Operação policial revela rotas do tráfico de cocaína para a Europa


Rede criminosa movimentava toneladas de cocaína e contava com integrantes dos Bálcãs Ocidentais; autoridades de diversos países participaram das ações

Por Renata Okumura
Atualização:

Uma megaoperação internacional desmantelou uma organização criminosa de tráfico de drogas, segundo informações divulgadas na quinta-feira, 13, pela Polícia Federal. A operação final, realizada na quarta-feira, 12, representa o resultado de uma série de ações executadas pela PF e autoridades internacionais ao longo dos últimos três anos.

“Em ação coordenada entre autoridades policiais de Brasil, Espanha, Bélgica, Croácia, Alemanha, Itália, Sérvia, Emirados Árabes Unidos e Turquia, sob a coordenação da Europol e apoio da Rede @ON, foi desmantelada uma importante rede criminosa envolvida no tráfico de grandes quantidades de cocaína da América do Sul (Colômbia, Brasil e Equador) para a União Europeia”, afirmou a PF, por meio de comunicado.

De acordo com a órgão federal, a rede criminosa, liderada por indivíduos situados temporariamente em Dubai e Turquia, movimentava toneladas de cocaína e contava com integrantes dos Bálcãs Ocidentais.

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Por meio das investigações, foi possível ainda identificar rotas marítimas utilizadas pelo grupo, com centros logísticos na África Ocidental e nas Ilhas Canárias. “Na Europa, a cocaína era distribuída por meio de centros na Bélgica, Croácia, Alemanha, Itália e Espanha”, disse a PF.

Na última quarta-feira, foram realizadas quatro prisões e sete buscas domiciliares na Espanha, além de apreensões de joias, relógios de luxo, arma de fogo, munição, € 109 mil (R$625 mil) em espécie, equipamentos eletrônicos e outras evidências nos locais vistoriados.

Em março deste ano, a última fase da investigação revelou que cerca de 500 contas bancárias movimentaram mais de € 371 milhões (R$ 2 bilhões) nos últimos anos. Na ocasião, foram presos dois suspeitos e apreendidos bens avaliados em € 12 milhões (R$ 68 milhões) e US$ 3 milhões (R$ 16 milhões) em espécie.

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Durante toda a operação, a Polícia Federal ajudou a desarticular a organização criminosa responsável pelo transporte da cocaína por via terrestre, desde os países produtores até portos no Brasil e outros centros logísticos. “A rede brasileira também fornecia serviços de logística e facilitava atividades de lavagem de dinheiro para outras organizações criminosas”, acrescentou o órgão.

Ações realizadas ao longo da operação:

  • Total de prisões: 40 no Brasil, Croácia, Alemanha, Sérvia, Espanha e Turquia;
  • Apreensão de cocaína: cerca de 8 toneladas na Bélgica, Holanda e Espanha;
  • Apreensão de ativos: € 12,5 milhões (R$ 71,7 milhões) e US$ 3 milhões (R$ 16 milhões) no Brasil, e mais de € 50 milhões (R$ 286 milhões) congelados na Sérvia.
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Polícia Federal e autoridades internacionais desmantelam organização criminosa de tráfico de cocaína. Foto: Divulgação/PF

Tráfico de drogas: Ligação do PCC com a África para chegar à Europa

Maior organização criminosa brasileira, o Primeiro Comando da Capital (PCC) tem expandido o envio de cocaína para a África Ocidental para tentar, a partir de lá, diversificar as rotas para diferentes regiões da Europa, onde o grama da droga pode chegar a US$ 85 (R$ 455). Em países vizinhos ao Brasil, como Colômbia, Peru e Bolívia, a mesma quantidade é comprada de fornecedores da facção paulista por apenas US$ 1 (R$ 5,35), conforme mostrou reportagem do Estadão.

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Em 2022, foram apreendidas 24 toneladas de cocaína na África Ocidental, patamar sem precedentes. Para se ter ideia da influência do PCC, entre os países dessa região, apenas Senegal estava entre os 10 principais destinos do pó apreendido em portos brasileiros em 2018. A partir do ano seguinte, Nigéria, Gana e Serra Leoa também figuraram na lista, em fenômeno que tende a crescer ainda mais.

Esses são algumas das informações reunidas pelos pesquisadores Gabriel Feltran, Isabela Vianna Pinho e Lucia Bird Ruiz-Benitez de Lugo no relatório Ligações Atlânticas: o PCC e o tráfico de cocaína entre o Brasil e a África Ocidental, publicado pela Iniciativa Global Contra o Crime Organizado Transnacional (Gitoc, na sigla em inglês) e traduzido recentemente para o português.

Os pesquisadores apontam ainda que o PCC intensificou o envio de cocaína a partir da metade da década passada, com avanço significativo sobre o Porto de Santos, o maior do hemisfério sul. /ÍTALO LO RE

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Uma megaoperação internacional desmantelou uma organização criminosa de tráfico de drogas, segundo informações divulgadas na quinta-feira, 13, pela Polícia Federal. A operação final, realizada na quarta-feira, 12, representa o resultado de uma série de ações executadas pela PF e autoridades internacionais ao longo dos últimos três anos.

“Em ação coordenada entre autoridades policiais de Brasil, Espanha, Bélgica, Croácia, Alemanha, Itália, Sérvia, Emirados Árabes Unidos e Turquia, sob a coordenação da Europol e apoio da Rede @ON, foi desmantelada uma importante rede criminosa envolvida no tráfico de grandes quantidades de cocaína da América do Sul (Colômbia, Brasil e Equador) para a União Europeia”, afirmou a PF, por meio de comunicado.

De acordo com a órgão federal, a rede criminosa, liderada por indivíduos situados temporariamente em Dubai e Turquia, movimentava toneladas de cocaína e contava com integrantes dos Bálcãs Ocidentais.

Por meio das investigações, foi possível ainda identificar rotas marítimas utilizadas pelo grupo, com centros logísticos na África Ocidental e nas Ilhas Canárias. “Na Europa, a cocaína era distribuída por meio de centros na Bélgica, Croácia, Alemanha, Itália e Espanha”, disse a PF.

Na última quarta-feira, foram realizadas quatro prisões e sete buscas domiciliares na Espanha, além de apreensões de joias, relógios de luxo, arma de fogo, munição, € 109 mil (R$625 mil) em espécie, equipamentos eletrônicos e outras evidências nos locais vistoriados.

Em março deste ano, a última fase da investigação revelou que cerca de 500 contas bancárias movimentaram mais de € 371 milhões (R$ 2 bilhões) nos últimos anos. Na ocasião, foram presos dois suspeitos e apreendidos bens avaliados em € 12 milhões (R$ 68 milhões) e US$ 3 milhões (R$ 16 milhões) em espécie.

Durante toda a operação, a Polícia Federal ajudou a desarticular a organização criminosa responsável pelo transporte da cocaína por via terrestre, desde os países produtores até portos no Brasil e outros centros logísticos. “A rede brasileira também fornecia serviços de logística e facilitava atividades de lavagem de dinheiro para outras organizações criminosas”, acrescentou o órgão.

Ações realizadas ao longo da operação:

  • Total de prisões: 40 no Brasil, Croácia, Alemanha, Sérvia, Espanha e Turquia;
  • Apreensão de cocaína: cerca de 8 toneladas na Bélgica, Holanda e Espanha;
  • Apreensão de ativos: € 12,5 milhões (R$ 71,7 milhões) e US$ 3 milhões (R$ 16 milhões) no Brasil, e mais de € 50 milhões (R$ 286 milhões) congelados na Sérvia.
Polícia Federal e autoridades internacionais desmantelam organização criminosa de tráfico de cocaína. Foto: Divulgação/PF

Tráfico de drogas: Ligação do PCC com a África para chegar à Europa

Maior organização criminosa brasileira, o Primeiro Comando da Capital (PCC) tem expandido o envio de cocaína para a África Ocidental para tentar, a partir de lá, diversificar as rotas para diferentes regiões da Europa, onde o grama da droga pode chegar a US$ 85 (R$ 455). Em países vizinhos ao Brasil, como Colômbia, Peru e Bolívia, a mesma quantidade é comprada de fornecedores da facção paulista por apenas US$ 1 (R$ 5,35), conforme mostrou reportagem do Estadão.

Em 2022, foram apreendidas 24 toneladas de cocaína na África Ocidental, patamar sem precedentes. Para se ter ideia da influência do PCC, entre os países dessa região, apenas Senegal estava entre os 10 principais destinos do pó apreendido em portos brasileiros em 2018. A partir do ano seguinte, Nigéria, Gana e Serra Leoa também figuraram na lista, em fenômeno que tende a crescer ainda mais.

Esses são algumas das informações reunidas pelos pesquisadores Gabriel Feltran, Isabela Vianna Pinho e Lucia Bird Ruiz-Benitez de Lugo no relatório Ligações Atlânticas: o PCC e o tráfico de cocaína entre o Brasil e a África Ocidental, publicado pela Iniciativa Global Contra o Crime Organizado Transnacional (Gitoc, na sigla em inglês) e traduzido recentemente para o português.

Os pesquisadores apontam ainda que o PCC intensificou o envio de cocaína a partir da metade da década passada, com avanço significativo sobre o Porto de Santos, o maior do hemisfério sul. /ÍTALO LO RE

Uma megaoperação internacional desmantelou uma organização criminosa de tráfico de drogas, segundo informações divulgadas na quinta-feira, 13, pela Polícia Federal. A operação final, realizada na quarta-feira, 12, representa o resultado de uma série de ações executadas pela PF e autoridades internacionais ao longo dos últimos três anos.

“Em ação coordenada entre autoridades policiais de Brasil, Espanha, Bélgica, Croácia, Alemanha, Itália, Sérvia, Emirados Árabes Unidos e Turquia, sob a coordenação da Europol e apoio da Rede @ON, foi desmantelada uma importante rede criminosa envolvida no tráfico de grandes quantidades de cocaína da América do Sul (Colômbia, Brasil e Equador) para a União Europeia”, afirmou a PF, por meio de comunicado.

De acordo com a órgão federal, a rede criminosa, liderada por indivíduos situados temporariamente em Dubai e Turquia, movimentava toneladas de cocaína e contava com integrantes dos Bálcãs Ocidentais.

Por meio das investigações, foi possível ainda identificar rotas marítimas utilizadas pelo grupo, com centros logísticos na África Ocidental e nas Ilhas Canárias. “Na Europa, a cocaína era distribuída por meio de centros na Bélgica, Croácia, Alemanha, Itália e Espanha”, disse a PF.

Na última quarta-feira, foram realizadas quatro prisões e sete buscas domiciliares na Espanha, além de apreensões de joias, relógios de luxo, arma de fogo, munição, € 109 mil (R$625 mil) em espécie, equipamentos eletrônicos e outras evidências nos locais vistoriados.

Em março deste ano, a última fase da investigação revelou que cerca de 500 contas bancárias movimentaram mais de € 371 milhões (R$ 2 bilhões) nos últimos anos. Na ocasião, foram presos dois suspeitos e apreendidos bens avaliados em € 12 milhões (R$ 68 milhões) e US$ 3 milhões (R$ 16 milhões) em espécie.

Durante toda a operação, a Polícia Federal ajudou a desarticular a organização criminosa responsável pelo transporte da cocaína por via terrestre, desde os países produtores até portos no Brasil e outros centros logísticos. “A rede brasileira também fornecia serviços de logística e facilitava atividades de lavagem de dinheiro para outras organizações criminosas”, acrescentou o órgão.

Ações realizadas ao longo da operação:

  • Total de prisões: 40 no Brasil, Croácia, Alemanha, Sérvia, Espanha e Turquia;
  • Apreensão de cocaína: cerca de 8 toneladas na Bélgica, Holanda e Espanha;
  • Apreensão de ativos: € 12,5 milhões (R$ 71,7 milhões) e US$ 3 milhões (R$ 16 milhões) no Brasil, e mais de € 50 milhões (R$ 286 milhões) congelados na Sérvia.
Polícia Federal e autoridades internacionais desmantelam organização criminosa de tráfico de cocaína. Foto: Divulgação/PF

Tráfico de drogas: Ligação do PCC com a África para chegar à Europa

Maior organização criminosa brasileira, o Primeiro Comando da Capital (PCC) tem expandido o envio de cocaína para a África Ocidental para tentar, a partir de lá, diversificar as rotas para diferentes regiões da Europa, onde o grama da droga pode chegar a US$ 85 (R$ 455). Em países vizinhos ao Brasil, como Colômbia, Peru e Bolívia, a mesma quantidade é comprada de fornecedores da facção paulista por apenas US$ 1 (R$ 5,35), conforme mostrou reportagem do Estadão.

Em 2022, foram apreendidas 24 toneladas de cocaína na África Ocidental, patamar sem precedentes. Para se ter ideia da influência do PCC, entre os países dessa região, apenas Senegal estava entre os 10 principais destinos do pó apreendido em portos brasileiros em 2018. A partir do ano seguinte, Nigéria, Gana e Serra Leoa também figuraram na lista, em fenômeno que tende a crescer ainda mais.

Esses são algumas das informações reunidas pelos pesquisadores Gabriel Feltran, Isabela Vianna Pinho e Lucia Bird Ruiz-Benitez de Lugo no relatório Ligações Atlânticas: o PCC e o tráfico de cocaína entre o Brasil e a África Ocidental, publicado pela Iniciativa Global Contra o Crime Organizado Transnacional (Gitoc, na sigla em inglês) e traduzido recentemente para o português.

Os pesquisadores apontam ainda que o PCC intensificou o envio de cocaína a partir da metade da década passada, com avanço significativo sobre o Porto de Santos, o maior do hemisfério sul. /ÍTALO LO RE

Uma megaoperação internacional desmantelou uma organização criminosa de tráfico de drogas, segundo informações divulgadas na quinta-feira, 13, pela Polícia Federal. A operação final, realizada na quarta-feira, 12, representa o resultado de uma série de ações executadas pela PF e autoridades internacionais ao longo dos últimos três anos.

“Em ação coordenada entre autoridades policiais de Brasil, Espanha, Bélgica, Croácia, Alemanha, Itália, Sérvia, Emirados Árabes Unidos e Turquia, sob a coordenação da Europol e apoio da Rede @ON, foi desmantelada uma importante rede criminosa envolvida no tráfico de grandes quantidades de cocaína da América do Sul (Colômbia, Brasil e Equador) para a União Europeia”, afirmou a PF, por meio de comunicado.

De acordo com a órgão federal, a rede criminosa, liderada por indivíduos situados temporariamente em Dubai e Turquia, movimentava toneladas de cocaína e contava com integrantes dos Bálcãs Ocidentais.

Por meio das investigações, foi possível ainda identificar rotas marítimas utilizadas pelo grupo, com centros logísticos na África Ocidental e nas Ilhas Canárias. “Na Europa, a cocaína era distribuída por meio de centros na Bélgica, Croácia, Alemanha, Itália e Espanha”, disse a PF.

Na última quarta-feira, foram realizadas quatro prisões e sete buscas domiciliares na Espanha, além de apreensões de joias, relógios de luxo, arma de fogo, munição, € 109 mil (R$625 mil) em espécie, equipamentos eletrônicos e outras evidências nos locais vistoriados.

Em março deste ano, a última fase da investigação revelou que cerca de 500 contas bancárias movimentaram mais de € 371 milhões (R$ 2 bilhões) nos últimos anos. Na ocasião, foram presos dois suspeitos e apreendidos bens avaliados em € 12 milhões (R$ 68 milhões) e US$ 3 milhões (R$ 16 milhões) em espécie.

Durante toda a operação, a Polícia Federal ajudou a desarticular a organização criminosa responsável pelo transporte da cocaína por via terrestre, desde os países produtores até portos no Brasil e outros centros logísticos. “A rede brasileira também fornecia serviços de logística e facilitava atividades de lavagem de dinheiro para outras organizações criminosas”, acrescentou o órgão.

Ações realizadas ao longo da operação:

  • Total de prisões: 40 no Brasil, Croácia, Alemanha, Sérvia, Espanha e Turquia;
  • Apreensão de cocaína: cerca de 8 toneladas na Bélgica, Holanda e Espanha;
  • Apreensão de ativos: € 12,5 milhões (R$ 71,7 milhões) e US$ 3 milhões (R$ 16 milhões) no Brasil, e mais de € 50 milhões (R$ 286 milhões) congelados na Sérvia.
Polícia Federal e autoridades internacionais desmantelam organização criminosa de tráfico de cocaína. Foto: Divulgação/PF

Tráfico de drogas: Ligação do PCC com a África para chegar à Europa

Maior organização criminosa brasileira, o Primeiro Comando da Capital (PCC) tem expandido o envio de cocaína para a África Ocidental para tentar, a partir de lá, diversificar as rotas para diferentes regiões da Europa, onde o grama da droga pode chegar a US$ 85 (R$ 455). Em países vizinhos ao Brasil, como Colômbia, Peru e Bolívia, a mesma quantidade é comprada de fornecedores da facção paulista por apenas US$ 1 (R$ 5,35), conforme mostrou reportagem do Estadão.

Em 2022, foram apreendidas 24 toneladas de cocaína na África Ocidental, patamar sem precedentes. Para se ter ideia da influência do PCC, entre os países dessa região, apenas Senegal estava entre os 10 principais destinos do pó apreendido em portos brasileiros em 2018. A partir do ano seguinte, Nigéria, Gana e Serra Leoa também figuraram na lista, em fenômeno que tende a crescer ainda mais.

Esses são algumas das informações reunidas pelos pesquisadores Gabriel Feltran, Isabela Vianna Pinho e Lucia Bird Ruiz-Benitez de Lugo no relatório Ligações Atlânticas: o PCC e o tráfico de cocaína entre o Brasil e a África Ocidental, publicado pela Iniciativa Global Contra o Crime Organizado Transnacional (Gitoc, na sigla em inglês) e traduzido recentemente para o português.

Os pesquisadores apontam ainda que o PCC intensificou o envio de cocaína a partir da metade da década passada, com avanço significativo sobre o Porto de Santos, o maior do hemisfério sul. /ÍTALO LO RE

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