Em 3 março de 1986 Rita Lee deu uma entrevista coletiva na sede da 89 FM para falar de seu programa de rádio, a nova empreitada da cantora por aqueles dias. O Jornal da Tarde registrou a notícia no dia seguinte acompanhada por uma das 35 fotos feitas pelo pelo fotógrafo Joveci C. de Freitas no evento na região da Avenida Paulista.
Cinco meses depois, uma ampliação de outra foto daquela sequência foi parar nas mãos da cantora, que escreveu a seguinte frase: “Quanto + o tempo passa + eu gosto de estar viva!”, acompanhada de uma assinatura em que a junção do nome e do sobrenome da artista resultava num desenho gracioso de traços rápidos, com o “Lee” partindo de um ponto bem redondo em cima do “i” de Rita e correndo em pirueta para ser também o traço da letra “t” no primeiro nome.
O manuscrito de Rita foi feito especialmente para a reportagem “As musas do rock, malvadas e malditas”, da repórter Cristina Iori, publicada na seção Divirta-se em 15 de agosto de 1986 e anunciada na capa do jornal com a chamada “O recado de Rita Lee e outras roqueiras”.
Além de Rita Lee, a reportagem trazia nas fotos frases escritas pelas cantoras Marina, Laura Finakioro, das integrantes da banda Mercenárias e da vocalista e compositora Taciana Barros, do grupo Gang 90 e Absurdettes.
Romisetta no Dia das Mães
Dois meses antes de ilustrar a reportagem sobre as roqueiras, a foto 14 da sequência feita em março com Rita Lee também já havia sido aproveitada em outra reportagem do Jornal da Tarde. Na edição de 8 de maio, a imagem de Rita com as mãos espalmadas sobre o queixo e um olhar sapeca para o lado foi um dos destaques do caderno Modo de Vida em que várias personalidades contavam o que gostariam de ganhar de presente no Dia das Mães.
Rita não poupou no sonho e disse que gostaria que os filhos a presenteassem com uma romiseta, um mini-carro dos anos 50:
“Na verdade, o que eu gostaria mesmo de ganhar é uma Romi-Isetta. Há muito tempo eu estou atrás de uma, mas não consigo encontrar. De mais a mais, também não sei se meus filhos terão dinheiro para comprá-la. Mas quero muito colinho. Mas muito mesmo, viu, criançada?”
Programa de rádio
O fotograma número 11 foi a primeira das fotos da sequência feita por Joveci C . de Freitas publicada no Jornal da Tarde, no dia seguinte à entrevista: