danúbia Quadros, responsável pelo caso.

“É importante que o tutor procure a delegacia mais próxima e leve o produto para verificar se esse óbito e essas intercorrências se deram pela ingestão do petisco”, acrescentou a delegada.

Polícia orienta tutor a registrar boletim de ocorrência na delegacia mais próxima, em caso de suspeita de animal com intoxicação por petiscos. Foto: Divulgação/Polícia Civil de Belo Horizonte

Início das investigações

As investigações tiveram início após tutores de animais de estimação observarem que pets saudáveis começaram a ficar doentes e falecer.

Laudo preliminar divulgado pela Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com base na necropsia de dois dos animais intoxicados, identificou a presença de monoetilenoglicol no corpo de um deles. Conhecida também como etilenoglicol, a substância é geralmente usada para refrigeração e encontrada em baterias, motores de carro e freezers ou geladeiras.

Segundo a perita criminal Renata Fontes, desde o início da semana a polícia mineira vem recebendo materiais trazidos por tutores dos animais supostamente ligados à intoxicação. “Fizemos alguns exames e, até agora, identificamos o monoetilenoglicol em um dos diversos produtos que estamos recebendo, mas ainda existem muitos outros a serem encaminhados para análise, que ainda está em andamento. Ainda há muito trabalho a ser feito para chegarmos a uma conclusão mais precisa”, afirmou.

“Precisamos avançar para entender ainda como tudo aconteceu, pois não conhecemos o processo produtivo da empresa. Certo é que o monoetilenoglicol não deve estar presente em nenhum alimento, ou seja, nenhum produto de consumo humano, nem animal. É uma substância classicamente tóxica que leva à insuficiência renal, um dos sintomas identificados em dois dos animais acometidos pela intoxicação”, explicou ainda a perita. O etilenoglicol é o mesmo líquido que causou a morte de 10 pessoas que consumiram a cerveja Backer, em 2019.

As polícias Civil de São Paulo e de Minas trabalham em conjunto para completo esclarecimento dos fatos.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) afirma que todos os casos registrados serão encaminhados para a Delegacia de Investigações sobre Infrações Contra o Meio Ambiente (DICMA) de Guarulhos, que instaurou inquérito policial e solicitou perícia na fábrica.

Funcionários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, junto com a equipe de investigação da delegacia e do Instituto de Criminalística (IC), estiveram na fábrica da Bassar em Guarulhos e apreenderam elementos para perícia. Representantes da empresa serão ouvidos nos próximos dias.

“Os responsáveis e funcionários da instituição prestarão depoimento para auxiliar na elucidação dos fatos, assim como os tutores dos cães. Os laudos periciais estão em elaboração e, assim que concluídos, serão analisados”, disse, em nota.

A polícia aconselha ainda que os tutores registrem boletim de ocorrência. “O registro pode ser feito em qualquer delegacia ou por meio da delegacia eletrônica. A Polícia Civil orienta que os donos dos animais apresentem o máximo de detalhes para auxiliar nas investigações como, por exemplo, disponibilizar o petisco ou a embalagem dele, assim como o laudo clínico do cão.

Após ter conhecimento dos casos, o Procon-SP também notificou nesta semana a empresa Bassar Pet Food para que preste esclarecimentos sobre as ocorrências.

Tutores devem ficar atentos aos sintomas

Entre os principais sintomas identificados nos relatos dos tutores dos cachorros estão convulsão, vômito, diarreia e prostração.

“Se após o consumo dos petiscos dessa marca, o tutor do animal perceber algum desses sintomas, orientamos procurar imediatamente o veterinário para os devidos cuidados, e além disso, relatar o caso à delegacia de sua cidade”, afirmou.

Todos os cachorros que passaram mal são até o momento de porte pequeno, entre eles, sptiz alemão, shih tzu e Yorkshire. Os cães internados precisaram realizar tratamento de hemodiálise.

Posicionamento da Bassar desta quarta-feira

A Bassar Pet Food informa que exames preliminares realizados pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) apontaram indícios de que o propilenoglicol, insumo utilizado pelo setor industrial na fabricação de alimentos para humanos e animais, adquirido pela Bassar Pet Food de um de seus fornecedores, estaria contaminado com etilenoglicol.

Por isso, a empresa está realizando um recall de todos os seus produtos junto a seus consumidores, solicitando que entreguem no local de venda os itens que já tenham adquirido anteriormente. A Bassar Pet Food já vinha recolhendo todas as suas linhas do varejo nacional e havia interrompido sua produção na semana passada.

O ofício 424/2022 do MAPA, divulgado ontem (6 de setembro), alerta todas as empresas do setor de alimentação animal que podem ter também adquirido esta matéria prima desse fornecedor, pertencente a um grande grupo econômico mineiro, para que retirem imediatamente eventuais produtos fabricados e distribuídos ao mercado.

A Bassar Pet Food é a maior interessada no esclarecimento dos fatos, apoia as investigações do MAPA e das autoridades policiais e está colaborando com as investigações para a elucidação do caso.

Em complemento às investigações oficiais, estão sendo finalizados trabalhos de perícia na Bassar Pet Food em todo o processo de produção e maquinários em sua própria fábrica e de todas as matérias-primas que compõem seus produtos finais, cujas análises preliminares convergem no mesmo sentido do que está sendo apontado pelas autoridades. A empresa reforça que o etilenoglicol não faz parte de nenhuma etapa da sua cadeia de produção.

De modo preventivo, a companhia está retendo em todo território nacional todos os produtos produzidos em sua planta fabril até que os laudos definitivos sejam concluídos.

A Bassar Pet Food se solidariza com todos os tutores de pets – a razão de nossa empresa existir. Os consumidores podem tirar dúvidas pelo e-mail sac@bassarpetfood.com.br.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) identificou irregularidades envolvendo uma das fornecedoras de matéria-prima para a Bassar Pet Food, rede de produtos para animais, e mandou suspender o uso de parte dos ingredientes fabricados por essa empresa. O governo já havia determinado o recolhimento nacional de todos os lotes de mercadorias da Bassar após a morte de ao menos nove cachorros em São Paulo e em Minas por suspeita de intoxicação ao consumir petiscos da marca.

Além de São Paulo, Minas e Distrito Federal, mais 7 Estados já têm relatos. Segundo investigações da Polícia Civil mineira, os óbitos no Brasil já chegam passam de 40.

Na tarde desta quarta-feira, a Bassar informou que está realizando um recall de todos os produtos comercializados pela marca.

Nesta terça-feira, 6, o Ministério da Agricultura mandou suspender o uso de dois lotes de um ingrediente produzido pela fornecedora Tecnoclean Industrial Ltda e que foi usado nos petiscos. Isso ocorreu porque o propilenoglicol, insumo utilizado pelo setor industrial na fabricação de alimentos para humanos e animais, adquirido pela empresa de um de seus fornecedores, estaria contaminado com etilenoglicol. Procurada pela reportagem, a Tecno ainda não se manifestou.

Ainda de acordo com o ministério, as empresas fabricantes de produtos para alimentação animal registradas no Mapa também devem identificar os produtos fabricados com o uso dessas matérias-primas e, caso encontrem, devem fazer o recolhimento no comércio atacadista e varejista.

“Os procedimentos deverão ser comunicados aos serviços de inspeção de produtos de origem animal de cada jurisdição, para controle e ações complementares do Mapa”, disse em nota.

Anteriormente, os produtos identificados com suspeita de contaminação eram o Every Day sabor fígado (lote 3554) e o Dental Care (lote 3467). O Grupo Petz também havia informado que logo que teve conhecimento do caso, ainda na sexta-feira, também retirou embalagens do petisco Snack Cuidado Oral Hálito Fresco dos pontos de vendas. Todos fabricados pela Bassar.

O Mapa encaminhou ofício às associações Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), Associação Brasileira da Indústria e Comércio de Ingredientes e Aditivos para Alimentos (Abiam) e Associação Brasileira de Reciclagem Animal (Abra) para que colaborem na divulgação dos dados junto a seus associados.

Procuradas pela reportagem, a Tecnoclean Industrial Ltda e as entidades ainda não se manifestaram.

Polícia fala em aumento de mortes

A Polícia Civil de Minas afirma que Minas, São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Alagoas, Sergipe e Goiás têm relatos de intoxicação de cachorros. Conforme investigações, já são pelo menos 48 óbitos registrados com a mesma suspeita, sendo 8 mortes apenas em Belo Horizonte registradas até segunda-feira, 5. Outros cães permanecem internados com quadro de falência renal, segundo a delegada Danúbia Quadros, responsável pelo caso.

“É importante que o tutor procure a delegacia mais próxima e leve o produto para verificar se esse óbito e essas intercorrências se deram pela ingestão do petisco”, acrescentou a delegada.

Polícia orienta tutor a registrar boletim de ocorrência na delegacia mais próxima, em caso de suspeita de animal com intoxicação por petiscos. Foto: Divulgação/Polícia Civil de Belo Horizonte

Início das investigações

As investigações tiveram início após tutores de animais de estimação observarem que pets saudáveis começaram a ficar doentes e falecer.

Laudo preliminar divulgado pela Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com base na necropsia de dois dos animais intoxicados, identificou a presença de monoetilenoglicol no corpo de um deles. Conhecida também como etilenoglicol, a substância é geralmente usada para refrigeração e encontrada em baterias, motores de carro e freezers ou geladeiras.

Segundo a perita criminal Renata Fontes, desde o início da semana a polícia mineira vem recebendo materiais trazidos por tutores dos animais supostamente ligados à intoxicação. “Fizemos alguns exames e, até agora, identificamos o monoetilenoglicol em um dos diversos produtos que estamos recebendo, mas ainda existem muitos outros a serem encaminhados para análise, que ainda está em andamento. Ainda há muito trabalho a ser feito para chegarmos a uma conclusão mais precisa”, afirmou.

“Precisamos avançar para entender ainda como tudo aconteceu, pois não conhecemos o processo produtivo da empresa. Certo é que o monoetilenoglicol não deve estar presente em nenhum alimento, ou seja, nenhum produto de consumo humano, nem animal. É uma substância classicamente tóxica que leva à insuficiência renal, um dos sintomas identificados em dois dos animais acometidos pela intoxicação”, explicou ainda a perita. O etilenoglicol é o mesmo líquido que causou a morte de 10 pessoas que consumiram a cerveja Backer, em 2019.

As polícias Civil de São Paulo e de Minas trabalham em conjunto para completo esclarecimento dos fatos.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) afirma que todos os casos registrados serão encaminhados para a Delegacia de Investigações sobre Infrações Contra o Meio Ambiente (DICMA) de Guarulhos, que instaurou inquérito policial e solicitou perícia na fábrica.

Funcionários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, junto com a equipe de investigação da delegacia e do Instituto de Criminalística (IC), estiveram na fábrica da Bassar em Guarulhos e apreenderam elementos para perícia. Representantes da empresa serão ouvidos nos próximos dias.

“Os responsáveis e funcionários da instituição prestarão depoimento para auxiliar na elucidação dos fatos, assim como os tutores dos cães. Os laudos periciais estão em elaboração e, assim que concluídos, serão analisados”, disse, em nota.

A polícia aconselha ainda que os tutores registrem boletim de ocorrência. “O registro pode ser feito em qualquer delegacia ou por meio da delegacia eletrônica. A Polícia Civil orienta que os donos dos animais apresentem o máximo de detalhes para auxiliar nas investigações como, por exemplo, disponibilizar o petisco ou a embalagem dele, assim como o laudo clínico do cão.

Após ter conhecimento dos casos, o Procon-SP também notificou nesta semana a empresa Bassar Pet Food para que preste esclarecimentos sobre as ocorrências.

Tutores devem ficar atentos aos sintomas

Entre os principais sintomas identificados nos relatos dos tutores dos cachorros estão convulsão, vômito, diarreia e prostração.

“Se após o consumo dos petiscos dessa marca, o tutor do animal perceber algum desses sintomas, orientamos procurar imediatamente o veterinário para os devidos cuidados, e além disso, relatar o caso à delegacia de sua cidade”, afirmou.

Todos os cachorros que passaram mal são até o momento de porte pequeno, entre eles, sptiz alemão, shih tzu e Yorkshire. Os cães internados precisaram realizar tratamento de hemodiálise.

Posicionamento da Bassar desta quarta-feira

A Bassar Pet Food informa que exames preliminares realizados pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) apontaram indícios de que o propilenoglicol, insumo utilizado pelo setor industrial na fabricação de alimentos para humanos e animais, adquirido pela Bassar Pet Food de um de seus fornecedores, estaria contaminado com etilenoglicol.

Por isso, a empresa está realizando um recall de todos os seus produtos junto a seus consumidores, solicitando que entreguem no local de venda os itens que já tenham adquirido anteriormente. A Bassar Pet Food já vinha recolhendo todas as suas linhas do varejo nacional e havia interrompido sua produção na semana passada.

O ofício 424/2022 do MAPA, divulgado ontem (6 de setembro), alerta todas as empresas do setor de alimentação animal que podem ter também adquirido esta matéria prima desse fornecedor, pertencente a um grande grupo econômico mineiro, para que retirem imediatamente eventuais produtos fabricados e distribuídos ao mercado.

A Bassar Pet Food é a maior interessada no esclarecimento dos fatos, apoia as investigações do MAPA e das autoridades policiais e está colaborando com as investigações para a elucidação do caso.

Em complemento às investigações oficiais, estão sendo finalizados trabalhos de perícia na Bassar Pet Food em todo o processo de produção e maquinários em sua própria fábrica e de todas as matérias-primas que compõem seus produtos finais, cujas análises preliminares convergem no mesmo sentido do que está sendo apontado pelas autoridades. A empresa reforça que o etilenoglicol não faz parte de nenhuma etapa da sua cadeia de produção.

De modo preventivo, a companhia está retendo em todo território nacional todos os produtos produzidos em sua planta fabril até que os laudos definitivos sejam concluídos.

A Bassar Pet Food se solidariza com todos os tutores de pets – a razão de nossa empresa existir. Os consumidores podem tirar dúvidas pelo e-mail sac@bassarpetfood.com.br.

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