Do RIO 2016, passando pelo Pan de Lima 2019 até desembarcar no Japão: os esportes olímpicos no Brasil

Casos recentes de doping colocam COB em estado de alerta


Entidade passou a defender que é possível conquistar medalhas olímpicas sem o consumo de suplementos

Por Raphael Ramos

Caro leitor,

Restando menos de 300 dias para a abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, os casos recentes de doping envolvendo atletas do País têm incomodando bastante o Comitê Olímpico do Brasil (COB). A entidade, inclusive, está com uma campanha no ar na tentativa de diminuir o uso de suplementos pelos atletas. O COB chegou a promover um debate sobre o assunto e alega que o uso indiscriminado dessas substâncias pode ser um perigo para a carreira dos atletas.

Você já leu aqui no Estadão nesta nossa viagem rumo a Tóquio que o caso mais emblemático até agora foi o da judoca Rafaela Silva, de 27 anos, que perdeu a medalha de ouro conquistada nos Jogos Pan-Americanos de Lima na categoria até 57 kg após ser pega no exame antidoping realizado no dia 9 de agosto, durante a competição no Peru. A brasileira e outros atletas cujos testes deram resultado positivo no exame antidoping foram desqualificados dos Jogos, perderam suas medalhas e seus resultados foram eliminados. Rafaela testou positivo para fenoterol, substância presente em medicamentos contra a asma e capaz de melhorar o desempenho de um atleta.

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A judoca Rafaela Silva ganhou a medalha de ouro na categoria até 57kg no Pan Foto: Wander Roberto/COB

Depois do Pan, Rafaela ainda disputou o Mundial de Judô no Japão e conquistou duas medalhas de bronze, no individual em sua categoria e por equipes mistas. Ainda não está definido se ela perderá essas medalhas porque durante o Mundial a brasileira foi submetida a outro exame antidoping idêntico ao realizado no Pan e não foi identificada a substância em seu organismo. A judoca alega que o resultado positivo no Pan se deve à contaminação pelo contato com um bebê que toma medicação contra problemas respiratórios. A suspensão, no entanto, pode ser de até dois anos.

Rafaela é um dos principais nomes do judô nacional. Ela participou de duas edições dos Jogos Olímpicos. No Rio, foi ouro e está cotada para chegar novamente ao pódio no próximo ano, na Olimpíada de Tóquio.

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Além de Rafaela Silva, a equipe brasileira teve no Pan de Lima outros dois casos de doping. Um foi do ciclista Kácio Freitas, medalha de bronze por equipes. O outro foi de Andressa Morais, do lançamento de disco. Ela foi medalha de prata e está suspensa preventivamente e, por isso, não disputará o Mundial de Atletismo.

O fato de os resultados dos atletas terem sido anulados pelos organizadores não interfere na posição do Brasil no quadro de medalhas dos Jogos Pan-Americanos de Lima. O time nacional mantém a segunda colocação, agora com 169 pódios. Em Lima, o Brasil conquistou a sua melhor posição no quadro de medalhas em 56 anos. O País não terminava na segunda colocação desde 1963.

Para os Jogos Olímpicos de Tóquio, no entanto, o impacto de um resultado positivo em um exame antidoping é muito maior. Por isso, Jorge Bichara, diretor de esportes do COB, defende que é possível conquistar medalhas olímpicas sem o consumo de suplementos. A Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (ANFARMAG), por sua vez, garante que os procedimentos no controle dos suplementos no Brasil são bastante rígidos. No caso de Rafaela, por exemplo, o episódio de doping não ocorreu devido a suplementos. O problema é que existem vários casos no passado em que suplementos contaminados foram usados como vilões.

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Vejam o caso de Gabriel Santos, que foi suspenso por um ano pela Federação Internacional de Natação (Fina) por seu envolvimento em um caso de doping. O nadador é peça fundamental na equipe brasileira do 4x100m livre. Com ele, o Brasil foi prata no Mundial de 2017 e passou a chamar atenção como um dos times mais fortes do mundo nos últimos anos. Sem ele, o revezamento brasileiro ficou apenas com a sexta colocação no Mundial deste ano.

O COB alega que nos últimos 12 meses realizou palestras e ações com confederações, treinadores e atletas. Ao todo, o programa chamado “Educação e Prevenção ao Doping” impactou diretamente um total de 1.600 pessoas, de acordo com a entidade. Pode parecer muito, mas a bem da verdade é que os resultados mostram que o trabalho precisa ser intensificado.

Caro leitor,

Restando menos de 300 dias para a abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, os casos recentes de doping envolvendo atletas do País têm incomodando bastante o Comitê Olímpico do Brasil (COB). A entidade, inclusive, está com uma campanha no ar na tentativa de diminuir o uso de suplementos pelos atletas. O COB chegou a promover um debate sobre o assunto e alega que o uso indiscriminado dessas substâncias pode ser um perigo para a carreira dos atletas.

Você já leu aqui no Estadão nesta nossa viagem rumo a Tóquio que o caso mais emblemático até agora foi o da judoca Rafaela Silva, de 27 anos, que perdeu a medalha de ouro conquistada nos Jogos Pan-Americanos de Lima na categoria até 57 kg após ser pega no exame antidoping realizado no dia 9 de agosto, durante a competição no Peru. A brasileira e outros atletas cujos testes deram resultado positivo no exame antidoping foram desqualificados dos Jogos, perderam suas medalhas e seus resultados foram eliminados. Rafaela testou positivo para fenoterol, substância presente em medicamentos contra a asma e capaz de melhorar o desempenho de um atleta.

A judoca Rafaela Silva ganhou a medalha de ouro na categoria até 57kg no Pan Foto: Wander Roberto/COB

Depois do Pan, Rafaela ainda disputou o Mundial de Judô no Japão e conquistou duas medalhas de bronze, no individual em sua categoria e por equipes mistas. Ainda não está definido se ela perderá essas medalhas porque durante o Mundial a brasileira foi submetida a outro exame antidoping idêntico ao realizado no Pan e não foi identificada a substância em seu organismo. A judoca alega que o resultado positivo no Pan se deve à contaminação pelo contato com um bebê que toma medicação contra problemas respiratórios. A suspensão, no entanto, pode ser de até dois anos.

Rafaela é um dos principais nomes do judô nacional. Ela participou de duas edições dos Jogos Olímpicos. No Rio, foi ouro e está cotada para chegar novamente ao pódio no próximo ano, na Olimpíada de Tóquio.

Além de Rafaela Silva, a equipe brasileira teve no Pan de Lima outros dois casos de doping. Um foi do ciclista Kácio Freitas, medalha de bronze por equipes. O outro foi de Andressa Morais, do lançamento de disco. Ela foi medalha de prata e está suspensa preventivamente e, por isso, não disputará o Mundial de Atletismo.

O fato de os resultados dos atletas terem sido anulados pelos organizadores não interfere na posição do Brasil no quadro de medalhas dos Jogos Pan-Americanos de Lima. O time nacional mantém a segunda colocação, agora com 169 pódios. Em Lima, o Brasil conquistou a sua melhor posição no quadro de medalhas em 56 anos. O País não terminava na segunda colocação desde 1963.

Para os Jogos Olímpicos de Tóquio, no entanto, o impacto de um resultado positivo em um exame antidoping é muito maior. Por isso, Jorge Bichara, diretor de esportes do COB, defende que é possível conquistar medalhas olímpicas sem o consumo de suplementos. A Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (ANFARMAG), por sua vez, garante que os procedimentos no controle dos suplementos no Brasil são bastante rígidos. No caso de Rafaela, por exemplo, o episódio de doping não ocorreu devido a suplementos. O problema é que existem vários casos no passado em que suplementos contaminados foram usados como vilões.

Vejam o caso de Gabriel Santos, que foi suspenso por um ano pela Federação Internacional de Natação (Fina) por seu envolvimento em um caso de doping. O nadador é peça fundamental na equipe brasileira do 4x100m livre. Com ele, o Brasil foi prata no Mundial de 2017 e passou a chamar atenção como um dos times mais fortes do mundo nos últimos anos. Sem ele, o revezamento brasileiro ficou apenas com a sexta colocação no Mundial deste ano.

O COB alega que nos últimos 12 meses realizou palestras e ações com confederações, treinadores e atletas. Ao todo, o programa chamado “Educação e Prevenção ao Doping” impactou diretamente um total de 1.600 pessoas, de acordo com a entidade. Pode parecer muito, mas a bem da verdade é que os resultados mostram que o trabalho precisa ser intensificado.

Caro leitor,

Restando menos de 300 dias para a abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, os casos recentes de doping envolvendo atletas do País têm incomodando bastante o Comitê Olímpico do Brasil (COB). A entidade, inclusive, está com uma campanha no ar na tentativa de diminuir o uso de suplementos pelos atletas. O COB chegou a promover um debate sobre o assunto e alega que o uso indiscriminado dessas substâncias pode ser um perigo para a carreira dos atletas.

Você já leu aqui no Estadão nesta nossa viagem rumo a Tóquio que o caso mais emblemático até agora foi o da judoca Rafaela Silva, de 27 anos, que perdeu a medalha de ouro conquistada nos Jogos Pan-Americanos de Lima na categoria até 57 kg após ser pega no exame antidoping realizado no dia 9 de agosto, durante a competição no Peru. A brasileira e outros atletas cujos testes deram resultado positivo no exame antidoping foram desqualificados dos Jogos, perderam suas medalhas e seus resultados foram eliminados. Rafaela testou positivo para fenoterol, substância presente em medicamentos contra a asma e capaz de melhorar o desempenho de um atleta.

A judoca Rafaela Silva ganhou a medalha de ouro na categoria até 57kg no Pan Foto: Wander Roberto/COB

Depois do Pan, Rafaela ainda disputou o Mundial de Judô no Japão e conquistou duas medalhas de bronze, no individual em sua categoria e por equipes mistas. Ainda não está definido se ela perderá essas medalhas porque durante o Mundial a brasileira foi submetida a outro exame antidoping idêntico ao realizado no Pan e não foi identificada a substância em seu organismo. A judoca alega que o resultado positivo no Pan se deve à contaminação pelo contato com um bebê que toma medicação contra problemas respiratórios. A suspensão, no entanto, pode ser de até dois anos.

Rafaela é um dos principais nomes do judô nacional. Ela participou de duas edições dos Jogos Olímpicos. No Rio, foi ouro e está cotada para chegar novamente ao pódio no próximo ano, na Olimpíada de Tóquio.

Além de Rafaela Silva, a equipe brasileira teve no Pan de Lima outros dois casos de doping. Um foi do ciclista Kácio Freitas, medalha de bronze por equipes. O outro foi de Andressa Morais, do lançamento de disco. Ela foi medalha de prata e está suspensa preventivamente e, por isso, não disputará o Mundial de Atletismo.

O fato de os resultados dos atletas terem sido anulados pelos organizadores não interfere na posição do Brasil no quadro de medalhas dos Jogos Pan-Americanos de Lima. O time nacional mantém a segunda colocação, agora com 169 pódios. Em Lima, o Brasil conquistou a sua melhor posição no quadro de medalhas em 56 anos. O País não terminava na segunda colocação desde 1963.

Para os Jogos Olímpicos de Tóquio, no entanto, o impacto de um resultado positivo em um exame antidoping é muito maior. Por isso, Jorge Bichara, diretor de esportes do COB, defende que é possível conquistar medalhas olímpicas sem o consumo de suplementos. A Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (ANFARMAG), por sua vez, garante que os procedimentos no controle dos suplementos no Brasil são bastante rígidos. No caso de Rafaela, por exemplo, o episódio de doping não ocorreu devido a suplementos. O problema é que existem vários casos no passado em que suplementos contaminados foram usados como vilões.

Vejam o caso de Gabriel Santos, que foi suspenso por um ano pela Federação Internacional de Natação (Fina) por seu envolvimento em um caso de doping. O nadador é peça fundamental na equipe brasileira do 4x100m livre. Com ele, o Brasil foi prata no Mundial de 2017 e passou a chamar atenção como um dos times mais fortes do mundo nos últimos anos. Sem ele, o revezamento brasileiro ficou apenas com a sexta colocação no Mundial deste ano.

O COB alega que nos últimos 12 meses realizou palestras e ações com confederações, treinadores e atletas. Ao todo, o programa chamado “Educação e Prevenção ao Doping” impactou diretamente um total de 1.600 pessoas, de acordo com a entidade. Pode parecer muito, mas a bem da verdade é que os resultados mostram que o trabalho precisa ser intensificado.

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