Lwarcel exportará mais de 50% de produção de celulose após ampliação


Por ROBERTA VILAS BOAS

A Lwarcel Celulose, fabricante de celulose do Grupo Lwart, deverá elevar a parcela de sua produção destinada à exportação para mais de 50 por cento, após quadruplicar a capacidade em sua fábrica em Lençóis Paulista (SP), afirmou o presidente do grupo, Carlos Renato Trecenti, nesta segunda-feira. "Pelo porte da fábrica futura, chegando a 1 milhão de toneladas (de capacidade), a tendência é que a maior parte vá para exportação. Vamos continuar atendendo os clientes brasileiros, as demandas adicionais. Mas a perspectiva é de que a maior parte da produção vá para exportação", disse ele, em entrevista à Reuters por telefone. Atualmente, a Lwarcel exporta 25 por cento de sua produção total anual. "A maior parte da exportação é para Europa e América do Norte. Pensando de 2016 em diante, pensando em 1 milhão de toneladas (de capacidade), acho que é impossível deixar de considerar a Ásia como um mercado importante", afirmou Trecenti. "A tendência é essa. Os mercados com maior potencial de crescimento, principalmente China, crescem num ritmo maior. A Europa já é um mercado maduro. É uma questão de tempo para que a China e a Ásia se tornem o maior mercado de celulose." O projeto para construção de uma nova linha de produção em Lençóis Paulista de 750 mil toneladas recebeu licença ambiental prévia da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), e a estimativa é de que entre em operação em 2016. O Grupo Lwart, de controle familiar, foi criado na década de 1970 e atua também no setor químico. Em 2011, o faturamento foi de 732 milhões de reais. INVESTIMENTOS A ampliação da fábrica exigirá da empresa investimentos de 2 bilhões de reais na área industrial, mais 400 milhões de reais na área florestal. O presidente do Grupo Lwart citou como possíveis fontes para esses recursos a busca de um sócio minoritário e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Em todo o projeto intensivo em capital o BNDES tem sido um importante financiador. No setor de celulose, claramente o BNDES participou em todos. E nós vemos que o BNDES é uma alternativa importante com relação ao financiamento do projeto", afirmou Trecenti. Sobre a possível entrada de um sócio minoritário, o executivo ressaltou que ainda não há nada definido. "Nesse momento, não iniciamos conversas." Trecenti destacou que a empresa não tem planos de buscar recursos por meio da venda de ações na Bovespa. EXCESSO DE CAPACIDADE? Além da Lwarcel, outras empresas do setor planejam novas fábricas, como é o caso da Eldorado Celulose e Papel, que deve iniciar operações em Três Lagoas (MS) neste ano, e da Suzano Papel e Celulose, que deve começar a produzir na unidade de Imperatriz (MA) em 2013. "O risco de uma sobra de capacidade é uma preocupação natural no setor", disse Trecenti. "A entrada de novos projetos, além daqueles já em implantação, vai estar em ritmo ajustado com o crescimento da demanda. Claro que a gente sempre pode ter um ano de excesso de oferta, preço mais baixo", admitiu. "Procuramos olhar com bastante cuidado para que a empresa esteja preparada para, mesmo que enfrente um período de preços mais baixos, que tenha saúde financeira para atravessar uma fase de preços mais baixos", completou. (Edição de Cesar Bianconi)

A Lwarcel Celulose, fabricante de celulose do Grupo Lwart, deverá elevar a parcela de sua produção destinada à exportação para mais de 50 por cento, após quadruplicar a capacidade em sua fábrica em Lençóis Paulista (SP), afirmou o presidente do grupo, Carlos Renato Trecenti, nesta segunda-feira. "Pelo porte da fábrica futura, chegando a 1 milhão de toneladas (de capacidade), a tendência é que a maior parte vá para exportação. Vamos continuar atendendo os clientes brasileiros, as demandas adicionais. Mas a perspectiva é de que a maior parte da produção vá para exportação", disse ele, em entrevista à Reuters por telefone. Atualmente, a Lwarcel exporta 25 por cento de sua produção total anual. "A maior parte da exportação é para Europa e América do Norte. Pensando de 2016 em diante, pensando em 1 milhão de toneladas (de capacidade), acho que é impossível deixar de considerar a Ásia como um mercado importante", afirmou Trecenti. "A tendência é essa. Os mercados com maior potencial de crescimento, principalmente China, crescem num ritmo maior. A Europa já é um mercado maduro. É uma questão de tempo para que a China e a Ásia se tornem o maior mercado de celulose." O projeto para construção de uma nova linha de produção em Lençóis Paulista de 750 mil toneladas recebeu licença ambiental prévia da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), e a estimativa é de que entre em operação em 2016. O Grupo Lwart, de controle familiar, foi criado na década de 1970 e atua também no setor químico. Em 2011, o faturamento foi de 732 milhões de reais. INVESTIMENTOS A ampliação da fábrica exigirá da empresa investimentos de 2 bilhões de reais na área industrial, mais 400 milhões de reais na área florestal. O presidente do Grupo Lwart citou como possíveis fontes para esses recursos a busca de um sócio minoritário e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Em todo o projeto intensivo em capital o BNDES tem sido um importante financiador. No setor de celulose, claramente o BNDES participou em todos. E nós vemos que o BNDES é uma alternativa importante com relação ao financiamento do projeto", afirmou Trecenti. Sobre a possível entrada de um sócio minoritário, o executivo ressaltou que ainda não há nada definido. "Nesse momento, não iniciamos conversas." Trecenti destacou que a empresa não tem planos de buscar recursos por meio da venda de ações na Bovespa. EXCESSO DE CAPACIDADE? Além da Lwarcel, outras empresas do setor planejam novas fábricas, como é o caso da Eldorado Celulose e Papel, que deve iniciar operações em Três Lagoas (MS) neste ano, e da Suzano Papel e Celulose, que deve começar a produzir na unidade de Imperatriz (MA) em 2013. "O risco de uma sobra de capacidade é uma preocupação natural no setor", disse Trecenti. "A entrada de novos projetos, além daqueles já em implantação, vai estar em ritmo ajustado com o crescimento da demanda. Claro que a gente sempre pode ter um ano de excesso de oferta, preço mais baixo", admitiu. "Procuramos olhar com bastante cuidado para que a empresa esteja preparada para, mesmo que enfrente um período de preços mais baixos, que tenha saúde financeira para atravessar uma fase de preços mais baixos", completou. (Edição de Cesar Bianconi)

A Lwarcel Celulose, fabricante de celulose do Grupo Lwart, deverá elevar a parcela de sua produção destinada à exportação para mais de 50 por cento, após quadruplicar a capacidade em sua fábrica em Lençóis Paulista (SP), afirmou o presidente do grupo, Carlos Renato Trecenti, nesta segunda-feira. "Pelo porte da fábrica futura, chegando a 1 milhão de toneladas (de capacidade), a tendência é que a maior parte vá para exportação. Vamos continuar atendendo os clientes brasileiros, as demandas adicionais. Mas a perspectiva é de que a maior parte da produção vá para exportação", disse ele, em entrevista à Reuters por telefone. Atualmente, a Lwarcel exporta 25 por cento de sua produção total anual. "A maior parte da exportação é para Europa e América do Norte. Pensando de 2016 em diante, pensando em 1 milhão de toneladas (de capacidade), acho que é impossível deixar de considerar a Ásia como um mercado importante", afirmou Trecenti. "A tendência é essa. Os mercados com maior potencial de crescimento, principalmente China, crescem num ritmo maior. A Europa já é um mercado maduro. É uma questão de tempo para que a China e a Ásia se tornem o maior mercado de celulose." O projeto para construção de uma nova linha de produção em Lençóis Paulista de 750 mil toneladas recebeu licença ambiental prévia da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), e a estimativa é de que entre em operação em 2016. O Grupo Lwart, de controle familiar, foi criado na década de 1970 e atua também no setor químico. Em 2011, o faturamento foi de 732 milhões de reais. INVESTIMENTOS A ampliação da fábrica exigirá da empresa investimentos de 2 bilhões de reais na área industrial, mais 400 milhões de reais na área florestal. O presidente do Grupo Lwart citou como possíveis fontes para esses recursos a busca de um sócio minoritário e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Em todo o projeto intensivo em capital o BNDES tem sido um importante financiador. No setor de celulose, claramente o BNDES participou em todos. E nós vemos que o BNDES é uma alternativa importante com relação ao financiamento do projeto", afirmou Trecenti. Sobre a possível entrada de um sócio minoritário, o executivo ressaltou que ainda não há nada definido. "Nesse momento, não iniciamos conversas." Trecenti destacou que a empresa não tem planos de buscar recursos por meio da venda de ações na Bovespa. EXCESSO DE CAPACIDADE? Além da Lwarcel, outras empresas do setor planejam novas fábricas, como é o caso da Eldorado Celulose e Papel, que deve iniciar operações em Três Lagoas (MS) neste ano, e da Suzano Papel e Celulose, que deve começar a produzir na unidade de Imperatriz (MA) em 2013. "O risco de uma sobra de capacidade é uma preocupação natural no setor", disse Trecenti. "A entrada de novos projetos, além daqueles já em implantação, vai estar em ritmo ajustado com o crescimento da demanda. Claro que a gente sempre pode ter um ano de excesso de oferta, preço mais baixo", admitiu. "Procuramos olhar com bastante cuidado para que a empresa esteja preparada para, mesmo que enfrente um período de preços mais baixos, que tenha saúde financeira para atravessar uma fase de preços mais baixos", completou. (Edição de Cesar Bianconi)

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