Um papagaio capaz de contar até seis, identificar cores e até mesmo expressar frustração com testes científicos repetidos morreu depois de 30 anos ajudando pesquisadores a compreender melhor o cérebro das aves. A morte de Alex, um papagaio africano, deixou os cientistas da Universidade Brandeis com a sensação de ter perdido um colega. "É devastador perder um indivíduo com quem se tem trabalhado quase que diariamente por 30 anos", disse a cientista Irene Pepperberg ao jornal Boston Globe. "Tinha gente trabalhando com ele de 8 a 12 horas a cada dia de sua vida". Os talentos de Alex para lidar com linguagem e reconhecimento revolucionaram a compreensão do cérebro das aves. Depois de ser comprado por Peppergerg em 1973, o papagaio aprendeu inglês suficiente para identificar 50 objetos, sete cores e cinco formas. Ele era capaz de contar até seis, usar o zero, exprimir desejos. Ele também ajudava a outros papagaios do laboratório a falar melhor quando gaguejavam, mas não está claro se, nesse caso, não estaria apenas imitando os cientistas. Pepperberg disse que Alex ainda não havia desenvolvido sua inteligência completamente, e que estava começando a juntar pedaços de palavras para criar palavras novas. No mês passado, disse "sete" pela primeira vez. A causa da morte de Alex ainda é desconhecida - essa espécie de papagaio tem uma vida média de 50 anos, disse a pesquisadora. Ela explica que Alex foi encontrado morto na gaiola na sexta-feira, mas que o laboratório adiou o anúncio para que os cientistas superassem o choque. Pepperberg disse ter visto Alex pela última vez na quinta-feira, quando realizou a rotina de boa-noite com o pássaro, avisando-o de que era hora de ir para a gaiola. Ela disse: "Seja bom, amo você. Vejo você amanhã". Alex respondeu: "Você estará no amanhã".
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