Quem é Marcinho VP, apontado como líder do Comando Vermelho e homenageado pelo filho no Lollapalooza


Músico se apresentou no festival vestindo uma camiseta com a foto do pai e a palavra ‘liberdade’. Nas redes sociais, ele diz que o pai já pagou ‘com sobras’ pelos erros que cometeu

Por Fabio Grellet
Atualização:

No domingo, 24, o rapper Oruam se apresentou no festival Lollapalooza, em São Paulo, vestindo camisa com a foto do próprio pai. Abaixo da imagem se lia a palavra “liberdade”. Com 22 anos, Oruam já é destaque do trap nacional e um dos artistas mais ouvidos do Brasil. Seu pai é Márcio dos Santos Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP e apontado um dos dois principais líderes da facção Comando Vermelho (CV) – o outro é Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.

Marcinho VP tem 54 anos e está preso desde os 26 – portanto, Oruam nunca conviveu com o pai fora da cadeia. Autor de dois livros, no primeiro deles Marcinho contou a própria história, segundo sua versão.

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Nascido na favela de Vigário Geral, zona norte do Rio, ainda bebê Marcinho se mudou para São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Logo em seguida seu pai foi assassinado. A mãe de Marcinho foi presa quatro vezes, e ele e os três irmãos foram criados por uma tia.

Ele conta que começou a praticar assaltos aos 13 anos, para conseguir dinheiro para comprar roupas de marca. Dos roubos passou para o comércio de drogas, ascendeu na hierarquia e logo se tornou o líder do tráfico no complexo do Alemão, conjunto de favelas da zona norte do Rio e um dos principais redutos do CV.

O rapper Oruam usando a camiseta com a foto de seu pai, Marcinho VP, e a palavra "liberdade": show no Lollapalooza e defesa da liberdade do traficante Foto: Reprodução/Lollapalooza
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Processado e condenado por tráfico de drogas e homicídios, Marcinho foi preso no fim de agosto de 1996 em Porto Alegre, numa ação comandada pelo detetive José Carlos Guimarães, então integrante da Divisão Regional Metropolitana 5 (Metropol 5) da Polícia Civil do Rio.

O policial passou quatro meses investigando o paradeiro de Marcinho. Segundo a imprensa registrou à época, a prisão gerou um pedido de desculpas do então governador do Rio, Marcello Alencar, ao então governador do Rio Grande do Sul, Antônio Britto, porque os policiais fluminenses não avisaram a polícia gaúcha sobre a operação.

Desde então o pai de Oruam nunca saiu da prisão, mas, segundo a polícia e a Justiça, de dentro da cela seguiu liderando o Comando Vermelho e ordenando homicídios e outros crimes. Uma das mortes teria sido a de um xará – Márcio Amaro de Oliveira, também conhecido como Marcinho VP e líder do Comando Vermelho na favela Dona Marta, em Botafogo (zona sul).

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Ele estava preso na penitenciária Doutor Serrano Neves (Bangu 3), na zona oeste do Rio, em 2003, quando contou detalhes do esquema do tráfico para o jornalista Caco Barcellos, que os registrou no livro Abusado. As declarações teriam irritado o Marcinho VP do Complexo do Alemão, que estava preso em Bangu 1 e teria feito ameaças para que o outro se calasse.

Agentes carcerários chegaram a interceptar um telegrama, supostamente enviado por Marcinho do Alemão ao outro, com o recado: “cala a boca se não você vai para a vala”. Dias depois, o Marcinho do Dona Marta foi morto por esganadura e abandonado numa lixeira da galeria A3.

Desde janeiro de 2024, Marcinho VP está detido no Presídio Federal de Campo Grande. A polícia afirma que ele segue dando ordens para os integrantes do Comando Vermelho que estão nas ruas. Em outubro de 2023, quando ainda estava no Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná, ele teria dado ordens para a troca de comando do CV no Rio, segundo apuração policial. A defesa de Marcinho nega.

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Texto divulgado nas redes sociais pelo rapper Oruam após apresentação no Lollapalooza, em defesa do pai, Marcinho VP Foto: Reprodução/Instagram Oruam_

O filho, Oruam, afirma que o pai está pagando pelos erros “e com sobra”, como escreveu numa rede social logo após a apresentação no Lollapalooza. “Só queria que pudesse cumprir uma pena digna e saísse de cabeça erguida”, seguiu. “Todos sabem que você já pagou sua pena”, também disse o rapper.

No domingo, 24, o rapper Oruam se apresentou no festival Lollapalooza, em São Paulo, vestindo camisa com a foto do próprio pai. Abaixo da imagem se lia a palavra “liberdade”. Com 22 anos, Oruam já é destaque do trap nacional e um dos artistas mais ouvidos do Brasil. Seu pai é Márcio dos Santos Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP e apontado um dos dois principais líderes da facção Comando Vermelho (CV) – o outro é Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.

Marcinho VP tem 54 anos e está preso desde os 26 – portanto, Oruam nunca conviveu com o pai fora da cadeia. Autor de dois livros, no primeiro deles Marcinho contou a própria história, segundo sua versão.

Nascido na favela de Vigário Geral, zona norte do Rio, ainda bebê Marcinho se mudou para São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Logo em seguida seu pai foi assassinado. A mãe de Marcinho foi presa quatro vezes, e ele e os três irmãos foram criados por uma tia.

Ele conta que começou a praticar assaltos aos 13 anos, para conseguir dinheiro para comprar roupas de marca. Dos roubos passou para o comércio de drogas, ascendeu na hierarquia e logo se tornou o líder do tráfico no complexo do Alemão, conjunto de favelas da zona norte do Rio e um dos principais redutos do CV.

O rapper Oruam usando a camiseta com a foto de seu pai, Marcinho VP, e a palavra "liberdade": show no Lollapalooza e defesa da liberdade do traficante Foto: Reprodução/Lollapalooza

Processado e condenado por tráfico de drogas e homicídios, Marcinho foi preso no fim de agosto de 1996 em Porto Alegre, numa ação comandada pelo detetive José Carlos Guimarães, então integrante da Divisão Regional Metropolitana 5 (Metropol 5) da Polícia Civil do Rio.

O policial passou quatro meses investigando o paradeiro de Marcinho. Segundo a imprensa registrou à época, a prisão gerou um pedido de desculpas do então governador do Rio, Marcello Alencar, ao então governador do Rio Grande do Sul, Antônio Britto, porque os policiais fluminenses não avisaram a polícia gaúcha sobre a operação.

Desde então o pai de Oruam nunca saiu da prisão, mas, segundo a polícia e a Justiça, de dentro da cela seguiu liderando o Comando Vermelho e ordenando homicídios e outros crimes. Uma das mortes teria sido a de um xará – Márcio Amaro de Oliveira, também conhecido como Marcinho VP e líder do Comando Vermelho na favela Dona Marta, em Botafogo (zona sul).

Ele estava preso na penitenciária Doutor Serrano Neves (Bangu 3), na zona oeste do Rio, em 2003, quando contou detalhes do esquema do tráfico para o jornalista Caco Barcellos, que os registrou no livro Abusado. As declarações teriam irritado o Marcinho VP do Complexo do Alemão, que estava preso em Bangu 1 e teria feito ameaças para que o outro se calasse.

Agentes carcerários chegaram a interceptar um telegrama, supostamente enviado por Marcinho do Alemão ao outro, com o recado: “cala a boca se não você vai para a vala”. Dias depois, o Marcinho do Dona Marta foi morto por esganadura e abandonado numa lixeira da galeria A3.

Desde janeiro de 2024, Marcinho VP está detido no Presídio Federal de Campo Grande. A polícia afirma que ele segue dando ordens para os integrantes do Comando Vermelho que estão nas ruas. Em outubro de 2023, quando ainda estava no Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná, ele teria dado ordens para a troca de comando do CV no Rio, segundo apuração policial. A defesa de Marcinho nega.

Texto divulgado nas redes sociais pelo rapper Oruam após apresentação no Lollapalooza, em defesa do pai, Marcinho VP Foto: Reprodução/Instagram Oruam_

O filho, Oruam, afirma que o pai está pagando pelos erros “e com sobra”, como escreveu numa rede social logo após a apresentação no Lollapalooza. “Só queria que pudesse cumprir uma pena digna e saísse de cabeça erguida”, seguiu. “Todos sabem que você já pagou sua pena”, também disse o rapper.

No domingo, 24, o rapper Oruam se apresentou no festival Lollapalooza, em São Paulo, vestindo camisa com a foto do próprio pai. Abaixo da imagem se lia a palavra “liberdade”. Com 22 anos, Oruam já é destaque do trap nacional e um dos artistas mais ouvidos do Brasil. Seu pai é Márcio dos Santos Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP e apontado um dos dois principais líderes da facção Comando Vermelho (CV) – o outro é Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.

Marcinho VP tem 54 anos e está preso desde os 26 – portanto, Oruam nunca conviveu com o pai fora da cadeia. Autor de dois livros, no primeiro deles Marcinho contou a própria história, segundo sua versão.

Nascido na favela de Vigário Geral, zona norte do Rio, ainda bebê Marcinho se mudou para São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Logo em seguida seu pai foi assassinado. A mãe de Marcinho foi presa quatro vezes, e ele e os três irmãos foram criados por uma tia.

Ele conta que começou a praticar assaltos aos 13 anos, para conseguir dinheiro para comprar roupas de marca. Dos roubos passou para o comércio de drogas, ascendeu na hierarquia e logo se tornou o líder do tráfico no complexo do Alemão, conjunto de favelas da zona norte do Rio e um dos principais redutos do CV.

O rapper Oruam usando a camiseta com a foto de seu pai, Marcinho VP, e a palavra "liberdade": show no Lollapalooza e defesa da liberdade do traficante Foto: Reprodução/Lollapalooza

Processado e condenado por tráfico de drogas e homicídios, Marcinho foi preso no fim de agosto de 1996 em Porto Alegre, numa ação comandada pelo detetive José Carlos Guimarães, então integrante da Divisão Regional Metropolitana 5 (Metropol 5) da Polícia Civil do Rio.

O policial passou quatro meses investigando o paradeiro de Marcinho. Segundo a imprensa registrou à época, a prisão gerou um pedido de desculpas do então governador do Rio, Marcello Alencar, ao então governador do Rio Grande do Sul, Antônio Britto, porque os policiais fluminenses não avisaram a polícia gaúcha sobre a operação.

Desde então o pai de Oruam nunca saiu da prisão, mas, segundo a polícia e a Justiça, de dentro da cela seguiu liderando o Comando Vermelho e ordenando homicídios e outros crimes. Uma das mortes teria sido a de um xará – Márcio Amaro de Oliveira, também conhecido como Marcinho VP e líder do Comando Vermelho na favela Dona Marta, em Botafogo (zona sul).

Ele estava preso na penitenciária Doutor Serrano Neves (Bangu 3), na zona oeste do Rio, em 2003, quando contou detalhes do esquema do tráfico para o jornalista Caco Barcellos, que os registrou no livro Abusado. As declarações teriam irritado o Marcinho VP do Complexo do Alemão, que estava preso em Bangu 1 e teria feito ameaças para que o outro se calasse.

Agentes carcerários chegaram a interceptar um telegrama, supostamente enviado por Marcinho do Alemão ao outro, com o recado: “cala a boca se não você vai para a vala”. Dias depois, o Marcinho do Dona Marta foi morto por esganadura e abandonado numa lixeira da galeria A3.

Desde janeiro de 2024, Marcinho VP está detido no Presídio Federal de Campo Grande. A polícia afirma que ele segue dando ordens para os integrantes do Comando Vermelho que estão nas ruas. Em outubro de 2023, quando ainda estava no Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná, ele teria dado ordens para a troca de comando do CV no Rio, segundo apuração policial. A defesa de Marcinho nega.

Texto divulgado nas redes sociais pelo rapper Oruam após apresentação no Lollapalooza, em defesa do pai, Marcinho VP Foto: Reprodução/Instagram Oruam_

O filho, Oruam, afirma que o pai está pagando pelos erros “e com sobra”, como escreveu numa rede social logo após a apresentação no Lollapalooza. “Só queria que pudesse cumprir uma pena digna e saísse de cabeça erguida”, seguiu. “Todos sabem que você já pagou sua pena”, também disse o rapper.

No domingo, 24, o rapper Oruam se apresentou no festival Lollapalooza, em São Paulo, vestindo camisa com a foto do próprio pai. Abaixo da imagem se lia a palavra “liberdade”. Com 22 anos, Oruam já é destaque do trap nacional e um dos artistas mais ouvidos do Brasil. Seu pai é Márcio dos Santos Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP e apontado um dos dois principais líderes da facção Comando Vermelho (CV) – o outro é Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.

Marcinho VP tem 54 anos e está preso desde os 26 – portanto, Oruam nunca conviveu com o pai fora da cadeia. Autor de dois livros, no primeiro deles Marcinho contou a própria história, segundo sua versão.

Nascido na favela de Vigário Geral, zona norte do Rio, ainda bebê Marcinho se mudou para São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Logo em seguida seu pai foi assassinado. A mãe de Marcinho foi presa quatro vezes, e ele e os três irmãos foram criados por uma tia.

Ele conta que começou a praticar assaltos aos 13 anos, para conseguir dinheiro para comprar roupas de marca. Dos roubos passou para o comércio de drogas, ascendeu na hierarquia e logo se tornou o líder do tráfico no complexo do Alemão, conjunto de favelas da zona norte do Rio e um dos principais redutos do CV.

O rapper Oruam usando a camiseta com a foto de seu pai, Marcinho VP, e a palavra "liberdade": show no Lollapalooza e defesa da liberdade do traficante Foto: Reprodução/Lollapalooza

Processado e condenado por tráfico de drogas e homicídios, Marcinho foi preso no fim de agosto de 1996 em Porto Alegre, numa ação comandada pelo detetive José Carlos Guimarães, então integrante da Divisão Regional Metropolitana 5 (Metropol 5) da Polícia Civil do Rio.

O policial passou quatro meses investigando o paradeiro de Marcinho. Segundo a imprensa registrou à época, a prisão gerou um pedido de desculpas do então governador do Rio, Marcello Alencar, ao então governador do Rio Grande do Sul, Antônio Britto, porque os policiais fluminenses não avisaram a polícia gaúcha sobre a operação.

Desde então o pai de Oruam nunca saiu da prisão, mas, segundo a polícia e a Justiça, de dentro da cela seguiu liderando o Comando Vermelho e ordenando homicídios e outros crimes. Uma das mortes teria sido a de um xará – Márcio Amaro de Oliveira, também conhecido como Marcinho VP e líder do Comando Vermelho na favela Dona Marta, em Botafogo (zona sul).

Ele estava preso na penitenciária Doutor Serrano Neves (Bangu 3), na zona oeste do Rio, em 2003, quando contou detalhes do esquema do tráfico para o jornalista Caco Barcellos, que os registrou no livro Abusado. As declarações teriam irritado o Marcinho VP do Complexo do Alemão, que estava preso em Bangu 1 e teria feito ameaças para que o outro se calasse.

Agentes carcerários chegaram a interceptar um telegrama, supostamente enviado por Marcinho do Alemão ao outro, com o recado: “cala a boca se não você vai para a vala”. Dias depois, o Marcinho do Dona Marta foi morto por esganadura e abandonado numa lixeira da galeria A3.

Desde janeiro de 2024, Marcinho VP está detido no Presídio Federal de Campo Grande. A polícia afirma que ele segue dando ordens para os integrantes do Comando Vermelho que estão nas ruas. Em outubro de 2023, quando ainda estava no Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná, ele teria dado ordens para a troca de comando do CV no Rio, segundo apuração policial. A defesa de Marcinho nega.

Texto divulgado nas redes sociais pelo rapper Oruam após apresentação no Lollapalooza, em defesa do pai, Marcinho VP Foto: Reprodução/Instagram Oruam_

O filho, Oruam, afirma que o pai está pagando pelos erros “e com sobra”, como escreveu numa rede social logo após a apresentação no Lollapalooza. “Só queria que pudesse cumprir uma pena digna e saísse de cabeça erguida”, seguiu. “Todos sabem que você já pagou sua pena”, também disse o rapper.

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