MPE investiga se obra em barragem pode ter causado ruptura


Estrutura em Mariana (MG) estava em processo de alteamento, para aumentar capacidade; inquérito foi instaurado na quinta e tem 30 dias para ser concluído

Por Leonardo Augusto

BELO HORIZONTE - O Ministério Público Estadual vai concentrar as investigações sobre a ruptura da barragem da mineradora Samarco em Bento Rodrigues, distrito de Mariana, no possível descumprimento de normas técnicas na manutenção da estrutura pela empresa. A informação é do promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador de Meio Ambiente do MPE. 

O inquérito civil público para apurar os motivos do rompimento da barragem foi instaurado na quinta-feira, data do desastre, e tem 30 dias para ser concluído. "A barragem estava em processo de alteamento (levantamento para aumentar capacidade). Isso pode ter influenciado na ruptura", pontuou o promotor, se referindo à linha de investigação que será adotada pelo MPE.

Barragem de rejeitos se rompe em Minas Gerais

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Resgates em Mariana

Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
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Apesar do caminho pré-estabelecido para as averiguações, o promotor afirmou ter solicitado ao Observatório de Sismologia da Universidade de Brasília (UnB)informações sobre a ocorrência de onze abalos na região de Mariana antes da ruptura da estrutura. 

Cerca de duas horas antes da tragédia, o observatório da UnB detectou abalos com magnitude entre 2,5 e 2,7 graus próximos a Bento Rodrigues. "Mesmo que isso tenha influenciado, é algo que pode acontecer e a empresa teria de levar isso em consideração na construção da barragem", argumentou o promotor. 

O MPE apura ainda se uma explosão ocorrida em uma mina da Vale, que detém metade das ações da Samarco, em área próxima a Bento Rodrigues, possa ter influenciado no desastre. O promotor questiona também os motivos que levam a empresa a construir a barragem em área tão próximo a um centro urbano. 

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Nesse sentido, Carlos Eduardo afirmou já ter arrolado testemunhas no distrito que vão prestar depoimento sobre decisões tomadas pela Samarco imediatamente após a ruptura da barragem. "Tudo foi cumprido? É preciso dar um alerta à população em caso de acidente. Já temos pessoas afirmando que esse alerta não foi dado", afirmou o promotor.

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O rompimento da Barragem de Fundão em Minas Gerais devastou o distrito de Bento Rodrigues, a 23 km de distância de Mariana, onde ocorreu o acidente. O corpo de Bombeiros local informou que a lama cobriu 80% do município

Balanço. Até as 18 horas desta sexta-feira, 6, o Corpo de Bombeiros havia confirmado uma morte decorrente da ruptura da barragem. Um corpo foi encontrado no Rio Doce, a 100 km do local do acidente, mas a corporação não confirma se a vítima tem relação com o acidente na barragem.

BELO HORIZONTE - O Ministério Público Estadual vai concentrar as investigações sobre a ruptura da barragem da mineradora Samarco em Bento Rodrigues, distrito de Mariana, no possível descumprimento de normas técnicas na manutenção da estrutura pela empresa. A informação é do promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador de Meio Ambiente do MPE. 

O inquérito civil público para apurar os motivos do rompimento da barragem foi instaurado na quinta-feira, data do desastre, e tem 30 dias para ser concluído. "A barragem estava em processo de alteamento (levantamento para aumentar capacidade). Isso pode ter influenciado na ruptura", pontuou o promotor, se referindo à linha de investigação que será adotada pelo MPE.

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Apesar do caminho pré-estabelecido para as averiguações, o promotor afirmou ter solicitado ao Observatório de Sismologia da Universidade de Brasília (UnB)informações sobre a ocorrência de onze abalos na região de Mariana antes da ruptura da estrutura. 

Cerca de duas horas antes da tragédia, o observatório da UnB detectou abalos com magnitude entre 2,5 e 2,7 graus próximos a Bento Rodrigues. "Mesmo que isso tenha influenciado, é algo que pode acontecer e a empresa teria de levar isso em consideração na construção da barragem", argumentou o promotor. 

O MPE apura ainda se uma explosão ocorrida em uma mina da Vale, que detém metade das ações da Samarco, em área próxima a Bento Rodrigues, possa ter influenciado no desastre. O promotor questiona também os motivos que levam a empresa a construir a barragem em área tão próximo a um centro urbano. 

Nesse sentido, Carlos Eduardo afirmou já ter arrolado testemunhas no distrito que vão prestar depoimento sobre decisões tomadas pela Samarco imediatamente após a ruptura da barragem. "Tudo foi cumprido? É preciso dar um alerta à população em caso de acidente. Já temos pessoas afirmando que esse alerta não foi dado", afirmou o promotor.

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O rompimento da Barragem de Fundão em Minas Gerais devastou o distrito de Bento Rodrigues, a 23 km de distância de Mariana, onde ocorreu o acidente. O corpo de Bombeiros local informou que a lama cobriu 80% do município

Balanço. Até as 18 horas desta sexta-feira, 6, o Corpo de Bombeiros havia confirmado uma morte decorrente da ruptura da barragem. Um corpo foi encontrado no Rio Doce, a 100 km do local do acidente, mas a corporação não confirma se a vítima tem relação com o acidente na barragem.

BELO HORIZONTE - O Ministério Público Estadual vai concentrar as investigações sobre a ruptura da barragem da mineradora Samarco em Bento Rodrigues, distrito de Mariana, no possível descumprimento de normas técnicas na manutenção da estrutura pela empresa. A informação é do promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador de Meio Ambiente do MPE. 

O inquérito civil público para apurar os motivos do rompimento da barragem foi instaurado na quinta-feira, data do desastre, e tem 30 dias para ser concluído. "A barragem estava em processo de alteamento (levantamento para aumentar capacidade). Isso pode ter influenciado na ruptura", pontuou o promotor, se referindo à linha de investigação que será adotada pelo MPE.

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Apesar do caminho pré-estabelecido para as averiguações, o promotor afirmou ter solicitado ao Observatório de Sismologia da Universidade de Brasília (UnB)informações sobre a ocorrência de onze abalos na região de Mariana antes da ruptura da estrutura. 

Cerca de duas horas antes da tragédia, o observatório da UnB detectou abalos com magnitude entre 2,5 e 2,7 graus próximos a Bento Rodrigues. "Mesmo que isso tenha influenciado, é algo que pode acontecer e a empresa teria de levar isso em consideração na construção da barragem", argumentou o promotor. 

O MPE apura ainda se uma explosão ocorrida em uma mina da Vale, que detém metade das ações da Samarco, em área próxima a Bento Rodrigues, possa ter influenciado no desastre. O promotor questiona também os motivos que levam a empresa a construir a barragem em área tão próximo a um centro urbano. 

Nesse sentido, Carlos Eduardo afirmou já ter arrolado testemunhas no distrito que vão prestar depoimento sobre decisões tomadas pela Samarco imediatamente após a ruptura da barragem. "Tudo foi cumprido? É preciso dar um alerta à população em caso de acidente. Já temos pessoas afirmando que esse alerta não foi dado", afirmou o promotor.

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O rompimento da Barragem de Fundão em Minas Gerais devastou o distrito de Bento Rodrigues, a 23 km de distância de Mariana, onde ocorreu o acidente. O corpo de Bombeiros local informou que a lama cobriu 80% do município

Balanço. Até as 18 horas desta sexta-feira, 6, o Corpo de Bombeiros havia confirmado uma morte decorrente da ruptura da barragem. Um corpo foi encontrado no Rio Doce, a 100 km do local do acidente, mas a corporação não confirma se a vítima tem relação com o acidente na barragem.

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