Mãe e filho de 4 anos são mortos a marretadas; dívida de R$ 10 mil teria motivado o crime


Assassinos teriam confessado o duplo homicídio à polícia do Espírito Santo; defesa não foi localizada pela reportagem

Por Rodolpho Paixão

A Polícia Civil do Espírito Santo divulgou ter capturado na sexta-feira, 19, o casal Ricardo Elias Santana e Iavelina Noemia de Oliveira, acusados de assassinar o menino Higor Gabriel de Ambrósio, de quatro anos, e sua mãe, Priscila dos Santos Ambrósio, de 35 anos.

Priscila seria agiota e teria emprestado a juros uma quantia de R$ 10 mil ao casal, que confessou o motivo do crime. De acordo com os assassinos, a criança teria sido morta por reconhecer os criminosos, que eram amigos próximos de Priscila. O Estadão não localizou as defesas de Ricardo e Iavelina.

Marreta que teria sido usada para matar Higor e Priscila, no Espírito Santo. Foto: Polícia Civil/Divulgação
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Em 16 de julho, mãe e filho foram encontrados mortos no quintal de casa com sinais de violência. Nos autos divulgados, as vítimas teriam sofrido “golpes contundentes na cabeça” e, além disso, o marido de Priscila e pai de Higor – quem primeiro esteve no local do crime, uma casa no município de Serra, região metropolitana de Vitória – disse à polícia ter sentido falta do celular da esposa e de algumas notas promissórias.

“A vítima era agiota e os assassinos pegaram dinheiro emprestado sem a intenção de pagar. Para isso eles arquitetaram o crime e o consumaram através de marretadas”, explicou a delegada adjunta da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), Fernanda Diniz.

De acordo com a apuração feita pela Polícia, Ricardo e Iavelina teriam se dirigido à casa da vítima com a desculpa de realizar o pagamento da dívida e, ao chegarem, teriam sido recebidos com tranquilidade por Priscila. Enquanto iniciavam a conversa, Iavelina teria se dirigido aos fundos da casa com Higor, já com a intenção de afastá-lo do local onde seria cometido o crime. A vítima menor de idade teria, inclusive, passado aquela manhã com Iavelina, dada a proximidade com que se relacionavam.

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Enquanto Iavelina e Higor estavam aos fundos da casa, o assassino teria iniciado sua investida à vítima, realizando um primeiro golpe de marreta em sua cabeça. Atordoada, Priscila teria pedido socorro a Iavelina, a quem acreditava ser amiga, o que chamou atenção de Higor. A criança teria, então, se dirigido à varanda e, ao ser reconhecida por Ricardo, também passa a ser agredida. Aos investigadores o casal disse ter desferido oito golpes de marreta contra a cabeça da criança e outros 12 contra sua mãe.

“Se trata de um crime bárbaro e que choca o mais experiente dos policiais. Mostra toda crueldade de que o ser humano é capaz”, comentou o secretário da Segurança Pública do Espírito Santo, Eugênio Ricas.

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Carta com nomes de outros agiotas

Ricardo e Iavelina chegaram a arquitetar um plano para tentar confundir as investigações policiais. Os criminosos teriam deixado uma carta de maneira deliberada junto ao corpo de Priscila, contendo nomes de outros agiotas com os quais a vítima também fazia negócios.

Para a Polícia, a intenção da carta – escrita de punho naquela manhã por Ricardo – era induzir de maneira errada as investigações. Também de acordo com os policiais, além dos R$ 10 mil recentemente contraídos em dívida pelo casal, Iavelina teria ainda outro débito em aberto com Priscila. O valor da segunda dívida não foi divulgado.

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Além da morte de Priscila e Higor, os criminosos devem responder pelo crime de tentativa de homicídio contra um idoso de 66 anos, ocorrido no início do mês no mesmo município e com o mesmo modus operandi.

Ricardo e Iavelina teriam pego um empréstimo com o idoso, igualmente sem a intenção de pagá-lo. Pintor de profissão, Ricardo teria prestado serviços na casa da vítima e, ao fim da empreitada, pegou dinheiro emprestado. Mais uma vez se valendo da proximidade da mulher com a vítima, Ricardo teria invadido a casa do idoso enquanto sua comparsa o distraía com bebidas.

No caso do crime contra o idoso, Iavelina chegou a tentar sedar o homem mas, sem sucesso, foi necessário que Ricardo o imobilizasse e amarrasse com fios de energia. Após socos e golpes de marreta – a mesma utilizada contra Priscila e Higor –, Ricardo ainda tentou matar o idoso com um corte no pescoço.

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O idoso se encontra internado em estado grave em um hospital da região metropolitana de Vitória. A arma utilizada nos dois crimes foi apreendida durante a execução do mandado de busca e apreensão, na última sexta-feira.

A Polícia Civil do Espírito Santo divulgou ter capturado na sexta-feira, 19, o casal Ricardo Elias Santana e Iavelina Noemia de Oliveira, acusados de assassinar o menino Higor Gabriel de Ambrósio, de quatro anos, e sua mãe, Priscila dos Santos Ambrósio, de 35 anos.

Priscila seria agiota e teria emprestado a juros uma quantia de R$ 10 mil ao casal, que confessou o motivo do crime. De acordo com os assassinos, a criança teria sido morta por reconhecer os criminosos, que eram amigos próximos de Priscila. O Estadão não localizou as defesas de Ricardo e Iavelina.

Marreta que teria sido usada para matar Higor e Priscila, no Espírito Santo. Foto: Polícia Civil/Divulgação

Em 16 de julho, mãe e filho foram encontrados mortos no quintal de casa com sinais de violência. Nos autos divulgados, as vítimas teriam sofrido “golpes contundentes na cabeça” e, além disso, o marido de Priscila e pai de Higor – quem primeiro esteve no local do crime, uma casa no município de Serra, região metropolitana de Vitória – disse à polícia ter sentido falta do celular da esposa e de algumas notas promissórias.

“A vítima era agiota e os assassinos pegaram dinheiro emprestado sem a intenção de pagar. Para isso eles arquitetaram o crime e o consumaram através de marretadas”, explicou a delegada adjunta da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), Fernanda Diniz.

De acordo com a apuração feita pela Polícia, Ricardo e Iavelina teriam se dirigido à casa da vítima com a desculpa de realizar o pagamento da dívida e, ao chegarem, teriam sido recebidos com tranquilidade por Priscila. Enquanto iniciavam a conversa, Iavelina teria se dirigido aos fundos da casa com Higor, já com a intenção de afastá-lo do local onde seria cometido o crime. A vítima menor de idade teria, inclusive, passado aquela manhã com Iavelina, dada a proximidade com que se relacionavam.

Enquanto Iavelina e Higor estavam aos fundos da casa, o assassino teria iniciado sua investida à vítima, realizando um primeiro golpe de marreta em sua cabeça. Atordoada, Priscila teria pedido socorro a Iavelina, a quem acreditava ser amiga, o que chamou atenção de Higor. A criança teria, então, se dirigido à varanda e, ao ser reconhecida por Ricardo, também passa a ser agredida. Aos investigadores o casal disse ter desferido oito golpes de marreta contra a cabeça da criança e outros 12 contra sua mãe.

“Se trata de um crime bárbaro e que choca o mais experiente dos policiais. Mostra toda crueldade de que o ser humano é capaz”, comentou o secretário da Segurança Pública do Espírito Santo, Eugênio Ricas.

Carta com nomes de outros agiotas

Ricardo e Iavelina chegaram a arquitetar um plano para tentar confundir as investigações policiais. Os criminosos teriam deixado uma carta de maneira deliberada junto ao corpo de Priscila, contendo nomes de outros agiotas com os quais a vítima também fazia negócios.

Para a Polícia, a intenção da carta – escrita de punho naquela manhã por Ricardo – era induzir de maneira errada as investigações. Também de acordo com os policiais, além dos R$ 10 mil recentemente contraídos em dívida pelo casal, Iavelina teria ainda outro débito em aberto com Priscila. O valor da segunda dívida não foi divulgado.

Além da morte de Priscila e Higor, os criminosos devem responder pelo crime de tentativa de homicídio contra um idoso de 66 anos, ocorrido no início do mês no mesmo município e com o mesmo modus operandi.

Ricardo e Iavelina teriam pego um empréstimo com o idoso, igualmente sem a intenção de pagá-lo. Pintor de profissão, Ricardo teria prestado serviços na casa da vítima e, ao fim da empreitada, pegou dinheiro emprestado. Mais uma vez se valendo da proximidade da mulher com a vítima, Ricardo teria invadido a casa do idoso enquanto sua comparsa o distraía com bebidas.

No caso do crime contra o idoso, Iavelina chegou a tentar sedar o homem mas, sem sucesso, foi necessário que Ricardo o imobilizasse e amarrasse com fios de energia. Após socos e golpes de marreta – a mesma utilizada contra Priscila e Higor –, Ricardo ainda tentou matar o idoso com um corte no pescoço.

O idoso se encontra internado em estado grave em um hospital da região metropolitana de Vitória. A arma utilizada nos dois crimes foi apreendida durante a execução do mandado de busca e apreensão, na última sexta-feira.

A Polícia Civil do Espírito Santo divulgou ter capturado na sexta-feira, 19, o casal Ricardo Elias Santana e Iavelina Noemia de Oliveira, acusados de assassinar o menino Higor Gabriel de Ambrósio, de quatro anos, e sua mãe, Priscila dos Santos Ambrósio, de 35 anos.

Priscila seria agiota e teria emprestado a juros uma quantia de R$ 10 mil ao casal, que confessou o motivo do crime. De acordo com os assassinos, a criança teria sido morta por reconhecer os criminosos, que eram amigos próximos de Priscila. O Estadão não localizou as defesas de Ricardo e Iavelina.

Marreta que teria sido usada para matar Higor e Priscila, no Espírito Santo. Foto: Polícia Civil/Divulgação

Em 16 de julho, mãe e filho foram encontrados mortos no quintal de casa com sinais de violência. Nos autos divulgados, as vítimas teriam sofrido “golpes contundentes na cabeça” e, além disso, o marido de Priscila e pai de Higor – quem primeiro esteve no local do crime, uma casa no município de Serra, região metropolitana de Vitória – disse à polícia ter sentido falta do celular da esposa e de algumas notas promissórias.

“A vítima era agiota e os assassinos pegaram dinheiro emprestado sem a intenção de pagar. Para isso eles arquitetaram o crime e o consumaram através de marretadas”, explicou a delegada adjunta da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), Fernanda Diniz.

De acordo com a apuração feita pela Polícia, Ricardo e Iavelina teriam se dirigido à casa da vítima com a desculpa de realizar o pagamento da dívida e, ao chegarem, teriam sido recebidos com tranquilidade por Priscila. Enquanto iniciavam a conversa, Iavelina teria se dirigido aos fundos da casa com Higor, já com a intenção de afastá-lo do local onde seria cometido o crime. A vítima menor de idade teria, inclusive, passado aquela manhã com Iavelina, dada a proximidade com que se relacionavam.

Enquanto Iavelina e Higor estavam aos fundos da casa, o assassino teria iniciado sua investida à vítima, realizando um primeiro golpe de marreta em sua cabeça. Atordoada, Priscila teria pedido socorro a Iavelina, a quem acreditava ser amiga, o que chamou atenção de Higor. A criança teria, então, se dirigido à varanda e, ao ser reconhecida por Ricardo, também passa a ser agredida. Aos investigadores o casal disse ter desferido oito golpes de marreta contra a cabeça da criança e outros 12 contra sua mãe.

“Se trata de um crime bárbaro e que choca o mais experiente dos policiais. Mostra toda crueldade de que o ser humano é capaz”, comentou o secretário da Segurança Pública do Espírito Santo, Eugênio Ricas.

Carta com nomes de outros agiotas

Ricardo e Iavelina chegaram a arquitetar um plano para tentar confundir as investigações policiais. Os criminosos teriam deixado uma carta de maneira deliberada junto ao corpo de Priscila, contendo nomes de outros agiotas com os quais a vítima também fazia negócios.

Para a Polícia, a intenção da carta – escrita de punho naquela manhã por Ricardo – era induzir de maneira errada as investigações. Também de acordo com os policiais, além dos R$ 10 mil recentemente contraídos em dívida pelo casal, Iavelina teria ainda outro débito em aberto com Priscila. O valor da segunda dívida não foi divulgado.

Além da morte de Priscila e Higor, os criminosos devem responder pelo crime de tentativa de homicídio contra um idoso de 66 anos, ocorrido no início do mês no mesmo município e com o mesmo modus operandi.

Ricardo e Iavelina teriam pego um empréstimo com o idoso, igualmente sem a intenção de pagá-lo. Pintor de profissão, Ricardo teria prestado serviços na casa da vítima e, ao fim da empreitada, pegou dinheiro emprestado. Mais uma vez se valendo da proximidade da mulher com a vítima, Ricardo teria invadido a casa do idoso enquanto sua comparsa o distraía com bebidas.

No caso do crime contra o idoso, Iavelina chegou a tentar sedar o homem mas, sem sucesso, foi necessário que Ricardo o imobilizasse e amarrasse com fios de energia. Após socos e golpes de marreta – a mesma utilizada contra Priscila e Higor –, Ricardo ainda tentou matar o idoso com um corte no pescoço.

O idoso se encontra internado em estado grave em um hospital da região metropolitana de Vitória. A arma utilizada nos dois crimes foi apreendida durante a execução do mandado de busca e apreensão, na última sexta-feira.

A Polícia Civil do Espírito Santo divulgou ter capturado na sexta-feira, 19, o casal Ricardo Elias Santana e Iavelina Noemia de Oliveira, acusados de assassinar o menino Higor Gabriel de Ambrósio, de quatro anos, e sua mãe, Priscila dos Santos Ambrósio, de 35 anos.

Priscila seria agiota e teria emprestado a juros uma quantia de R$ 10 mil ao casal, que confessou o motivo do crime. De acordo com os assassinos, a criança teria sido morta por reconhecer os criminosos, que eram amigos próximos de Priscila. O Estadão não localizou as defesas de Ricardo e Iavelina.

Marreta que teria sido usada para matar Higor e Priscila, no Espírito Santo. Foto: Polícia Civil/Divulgação

Em 16 de julho, mãe e filho foram encontrados mortos no quintal de casa com sinais de violência. Nos autos divulgados, as vítimas teriam sofrido “golpes contundentes na cabeça” e, além disso, o marido de Priscila e pai de Higor – quem primeiro esteve no local do crime, uma casa no município de Serra, região metropolitana de Vitória – disse à polícia ter sentido falta do celular da esposa e de algumas notas promissórias.

“A vítima era agiota e os assassinos pegaram dinheiro emprestado sem a intenção de pagar. Para isso eles arquitetaram o crime e o consumaram através de marretadas”, explicou a delegada adjunta da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), Fernanda Diniz.

De acordo com a apuração feita pela Polícia, Ricardo e Iavelina teriam se dirigido à casa da vítima com a desculpa de realizar o pagamento da dívida e, ao chegarem, teriam sido recebidos com tranquilidade por Priscila. Enquanto iniciavam a conversa, Iavelina teria se dirigido aos fundos da casa com Higor, já com a intenção de afastá-lo do local onde seria cometido o crime. A vítima menor de idade teria, inclusive, passado aquela manhã com Iavelina, dada a proximidade com que se relacionavam.

Enquanto Iavelina e Higor estavam aos fundos da casa, o assassino teria iniciado sua investida à vítima, realizando um primeiro golpe de marreta em sua cabeça. Atordoada, Priscila teria pedido socorro a Iavelina, a quem acreditava ser amiga, o que chamou atenção de Higor. A criança teria, então, se dirigido à varanda e, ao ser reconhecida por Ricardo, também passa a ser agredida. Aos investigadores o casal disse ter desferido oito golpes de marreta contra a cabeça da criança e outros 12 contra sua mãe.

“Se trata de um crime bárbaro e que choca o mais experiente dos policiais. Mostra toda crueldade de que o ser humano é capaz”, comentou o secretário da Segurança Pública do Espírito Santo, Eugênio Ricas.

Carta com nomes de outros agiotas

Ricardo e Iavelina chegaram a arquitetar um plano para tentar confundir as investigações policiais. Os criminosos teriam deixado uma carta de maneira deliberada junto ao corpo de Priscila, contendo nomes de outros agiotas com os quais a vítima também fazia negócios.

Para a Polícia, a intenção da carta – escrita de punho naquela manhã por Ricardo – era induzir de maneira errada as investigações. Também de acordo com os policiais, além dos R$ 10 mil recentemente contraídos em dívida pelo casal, Iavelina teria ainda outro débito em aberto com Priscila. O valor da segunda dívida não foi divulgado.

Além da morte de Priscila e Higor, os criminosos devem responder pelo crime de tentativa de homicídio contra um idoso de 66 anos, ocorrido no início do mês no mesmo município e com o mesmo modus operandi.

Ricardo e Iavelina teriam pego um empréstimo com o idoso, igualmente sem a intenção de pagá-lo. Pintor de profissão, Ricardo teria prestado serviços na casa da vítima e, ao fim da empreitada, pegou dinheiro emprestado. Mais uma vez se valendo da proximidade da mulher com a vítima, Ricardo teria invadido a casa do idoso enquanto sua comparsa o distraía com bebidas.

No caso do crime contra o idoso, Iavelina chegou a tentar sedar o homem mas, sem sucesso, foi necessário que Ricardo o imobilizasse e amarrasse com fios de energia. Após socos e golpes de marreta – a mesma utilizada contra Priscila e Higor –, Ricardo ainda tentou matar o idoso com um corte no pescoço.

O idoso se encontra internado em estado grave em um hospital da região metropolitana de Vitória. A arma utilizada nos dois crimes foi apreendida durante a execução do mandado de busca e apreensão, na última sexta-feira.

A Polícia Civil do Espírito Santo divulgou ter capturado na sexta-feira, 19, o casal Ricardo Elias Santana e Iavelina Noemia de Oliveira, acusados de assassinar o menino Higor Gabriel de Ambrósio, de quatro anos, e sua mãe, Priscila dos Santos Ambrósio, de 35 anos.

Priscila seria agiota e teria emprestado a juros uma quantia de R$ 10 mil ao casal, que confessou o motivo do crime. De acordo com os assassinos, a criança teria sido morta por reconhecer os criminosos, que eram amigos próximos de Priscila. O Estadão não localizou as defesas de Ricardo e Iavelina.

Marreta que teria sido usada para matar Higor e Priscila, no Espírito Santo. Foto: Polícia Civil/Divulgação

Em 16 de julho, mãe e filho foram encontrados mortos no quintal de casa com sinais de violência. Nos autos divulgados, as vítimas teriam sofrido “golpes contundentes na cabeça” e, além disso, o marido de Priscila e pai de Higor – quem primeiro esteve no local do crime, uma casa no município de Serra, região metropolitana de Vitória – disse à polícia ter sentido falta do celular da esposa e de algumas notas promissórias.

“A vítima era agiota e os assassinos pegaram dinheiro emprestado sem a intenção de pagar. Para isso eles arquitetaram o crime e o consumaram através de marretadas”, explicou a delegada adjunta da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), Fernanda Diniz.

De acordo com a apuração feita pela Polícia, Ricardo e Iavelina teriam se dirigido à casa da vítima com a desculpa de realizar o pagamento da dívida e, ao chegarem, teriam sido recebidos com tranquilidade por Priscila. Enquanto iniciavam a conversa, Iavelina teria se dirigido aos fundos da casa com Higor, já com a intenção de afastá-lo do local onde seria cometido o crime. A vítima menor de idade teria, inclusive, passado aquela manhã com Iavelina, dada a proximidade com que se relacionavam.

Enquanto Iavelina e Higor estavam aos fundos da casa, o assassino teria iniciado sua investida à vítima, realizando um primeiro golpe de marreta em sua cabeça. Atordoada, Priscila teria pedido socorro a Iavelina, a quem acreditava ser amiga, o que chamou atenção de Higor. A criança teria, então, se dirigido à varanda e, ao ser reconhecida por Ricardo, também passa a ser agredida. Aos investigadores o casal disse ter desferido oito golpes de marreta contra a cabeça da criança e outros 12 contra sua mãe.

“Se trata de um crime bárbaro e que choca o mais experiente dos policiais. Mostra toda crueldade de que o ser humano é capaz”, comentou o secretário da Segurança Pública do Espírito Santo, Eugênio Ricas.

Carta com nomes de outros agiotas

Ricardo e Iavelina chegaram a arquitetar um plano para tentar confundir as investigações policiais. Os criminosos teriam deixado uma carta de maneira deliberada junto ao corpo de Priscila, contendo nomes de outros agiotas com os quais a vítima também fazia negócios.

Para a Polícia, a intenção da carta – escrita de punho naquela manhã por Ricardo – era induzir de maneira errada as investigações. Também de acordo com os policiais, além dos R$ 10 mil recentemente contraídos em dívida pelo casal, Iavelina teria ainda outro débito em aberto com Priscila. O valor da segunda dívida não foi divulgado.

Além da morte de Priscila e Higor, os criminosos devem responder pelo crime de tentativa de homicídio contra um idoso de 66 anos, ocorrido no início do mês no mesmo município e com o mesmo modus operandi.

Ricardo e Iavelina teriam pego um empréstimo com o idoso, igualmente sem a intenção de pagá-lo. Pintor de profissão, Ricardo teria prestado serviços na casa da vítima e, ao fim da empreitada, pegou dinheiro emprestado. Mais uma vez se valendo da proximidade da mulher com a vítima, Ricardo teria invadido a casa do idoso enquanto sua comparsa o distraía com bebidas.

No caso do crime contra o idoso, Iavelina chegou a tentar sedar o homem mas, sem sucesso, foi necessário que Ricardo o imobilizasse e amarrasse com fios de energia. Após socos e golpes de marreta – a mesma utilizada contra Priscila e Higor –, Ricardo ainda tentou matar o idoso com um corte no pescoço.

O idoso se encontra internado em estado grave em um hospital da região metropolitana de Vitória. A arma utilizada nos dois crimes foi apreendida durante a execução do mandado de busca e apreensão, na última sexta-feira.

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