A principal linha de investigação da polícia de Santa Catarina para a morte de quatro jovens no primeiro dia do ano é intoxicação por monóxido de carbono, um gás altamente tóxico gerado pela combustão do motor e expelido pelo escapamento dos veículos automotivos. Os três homens e uma mulher foram encontrados passando mal em uma BMW na rodoviária de Balneário de Camboriú. Eles sofreram paradas cardiorrespiratórias, houve tentativas de reanimação, mas não resistiram.
Após a ocorrência, familiares de Thiago de Lima Ribeiro, de 21 anos, Karla Aparecida dos Santos, de 19, Gustavo Pereira Silveira Elias, de 24, e Nicolas Kovaleski, de 16, relataram que o carro havia passado por uma adulteração recente no escapamento, informação que agora é apurada pela polícia.
O monóxido de carbono é incolor e inodoro e altamente letal se inalado em grande quantidade ou por longos períodos em locais fechados.
Quando a pessoa inala o monóxido de carbono, o oxigênio e o hidrogênio existentes no sangue são substituídos pelo gás. Os primeiros sintomas de intoxicação são irritação nos olhos, dor de cabeça, náuseas, vômitos e tonturas.
Quando a quantidade de toxinas no sangue aumenta, a pessoa perde a consciência. Se estiver sozinha ou se as outras pessoas que estiverem no ambiente também desmaiarem, a chance de morte aumenta bastante, já que as pessoas vão continuar respirando o gás tóxico. A velocidade com que isso pode acontecer depende da concentração do monóxido de carbono no ar.
As vítimas tinham ido à rodoviária após a festa de réveillon para pegar uma quinta pessoa que havia chegado de Minas Gerais.
Assim que estacionaram no local, porém, os quatro passageiros começaram a passar mal dentro do carro. Com isso, o grupo optou por aguardar um pouco por lá mesmo após a chegada da pessoa que haviam ido buscar, mas não houve melhora. O resgate, então, foi acionado.