Melhorias para a periferia são mote de exposição


Museu da Casa Brasileira reúne trabalhos de alunos de Arquitetura

Por Mônica Cardoso

Apontar soluções para melhorar a qualidade de vida de comunidades carentes é o mote da exposição Você Está Aqui, no Museu da Casa Brasileira, no Jardim Paulistano, zona oeste. Ali, foram expostos projetos de arquitetura feitos pelos alunos e supervisionados pelos professores do Núcleo de Aplicação da Escola da Cidade. A boa notícia é que muitos desses trabalhos saíram do papel e viraram parques lineares, creches e cozinhas comunitárias. O principal deles foi o de transformar uma área de 7,5 quilômetros, antes ocupada por favelas, lixo e mato, no Parque da Integração, que sai de Sapopemba e vai chegar até o Largo de São Mateus, na zona leste da capital, até o fim do ano - data prevista para a obra acabar. O terreno fica sobre a Adutora Rio Claro da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). E empresa vai investir R$ 20 milhões no projeto. "Os alunos acompanham toda a execução. É um processo dialético com moradores, associações de bairro e organizações do terceiro setor", explica Paulo Brazil, diretor do Núcleo de Aplicação. Outro projeto que rendeu frutos foi a ampliação do Centro de Assistência Social Santo Agnelo (Cassa), na Vila Liviero, zona sul, onde estão cinco favelas. A demanda do Instituto Camargo Correa, que financiou o empreendimento, era a melhoria da creche e das salas destinadas ao reforço escolar das crianças. Os alunos decidiram ampliar a sua utilização, que hoje abriga reuniões dos moradores e oferece cursos de economia doméstica, informática e costura para as mães das crianças. Aos poucos, a própria comunidade está conseguindo melhorar o espaço, com a doação de livros e computadores. O lugar, de 600 m² custou R$ 270 mil. Há, no entanto, projetos inacabados porque faltaram recursos. É o caso da Mini Vila Olímpica, na Cohab Adventista, no Capão Redondo, zona sul. A ideia era criar áreas de convivência em bairros com alto índice de violência. Previa-se a instalação de quadras e parques infantis, entre outras benfeitorias que beneficiariam 15 mil pessoas. Só foi concluída a casa da comunidade, que abriga a cozinha comunitária, biblioteca, telecentro e um salão coberto, onde ocorrem oficinas de capoeira e música. O terreno foi cedido pela Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab), que financiou o programa. "Não adianta vender o sonho da casa própria e achar que resolveu o problema. É preciso criar locais onde os moradores estabeleçam as relações sociais", diz Brazil. "Caso contrário, eles se organizam em botecos. Quando a sociedade não se organiza, o crime se organiza." A mais nova empreitada dos alunos é o Laboratório Móvel de Física da Universidade de São Paulo (USP). Inspirada em um programa semelhante realizado pela Unicamp, a proposta é levar aulas práticas de física às escolas públicas que não têm laboratórios. Trata-se de um caminhão em que todos os móveis, como bancos e mesas, são encaixáveis, comportando até 50 alunos. As aulas serão ministradas pelos alunos do curso de Física, dando uma função social ao conhecimento adquirido. O projeto está pronto e só aguarda recursos da universidade. A exposição fica em cartaz até o dia 10, de terça a domingo, das 10 às 18 horas. A entrada é gratuita aos domingos e feriados; nos demais dias, o ingresso custa R$ 4. O Museu da Casa Brasileira fica na Avenida Faria Lima, 2.705, no Jardim Paulistano.

Apontar soluções para melhorar a qualidade de vida de comunidades carentes é o mote da exposição Você Está Aqui, no Museu da Casa Brasileira, no Jardim Paulistano, zona oeste. Ali, foram expostos projetos de arquitetura feitos pelos alunos e supervisionados pelos professores do Núcleo de Aplicação da Escola da Cidade. A boa notícia é que muitos desses trabalhos saíram do papel e viraram parques lineares, creches e cozinhas comunitárias. O principal deles foi o de transformar uma área de 7,5 quilômetros, antes ocupada por favelas, lixo e mato, no Parque da Integração, que sai de Sapopemba e vai chegar até o Largo de São Mateus, na zona leste da capital, até o fim do ano - data prevista para a obra acabar. O terreno fica sobre a Adutora Rio Claro da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). E empresa vai investir R$ 20 milhões no projeto. "Os alunos acompanham toda a execução. É um processo dialético com moradores, associações de bairro e organizações do terceiro setor", explica Paulo Brazil, diretor do Núcleo de Aplicação. Outro projeto que rendeu frutos foi a ampliação do Centro de Assistência Social Santo Agnelo (Cassa), na Vila Liviero, zona sul, onde estão cinco favelas. A demanda do Instituto Camargo Correa, que financiou o empreendimento, era a melhoria da creche e das salas destinadas ao reforço escolar das crianças. Os alunos decidiram ampliar a sua utilização, que hoje abriga reuniões dos moradores e oferece cursos de economia doméstica, informática e costura para as mães das crianças. Aos poucos, a própria comunidade está conseguindo melhorar o espaço, com a doação de livros e computadores. O lugar, de 600 m² custou R$ 270 mil. Há, no entanto, projetos inacabados porque faltaram recursos. É o caso da Mini Vila Olímpica, na Cohab Adventista, no Capão Redondo, zona sul. A ideia era criar áreas de convivência em bairros com alto índice de violência. Previa-se a instalação de quadras e parques infantis, entre outras benfeitorias que beneficiariam 15 mil pessoas. Só foi concluída a casa da comunidade, que abriga a cozinha comunitária, biblioteca, telecentro e um salão coberto, onde ocorrem oficinas de capoeira e música. O terreno foi cedido pela Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab), que financiou o programa. "Não adianta vender o sonho da casa própria e achar que resolveu o problema. É preciso criar locais onde os moradores estabeleçam as relações sociais", diz Brazil. "Caso contrário, eles se organizam em botecos. Quando a sociedade não se organiza, o crime se organiza." A mais nova empreitada dos alunos é o Laboratório Móvel de Física da Universidade de São Paulo (USP). Inspirada em um programa semelhante realizado pela Unicamp, a proposta é levar aulas práticas de física às escolas públicas que não têm laboratórios. Trata-se de um caminhão em que todos os móveis, como bancos e mesas, são encaixáveis, comportando até 50 alunos. As aulas serão ministradas pelos alunos do curso de Física, dando uma função social ao conhecimento adquirido. O projeto está pronto e só aguarda recursos da universidade. A exposição fica em cartaz até o dia 10, de terça a domingo, das 10 às 18 horas. A entrada é gratuita aos domingos e feriados; nos demais dias, o ingresso custa R$ 4. O Museu da Casa Brasileira fica na Avenida Faria Lima, 2.705, no Jardim Paulistano.

Apontar soluções para melhorar a qualidade de vida de comunidades carentes é o mote da exposição Você Está Aqui, no Museu da Casa Brasileira, no Jardim Paulistano, zona oeste. Ali, foram expostos projetos de arquitetura feitos pelos alunos e supervisionados pelos professores do Núcleo de Aplicação da Escola da Cidade. A boa notícia é que muitos desses trabalhos saíram do papel e viraram parques lineares, creches e cozinhas comunitárias. O principal deles foi o de transformar uma área de 7,5 quilômetros, antes ocupada por favelas, lixo e mato, no Parque da Integração, que sai de Sapopemba e vai chegar até o Largo de São Mateus, na zona leste da capital, até o fim do ano - data prevista para a obra acabar. O terreno fica sobre a Adutora Rio Claro da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). E empresa vai investir R$ 20 milhões no projeto. "Os alunos acompanham toda a execução. É um processo dialético com moradores, associações de bairro e organizações do terceiro setor", explica Paulo Brazil, diretor do Núcleo de Aplicação. Outro projeto que rendeu frutos foi a ampliação do Centro de Assistência Social Santo Agnelo (Cassa), na Vila Liviero, zona sul, onde estão cinco favelas. A demanda do Instituto Camargo Correa, que financiou o empreendimento, era a melhoria da creche e das salas destinadas ao reforço escolar das crianças. Os alunos decidiram ampliar a sua utilização, que hoje abriga reuniões dos moradores e oferece cursos de economia doméstica, informática e costura para as mães das crianças. Aos poucos, a própria comunidade está conseguindo melhorar o espaço, com a doação de livros e computadores. O lugar, de 600 m² custou R$ 270 mil. Há, no entanto, projetos inacabados porque faltaram recursos. É o caso da Mini Vila Olímpica, na Cohab Adventista, no Capão Redondo, zona sul. A ideia era criar áreas de convivência em bairros com alto índice de violência. Previa-se a instalação de quadras e parques infantis, entre outras benfeitorias que beneficiariam 15 mil pessoas. Só foi concluída a casa da comunidade, que abriga a cozinha comunitária, biblioteca, telecentro e um salão coberto, onde ocorrem oficinas de capoeira e música. O terreno foi cedido pela Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab), que financiou o programa. "Não adianta vender o sonho da casa própria e achar que resolveu o problema. É preciso criar locais onde os moradores estabeleçam as relações sociais", diz Brazil. "Caso contrário, eles se organizam em botecos. Quando a sociedade não se organiza, o crime se organiza." A mais nova empreitada dos alunos é o Laboratório Móvel de Física da Universidade de São Paulo (USP). Inspirada em um programa semelhante realizado pela Unicamp, a proposta é levar aulas práticas de física às escolas públicas que não têm laboratórios. Trata-se de um caminhão em que todos os móveis, como bancos e mesas, são encaixáveis, comportando até 50 alunos. As aulas serão ministradas pelos alunos do curso de Física, dando uma função social ao conhecimento adquirido. O projeto está pronto e só aguarda recursos da universidade. A exposição fica em cartaz até o dia 10, de terça a domingo, das 10 às 18 horas. A entrada é gratuita aos domingos e feriados; nos demais dias, o ingresso custa R$ 4. O Museu da Casa Brasileira fica na Avenida Faria Lima, 2.705, no Jardim Paulistano.

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