Que tal conquistar a tonicidade propiciada pelo balé, o condicionamento físico da natação, a sensação de relaxamento da ioga e o equilíbrio do tai chi chuan? Sem tempo para tantas modalidades? Tampouco energia para praticá-las? Então, vá de gyrotonic, uma modalidade que integra todos esses movimentos simultaneamente. O nome (lê-se jairotonic) realmente soa estranho, mas já diz muito: gyro, de giro + tonic, de dar tônus. Além de turbinar a saúde, o método ajuda a corrigir a postura, tonifica os músculos, afina a silhueta e, ainda, combate o estresse.
"Os benefícios são múltiplos. Trata-se de uma modalidade que une corpo e mente", explica a bailarina carioca Rita Renha, que aprendeu a técnica em Nova York, em 1993, com o próprio criador, o ex-bailarino romeno Juliu Horvath. "É uma proposta terapêutica, que previne e trata lesões. Além disso, quebra paradigmas quando o assunto é atividade física."
Com manivelas, roldanas, polias e tiras de couro, os aparelhos de gyrotonic, hoje já fabricados no Brasil, prometem superar os benefícios até do pilates - técnica com a qual tanto se assemelha pelo "estica e puxa". A semelhança, porém, se restringe à primeira impressão. "O método gyrotonic fundamenta-se nos movimentos de rotação e torção. Assim, o corpo alcança sua máxima mobilidade. É mais completo", diz Rita.
Reabilitação. Quando Horvath criou a técnica, no fim da década de 70, para recuperar-se de uma lesão no tendão de Aquiles, o exercício atraía atletas de alta performance que, como ele, buscavam a reabilitação. "Ele foi adaptando os movimentos para que qualquer pessoa pudesse fazer e a técnica se popularizasse", diz Rita que, de volta ao Brasil em 1997, abriu o próprio estúdio. Desde então, já formou cerca de 500
instrutores, entre médicos, fisioterapeutas e professores de educação física, espalhados por todo o País.
Não é à toa que a modalidade tornou-se a queridinha da vez entre celebridades de todas as idades, como Madonna, 52 anos, Naomi Campbell, 41, e Gwyneth Paltrow, 39.
"O gyrotonic fortalece os ligamentos e aumenta o espaço entre as vértebras. Isso ajuda a equilibrar a estrutura óssea", explica Roberta Quinn, proprietária de um estúdio especializado em São Paulo. "Por causa disso, o organismo acaba tendo uma melhora geral", completa Roberta, que também aprendeu a técnica em Nova York.
A especialista destaca que o método é ideal para corrigir a postura e prevenir lesões em qualquer idade. "Os exercícios respeitam o limite do corpo de cada um. Dá para personalizar. Já tirei a muleta de uma senhora de 75 anos e também atendo atletas", completa.
Para alcançar tantos benefícios, no entanto, o praticante precisa ter disciplina. Os especialistas indicam duas sessões por semana. Cada aula dura 1 hora e pode custar entre R$ 50 e R$ 150. "Os ganhos aparecem em cerca de 6 meses. Mas é claro que a sensação antiestresse vem bem antes", diz Roberta.