Ministério da Agricultura confirma que água usada por cervejaria Backer estava contaminada


Análise detectou que contaminação ocorreu dentro da cervejaria, mas ainda não se sabe de que forma isso ocorreu. Órgão considera como hipóteses o uso indevido ou vazamento de substâncias que refrigeram a produção, além da sabotagem

Por Mateus Vargas

BRASÍLIA - O Ministério da Agricultura (MAPA) confirmou nesta quarta-feira, 15, que a fábrica mineira Backer usou água contaminada na produção de suas cervejas. A análise do ministério detectou que a contaminação ocorreu dentro da cervejaria, mas ainda não há conclusão sobre de que forma. O ministério considera como hipóteses, por exemplo, o uso indevido ou vazamento de substâncias que refrigeram a produção, além da sabotagem. 

O Ministério da Agricultura anunciou já ter encontrado seis lotes contaminados da cerveja Belorizontina e uma da Capixaba. Em quatro deles, foram identificadas as substâncias dietilenoglicol e monoetilenoglicol. Outros lotes estão sendo avaliados.  A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou nesta quarta-feira, 15, a segunda morte por suspeita de intoxicação por dietilenoglicol encontrado na cerveja BelorizontinaE um terceiro caso está sob análise.

Instalações da cervejaria Backer, em Belo Horizonte. Empresa é investigada por mortes suspeitas e internação de pessoas que teriam consumido a cerveja Belorizontina Foto: Leonardo Augusto/Estadão
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A investigação do governo federal trata a contaminação como "sistêmica", ou seja, ela não estaria restrita a poucos lotes ou somente a um tanque. "Os controles de produção demonstram que os lotes já detectados como contaminados passaram por distintos tanques, afastando a possibilidade de ser um evento relacionado a um lote ou tanque específico", afirma apresentação do ministério sobre a apuração do caso.

A investigação do ministério aponta ainda que a Backer comprou 15 toneladas do produto monoetilenoglicol, usado na refrigeração da produção, quantidade acima do normal. Houve um pico de consumo desta substância no final do ano, segundo os fiscais. "Esse insumo não é consumido em ritmo elevado. Poderia ser pela ampliação do parque fabril, ou por falha no processo, quando está se gastando acima do esperado", disse Carlos Vitos Muller, coordenador geral de vinhos e bebidas do ministério.

A substância circula por fora do tanque, em serpentinas de refrigeração, por exemplo, e não pode ter contato com a água, segundo técnicos da pasta. Não há quantidade segura para consumo deste produto. 

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Foram detectados rastros de monoetilenoglicol e dietilenoglicol nos corpos das vítimas e na água da produção da Backer. Segundo técnicos do ministério, a segunda substância pode ter sido formada por um processo químico a partir do monoetilenoglicol. O mais importante, de acordo com o MAPA, é que os produtos não podem se misturar com a bebida nem serem consumidos.

Os técnicos do ministério disseram que interditar a Backer foi essencial para impedir a distribuição de mais produtos contaminados, pois foram encontradas amostras contaminadas em tanques em produção. O MAPA informou que já apreendeu 139 mil litros de cerveja e 8,48 mil litros de chopp produzidos na Backer.

O governo federal também disse que encaminhou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) um pedido de uma associação de cerveja artesanal para impedir o uso do monoetilenoglicol na refrigeração da produção da cerveja.

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Segundo os investigadores, a Backer será submetida a um processo administrativo normal no MAPA, que pode resultar em multa e até na cassação do registro da empresa.

Procurada, a Backer ainda não se manifestou sobre as conclusões da análise do Ministério da Agricultura. 

Mortes

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Nesta quarta-feira, a Polícia Civil de Minas Gerais confirmou a segunda morte por suspeita de intoxicação por dietilenoglicol encontrado na cerveja Belorizontina A vítima, do sexo masculino, estava internada em um hospital particular de Belo Horizonte. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) para necropsia.

A primeira morte confirmada foi a de um morador de Ubá, na Zona da Mata, no dia 7 de janeiro. A vítima tinha 55 anos e morreu em Juiz de Fora, também na Zona da Mata.

Uma terceira morte por causa da intoxicação ainda não foi confirmada, a de uma senhora de 60 anos de Pompéu, na Região Central de Minas. Todos foram diagnosticados com problemas neurológicos e insuficiência renal grave.

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A polícia informou ter recebido até esta quarta 18 notificações de casos suspeitos de pacientes que apresentaram os sintomas de possível intoxicação por dietilenoglicol, uma a mais do que o divulgado no último balanço da Secretaria de Estado de Saúde.

O Ministério da Agricultura já havia determinado na segunda-feira, 13, o recolhimento e a suspensão da comercialização de todos os produtos da cervejaria mineira Backer fabricados entre outubro de 2019 e 13 de janeiro de 2020. A medida vale também para chopes e atinge, no total, 21 rótulos. Em entrevista nesta terça-feira, 14, a diretora de marketing e sócia-proprietária da Backer, Paula Lebbos, pediu que as pessoas não consumissem produtos da cervejaria. "Não bebam a Belorizontina. Seja de que lote for", disse.

Veja quais os 21 rótulos comercializados pela Backer

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  • Belorizontina
  • Backer Pilsen
  • Backer Trigo
  • Backer Pale Ale
  • Brown
  • Medieval
  • Pele Vermelha
  • Bravo
  • Exterminador de Trigo
  • Três Lobos
  • Capitão Senra
  • Corleone
  • Tommy Gun
  • Diabolique
  • Backer Pilsen Export
  • Backer Bohemia Pilsen
  • Julieta
  • Reserva do Proprietário
  • Fargo 46
  • Cabral
  • Cacau Bomb

BRASÍLIA - O Ministério da Agricultura (MAPA) confirmou nesta quarta-feira, 15, que a fábrica mineira Backer usou água contaminada na produção de suas cervejas. A análise do ministério detectou que a contaminação ocorreu dentro da cervejaria, mas ainda não há conclusão sobre de que forma. O ministério considera como hipóteses, por exemplo, o uso indevido ou vazamento de substâncias que refrigeram a produção, além da sabotagem. 

O Ministério da Agricultura anunciou já ter encontrado seis lotes contaminados da cerveja Belorizontina e uma da Capixaba. Em quatro deles, foram identificadas as substâncias dietilenoglicol e monoetilenoglicol. Outros lotes estão sendo avaliados.  A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou nesta quarta-feira, 15, a segunda morte por suspeita de intoxicação por dietilenoglicol encontrado na cerveja BelorizontinaE um terceiro caso está sob análise.

Instalações da cervejaria Backer, em Belo Horizonte. Empresa é investigada por mortes suspeitas e internação de pessoas que teriam consumido a cerveja Belorizontina Foto: Leonardo Augusto/Estadão

A investigação do governo federal trata a contaminação como "sistêmica", ou seja, ela não estaria restrita a poucos lotes ou somente a um tanque. "Os controles de produção demonstram que os lotes já detectados como contaminados passaram por distintos tanques, afastando a possibilidade de ser um evento relacionado a um lote ou tanque específico", afirma apresentação do ministério sobre a apuração do caso.

A investigação do ministério aponta ainda que a Backer comprou 15 toneladas do produto monoetilenoglicol, usado na refrigeração da produção, quantidade acima do normal. Houve um pico de consumo desta substância no final do ano, segundo os fiscais. "Esse insumo não é consumido em ritmo elevado. Poderia ser pela ampliação do parque fabril, ou por falha no processo, quando está se gastando acima do esperado", disse Carlos Vitos Muller, coordenador geral de vinhos e bebidas do ministério.

A substância circula por fora do tanque, em serpentinas de refrigeração, por exemplo, e não pode ter contato com a água, segundo técnicos da pasta. Não há quantidade segura para consumo deste produto. 

Foram detectados rastros de monoetilenoglicol e dietilenoglicol nos corpos das vítimas e na água da produção da Backer. Segundo técnicos do ministério, a segunda substância pode ter sido formada por um processo químico a partir do monoetilenoglicol. O mais importante, de acordo com o MAPA, é que os produtos não podem se misturar com a bebida nem serem consumidos.

Os técnicos do ministério disseram que interditar a Backer foi essencial para impedir a distribuição de mais produtos contaminados, pois foram encontradas amostras contaminadas em tanques em produção. O MAPA informou que já apreendeu 139 mil litros de cerveja e 8,48 mil litros de chopp produzidos na Backer.

O governo federal também disse que encaminhou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) um pedido de uma associação de cerveja artesanal para impedir o uso do monoetilenoglicol na refrigeração da produção da cerveja.

Segundo os investigadores, a Backer será submetida a um processo administrativo normal no MAPA, que pode resultar em multa e até na cassação do registro da empresa.

Procurada, a Backer ainda não se manifestou sobre as conclusões da análise do Ministério da Agricultura. 

Mortes

Nesta quarta-feira, a Polícia Civil de Minas Gerais confirmou a segunda morte por suspeita de intoxicação por dietilenoglicol encontrado na cerveja Belorizontina A vítima, do sexo masculino, estava internada em um hospital particular de Belo Horizonte. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) para necropsia.

A primeira morte confirmada foi a de um morador de Ubá, na Zona da Mata, no dia 7 de janeiro. A vítima tinha 55 anos e morreu em Juiz de Fora, também na Zona da Mata.

Uma terceira morte por causa da intoxicação ainda não foi confirmada, a de uma senhora de 60 anos de Pompéu, na Região Central de Minas. Todos foram diagnosticados com problemas neurológicos e insuficiência renal grave.

A polícia informou ter recebido até esta quarta 18 notificações de casos suspeitos de pacientes que apresentaram os sintomas de possível intoxicação por dietilenoglicol, uma a mais do que o divulgado no último balanço da Secretaria de Estado de Saúde.

O Ministério da Agricultura já havia determinado na segunda-feira, 13, o recolhimento e a suspensão da comercialização de todos os produtos da cervejaria mineira Backer fabricados entre outubro de 2019 e 13 de janeiro de 2020. A medida vale também para chopes e atinge, no total, 21 rótulos. Em entrevista nesta terça-feira, 14, a diretora de marketing e sócia-proprietária da Backer, Paula Lebbos, pediu que as pessoas não consumissem produtos da cervejaria. "Não bebam a Belorizontina. Seja de que lote for", disse.

Veja quais os 21 rótulos comercializados pela Backer

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BRASÍLIA - O Ministério da Agricultura (MAPA) confirmou nesta quarta-feira, 15, que a fábrica mineira Backer usou água contaminada na produção de suas cervejas. A análise do ministério detectou que a contaminação ocorreu dentro da cervejaria, mas ainda não há conclusão sobre de que forma. O ministério considera como hipóteses, por exemplo, o uso indevido ou vazamento de substâncias que refrigeram a produção, além da sabotagem. 

O Ministério da Agricultura anunciou já ter encontrado seis lotes contaminados da cerveja Belorizontina e uma da Capixaba. Em quatro deles, foram identificadas as substâncias dietilenoglicol e monoetilenoglicol. Outros lotes estão sendo avaliados.  A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou nesta quarta-feira, 15, a segunda morte por suspeita de intoxicação por dietilenoglicol encontrado na cerveja BelorizontinaE um terceiro caso está sob análise.

Instalações da cervejaria Backer, em Belo Horizonte. Empresa é investigada por mortes suspeitas e internação de pessoas que teriam consumido a cerveja Belorizontina Foto: Leonardo Augusto/Estadão

A investigação do governo federal trata a contaminação como "sistêmica", ou seja, ela não estaria restrita a poucos lotes ou somente a um tanque. "Os controles de produção demonstram que os lotes já detectados como contaminados passaram por distintos tanques, afastando a possibilidade de ser um evento relacionado a um lote ou tanque específico", afirma apresentação do ministério sobre a apuração do caso.

A investigação do ministério aponta ainda que a Backer comprou 15 toneladas do produto monoetilenoglicol, usado na refrigeração da produção, quantidade acima do normal. Houve um pico de consumo desta substância no final do ano, segundo os fiscais. "Esse insumo não é consumido em ritmo elevado. Poderia ser pela ampliação do parque fabril, ou por falha no processo, quando está se gastando acima do esperado", disse Carlos Vitos Muller, coordenador geral de vinhos e bebidas do ministério.

A substância circula por fora do tanque, em serpentinas de refrigeração, por exemplo, e não pode ter contato com a água, segundo técnicos da pasta. Não há quantidade segura para consumo deste produto. 

Foram detectados rastros de monoetilenoglicol e dietilenoglicol nos corpos das vítimas e na água da produção da Backer. Segundo técnicos do ministério, a segunda substância pode ter sido formada por um processo químico a partir do monoetilenoglicol. O mais importante, de acordo com o MAPA, é que os produtos não podem se misturar com a bebida nem serem consumidos.

Os técnicos do ministério disseram que interditar a Backer foi essencial para impedir a distribuição de mais produtos contaminados, pois foram encontradas amostras contaminadas em tanques em produção. O MAPA informou que já apreendeu 139 mil litros de cerveja e 8,48 mil litros de chopp produzidos na Backer.

O governo federal também disse que encaminhou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) um pedido de uma associação de cerveja artesanal para impedir o uso do monoetilenoglicol na refrigeração da produção da cerveja.

Segundo os investigadores, a Backer será submetida a um processo administrativo normal no MAPA, que pode resultar em multa e até na cassação do registro da empresa.

Procurada, a Backer ainda não se manifestou sobre as conclusões da análise do Ministério da Agricultura. 

Mortes

Nesta quarta-feira, a Polícia Civil de Minas Gerais confirmou a segunda morte por suspeita de intoxicação por dietilenoglicol encontrado na cerveja Belorizontina A vítima, do sexo masculino, estava internada em um hospital particular de Belo Horizonte. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) para necropsia.

A primeira morte confirmada foi a de um morador de Ubá, na Zona da Mata, no dia 7 de janeiro. A vítima tinha 55 anos e morreu em Juiz de Fora, também na Zona da Mata.

Uma terceira morte por causa da intoxicação ainda não foi confirmada, a de uma senhora de 60 anos de Pompéu, na Região Central de Minas. Todos foram diagnosticados com problemas neurológicos e insuficiência renal grave.

A polícia informou ter recebido até esta quarta 18 notificações de casos suspeitos de pacientes que apresentaram os sintomas de possível intoxicação por dietilenoglicol, uma a mais do que o divulgado no último balanço da Secretaria de Estado de Saúde.

O Ministério da Agricultura já havia determinado na segunda-feira, 13, o recolhimento e a suspensão da comercialização de todos os produtos da cervejaria mineira Backer fabricados entre outubro de 2019 e 13 de janeiro de 2020. A medida vale também para chopes e atinge, no total, 21 rótulos. Em entrevista nesta terça-feira, 14, a diretora de marketing e sócia-proprietária da Backer, Paula Lebbos, pediu que as pessoas não consumissem produtos da cervejaria. "Não bebam a Belorizontina. Seja de que lote for", disse.

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BRASÍLIA - O Ministério da Agricultura (MAPA) confirmou nesta quarta-feira, 15, que a fábrica mineira Backer usou água contaminada na produção de suas cervejas. A análise do ministério detectou que a contaminação ocorreu dentro da cervejaria, mas ainda não há conclusão sobre de que forma. O ministério considera como hipóteses, por exemplo, o uso indevido ou vazamento de substâncias que refrigeram a produção, além da sabotagem. 

O Ministério da Agricultura anunciou já ter encontrado seis lotes contaminados da cerveja Belorizontina e uma da Capixaba. Em quatro deles, foram identificadas as substâncias dietilenoglicol e monoetilenoglicol. Outros lotes estão sendo avaliados.  A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou nesta quarta-feira, 15, a segunda morte por suspeita de intoxicação por dietilenoglicol encontrado na cerveja BelorizontinaE um terceiro caso está sob análise.

Instalações da cervejaria Backer, em Belo Horizonte. Empresa é investigada por mortes suspeitas e internação de pessoas que teriam consumido a cerveja Belorizontina Foto: Leonardo Augusto/Estadão

A investigação do governo federal trata a contaminação como "sistêmica", ou seja, ela não estaria restrita a poucos lotes ou somente a um tanque. "Os controles de produção demonstram que os lotes já detectados como contaminados passaram por distintos tanques, afastando a possibilidade de ser um evento relacionado a um lote ou tanque específico", afirma apresentação do ministério sobre a apuração do caso.

A investigação do ministério aponta ainda que a Backer comprou 15 toneladas do produto monoetilenoglicol, usado na refrigeração da produção, quantidade acima do normal. Houve um pico de consumo desta substância no final do ano, segundo os fiscais. "Esse insumo não é consumido em ritmo elevado. Poderia ser pela ampliação do parque fabril, ou por falha no processo, quando está se gastando acima do esperado", disse Carlos Vitos Muller, coordenador geral de vinhos e bebidas do ministério.

A substância circula por fora do tanque, em serpentinas de refrigeração, por exemplo, e não pode ter contato com a água, segundo técnicos da pasta. Não há quantidade segura para consumo deste produto. 

Foram detectados rastros de monoetilenoglicol e dietilenoglicol nos corpos das vítimas e na água da produção da Backer. Segundo técnicos do ministério, a segunda substância pode ter sido formada por um processo químico a partir do monoetilenoglicol. O mais importante, de acordo com o MAPA, é que os produtos não podem se misturar com a bebida nem serem consumidos.

Os técnicos do ministério disseram que interditar a Backer foi essencial para impedir a distribuição de mais produtos contaminados, pois foram encontradas amostras contaminadas em tanques em produção. O MAPA informou que já apreendeu 139 mil litros de cerveja e 8,48 mil litros de chopp produzidos na Backer.

O governo federal também disse que encaminhou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) um pedido de uma associação de cerveja artesanal para impedir o uso do monoetilenoglicol na refrigeração da produção da cerveja.

Segundo os investigadores, a Backer será submetida a um processo administrativo normal no MAPA, que pode resultar em multa e até na cassação do registro da empresa.

Procurada, a Backer ainda não se manifestou sobre as conclusões da análise do Ministério da Agricultura. 

Mortes

Nesta quarta-feira, a Polícia Civil de Minas Gerais confirmou a segunda morte por suspeita de intoxicação por dietilenoglicol encontrado na cerveja Belorizontina A vítima, do sexo masculino, estava internada em um hospital particular de Belo Horizonte. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) para necropsia.

A primeira morte confirmada foi a de um morador de Ubá, na Zona da Mata, no dia 7 de janeiro. A vítima tinha 55 anos e morreu em Juiz de Fora, também na Zona da Mata.

Uma terceira morte por causa da intoxicação ainda não foi confirmada, a de uma senhora de 60 anos de Pompéu, na Região Central de Minas. Todos foram diagnosticados com problemas neurológicos e insuficiência renal grave.

A polícia informou ter recebido até esta quarta 18 notificações de casos suspeitos de pacientes que apresentaram os sintomas de possível intoxicação por dietilenoglicol, uma a mais do que o divulgado no último balanço da Secretaria de Estado de Saúde.

O Ministério da Agricultura já havia determinado na segunda-feira, 13, o recolhimento e a suspensão da comercialização de todos os produtos da cervejaria mineira Backer fabricados entre outubro de 2019 e 13 de janeiro de 2020. A medida vale também para chopes e atinge, no total, 21 rótulos. Em entrevista nesta terça-feira, 14, a diretora de marketing e sócia-proprietária da Backer, Paula Lebbos, pediu que as pessoas não consumissem produtos da cervejaria. "Não bebam a Belorizontina. Seja de que lote for", disse.

Veja quais os 21 rótulos comercializados pela Backer

  • Belorizontina
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BRASÍLIA - O Ministério da Agricultura (MAPA) confirmou nesta quarta-feira, 15, que a fábrica mineira Backer usou água contaminada na produção de suas cervejas. A análise do ministério detectou que a contaminação ocorreu dentro da cervejaria, mas ainda não há conclusão sobre de que forma. O ministério considera como hipóteses, por exemplo, o uso indevido ou vazamento de substâncias que refrigeram a produção, além da sabotagem. 

O Ministério da Agricultura anunciou já ter encontrado seis lotes contaminados da cerveja Belorizontina e uma da Capixaba. Em quatro deles, foram identificadas as substâncias dietilenoglicol e monoetilenoglicol. Outros lotes estão sendo avaliados.  A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou nesta quarta-feira, 15, a segunda morte por suspeita de intoxicação por dietilenoglicol encontrado na cerveja BelorizontinaE um terceiro caso está sob análise.

Instalações da cervejaria Backer, em Belo Horizonte. Empresa é investigada por mortes suspeitas e internação de pessoas que teriam consumido a cerveja Belorizontina Foto: Leonardo Augusto/Estadão

A investigação do governo federal trata a contaminação como "sistêmica", ou seja, ela não estaria restrita a poucos lotes ou somente a um tanque. "Os controles de produção demonstram que os lotes já detectados como contaminados passaram por distintos tanques, afastando a possibilidade de ser um evento relacionado a um lote ou tanque específico", afirma apresentação do ministério sobre a apuração do caso.

A investigação do ministério aponta ainda que a Backer comprou 15 toneladas do produto monoetilenoglicol, usado na refrigeração da produção, quantidade acima do normal. Houve um pico de consumo desta substância no final do ano, segundo os fiscais. "Esse insumo não é consumido em ritmo elevado. Poderia ser pela ampliação do parque fabril, ou por falha no processo, quando está se gastando acima do esperado", disse Carlos Vitos Muller, coordenador geral de vinhos e bebidas do ministério.

A substância circula por fora do tanque, em serpentinas de refrigeração, por exemplo, e não pode ter contato com a água, segundo técnicos da pasta. Não há quantidade segura para consumo deste produto. 

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Os técnicos do ministério disseram que interditar a Backer foi essencial para impedir a distribuição de mais produtos contaminados, pois foram encontradas amostras contaminadas em tanques em produção. O MAPA informou que já apreendeu 139 mil litros de cerveja e 8,48 mil litros de chopp produzidos na Backer.

O governo federal também disse que encaminhou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) um pedido de uma associação de cerveja artesanal para impedir o uso do monoetilenoglicol na refrigeração da produção da cerveja.

Segundo os investigadores, a Backer será submetida a um processo administrativo normal no MAPA, que pode resultar em multa e até na cassação do registro da empresa.

Procurada, a Backer ainda não se manifestou sobre as conclusões da análise do Ministério da Agricultura. 

Mortes

Nesta quarta-feira, a Polícia Civil de Minas Gerais confirmou a segunda morte por suspeita de intoxicação por dietilenoglicol encontrado na cerveja Belorizontina A vítima, do sexo masculino, estava internada em um hospital particular de Belo Horizonte. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) para necropsia.

A primeira morte confirmada foi a de um morador de Ubá, na Zona da Mata, no dia 7 de janeiro. A vítima tinha 55 anos e morreu em Juiz de Fora, também na Zona da Mata.

Uma terceira morte por causa da intoxicação ainda não foi confirmada, a de uma senhora de 60 anos de Pompéu, na Região Central de Minas. Todos foram diagnosticados com problemas neurológicos e insuficiência renal grave.

A polícia informou ter recebido até esta quarta 18 notificações de casos suspeitos de pacientes que apresentaram os sintomas de possível intoxicação por dietilenoglicol, uma a mais do que o divulgado no último balanço da Secretaria de Estado de Saúde.

O Ministério da Agricultura já havia determinado na segunda-feira, 13, o recolhimento e a suspensão da comercialização de todos os produtos da cervejaria mineira Backer fabricados entre outubro de 2019 e 13 de janeiro de 2020. A medida vale também para chopes e atinge, no total, 21 rótulos. Em entrevista nesta terça-feira, 14, a diretora de marketing e sócia-proprietária da Backer, Paula Lebbos, pediu que as pessoas não consumissem produtos da cervejaria. "Não bebam a Belorizontina. Seja de que lote for", disse.

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