Sertanejo Matheus morre vítima de atropelamento: veja riscos e cuidados na estrada


Acidente foi provocado por motorista que havia bebido e foi preso, segundo a Polícia Civil; cantor parou para revezar direção com o sogro em rodovia do interior de São Paulo

Por José Maria Tomazela
Atualização:

Em todas as rodovias concedidas à iniciativa privada em São Paulo, conforme a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), em 2022 foram registrados 229 colisões contra veículos parados no acostamento que resultaram em 12 mortes. Em 2021, foram 255 ocorrências, com 13 mortes.

Na madrugada de quarta-feira, 29, um acidente provocado por um motorista cujo teste do bafômetro deu positivo para bebida alcoólica, segundo a Polícia Civil de São Paulo, matou o cantor Matheus, de 43 anos, da dupla com Zé Henrique, na Rodovia Dom Pedro I, em Valinhos, interior do Estado. O sertanejo voltava do Rio de Janeiro, quando parou o carro no acostamento para revezar a direção com o sogro e foi atingido por outro veículo na estrada. Segundo os policiais, o homem de 36 anos que causou a colisão teria dormido no volante e invadido a pista contrária. Ele foi preso em flagrante e responderá por homicídio e lesão corporal culposa.

O acidente aconteceu no km 125 da pista sentido Jacareí por volta de 1h40. “As informações dão conta de que as vítimas pararam o carro no acostamento para fazer a troca no comando da direção do veículo. Por não se tratar de uma situação de emergência, o revezamento deve ocorrer em local seguro. Além de postos de serviços, a malha concedida dispõe do Serviço de Atendimento ao Usuário (Sau) e da Polícia Militar Rodoviária”, disse, em nota, a concessionária Rota das Bandeiras. O trecho da rodovia tem tráfego intenso, mas sem histórico de acidentes desse tipo. A última colisão fatal no acostamento aconteceu em 2021.

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A Artesp ressaltou que só é permitido estacionar no acostamento em situações de emergência, como pneu furado, problemas mecânicos ou elétricos, pane seca ou para embarque e desembarque de passageiros. Ao parar o veículo nessas condições, o condutor e os demais ocupantes devem deixar o carro pelo lado do passageiro e procurar abrigo em local seguro, fora da via, atrás das defensas metálicas ou de barreiras de concreto. O acostamento deve ser sinalizado e a concessionária do trecho deve ser comunicada para fazer a remoção do veículo.

De acordo com um dos incisos do artigo 181 do Código de Trânsito Brasileiro, estacionar no acostamento sem motivo de força maior é uma infração leve, com multa de R$ 88,38 e penalidade de três pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Também está prevista a medida administrativa de remoção do veículo. Já transitar pelo acostamento gera multa grave, de R$ 880,41, com cinco pontos na carteira, conforme o artigo 193. Em caso de ultrapassagem pelo acostamento, a multa é gravíssima, de R$ 1.467,35, e sete pontos.

O cantor Matheus, da dupla com Zé Henrique, vítima de um acidente na rodovia Dom Pedro 1º, em Valinhos, interior de São Paulo. Foto: Reprodução/Instagram/@matheusoficial_zhem
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Mantenha a atenção

“Permanecer dentro do veículo sobre a rodovia, mesmo no acostamento, pode ser arriscado, devido à possibilidade de novas colisões. Ficar na rodovia também gera o risco de atropelamento”, orienta a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Quando a parada no acostamento for inevitável, é preciso redobrar os cuidados. Procure manter a máxima atenção ao fluxo de veículos. Embora esteja sujeito a multas e penalidades criminais, há veículos que trafegam irregularmente pelo acostamento, mesmo sabendo que podem provocar acidentes graves que podem resultar em mortes.

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O cuidado do motorista também deve ser redobrado no momento em que for sair do acostamento e seguir pela rodovia, sinalizando bem e observando as condições de trânsito. À noite, com pouca iluminação, é preciso ter ainda mais cuidado.

Sinalização em caso de parada na estrada

Ao fazer uma parada em uma estrada é importante ainda que o motorista esteja atento às seguintes orientações do Conselho Nacional de Trânsito (Contran):

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  • O condutor deverá acionar de imediato as luzes de advertência (pisca-alerta) providenciando a colocação do triângulo de sinalização ou equipamento similar à distância mínima de 30 metros da parte traseira do veículo.
  • O equipamento de sinalização de emergência deverá ser instalado perpendicularmente ao eixo da via, e em condição de boa visibilidade.

Como sinalizar em caso de parada para prestar socorro à vítimas envolvidas em acidentes

Conforme informações da agência da Polícia Rodoviária Federal, providenciar a sinalização é essencial antes mesmo de prestar socorro a possíveis vítimas, especialmente se há veículos e pessoas feridas sobre a pista. “É preciso alertar os demais motoristas a fim de evitar que outros acidentes aconteçam, ou que a situação se agrave”, afirma.

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A sinalização deve ser feita usando o pisca alerta do veículo e o triângulo de sinalização; galhos de vegetação e, durante a noite, até a lanterna do celular podem ajudar. “A sinalização deve ser colocada a uma distância que permita que outros motoristas sejam alertados do acidente. A distância para começar a sinalizar é o número de passos largos igual ao limite de velocidade da via: se a velocidade é de 80 km/h, 80 passos; se a velocidade é de 100 km/h, 100 passos. Porém, em casos de chuva ou neblina, essa distância deve ser dobrada”, orienta a PRF.

Ao acionar o socorro, de acordo com a PRF, a pessoa precisa informar o local da ocorrência (rodovia, quilômetro aproximado ou ponto de referência, características da região), relatando ainda se há algum óbito ou pessoa necessitando de socorro e se o veículo está obstruindo a via.

“Sendo seguro, é possível auxiliar as vítimas até o socorro chegar, tentando tranquilizar os feridos e mantendo-os imóveis. Feridos não devem ser removidos, a menos que exista risco iminente de incêndio, explosão ou atropelamento. Os primeiros socorros devem ser prestados por quem possui conhecimento técnico a respeito”, afirma ainda a agência da PRF.

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É importante ainda que o condutor, assim como os passageiros dentro do veículo, tenham os telefones da responsável pela administração da via para entrar em contato em caso de necessidade, sejam elas rodovias estaduais, federais ou gerenciadas por concessionárias (iniciativa privada).

Repercussão

O cantor Luiz Carlos da Penha, nome real do sertanejo Matheus, residia em Ribeirão Preto e viajava para o Rio de Janeiro na companhia da mulher, dos sogros e de uma amiga. Por se tratar de viagem longa, na altura de Valinhos, eles decidiram iniciar o revezamento ao volante. Vasque parou o carro no acostamento e Matheus assumiria a direção. Segundo a Polícia Rodoviária Estadual, quando ambos já estavam fora do veículo, outro automóvel invadiu o acostamento e os atingiu. Matheus morreu na hora. O sogro foi socorrido, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos.

O motorista do outro veículo foi submetido ao teste do bafômetro que apontou 0,34 miligramas de álcool por litro de ar expelido. Ele foi levado para o plantão da Polícia Civil de Valinhos e ficou preso. Matheus tinha 43 anos e preparava o lançamento de um novo DVD da dupla sertaneja. A morte causou grande repercussão no meio musical e abalou os fãs da dupla. O corpo do cantor foi sepultado nesta quinta-feira, 30, no Cemitério Bom Pastor, em Ribeirão Preto. A Polícia Civil de Valinhos ainda investiga todas as circunstâncias do acidente.

Em todas as rodovias concedidas à iniciativa privada em São Paulo, conforme a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), em 2022 foram registrados 229 colisões contra veículos parados no acostamento que resultaram em 12 mortes. Em 2021, foram 255 ocorrências, com 13 mortes.

Na madrugada de quarta-feira, 29, um acidente provocado por um motorista cujo teste do bafômetro deu positivo para bebida alcoólica, segundo a Polícia Civil de São Paulo, matou o cantor Matheus, de 43 anos, da dupla com Zé Henrique, na Rodovia Dom Pedro I, em Valinhos, interior do Estado. O sertanejo voltava do Rio de Janeiro, quando parou o carro no acostamento para revezar a direção com o sogro e foi atingido por outro veículo na estrada. Segundo os policiais, o homem de 36 anos que causou a colisão teria dormido no volante e invadido a pista contrária. Ele foi preso em flagrante e responderá por homicídio e lesão corporal culposa.

O acidente aconteceu no km 125 da pista sentido Jacareí por volta de 1h40. “As informações dão conta de que as vítimas pararam o carro no acostamento para fazer a troca no comando da direção do veículo. Por não se tratar de uma situação de emergência, o revezamento deve ocorrer em local seguro. Além de postos de serviços, a malha concedida dispõe do Serviço de Atendimento ao Usuário (Sau) e da Polícia Militar Rodoviária”, disse, em nota, a concessionária Rota das Bandeiras. O trecho da rodovia tem tráfego intenso, mas sem histórico de acidentes desse tipo. A última colisão fatal no acostamento aconteceu em 2021.

A Artesp ressaltou que só é permitido estacionar no acostamento em situações de emergência, como pneu furado, problemas mecânicos ou elétricos, pane seca ou para embarque e desembarque de passageiros. Ao parar o veículo nessas condições, o condutor e os demais ocupantes devem deixar o carro pelo lado do passageiro e procurar abrigo em local seguro, fora da via, atrás das defensas metálicas ou de barreiras de concreto. O acostamento deve ser sinalizado e a concessionária do trecho deve ser comunicada para fazer a remoção do veículo.

De acordo com um dos incisos do artigo 181 do Código de Trânsito Brasileiro, estacionar no acostamento sem motivo de força maior é uma infração leve, com multa de R$ 88,38 e penalidade de três pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Também está prevista a medida administrativa de remoção do veículo. Já transitar pelo acostamento gera multa grave, de R$ 880,41, com cinco pontos na carteira, conforme o artigo 193. Em caso de ultrapassagem pelo acostamento, a multa é gravíssima, de R$ 1.467,35, e sete pontos.

O cantor Matheus, da dupla com Zé Henrique, vítima de um acidente na rodovia Dom Pedro 1º, em Valinhos, interior de São Paulo. Foto: Reprodução/Instagram/@matheusoficial_zhem

Mantenha a atenção

“Permanecer dentro do veículo sobre a rodovia, mesmo no acostamento, pode ser arriscado, devido à possibilidade de novas colisões. Ficar na rodovia também gera o risco de atropelamento”, orienta a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Quando a parada no acostamento for inevitável, é preciso redobrar os cuidados. Procure manter a máxima atenção ao fluxo de veículos. Embora esteja sujeito a multas e penalidades criminais, há veículos que trafegam irregularmente pelo acostamento, mesmo sabendo que podem provocar acidentes graves que podem resultar em mortes.

O cuidado do motorista também deve ser redobrado no momento em que for sair do acostamento e seguir pela rodovia, sinalizando bem e observando as condições de trânsito. À noite, com pouca iluminação, é preciso ter ainda mais cuidado.

Sinalização em caso de parada na estrada

Ao fazer uma parada em uma estrada é importante ainda que o motorista esteja atento às seguintes orientações do Conselho Nacional de Trânsito (Contran):

  • O condutor deverá acionar de imediato as luzes de advertência (pisca-alerta) providenciando a colocação do triângulo de sinalização ou equipamento similar à distância mínima de 30 metros da parte traseira do veículo.
  • O equipamento de sinalização de emergência deverá ser instalado perpendicularmente ao eixo da via, e em condição de boa visibilidade.

Como sinalizar em caso de parada para prestar socorro à vítimas envolvidas em acidentes

Conforme informações da agência da Polícia Rodoviária Federal, providenciar a sinalização é essencial antes mesmo de prestar socorro a possíveis vítimas, especialmente se há veículos e pessoas feridas sobre a pista. “É preciso alertar os demais motoristas a fim de evitar que outros acidentes aconteçam, ou que a situação se agrave”, afirma.

A sinalização deve ser feita usando o pisca alerta do veículo e o triângulo de sinalização; galhos de vegetação e, durante a noite, até a lanterna do celular podem ajudar. “A sinalização deve ser colocada a uma distância que permita que outros motoristas sejam alertados do acidente. A distância para começar a sinalizar é o número de passos largos igual ao limite de velocidade da via: se a velocidade é de 80 km/h, 80 passos; se a velocidade é de 100 km/h, 100 passos. Porém, em casos de chuva ou neblina, essa distância deve ser dobrada”, orienta a PRF.

Ao acionar o socorro, de acordo com a PRF, a pessoa precisa informar o local da ocorrência (rodovia, quilômetro aproximado ou ponto de referência, características da região), relatando ainda se há algum óbito ou pessoa necessitando de socorro e se o veículo está obstruindo a via.

“Sendo seguro, é possível auxiliar as vítimas até o socorro chegar, tentando tranquilizar os feridos e mantendo-os imóveis. Feridos não devem ser removidos, a menos que exista risco iminente de incêndio, explosão ou atropelamento. Os primeiros socorros devem ser prestados por quem possui conhecimento técnico a respeito”, afirma ainda a agência da PRF.

É importante ainda que o condutor, assim como os passageiros dentro do veículo, tenham os telefones da responsável pela administração da via para entrar em contato em caso de necessidade, sejam elas rodovias estaduais, federais ou gerenciadas por concessionárias (iniciativa privada).

Repercussão

O cantor Luiz Carlos da Penha, nome real do sertanejo Matheus, residia em Ribeirão Preto e viajava para o Rio de Janeiro na companhia da mulher, dos sogros e de uma amiga. Por se tratar de viagem longa, na altura de Valinhos, eles decidiram iniciar o revezamento ao volante. Vasque parou o carro no acostamento e Matheus assumiria a direção. Segundo a Polícia Rodoviária Estadual, quando ambos já estavam fora do veículo, outro automóvel invadiu o acostamento e os atingiu. Matheus morreu na hora. O sogro foi socorrido, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos.

O motorista do outro veículo foi submetido ao teste do bafômetro que apontou 0,34 miligramas de álcool por litro de ar expelido. Ele foi levado para o plantão da Polícia Civil de Valinhos e ficou preso. Matheus tinha 43 anos e preparava o lançamento de um novo DVD da dupla sertaneja. A morte causou grande repercussão no meio musical e abalou os fãs da dupla. O corpo do cantor foi sepultado nesta quinta-feira, 30, no Cemitério Bom Pastor, em Ribeirão Preto. A Polícia Civil de Valinhos ainda investiga todas as circunstâncias do acidente.

Em todas as rodovias concedidas à iniciativa privada em São Paulo, conforme a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), em 2022 foram registrados 229 colisões contra veículos parados no acostamento que resultaram em 12 mortes. Em 2021, foram 255 ocorrências, com 13 mortes.

Na madrugada de quarta-feira, 29, um acidente provocado por um motorista cujo teste do bafômetro deu positivo para bebida alcoólica, segundo a Polícia Civil de São Paulo, matou o cantor Matheus, de 43 anos, da dupla com Zé Henrique, na Rodovia Dom Pedro I, em Valinhos, interior do Estado. O sertanejo voltava do Rio de Janeiro, quando parou o carro no acostamento para revezar a direção com o sogro e foi atingido por outro veículo na estrada. Segundo os policiais, o homem de 36 anos que causou a colisão teria dormido no volante e invadido a pista contrária. Ele foi preso em flagrante e responderá por homicídio e lesão corporal culposa.

O acidente aconteceu no km 125 da pista sentido Jacareí por volta de 1h40. “As informações dão conta de que as vítimas pararam o carro no acostamento para fazer a troca no comando da direção do veículo. Por não se tratar de uma situação de emergência, o revezamento deve ocorrer em local seguro. Além de postos de serviços, a malha concedida dispõe do Serviço de Atendimento ao Usuário (Sau) e da Polícia Militar Rodoviária”, disse, em nota, a concessionária Rota das Bandeiras. O trecho da rodovia tem tráfego intenso, mas sem histórico de acidentes desse tipo. A última colisão fatal no acostamento aconteceu em 2021.

A Artesp ressaltou que só é permitido estacionar no acostamento em situações de emergência, como pneu furado, problemas mecânicos ou elétricos, pane seca ou para embarque e desembarque de passageiros. Ao parar o veículo nessas condições, o condutor e os demais ocupantes devem deixar o carro pelo lado do passageiro e procurar abrigo em local seguro, fora da via, atrás das defensas metálicas ou de barreiras de concreto. O acostamento deve ser sinalizado e a concessionária do trecho deve ser comunicada para fazer a remoção do veículo.

De acordo com um dos incisos do artigo 181 do Código de Trânsito Brasileiro, estacionar no acostamento sem motivo de força maior é uma infração leve, com multa de R$ 88,38 e penalidade de três pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Também está prevista a medida administrativa de remoção do veículo. Já transitar pelo acostamento gera multa grave, de R$ 880,41, com cinco pontos na carteira, conforme o artigo 193. Em caso de ultrapassagem pelo acostamento, a multa é gravíssima, de R$ 1.467,35, e sete pontos.

O cantor Matheus, da dupla com Zé Henrique, vítima de um acidente na rodovia Dom Pedro 1º, em Valinhos, interior de São Paulo. Foto: Reprodução/Instagram/@matheusoficial_zhem

Mantenha a atenção

“Permanecer dentro do veículo sobre a rodovia, mesmo no acostamento, pode ser arriscado, devido à possibilidade de novas colisões. Ficar na rodovia também gera o risco de atropelamento”, orienta a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Quando a parada no acostamento for inevitável, é preciso redobrar os cuidados. Procure manter a máxima atenção ao fluxo de veículos. Embora esteja sujeito a multas e penalidades criminais, há veículos que trafegam irregularmente pelo acostamento, mesmo sabendo que podem provocar acidentes graves que podem resultar em mortes.

O cuidado do motorista também deve ser redobrado no momento em que for sair do acostamento e seguir pela rodovia, sinalizando bem e observando as condições de trânsito. À noite, com pouca iluminação, é preciso ter ainda mais cuidado.

Sinalização em caso de parada na estrada

Ao fazer uma parada em uma estrada é importante ainda que o motorista esteja atento às seguintes orientações do Conselho Nacional de Trânsito (Contran):

  • O condutor deverá acionar de imediato as luzes de advertência (pisca-alerta) providenciando a colocação do triângulo de sinalização ou equipamento similar à distância mínima de 30 metros da parte traseira do veículo.
  • O equipamento de sinalização de emergência deverá ser instalado perpendicularmente ao eixo da via, e em condição de boa visibilidade.

Como sinalizar em caso de parada para prestar socorro à vítimas envolvidas em acidentes

Conforme informações da agência da Polícia Rodoviária Federal, providenciar a sinalização é essencial antes mesmo de prestar socorro a possíveis vítimas, especialmente se há veículos e pessoas feridas sobre a pista. “É preciso alertar os demais motoristas a fim de evitar que outros acidentes aconteçam, ou que a situação se agrave”, afirma.

A sinalização deve ser feita usando o pisca alerta do veículo e o triângulo de sinalização; galhos de vegetação e, durante a noite, até a lanterna do celular podem ajudar. “A sinalização deve ser colocada a uma distância que permita que outros motoristas sejam alertados do acidente. A distância para começar a sinalizar é o número de passos largos igual ao limite de velocidade da via: se a velocidade é de 80 km/h, 80 passos; se a velocidade é de 100 km/h, 100 passos. Porém, em casos de chuva ou neblina, essa distância deve ser dobrada”, orienta a PRF.

Ao acionar o socorro, de acordo com a PRF, a pessoa precisa informar o local da ocorrência (rodovia, quilômetro aproximado ou ponto de referência, características da região), relatando ainda se há algum óbito ou pessoa necessitando de socorro e se o veículo está obstruindo a via.

“Sendo seguro, é possível auxiliar as vítimas até o socorro chegar, tentando tranquilizar os feridos e mantendo-os imóveis. Feridos não devem ser removidos, a menos que exista risco iminente de incêndio, explosão ou atropelamento. Os primeiros socorros devem ser prestados por quem possui conhecimento técnico a respeito”, afirma ainda a agência da PRF.

É importante ainda que o condutor, assim como os passageiros dentro do veículo, tenham os telefones da responsável pela administração da via para entrar em contato em caso de necessidade, sejam elas rodovias estaduais, federais ou gerenciadas por concessionárias (iniciativa privada).

Repercussão

O cantor Luiz Carlos da Penha, nome real do sertanejo Matheus, residia em Ribeirão Preto e viajava para o Rio de Janeiro na companhia da mulher, dos sogros e de uma amiga. Por se tratar de viagem longa, na altura de Valinhos, eles decidiram iniciar o revezamento ao volante. Vasque parou o carro no acostamento e Matheus assumiria a direção. Segundo a Polícia Rodoviária Estadual, quando ambos já estavam fora do veículo, outro automóvel invadiu o acostamento e os atingiu. Matheus morreu na hora. O sogro foi socorrido, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos.

O motorista do outro veículo foi submetido ao teste do bafômetro que apontou 0,34 miligramas de álcool por litro de ar expelido. Ele foi levado para o plantão da Polícia Civil de Valinhos e ficou preso. Matheus tinha 43 anos e preparava o lançamento de um novo DVD da dupla sertaneja. A morte causou grande repercussão no meio musical e abalou os fãs da dupla. O corpo do cantor foi sepultado nesta quinta-feira, 30, no Cemitério Bom Pastor, em Ribeirão Preto. A Polícia Civil de Valinhos ainda investiga todas as circunstâncias do acidente.

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