Léo Cavalcanti vence festival que premia duas mulheres


Por Lauro Lisboa Garcia

O jovem paulistano Léo Cavalcanti foi o vencedor do festival dentro da Semana da Canção, que este ano teve fortes concorrentes. Dos 12 selecionados, 2 eram mulheres e o fato de elas terem ficado com o segundo (a pernambucana Karina Buhr) e o terceiro (a carioca Aricia Mess) lugares é significativo. "Hoje há um grande número de cantoras que compõem, mas as músicas não são boas", disse Chico César, que presidiu o júri formado ainda pela cantora Virginia Rosa e os compositores Galvão, de São Luiz do Paraitinga, e Dante Ozzetti.Elas, como Léo e os outros três concorrentes que passaram para a etapa final - o mineiro Kristoff Silva, o carioca Luiz Capucho e o paulistano Dani Black - "têm um compromisso com sua própria música". "Isso para mim é canção hoje, não mais só a bela letra, a bela melodia", diz César, tomando como referência ícones como Luiz Gonzaga, Prince, Elomar. Em suma, o critério que norteou os jurados foi selecionar quem tem uma "assinatura própria". Se for para ser igual a tudo o que já está aí, como disse César, não faria sentido ter um festival dentro da Semana da Canção.Léo, com seu imenso carisma e sua bela voz, foi um bom exemplo, "pela alegria em mostrar suas descobertas", o que os que ficaram de fora não tinham tanto, conforme o júri. César ressaltou que pode se dizer que já teve Caetano Veloso e Cazuza nessa linha, mas Léo se diferenciou dos demais, que evidenciaram "um temor em mostrar as próprias descobertas". Também para o público, o potencial de Léo ficou evidente desde a sua primeira apresentação, confirmada na segunda, com canções - Ouvidos ao Mistério e Acaso - e interpretações arrebatadoras.Nesse quesito, Aricia, com a pungência de seu canto e a pulsação rítmica da melhor tradição negra carioca, não fica atrás. Karina surpreende com estranhamento e caminhos sonoros que César acredita serem possíveis de servir de referência para os caminhos da música brasileira contemporânea. Em suma, são artistas que têm o domínio do desempenho ao vivo.Uma pergunta que ficou no ar foi a desclassificação do "queridinho do momento" Marcelo Jeneci, mas a resposta já está aí acima. Jeneci, aliás, é coautor de uma das mais belas novas canções mostradas em toda a Semana, Feito pra Acabar, parceria com José Miguel Wisnik, que foi muito mais bem apresentada no show deste com Nestrovski, e com participação de Celso Sim nos vocais, no Mercado Municipal, no mesmo dia.Além do festival, o Coretinho, mais uma vez, foi uma espécie de plataforma de lançamentos de artistas contemporâneos. Além do show inédito de Marcelo Pretto, que cativou adultos e crianças com seus malabarismos vocais, teve Sérgio Molina e Miriam Maria, interpretando inéditas de Itamar Assumpção. Grandes ideias de Sem Pensar Nem Pensar, CD que acaba de ficar pronto.

O jovem paulistano Léo Cavalcanti foi o vencedor do festival dentro da Semana da Canção, que este ano teve fortes concorrentes. Dos 12 selecionados, 2 eram mulheres e o fato de elas terem ficado com o segundo (a pernambucana Karina Buhr) e o terceiro (a carioca Aricia Mess) lugares é significativo. "Hoje há um grande número de cantoras que compõem, mas as músicas não são boas", disse Chico César, que presidiu o júri formado ainda pela cantora Virginia Rosa e os compositores Galvão, de São Luiz do Paraitinga, e Dante Ozzetti.Elas, como Léo e os outros três concorrentes que passaram para a etapa final - o mineiro Kristoff Silva, o carioca Luiz Capucho e o paulistano Dani Black - "têm um compromisso com sua própria música". "Isso para mim é canção hoje, não mais só a bela letra, a bela melodia", diz César, tomando como referência ícones como Luiz Gonzaga, Prince, Elomar. Em suma, o critério que norteou os jurados foi selecionar quem tem uma "assinatura própria". Se for para ser igual a tudo o que já está aí, como disse César, não faria sentido ter um festival dentro da Semana da Canção.Léo, com seu imenso carisma e sua bela voz, foi um bom exemplo, "pela alegria em mostrar suas descobertas", o que os que ficaram de fora não tinham tanto, conforme o júri. César ressaltou que pode se dizer que já teve Caetano Veloso e Cazuza nessa linha, mas Léo se diferenciou dos demais, que evidenciaram "um temor em mostrar as próprias descobertas". Também para o público, o potencial de Léo ficou evidente desde a sua primeira apresentação, confirmada na segunda, com canções - Ouvidos ao Mistério e Acaso - e interpretações arrebatadoras.Nesse quesito, Aricia, com a pungência de seu canto e a pulsação rítmica da melhor tradição negra carioca, não fica atrás. Karina surpreende com estranhamento e caminhos sonoros que César acredita serem possíveis de servir de referência para os caminhos da música brasileira contemporânea. Em suma, são artistas que têm o domínio do desempenho ao vivo.Uma pergunta que ficou no ar foi a desclassificação do "queridinho do momento" Marcelo Jeneci, mas a resposta já está aí acima. Jeneci, aliás, é coautor de uma das mais belas novas canções mostradas em toda a Semana, Feito pra Acabar, parceria com José Miguel Wisnik, que foi muito mais bem apresentada no show deste com Nestrovski, e com participação de Celso Sim nos vocais, no Mercado Municipal, no mesmo dia.Além do festival, o Coretinho, mais uma vez, foi uma espécie de plataforma de lançamentos de artistas contemporâneos. Além do show inédito de Marcelo Pretto, que cativou adultos e crianças com seus malabarismos vocais, teve Sérgio Molina e Miriam Maria, interpretando inéditas de Itamar Assumpção. Grandes ideias de Sem Pensar Nem Pensar, CD que acaba de ficar pronto.

O jovem paulistano Léo Cavalcanti foi o vencedor do festival dentro da Semana da Canção, que este ano teve fortes concorrentes. Dos 12 selecionados, 2 eram mulheres e o fato de elas terem ficado com o segundo (a pernambucana Karina Buhr) e o terceiro (a carioca Aricia Mess) lugares é significativo. "Hoje há um grande número de cantoras que compõem, mas as músicas não são boas", disse Chico César, que presidiu o júri formado ainda pela cantora Virginia Rosa e os compositores Galvão, de São Luiz do Paraitinga, e Dante Ozzetti.Elas, como Léo e os outros três concorrentes que passaram para a etapa final - o mineiro Kristoff Silva, o carioca Luiz Capucho e o paulistano Dani Black - "têm um compromisso com sua própria música". "Isso para mim é canção hoje, não mais só a bela letra, a bela melodia", diz César, tomando como referência ícones como Luiz Gonzaga, Prince, Elomar. Em suma, o critério que norteou os jurados foi selecionar quem tem uma "assinatura própria". Se for para ser igual a tudo o que já está aí, como disse César, não faria sentido ter um festival dentro da Semana da Canção.Léo, com seu imenso carisma e sua bela voz, foi um bom exemplo, "pela alegria em mostrar suas descobertas", o que os que ficaram de fora não tinham tanto, conforme o júri. César ressaltou que pode se dizer que já teve Caetano Veloso e Cazuza nessa linha, mas Léo se diferenciou dos demais, que evidenciaram "um temor em mostrar as próprias descobertas". Também para o público, o potencial de Léo ficou evidente desde a sua primeira apresentação, confirmada na segunda, com canções - Ouvidos ao Mistério e Acaso - e interpretações arrebatadoras.Nesse quesito, Aricia, com a pungência de seu canto e a pulsação rítmica da melhor tradição negra carioca, não fica atrás. Karina surpreende com estranhamento e caminhos sonoros que César acredita serem possíveis de servir de referência para os caminhos da música brasileira contemporânea. Em suma, são artistas que têm o domínio do desempenho ao vivo.Uma pergunta que ficou no ar foi a desclassificação do "queridinho do momento" Marcelo Jeneci, mas a resposta já está aí acima. Jeneci, aliás, é coautor de uma das mais belas novas canções mostradas em toda a Semana, Feito pra Acabar, parceria com José Miguel Wisnik, que foi muito mais bem apresentada no show deste com Nestrovski, e com participação de Celso Sim nos vocais, no Mercado Municipal, no mesmo dia.Além do festival, o Coretinho, mais uma vez, foi uma espécie de plataforma de lançamentos de artistas contemporâneos. Além do show inédito de Marcelo Pretto, que cativou adultos e crianças com seus malabarismos vocais, teve Sérgio Molina e Miriam Maria, interpretando inéditas de Itamar Assumpção. Grandes ideias de Sem Pensar Nem Pensar, CD que acaba de ficar pronto.

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