Metade dos alunos do 3º ano não sabe qual carreira seguir


Pesquisa feita com adolescentes reflete a indecisão dos vestibulandos na hora de escolher um curso e a pouca ajuda oferecida pelas escolas

Por Ocimara Balmant e Especial para o Estado

O que Engenharia Mecatrônica pode ter a ver com Veterinária? Ou Medicina com Relações Públicas? Na teoria, nada. Mas, para muitos vestibulandos, apesar de tão distintas, escolher entre uma ou outra dessas profissões é um enigma bastante complexo e com pouco tempo para ser desvendado.

 

No início da fase de inscrições para os principais vestibulares do País, 54% dos estudantes do 3º ano do ensino médio ainda não decidiram qual carreira querem seguir. O índice é resultado de uma pesquisa realizada pelo Portal Educacional com 2 mil adolescentes.

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Pedro Laganaro, de 17 anos, aluno do Colégio Pentágono, faz parte desse contingente de indecisos. "Não tenho a mínima ideia do que vou fazer. Com certeza, exatas eu não faço, porque gosto de humanas e biológicas. Mas só isso que sei", diz o aluno do 3º ano.

 

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Pedro acredita que metade de sua turma também não se decidiu sobre a carreira. "Muita gente está entre uma e outra carreira e há os que têm dúvidas sobre, por exemplo, qual das Engenharias vai fazer. Decididos, mesmo, são bem poucos".

 

Para Selena Garcia Greca, a psicóloga que coordenou a pesquisa, a indecisão reflete o quanto esse momento de decisão ainda é subestimado. "Apesar de estudarem tanto para o vestibular, eles não encaram a escolha do curso como parte do processo. Ele é muito novo, tem 16, 17 anos, e, como não há na escola uma matéria que o prepare, adquire uma postura passiva", diz.

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Os números da pesquisa mostram essa omissão da escola: em apenas 10% delas existe um trabalho específico de orientação vocacional. O mais comum é os colégios oferecerem ações consideradas pouco efetivas pelos especialistas. As escolas ainda recomendam participação em feiras, palestras com profissionais às vésperas do momento da inscrição e realização de testes vocacionais, inclusive aqueles que sugerem o futuro do adolescente depois que ele responde a uma bateria de questões de múltipla escolha.

 

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Veja também:

 

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"A missão da escola é trabalhar com o desenvolvimento integral do seu educando e isso é pensar também na saída dele e em sua vocação profissional. Quando não faz isso, ela falha em um dos seus objetivos", diz Silvio Boch, vice-presidente da Associação Brasileira de Orientadores Profissionais (ABOP).

 

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Erros. Sem orientação adequada, a decisão acaba levando em conta critérios objetivos, mas discutíveis - como os salários pagos na área pretendida e a perspectiva de crescimento do mercado (opção indicada por 18% dos entrevistados como uma boa forma de eleger a profissão). Há também argumentos bem mais frágeis, como a ideia de que o curso de Engenharia Naval é indicado para quem gosta de velejar ou que os amantes de videogames terão êxito caso escolham Ciência da Computação.

 

São as escolhas equivocadas as principais responsáveis pelos porcentuais de evasão universitária, um índice que chega a 40% do total de matriculados.

 

Vitor Aquino, de 26 anos, faz parte dessa estatística: desistiu duas vezes. A primeira foi logo que terminou o ensino médio. Atraído pelo salário, matriculou-se no curso de Engenharia de Produção, mas abandonou após um semestre. "Experimentei, não gostei, resolvi parar". Sua segunda tentativa também foi na área de exatas: Mecatrônica. Parou um ano antes de pegar o diploma ao perceber que o campo de atuação seria a indústria.

 

Sem saber o que fazer, Vitor decidiu seguir o conselho da mãe e buscar orientação profissional. O processo envolveu conversas, produção de texto e a participação da família, convidada a ajudar na decisão. Hoje está no quarto semestre de Medicina Veterinária. "Sempre gostei de bicho, mas nunca imaginei que iria trabalhar com isso profissionalmente", diz ele. Quando se formar, aos 26 anos, pretende trabalhar com melhoramento genético de animais de grande porte.

 

Públicas. Para prevenir que situações como essa aconteçam aos alunos oriundos de escolas públicas e que muitas vezes não têm condições financeiras de arcar com uma escolha errada, é preciso investir em processos de orientação profissional, diz Bloch.

 

"Antes, esse aluno nem chegava à universidade. Agora, com as políticas de inclusão como o ProUni, o jovem escolhe em função do número de pontos feitos no Enem. Se consegue pontos pra fazer licenciatura, faz sem saber que isso significa formação de professores."

 

Mas, apesar de todo o ônus, reconhecer o erro da escolha e fazer uma nova tentativa é melhor do que persistir na carreira equivocada, dizem os especialistas. Serão apenas alguns anos de atraso no início de uma atuação que vai durar décadas.

 

RETRATO

 

- 48% usam a internet como principal meio para se informar

 

- 18% escolhem pelo salário

 

- 14% escolheram desde criança

 

- 23% conversam com o professor

O que Engenharia Mecatrônica pode ter a ver com Veterinária? Ou Medicina com Relações Públicas? Na teoria, nada. Mas, para muitos vestibulandos, apesar de tão distintas, escolher entre uma ou outra dessas profissões é um enigma bastante complexo e com pouco tempo para ser desvendado.

 

No início da fase de inscrições para os principais vestibulares do País, 54% dos estudantes do 3º ano do ensino médio ainda não decidiram qual carreira querem seguir. O índice é resultado de uma pesquisa realizada pelo Portal Educacional com 2 mil adolescentes.

 

Pedro Laganaro, de 17 anos, aluno do Colégio Pentágono, faz parte desse contingente de indecisos. "Não tenho a mínima ideia do que vou fazer. Com certeza, exatas eu não faço, porque gosto de humanas e biológicas. Mas só isso que sei", diz o aluno do 3º ano.

 

Pedro acredita que metade de sua turma também não se decidiu sobre a carreira. "Muita gente está entre uma e outra carreira e há os que têm dúvidas sobre, por exemplo, qual das Engenharias vai fazer. Decididos, mesmo, são bem poucos".

 

Para Selena Garcia Greca, a psicóloga que coordenou a pesquisa, a indecisão reflete o quanto esse momento de decisão ainda é subestimado. "Apesar de estudarem tanto para o vestibular, eles não encaram a escolha do curso como parte do processo. Ele é muito novo, tem 16, 17 anos, e, como não há na escola uma matéria que o prepare, adquire uma postura passiva", diz.

 

Os números da pesquisa mostram essa omissão da escola: em apenas 10% delas existe um trabalho específico de orientação vocacional. O mais comum é os colégios oferecerem ações consideradas pouco efetivas pelos especialistas. As escolas ainda recomendam participação em feiras, palestras com profissionais às vésperas do momento da inscrição e realização de testes vocacionais, inclusive aqueles que sugerem o futuro do adolescente depois que ele responde a uma bateria de questões de múltipla escolha.

 

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"A missão da escola é trabalhar com o desenvolvimento integral do seu educando e isso é pensar também na saída dele e em sua vocação profissional. Quando não faz isso, ela falha em um dos seus objetivos", diz Silvio Boch, vice-presidente da Associação Brasileira de Orientadores Profissionais (ABOP).

 

Erros. Sem orientação adequada, a decisão acaba levando em conta critérios objetivos, mas discutíveis - como os salários pagos na área pretendida e a perspectiva de crescimento do mercado (opção indicada por 18% dos entrevistados como uma boa forma de eleger a profissão). Há também argumentos bem mais frágeis, como a ideia de que o curso de Engenharia Naval é indicado para quem gosta de velejar ou que os amantes de videogames terão êxito caso escolham Ciência da Computação.

 

São as escolhas equivocadas as principais responsáveis pelos porcentuais de evasão universitária, um índice que chega a 40% do total de matriculados.

 

Vitor Aquino, de 26 anos, faz parte dessa estatística: desistiu duas vezes. A primeira foi logo que terminou o ensino médio. Atraído pelo salário, matriculou-se no curso de Engenharia de Produção, mas abandonou após um semestre. "Experimentei, não gostei, resolvi parar". Sua segunda tentativa também foi na área de exatas: Mecatrônica. Parou um ano antes de pegar o diploma ao perceber que o campo de atuação seria a indústria.

 

Sem saber o que fazer, Vitor decidiu seguir o conselho da mãe e buscar orientação profissional. O processo envolveu conversas, produção de texto e a participação da família, convidada a ajudar na decisão. Hoje está no quarto semestre de Medicina Veterinária. "Sempre gostei de bicho, mas nunca imaginei que iria trabalhar com isso profissionalmente", diz ele. Quando se formar, aos 26 anos, pretende trabalhar com melhoramento genético de animais de grande porte.

 

Públicas. Para prevenir que situações como essa aconteçam aos alunos oriundos de escolas públicas e que muitas vezes não têm condições financeiras de arcar com uma escolha errada, é preciso investir em processos de orientação profissional, diz Bloch.

 

"Antes, esse aluno nem chegava à universidade. Agora, com as políticas de inclusão como o ProUni, o jovem escolhe em função do número de pontos feitos no Enem. Se consegue pontos pra fazer licenciatura, faz sem saber que isso significa formação de professores."

 

Mas, apesar de todo o ônus, reconhecer o erro da escolha e fazer uma nova tentativa é melhor do que persistir na carreira equivocada, dizem os especialistas. Serão apenas alguns anos de atraso no início de uma atuação que vai durar décadas.

 

RETRATO

 

- 48% usam a internet como principal meio para se informar

 

- 18% escolhem pelo salário

 

- 14% escolheram desde criança

 

- 23% conversam com o professor

O que Engenharia Mecatrônica pode ter a ver com Veterinária? Ou Medicina com Relações Públicas? Na teoria, nada. Mas, para muitos vestibulandos, apesar de tão distintas, escolher entre uma ou outra dessas profissões é um enigma bastante complexo e com pouco tempo para ser desvendado.

 

No início da fase de inscrições para os principais vestibulares do País, 54% dos estudantes do 3º ano do ensino médio ainda não decidiram qual carreira querem seguir. O índice é resultado de uma pesquisa realizada pelo Portal Educacional com 2 mil adolescentes.

 

Pedro Laganaro, de 17 anos, aluno do Colégio Pentágono, faz parte desse contingente de indecisos. "Não tenho a mínima ideia do que vou fazer. Com certeza, exatas eu não faço, porque gosto de humanas e biológicas. Mas só isso que sei", diz o aluno do 3º ano.

 

Pedro acredita que metade de sua turma também não se decidiu sobre a carreira. "Muita gente está entre uma e outra carreira e há os que têm dúvidas sobre, por exemplo, qual das Engenharias vai fazer. Decididos, mesmo, são bem poucos".

 

Para Selena Garcia Greca, a psicóloga que coordenou a pesquisa, a indecisão reflete o quanto esse momento de decisão ainda é subestimado. "Apesar de estudarem tanto para o vestibular, eles não encaram a escolha do curso como parte do processo. Ele é muito novo, tem 16, 17 anos, e, como não há na escola uma matéria que o prepare, adquire uma postura passiva", diz.

 

Os números da pesquisa mostram essa omissão da escola: em apenas 10% delas existe um trabalho específico de orientação vocacional. O mais comum é os colégios oferecerem ações consideradas pouco efetivas pelos especialistas. As escolas ainda recomendam participação em feiras, palestras com profissionais às vésperas do momento da inscrição e realização de testes vocacionais, inclusive aqueles que sugerem o futuro do adolescente depois que ele responde a uma bateria de questões de múltipla escolha.

 

Veja também:

 

 

"A missão da escola é trabalhar com o desenvolvimento integral do seu educando e isso é pensar também na saída dele e em sua vocação profissional. Quando não faz isso, ela falha em um dos seus objetivos", diz Silvio Boch, vice-presidente da Associação Brasileira de Orientadores Profissionais (ABOP).

 

Erros. Sem orientação adequada, a decisão acaba levando em conta critérios objetivos, mas discutíveis - como os salários pagos na área pretendida e a perspectiva de crescimento do mercado (opção indicada por 18% dos entrevistados como uma boa forma de eleger a profissão). Há também argumentos bem mais frágeis, como a ideia de que o curso de Engenharia Naval é indicado para quem gosta de velejar ou que os amantes de videogames terão êxito caso escolham Ciência da Computação.

 

São as escolhas equivocadas as principais responsáveis pelos porcentuais de evasão universitária, um índice que chega a 40% do total de matriculados.

 

Vitor Aquino, de 26 anos, faz parte dessa estatística: desistiu duas vezes. A primeira foi logo que terminou o ensino médio. Atraído pelo salário, matriculou-se no curso de Engenharia de Produção, mas abandonou após um semestre. "Experimentei, não gostei, resolvi parar". Sua segunda tentativa também foi na área de exatas: Mecatrônica. Parou um ano antes de pegar o diploma ao perceber que o campo de atuação seria a indústria.

 

Sem saber o que fazer, Vitor decidiu seguir o conselho da mãe e buscar orientação profissional. O processo envolveu conversas, produção de texto e a participação da família, convidada a ajudar na decisão. Hoje está no quarto semestre de Medicina Veterinária. "Sempre gostei de bicho, mas nunca imaginei que iria trabalhar com isso profissionalmente", diz ele. Quando se formar, aos 26 anos, pretende trabalhar com melhoramento genético de animais de grande porte.

 

Públicas. Para prevenir que situações como essa aconteçam aos alunos oriundos de escolas públicas e que muitas vezes não têm condições financeiras de arcar com uma escolha errada, é preciso investir em processos de orientação profissional, diz Bloch.

 

"Antes, esse aluno nem chegava à universidade. Agora, com as políticas de inclusão como o ProUni, o jovem escolhe em função do número de pontos feitos no Enem. Se consegue pontos pra fazer licenciatura, faz sem saber que isso significa formação de professores."

 

Mas, apesar de todo o ônus, reconhecer o erro da escolha e fazer uma nova tentativa é melhor do que persistir na carreira equivocada, dizem os especialistas. Serão apenas alguns anos de atraso no início de uma atuação que vai durar décadas.

 

RETRATO

 

- 48% usam a internet como principal meio para se informar

 

- 18% escolhem pelo salário

 

- 14% escolheram desde criança

 

- 23% conversam com o professor

O que Engenharia Mecatrônica pode ter a ver com Veterinária? Ou Medicina com Relações Públicas? Na teoria, nada. Mas, para muitos vestibulandos, apesar de tão distintas, escolher entre uma ou outra dessas profissões é um enigma bastante complexo e com pouco tempo para ser desvendado.

 

No início da fase de inscrições para os principais vestibulares do País, 54% dos estudantes do 3º ano do ensino médio ainda não decidiram qual carreira querem seguir. O índice é resultado de uma pesquisa realizada pelo Portal Educacional com 2 mil adolescentes.

 

Pedro Laganaro, de 17 anos, aluno do Colégio Pentágono, faz parte desse contingente de indecisos. "Não tenho a mínima ideia do que vou fazer. Com certeza, exatas eu não faço, porque gosto de humanas e biológicas. Mas só isso que sei", diz o aluno do 3º ano.

 

Pedro acredita que metade de sua turma também não se decidiu sobre a carreira. "Muita gente está entre uma e outra carreira e há os que têm dúvidas sobre, por exemplo, qual das Engenharias vai fazer. Decididos, mesmo, são bem poucos".

 

Para Selena Garcia Greca, a psicóloga que coordenou a pesquisa, a indecisão reflete o quanto esse momento de decisão ainda é subestimado. "Apesar de estudarem tanto para o vestibular, eles não encaram a escolha do curso como parte do processo. Ele é muito novo, tem 16, 17 anos, e, como não há na escola uma matéria que o prepare, adquire uma postura passiva", diz.

 

Os números da pesquisa mostram essa omissão da escola: em apenas 10% delas existe um trabalho específico de orientação vocacional. O mais comum é os colégios oferecerem ações consideradas pouco efetivas pelos especialistas. As escolas ainda recomendam participação em feiras, palestras com profissionais às vésperas do momento da inscrição e realização de testes vocacionais, inclusive aqueles que sugerem o futuro do adolescente depois que ele responde a uma bateria de questões de múltipla escolha.

 

Veja também:

 

 

"A missão da escola é trabalhar com o desenvolvimento integral do seu educando e isso é pensar também na saída dele e em sua vocação profissional. Quando não faz isso, ela falha em um dos seus objetivos", diz Silvio Boch, vice-presidente da Associação Brasileira de Orientadores Profissionais (ABOP).

 

Erros. Sem orientação adequada, a decisão acaba levando em conta critérios objetivos, mas discutíveis - como os salários pagos na área pretendida e a perspectiva de crescimento do mercado (opção indicada por 18% dos entrevistados como uma boa forma de eleger a profissão). Há também argumentos bem mais frágeis, como a ideia de que o curso de Engenharia Naval é indicado para quem gosta de velejar ou que os amantes de videogames terão êxito caso escolham Ciência da Computação.

 

São as escolhas equivocadas as principais responsáveis pelos porcentuais de evasão universitária, um índice que chega a 40% do total de matriculados.

 

Vitor Aquino, de 26 anos, faz parte dessa estatística: desistiu duas vezes. A primeira foi logo que terminou o ensino médio. Atraído pelo salário, matriculou-se no curso de Engenharia de Produção, mas abandonou após um semestre. "Experimentei, não gostei, resolvi parar". Sua segunda tentativa também foi na área de exatas: Mecatrônica. Parou um ano antes de pegar o diploma ao perceber que o campo de atuação seria a indústria.

 

Sem saber o que fazer, Vitor decidiu seguir o conselho da mãe e buscar orientação profissional. O processo envolveu conversas, produção de texto e a participação da família, convidada a ajudar na decisão. Hoje está no quarto semestre de Medicina Veterinária. "Sempre gostei de bicho, mas nunca imaginei que iria trabalhar com isso profissionalmente", diz ele. Quando se formar, aos 26 anos, pretende trabalhar com melhoramento genético de animais de grande porte.

 

Públicas. Para prevenir que situações como essa aconteçam aos alunos oriundos de escolas públicas e que muitas vezes não têm condições financeiras de arcar com uma escolha errada, é preciso investir em processos de orientação profissional, diz Bloch.

 

"Antes, esse aluno nem chegava à universidade. Agora, com as políticas de inclusão como o ProUni, o jovem escolhe em função do número de pontos feitos no Enem. Se consegue pontos pra fazer licenciatura, faz sem saber que isso significa formação de professores."

 

Mas, apesar de todo o ônus, reconhecer o erro da escolha e fazer uma nova tentativa é melhor do que persistir na carreira equivocada, dizem os especialistas. Serão apenas alguns anos de atraso no início de uma atuação que vai durar décadas.

 

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