Em meio a gestos teatrais, o advogado Roberto Parentoni abandonou ontem o plenário "em nome do direito de defesa". A decisão do defensor de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, acusado, ao lado de Carambola, de ser o mandante do assassinato do juiz Antônio José Machado Dias, causou a cisão no julgamento dos réus - o novo julgamento de Marcola deve ocorrer já no próximo mês.Parentoni expôs três motivos para pedir o adiamento do julgamento, entre eles o fato de não ter tido a oportunidade de visitar seu cliente, preso na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau. O juiz negou os pedidos.Parentoni então se ergueu. "Essa questão não atinge o Marcola, mas todos os brasileiros. O que está em jogo é o direito de defesa", afirmou. Ele se levantou e saiu do plenário. O advogado afirmou que foram juntadas ao processo peças no dia do julgamento, como gravações de interceptações telefônicas feitas pela polícia. A acusação nega. "Tudo o que está nos autos é de conhecimento da defesa, que teve tempo hábil para estudar", afirmou o promotor Carlos Roberto Marangoni Talarico.
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