O prefeito de Coari, Adail Pinheiro (PRP), deve se entregar neste sábado, 8, à polícia. A prisão preventiva do político e de mais cinco pessoas envolvidas em casos de exploração sexual infantil, entre outros crimes, no município foi decretada nesta sexta-feira, 7, pelo desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), Djalma Martins. Ele acatou o pedido do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM), enviado no mesmo dia. O processo tramita em segredo de Justiça.
De acordo com as denúncias feitas ao MPE-AM, crianças entre 9 e 11 anos foram vítimas de Adail Pinheiro. O prefeito esteve preso em 2007 e 2009 e outros inquéritos policiais já investigaram o mesmo crime.
Procurado, o advogado de Pinheiro, Alberto Simonetti, afirmou que não tinha conhecimento de que a prisão havia sido decretada. "Não recebi nenhum documento oficial ainda. Só vou me pronunciar quando tiver o documento em minhas mãos", afirmou. Nos bastidores circulou a informação de que Simonetti ingressou nesta sexta com um pedido de garantia da integridade no TJ-AM para garantir que o prefeito não seja preso.
Petição. Segundo o procurador-geral do MPE-AM, Francisco Cruz, o pedido foi baseado nas informações do trabalho final da força-tarefa enviada ao município no ano passado, que, afirma, coletou dados suficientes para subsidiar a denúncia. "Tomamos essa decisão para garantir a ordem pública, evitar que novas vítimas sejam molestadas e outras testemunhas, ameaçadas. Além do prefeito de Coari, outras cinco pessoas, entre elas agentes públicos, foram denunciadas por meio dessa ação", disse.
CPI. Na quinta-feira, 6, 19 deputados estaduais assinaram o requerimento para a criação e instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), a chamada CPI da Pedofilia. Os propositores da CPI vão protocolar na terça-feira, 11, o pedido de investigação.