Lula diz ter esperanças por êxito da Rodada de Doha


Na Colômbia, presidente atacou políticas de subsídios e de imigração de países ricos.

Por Claudia Jardim

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste sábado, na Colômbia, que está esperançoso sobre o êxito da Rodada de Doha para que os países pobres tenham "nova chance no cenário internacional". "O êxito da rodada é fundamental para o desenvolvimento dos países e para evitar uma recaída protecionista de parte de alguns países desenvolvidos", disse Lula durante um encontro com o presidente colombiano Álvaro Uribe e empresários, em Bogotá. O presidente voltou a defender a redução dos subsídios agrícolas dos países ricos para facilitar a entrada dos países pobres nos mercados americano e europeu. Lula disse "não poder entender" porque os Estados Unidos pretendem aumentar os subsídios que pagam a seus produtores de US$ 8 milhões para US$ 13 milhões. "Eles (países ricos) querem que nós flexibilizemos sua entrada na nossa produção industrial. Nós até podemos flexibilizar, mas isso não pode afetar o nosso desenvolvimento", disse o presidente. Ensinamentos O presidente voltou a criticar a alta do preço do petróleo no mercado internacional e disse que, para o Brasil, o aumento dos combustíveis já representou um incremento de 30% nos custos com a produção agrícola. Ele disse que o trunfo do país para enfrentar os desafios do momento é apostar nos biocombustíveis. Lula disse querer cooperar "como parceiro da Colômbia em formas alternativas de energia", sem dar detalhes sobre possíveis entendimentos no setor. "Eu posso mostrar à Colômbia a vantagem dos biocombustíveis em relação à renda, à independência (do petróleo) e à preservação ambiental", disse o presidente. Por sua vez, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, disse que "o Brasil ensinou à Colômbia a produzir etanol" e que, graças a isso, hoje a Colômbia produz 2 milhões de litros diários entre etanol e biodiesel. Lula destacou a produção da Ecopetrol, a estatal colombiana de petróleo, na exploração dos novas reservas da Bacia de Santos. O presidente brasileiro disse que em relação às novas descobertas, o Brasil pretende exportar derivados de petróleo e, para isso, vai construir duas refinarias. Uma no Maranhão, com capacidade de produção de 600 mil barris por dia, e outra no Ceará, com capacidade de 300 mil barris. Os investimentos devem girar em torno de R$ 11 bilhões, acrescentou o presidente. Imigração O presidente voltou a atacar uma lei aprovada no mês passado pela União Européia, que estabeleceu regras duras no tratamento de imigrantes ilegais. "Os europeus são como uma família que quando fica bem de vida não quer receber seus parentes pobres", disse o presidente. "A única coisa que queremos exigir é que o tratamento aos nossos irmãos latino-americanos seja o mesmo que foi dado aos europeus quando ele emigraram à América Latina em um momento em que eles eram pobres". Após o encontro com empresários, o presidente seguiu para a residência oficial do presidente colombiano, onde farão um encontro bilateral. Lula fica na Colômbia até este domingo, quando participa, no Estado de Letícia, de um ato de comemoração pelo Dia da Independência do país. De acordo com o governo da Colômbia, mais de 1.050 municípios devem fazer manifestações para comemorar a data e pedir a libertação de todos os reféns em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste sábado, na Colômbia, que está esperançoso sobre o êxito da Rodada de Doha para que os países pobres tenham "nova chance no cenário internacional". "O êxito da rodada é fundamental para o desenvolvimento dos países e para evitar uma recaída protecionista de parte de alguns países desenvolvidos", disse Lula durante um encontro com o presidente colombiano Álvaro Uribe e empresários, em Bogotá. O presidente voltou a defender a redução dos subsídios agrícolas dos países ricos para facilitar a entrada dos países pobres nos mercados americano e europeu. Lula disse "não poder entender" porque os Estados Unidos pretendem aumentar os subsídios que pagam a seus produtores de US$ 8 milhões para US$ 13 milhões. "Eles (países ricos) querem que nós flexibilizemos sua entrada na nossa produção industrial. Nós até podemos flexibilizar, mas isso não pode afetar o nosso desenvolvimento", disse o presidente. Ensinamentos O presidente voltou a criticar a alta do preço do petróleo no mercado internacional e disse que, para o Brasil, o aumento dos combustíveis já representou um incremento de 30% nos custos com a produção agrícola. Ele disse que o trunfo do país para enfrentar os desafios do momento é apostar nos biocombustíveis. Lula disse querer cooperar "como parceiro da Colômbia em formas alternativas de energia", sem dar detalhes sobre possíveis entendimentos no setor. "Eu posso mostrar à Colômbia a vantagem dos biocombustíveis em relação à renda, à independência (do petróleo) e à preservação ambiental", disse o presidente. Por sua vez, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, disse que "o Brasil ensinou à Colômbia a produzir etanol" e que, graças a isso, hoje a Colômbia produz 2 milhões de litros diários entre etanol e biodiesel. Lula destacou a produção da Ecopetrol, a estatal colombiana de petróleo, na exploração dos novas reservas da Bacia de Santos. O presidente brasileiro disse que em relação às novas descobertas, o Brasil pretende exportar derivados de petróleo e, para isso, vai construir duas refinarias. Uma no Maranhão, com capacidade de produção de 600 mil barris por dia, e outra no Ceará, com capacidade de 300 mil barris. Os investimentos devem girar em torno de R$ 11 bilhões, acrescentou o presidente. Imigração O presidente voltou a atacar uma lei aprovada no mês passado pela União Européia, que estabeleceu regras duras no tratamento de imigrantes ilegais. "Os europeus são como uma família que quando fica bem de vida não quer receber seus parentes pobres", disse o presidente. "A única coisa que queremos exigir é que o tratamento aos nossos irmãos latino-americanos seja o mesmo que foi dado aos europeus quando ele emigraram à América Latina em um momento em que eles eram pobres". Após o encontro com empresários, o presidente seguiu para a residência oficial do presidente colombiano, onde farão um encontro bilateral. Lula fica na Colômbia até este domingo, quando participa, no Estado de Letícia, de um ato de comemoração pelo Dia da Independência do país. De acordo com o governo da Colômbia, mais de 1.050 municípios devem fazer manifestações para comemorar a data e pedir a libertação de todos os reféns em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste sábado, na Colômbia, que está esperançoso sobre o êxito da Rodada de Doha para que os países pobres tenham "nova chance no cenário internacional". "O êxito da rodada é fundamental para o desenvolvimento dos países e para evitar uma recaída protecionista de parte de alguns países desenvolvidos", disse Lula durante um encontro com o presidente colombiano Álvaro Uribe e empresários, em Bogotá. O presidente voltou a defender a redução dos subsídios agrícolas dos países ricos para facilitar a entrada dos países pobres nos mercados americano e europeu. Lula disse "não poder entender" porque os Estados Unidos pretendem aumentar os subsídios que pagam a seus produtores de US$ 8 milhões para US$ 13 milhões. "Eles (países ricos) querem que nós flexibilizemos sua entrada na nossa produção industrial. Nós até podemos flexibilizar, mas isso não pode afetar o nosso desenvolvimento", disse o presidente. Ensinamentos O presidente voltou a criticar a alta do preço do petróleo no mercado internacional e disse que, para o Brasil, o aumento dos combustíveis já representou um incremento de 30% nos custos com a produção agrícola. Ele disse que o trunfo do país para enfrentar os desafios do momento é apostar nos biocombustíveis. Lula disse querer cooperar "como parceiro da Colômbia em formas alternativas de energia", sem dar detalhes sobre possíveis entendimentos no setor. "Eu posso mostrar à Colômbia a vantagem dos biocombustíveis em relação à renda, à independência (do petróleo) e à preservação ambiental", disse o presidente. Por sua vez, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, disse que "o Brasil ensinou à Colômbia a produzir etanol" e que, graças a isso, hoje a Colômbia produz 2 milhões de litros diários entre etanol e biodiesel. Lula destacou a produção da Ecopetrol, a estatal colombiana de petróleo, na exploração dos novas reservas da Bacia de Santos. O presidente brasileiro disse que em relação às novas descobertas, o Brasil pretende exportar derivados de petróleo e, para isso, vai construir duas refinarias. Uma no Maranhão, com capacidade de produção de 600 mil barris por dia, e outra no Ceará, com capacidade de 300 mil barris. Os investimentos devem girar em torno de R$ 11 bilhões, acrescentou o presidente. Imigração O presidente voltou a atacar uma lei aprovada no mês passado pela União Européia, que estabeleceu regras duras no tratamento de imigrantes ilegais. "Os europeus são como uma família que quando fica bem de vida não quer receber seus parentes pobres", disse o presidente. "A única coisa que queremos exigir é que o tratamento aos nossos irmãos latino-americanos seja o mesmo que foi dado aos europeus quando ele emigraram à América Latina em um momento em que eles eram pobres". Após o encontro com empresários, o presidente seguiu para a residência oficial do presidente colombiano, onde farão um encontro bilateral. Lula fica na Colômbia até este domingo, quando participa, no Estado de Letícia, de um ato de comemoração pelo Dia da Independência do país. De acordo com o governo da Colômbia, mais de 1.050 municípios devem fazer manifestações para comemorar a data e pedir a libertação de todos os reféns em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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