Lula na COP-27, Guerra na Ucrânia, pobres x ricos: 5 histórias para ficar atento na Cúpula do Clima


Urgência no combate ao aquecimento global é pauta de reunião em Sharm el-Sheik, no Egito; preocupação com Amazônia é um dos destaques do debate ambiental

Por Redação

A COP-27, Cúpula do Clima das Nações Unidas, começou esta semana em Sharm el-Sheik, no Egito, sem grandes expectativas de metas mais ousadas no combate ao aquecimento global. Não que a urgência tenha diminuído - o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, fala em “inferno climático” -, mas o cenário internacional não é dos mais promissores.

Entre os principais motivos, estão a Guerra na Ucrânia, que causou uma crise energética na Europa, e as dificuldades econômicas após o auge da pandemia da covid-19. Nesse cenário negativo, um dos contrapontos otimistas vem justamente do Brasil - o término do governo Jair Bolsonaro, em que houve um desmonte dos órgãos de combate a crimes ambientais,

Em 2015, no Acordo de Paris, 195 países assinaram um pacto para conter o aumento da temperatura do planeta a, no máximo, 1,5 °C acima do período pré-Revolução Industrial, em meados do século 19. Cientistas já alertaram, porém, que os atuais esforços estão longe de serem suficientes para alcançar essa meta. O Estadão separou cinco histórias para ficar atento durante a conferência climática:

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1) Lula no Egito e expectativa sobre a Amazônia

Com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente, a expectativa é de retomada do protagonismo brasileiro na pauta ambiental e de defesa da Amazônia, que tem visto uma escalada nas taxas de destruição nos últimos anos. No discurso da vitória, o petista prometeu lutar pelo “desmatamento zero” na Amazônia.

Após o resultado das urnas, governos estrangeiros - como Alemanha e Noruega - anunciaram a intenção de retomar parcerias e financiamentos para conter a devastação da floresta. Fundos de investimento também sinalizaram o interesse de firmar acordos com o Brasil.

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Quando comandou o Brasil, de 2003 a 2010, Lula conseguiu derrubar as taxas de desmate, com a liderança de Marina Silva, sua ministra do Meio Ambiente. Mas a gestão lulista na área também foi marcada por embates, sobretudo a construção da Usina de Belo Monte, na bacia do Rio Xingu, um dos motivos de desgaste de Marina com o núcleo principal do governo.

Lula vai à COP nos dias 17 e 18 e deve chamar todas as atenções do evento. Desde que assumiu o governo americano, Joe Biden vem tentando assumir a frente na luta global contra a crise climática, mas essa agenda tem visto uma carência de protagonistas nos últimos anos.

Lula promete ser um dos destaques desta COP Foto: Werther Santana
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2) A dívida climática dos ricos

Na Conferência do Clima de Copenhague, em 2009, os países desenvolvidos se comprometeram a dar US$ 100 bilhões anuais, a partir de 2020, para ajudar as nações mais pobres na mitigação e controle dos efeitos das mudanças climáticas. A ideia é que esse montante seja uma compensação do lado rico do planeta pelas várias décadas em cresceram economicamente às custas de poluição. A promessa, porém, não foi cumprida integralmente.

Nesta semana, o site Cabon Brief apresentou um cálculo sobre quais nações têm déficit e quais têm superávit. Verbas oferecidas por Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, por exemplo, não compensam o volume de emissões de gases de efeito estufa que despejaram na atmosfera ao longo da história. Estão em divida. Em contrapartida, nações como Japão, Holanda, Alemanha e França têm algum superávit.

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Relatório divulgado nesta terça-feira, 8, mostrou que a conta deve sair bem mais cara. Segundo o documento, requisitado pela presidência da COP, países em desenvolvimento e emergentes – exceto a China – precisarão de mais de US$ 2 trilhões por ano para financiar o crise climática.

3) O bloco dos países pobres

O G-77 + China - grupo que representa mais de 130 países pobres e emergentes, sob liderança do Paquistão - quer se ouvido nessa conferência, que volta a ser sediada em uma nação do chamado Sul global. “O que nós buscamos não é caridade, esmola ou ajuda - mas justiça”, disse em setembro o ministro das Relações Exteriores paquistanês, Bilawal Bhutto Zardari. O país asiático se tornou um símbolo do agravamento da crise climática após ter visto enchentes e mais de mil mortes neste ano.

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Esse bloco reivindica a criação de um fundo para as chamadas perdas e danos - ou seja, os impactos causados pelos efeitos do aquecimento global. Esses recursos poderiam ser acionados pelos países mais atingidos por desastres climáticos, em vez de depender de empréstimos ou ajuda humanitária. Antes, a redistribuição de verba estava muito ligada ao financiamento da transição energética.

Historicamente, os países ricos, a exemplo dos Estados Unidos, resistem nesse ponto. O receio é de que criar esse fundo ou calcular a “dívida climática” de cada país resulte na exigência de bilhões de dólares. Neste ano, a Dinamarca tomou a frente e foi o primeiro da ONU a anunciar um fundo desse tipo: US$ 13 milhões para assistência a países vulneráveis.

4) Guerra da Ucrânia, Putin e o que vão fazer os europeus?

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Ao invadir a Ucrânia no início do ano, o presidente russo Vladimir Putin atrapalhou os esforços para conter a alta da temperatura da Terra. Isso porque Moscou é um dos maiores responsáveis por fornecer petróleo e gás para o resto do continente. O resultado foi a retomada da exploração de combustíveis fósseis na Europa Ocidental, que costumava liderar os debates sobre cortar o uso de poluentes.

Por outro lado, a Ucrânia é um grande produtor de grãos e milhões. Com o conflito bélico, cresce a pressão sobre outros fornecedores de comida em outras partes do globo e aumenta o risco de insegurança alimentar.

Há, porém, quem traga algum horizonte positivo derivado da guerra. “Nos próximos cinco a dez anos, é claro que a Guerra na Ucrânia vai acelerar nosso consumo de combustíveis fósseis”, afirmou Petteri Taalas, secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial. “Em longo prazo, porém, isso vai acelerar a transição para a energia verde”, previu.

5) Uma COP sob mordaça?

O Egito se livrou de uma ditadura em 2011, com a Primavera Árabe, mas voltou a viver sob um regime autoritário dois anos depois, com Abdel Fattah Al-Sisi à frente do governo. Desde a escolha de Sharm el-Sheik para sediar o evento até o início da cúpula, ambientalistas e organizações internacionais têm criticado as restrições para participação e protestos na COP.

Ainda na segunda-feira, 7, ONGs denunciavam pelo menos 130 prisões arbitrárias. Os organizadores da reunião global reservaram um espaço para protestos - o que ativistas viram como uma tentativa pífia de maquiar a falta de liberdade de expressão na convenção climática egípcia.

A COP-27, Cúpula do Clima das Nações Unidas, começou esta semana em Sharm el-Sheik, no Egito, sem grandes expectativas de metas mais ousadas no combate ao aquecimento global. Não que a urgência tenha diminuído - o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, fala em “inferno climático” -, mas o cenário internacional não é dos mais promissores.

Entre os principais motivos, estão a Guerra na Ucrânia, que causou uma crise energética na Europa, e as dificuldades econômicas após o auge da pandemia da covid-19. Nesse cenário negativo, um dos contrapontos otimistas vem justamente do Brasil - o término do governo Jair Bolsonaro, em que houve um desmonte dos órgãos de combate a crimes ambientais,

Em 2015, no Acordo de Paris, 195 países assinaram um pacto para conter o aumento da temperatura do planeta a, no máximo, 1,5 °C acima do período pré-Revolução Industrial, em meados do século 19. Cientistas já alertaram, porém, que os atuais esforços estão longe de serem suficientes para alcançar essa meta. O Estadão separou cinco histórias para ficar atento durante a conferência climática:

1) Lula no Egito e expectativa sobre a Amazônia

Com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente, a expectativa é de retomada do protagonismo brasileiro na pauta ambiental e de defesa da Amazônia, que tem visto uma escalada nas taxas de destruição nos últimos anos. No discurso da vitória, o petista prometeu lutar pelo “desmatamento zero” na Amazônia.

Após o resultado das urnas, governos estrangeiros - como Alemanha e Noruega - anunciaram a intenção de retomar parcerias e financiamentos para conter a devastação da floresta. Fundos de investimento também sinalizaram o interesse de firmar acordos com o Brasil.

Quando comandou o Brasil, de 2003 a 2010, Lula conseguiu derrubar as taxas de desmate, com a liderança de Marina Silva, sua ministra do Meio Ambiente. Mas a gestão lulista na área também foi marcada por embates, sobretudo a construção da Usina de Belo Monte, na bacia do Rio Xingu, um dos motivos de desgaste de Marina com o núcleo principal do governo.

Lula vai à COP nos dias 17 e 18 e deve chamar todas as atenções do evento. Desde que assumiu o governo americano, Joe Biden vem tentando assumir a frente na luta global contra a crise climática, mas essa agenda tem visto uma carência de protagonistas nos últimos anos.

Lula promete ser um dos destaques desta COP Foto: Werther Santana

2) A dívida climática dos ricos

Na Conferência do Clima de Copenhague, em 2009, os países desenvolvidos se comprometeram a dar US$ 100 bilhões anuais, a partir de 2020, para ajudar as nações mais pobres na mitigação e controle dos efeitos das mudanças climáticas. A ideia é que esse montante seja uma compensação do lado rico do planeta pelas várias décadas em cresceram economicamente às custas de poluição. A promessa, porém, não foi cumprida integralmente.

Nesta semana, o site Cabon Brief apresentou um cálculo sobre quais nações têm déficit e quais têm superávit. Verbas oferecidas por Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, por exemplo, não compensam o volume de emissões de gases de efeito estufa que despejaram na atmosfera ao longo da história. Estão em divida. Em contrapartida, nações como Japão, Holanda, Alemanha e França têm algum superávit.

Relatório divulgado nesta terça-feira, 8, mostrou que a conta deve sair bem mais cara. Segundo o documento, requisitado pela presidência da COP, países em desenvolvimento e emergentes – exceto a China – precisarão de mais de US$ 2 trilhões por ano para financiar o crise climática.

3) O bloco dos países pobres

O G-77 + China - grupo que representa mais de 130 países pobres e emergentes, sob liderança do Paquistão - quer se ouvido nessa conferência, que volta a ser sediada em uma nação do chamado Sul global. “O que nós buscamos não é caridade, esmola ou ajuda - mas justiça”, disse em setembro o ministro das Relações Exteriores paquistanês, Bilawal Bhutto Zardari. O país asiático se tornou um símbolo do agravamento da crise climática após ter visto enchentes e mais de mil mortes neste ano.

Esse bloco reivindica a criação de um fundo para as chamadas perdas e danos - ou seja, os impactos causados pelos efeitos do aquecimento global. Esses recursos poderiam ser acionados pelos países mais atingidos por desastres climáticos, em vez de depender de empréstimos ou ajuda humanitária. Antes, a redistribuição de verba estava muito ligada ao financiamento da transição energética.

Historicamente, os países ricos, a exemplo dos Estados Unidos, resistem nesse ponto. O receio é de que criar esse fundo ou calcular a “dívida climática” de cada país resulte na exigência de bilhões de dólares. Neste ano, a Dinamarca tomou a frente e foi o primeiro da ONU a anunciar um fundo desse tipo: US$ 13 milhões para assistência a países vulneráveis.

4) Guerra da Ucrânia, Putin e o que vão fazer os europeus?

Ao invadir a Ucrânia no início do ano, o presidente russo Vladimir Putin atrapalhou os esforços para conter a alta da temperatura da Terra. Isso porque Moscou é um dos maiores responsáveis por fornecer petróleo e gás para o resto do continente. O resultado foi a retomada da exploração de combustíveis fósseis na Europa Ocidental, que costumava liderar os debates sobre cortar o uso de poluentes.

Por outro lado, a Ucrânia é um grande produtor de grãos e milhões. Com o conflito bélico, cresce a pressão sobre outros fornecedores de comida em outras partes do globo e aumenta o risco de insegurança alimentar.

Há, porém, quem traga algum horizonte positivo derivado da guerra. “Nos próximos cinco a dez anos, é claro que a Guerra na Ucrânia vai acelerar nosso consumo de combustíveis fósseis”, afirmou Petteri Taalas, secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial. “Em longo prazo, porém, isso vai acelerar a transição para a energia verde”, previu.

5) Uma COP sob mordaça?

O Egito se livrou de uma ditadura em 2011, com a Primavera Árabe, mas voltou a viver sob um regime autoritário dois anos depois, com Abdel Fattah Al-Sisi à frente do governo. Desde a escolha de Sharm el-Sheik para sediar o evento até o início da cúpula, ambientalistas e organizações internacionais têm criticado as restrições para participação e protestos na COP.

Ainda na segunda-feira, 7, ONGs denunciavam pelo menos 130 prisões arbitrárias. Os organizadores da reunião global reservaram um espaço para protestos - o que ativistas viram como uma tentativa pífia de maquiar a falta de liberdade de expressão na convenção climática egípcia.

A COP-27, Cúpula do Clima das Nações Unidas, começou esta semana em Sharm el-Sheik, no Egito, sem grandes expectativas de metas mais ousadas no combate ao aquecimento global. Não que a urgência tenha diminuído - o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, fala em “inferno climático” -, mas o cenário internacional não é dos mais promissores.

Entre os principais motivos, estão a Guerra na Ucrânia, que causou uma crise energética na Europa, e as dificuldades econômicas após o auge da pandemia da covid-19. Nesse cenário negativo, um dos contrapontos otimistas vem justamente do Brasil - o término do governo Jair Bolsonaro, em que houve um desmonte dos órgãos de combate a crimes ambientais,

Em 2015, no Acordo de Paris, 195 países assinaram um pacto para conter o aumento da temperatura do planeta a, no máximo, 1,5 °C acima do período pré-Revolução Industrial, em meados do século 19. Cientistas já alertaram, porém, que os atuais esforços estão longe de serem suficientes para alcançar essa meta. O Estadão separou cinco histórias para ficar atento durante a conferência climática:

1) Lula no Egito e expectativa sobre a Amazônia

Com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente, a expectativa é de retomada do protagonismo brasileiro na pauta ambiental e de defesa da Amazônia, que tem visto uma escalada nas taxas de destruição nos últimos anos. No discurso da vitória, o petista prometeu lutar pelo “desmatamento zero” na Amazônia.

Após o resultado das urnas, governos estrangeiros - como Alemanha e Noruega - anunciaram a intenção de retomar parcerias e financiamentos para conter a devastação da floresta. Fundos de investimento também sinalizaram o interesse de firmar acordos com o Brasil.

Quando comandou o Brasil, de 2003 a 2010, Lula conseguiu derrubar as taxas de desmate, com a liderança de Marina Silva, sua ministra do Meio Ambiente. Mas a gestão lulista na área também foi marcada por embates, sobretudo a construção da Usina de Belo Monte, na bacia do Rio Xingu, um dos motivos de desgaste de Marina com o núcleo principal do governo.

Lula vai à COP nos dias 17 e 18 e deve chamar todas as atenções do evento. Desde que assumiu o governo americano, Joe Biden vem tentando assumir a frente na luta global contra a crise climática, mas essa agenda tem visto uma carência de protagonistas nos últimos anos.

Lula promete ser um dos destaques desta COP Foto: Werther Santana

2) A dívida climática dos ricos

Na Conferência do Clima de Copenhague, em 2009, os países desenvolvidos se comprometeram a dar US$ 100 bilhões anuais, a partir de 2020, para ajudar as nações mais pobres na mitigação e controle dos efeitos das mudanças climáticas. A ideia é que esse montante seja uma compensação do lado rico do planeta pelas várias décadas em cresceram economicamente às custas de poluição. A promessa, porém, não foi cumprida integralmente.

Nesta semana, o site Cabon Brief apresentou um cálculo sobre quais nações têm déficit e quais têm superávit. Verbas oferecidas por Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, por exemplo, não compensam o volume de emissões de gases de efeito estufa que despejaram na atmosfera ao longo da história. Estão em divida. Em contrapartida, nações como Japão, Holanda, Alemanha e França têm algum superávit.

Relatório divulgado nesta terça-feira, 8, mostrou que a conta deve sair bem mais cara. Segundo o documento, requisitado pela presidência da COP, países em desenvolvimento e emergentes – exceto a China – precisarão de mais de US$ 2 trilhões por ano para financiar o crise climática.

3) O bloco dos países pobres

O G-77 + China - grupo que representa mais de 130 países pobres e emergentes, sob liderança do Paquistão - quer se ouvido nessa conferência, que volta a ser sediada em uma nação do chamado Sul global. “O que nós buscamos não é caridade, esmola ou ajuda - mas justiça”, disse em setembro o ministro das Relações Exteriores paquistanês, Bilawal Bhutto Zardari. O país asiático se tornou um símbolo do agravamento da crise climática após ter visto enchentes e mais de mil mortes neste ano.

Esse bloco reivindica a criação de um fundo para as chamadas perdas e danos - ou seja, os impactos causados pelos efeitos do aquecimento global. Esses recursos poderiam ser acionados pelos países mais atingidos por desastres climáticos, em vez de depender de empréstimos ou ajuda humanitária. Antes, a redistribuição de verba estava muito ligada ao financiamento da transição energética.

Historicamente, os países ricos, a exemplo dos Estados Unidos, resistem nesse ponto. O receio é de que criar esse fundo ou calcular a “dívida climática” de cada país resulte na exigência de bilhões de dólares. Neste ano, a Dinamarca tomou a frente e foi o primeiro da ONU a anunciar um fundo desse tipo: US$ 13 milhões para assistência a países vulneráveis.

4) Guerra da Ucrânia, Putin e o que vão fazer os europeus?

Ao invadir a Ucrânia no início do ano, o presidente russo Vladimir Putin atrapalhou os esforços para conter a alta da temperatura da Terra. Isso porque Moscou é um dos maiores responsáveis por fornecer petróleo e gás para o resto do continente. O resultado foi a retomada da exploração de combustíveis fósseis na Europa Ocidental, que costumava liderar os debates sobre cortar o uso de poluentes.

Por outro lado, a Ucrânia é um grande produtor de grãos e milhões. Com o conflito bélico, cresce a pressão sobre outros fornecedores de comida em outras partes do globo e aumenta o risco de insegurança alimentar.

Há, porém, quem traga algum horizonte positivo derivado da guerra. “Nos próximos cinco a dez anos, é claro que a Guerra na Ucrânia vai acelerar nosso consumo de combustíveis fósseis”, afirmou Petteri Taalas, secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial. “Em longo prazo, porém, isso vai acelerar a transição para a energia verde”, previu.

5) Uma COP sob mordaça?

O Egito se livrou de uma ditadura em 2011, com a Primavera Árabe, mas voltou a viver sob um regime autoritário dois anos depois, com Abdel Fattah Al-Sisi à frente do governo. Desde a escolha de Sharm el-Sheik para sediar o evento até o início da cúpula, ambientalistas e organizações internacionais têm criticado as restrições para participação e protestos na COP.

Ainda na segunda-feira, 7, ONGs denunciavam pelo menos 130 prisões arbitrárias. Os organizadores da reunião global reservaram um espaço para protestos - o que ativistas viram como uma tentativa pífia de maquiar a falta de liberdade de expressão na convenção climática egípcia.

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