MPF pede prisão de agentes da PRF envolvidos em ação que resultou na morte de menina de 3 anos


Heloísa morreu neste sábado após 9 dias de internação; ela foi atingida dentro do carro da família, na Baixada Fluminense; corporação abriu investigação e prevê acelerar revisão de normas internas

Por José Maria Tomazela
Atualização:

O Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria do Rio de Janeiro, pediu a prisão preventiva de três agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) envolvidos na morte da menina Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos. A criança foi baleada na cabeça no carro dos pais, durante uma abordagem dos agentes na Baixada Fluminense. Heloísa morreu neste sábado, 16, em Duque de Caxias, onde estava internada desde o dia 8.

O Ministério Público Federal do Rio (MPF-RJ). Foto: Ascom/PRRJ

Conforme o MPF, o pedido de prisão foi feito nos autos da investigação criminal aberta para apurar a ação da PRF, durante a abordagem ao veículo onde estava a vítima. O caso aconteceu na noite do dia 7, no Arco Metropolitano, em Seropédica, na Baixada Fluminense. Segundo parentes da vítima, agentes da PRF abriram fogo contra o veículo da família, atingindo Heloísa na cabeça e na coluna. Além dela, estavam no carro o pai, a mãe, a irmã de 8 anos e uma tia.

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O procurador Eduardo Santos de Oliveira Benones, responsável pela investigação, representou pelas prisões dos agentes Fabiano Menacho Ferreira, que assumiu a autoria dos disparos, Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva. O pedido foi feito na noite desta sexta-feira,15, antes da morte da criança.

O promotor federal já havia pedido o afastamento dos envolvidos e a realização de perícia nas armas usadas na operação. Também solicitou acesso ao procedimento investigatório aberto na Corregedoria da PRF.

Segundo Benones, 28 agentes da corporação teriam ido ao hospital logo após o incidente, supostamente para intimidar os familiares da vítima. O MPF também apura denúncia de que um agente da PRF à paisana teria entrado no centro de terapia intensiva onde está a criança sem autorização da segurança do hospital.

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A Justiça Federal ainda não se manifestou sobre o pedido de prisão formulado pelo MPF. O Estadão entrou em contato com a assessoria de imprensa da PRF e aguarda retorno. A reportagem ainda tenta contato com a defesa dos agentes federais citados pelo MPF.

Na semana passada, a PRF informou ter aberto procedimento para investigar o caso. Além disso, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse nas redes sociais que mandou acelerar a revisão de protocolos da PRF. “E mandei acelerar a revisão da doutrina policial e manuais de procedimento na PRF, como já havia determinado quando da demissão dos policiais do caso Genivaldo, em Sergipe. Outras medidas serão informadas em breve”, afirmou.

Nesta semana, Justiça Federal condenou a União a pagar R$ 1 milhão por danos morais ao filho de Genivaldo de Jesus Santos, que morreu ao ser trancado no porta-malas de uma viatura da PRF, durante abordagem feita no município sergipano de Umbaúba, em maio de 2022. A sentença também obriga a União a pagar mensalmente uma pensão no valor de dois terços do salário mínimo, até que ele complete 24 anos.

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Oito crianças morreram baleadas na Grande Rio

Segundo a plataforma Fogo Cruzado, que monitora a violência no Rio e na região metropolitana, Heloísa e pelo menos outras sete crianças morreram baleadas neste ano.

No mês passado, o Fogo Cruzado lançou a plataforma Futuro Exterminado, onde é possível consultar informações sobre cada criança e adolescente vítima de violência armada no Grande Rio desde 2016 (https://fogocruzado.org.br/mapa-futuro-exterminado). /COM AGÊNCIA BRASIL

O Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria do Rio de Janeiro, pediu a prisão preventiva de três agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) envolvidos na morte da menina Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos. A criança foi baleada na cabeça no carro dos pais, durante uma abordagem dos agentes na Baixada Fluminense. Heloísa morreu neste sábado, 16, em Duque de Caxias, onde estava internada desde o dia 8.

O Ministério Público Federal do Rio (MPF-RJ). Foto: Ascom/PRRJ

Conforme o MPF, o pedido de prisão foi feito nos autos da investigação criminal aberta para apurar a ação da PRF, durante a abordagem ao veículo onde estava a vítima. O caso aconteceu na noite do dia 7, no Arco Metropolitano, em Seropédica, na Baixada Fluminense. Segundo parentes da vítima, agentes da PRF abriram fogo contra o veículo da família, atingindo Heloísa na cabeça e na coluna. Além dela, estavam no carro o pai, a mãe, a irmã de 8 anos e uma tia.

O procurador Eduardo Santos de Oliveira Benones, responsável pela investigação, representou pelas prisões dos agentes Fabiano Menacho Ferreira, que assumiu a autoria dos disparos, Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva. O pedido foi feito na noite desta sexta-feira,15, antes da morte da criança.

O promotor federal já havia pedido o afastamento dos envolvidos e a realização de perícia nas armas usadas na operação. Também solicitou acesso ao procedimento investigatório aberto na Corregedoria da PRF.

Segundo Benones, 28 agentes da corporação teriam ido ao hospital logo após o incidente, supostamente para intimidar os familiares da vítima. O MPF também apura denúncia de que um agente da PRF à paisana teria entrado no centro de terapia intensiva onde está a criança sem autorização da segurança do hospital.

A Justiça Federal ainda não se manifestou sobre o pedido de prisão formulado pelo MPF. O Estadão entrou em contato com a assessoria de imprensa da PRF e aguarda retorno. A reportagem ainda tenta contato com a defesa dos agentes federais citados pelo MPF.

Na semana passada, a PRF informou ter aberto procedimento para investigar o caso. Além disso, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse nas redes sociais que mandou acelerar a revisão de protocolos da PRF. “E mandei acelerar a revisão da doutrina policial e manuais de procedimento na PRF, como já havia determinado quando da demissão dos policiais do caso Genivaldo, em Sergipe. Outras medidas serão informadas em breve”, afirmou.

Nesta semana, Justiça Federal condenou a União a pagar R$ 1 milhão por danos morais ao filho de Genivaldo de Jesus Santos, que morreu ao ser trancado no porta-malas de uma viatura da PRF, durante abordagem feita no município sergipano de Umbaúba, em maio de 2022. A sentença também obriga a União a pagar mensalmente uma pensão no valor de dois terços do salário mínimo, até que ele complete 24 anos.

Oito crianças morreram baleadas na Grande Rio

Segundo a plataforma Fogo Cruzado, que monitora a violência no Rio e na região metropolitana, Heloísa e pelo menos outras sete crianças morreram baleadas neste ano.

No mês passado, o Fogo Cruzado lançou a plataforma Futuro Exterminado, onde é possível consultar informações sobre cada criança e adolescente vítima de violência armada no Grande Rio desde 2016 (https://fogocruzado.org.br/mapa-futuro-exterminado). /COM AGÊNCIA BRASIL

O Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria do Rio de Janeiro, pediu a prisão preventiva de três agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) envolvidos na morte da menina Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos. A criança foi baleada na cabeça no carro dos pais, durante uma abordagem dos agentes na Baixada Fluminense. Heloísa morreu neste sábado, 16, em Duque de Caxias, onde estava internada desde o dia 8.

O Ministério Público Federal do Rio (MPF-RJ). Foto: Ascom/PRRJ

Conforme o MPF, o pedido de prisão foi feito nos autos da investigação criminal aberta para apurar a ação da PRF, durante a abordagem ao veículo onde estava a vítima. O caso aconteceu na noite do dia 7, no Arco Metropolitano, em Seropédica, na Baixada Fluminense. Segundo parentes da vítima, agentes da PRF abriram fogo contra o veículo da família, atingindo Heloísa na cabeça e na coluna. Além dela, estavam no carro o pai, a mãe, a irmã de 8 anos e uma tia.

O procurador Eduardo Santos de Oliveira Benones, responsável pela investigação, representou pelas prisões dos agentes Fabiano Menacho Ferreira, que assumiu a autoria dos disparos, Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva. O pedido foi feito na noite desta sexta-feira,15, antes da morte da criança.

O promotor federal já havia pedido o afastamento dos envolvidos e a realização de perícia nas armas usadas na operação. Também solicitou acesso ao procedimento investigatório aberto na Corregedoria da PRF.

Segundo Benones, 28 agentes da corporação teriam ido ao hospital logo após o incidente, supostamente para intimidar os familiares da vítima. O MPF também apura denúncia de que um agente da PRF à paisana teria entrado no centro de terapia intensiva onde está a criança sem autorização da segurança do hospital.

A Justiça Federal ainda não se manifestou sobre o pedido de prisão formulado pelo MPF. O Estadão entrou em contato com a assessoria de imprensa da PRF e aguarda retorno. A reportagem ainda tenta contato com a defesa dos agentes federais citados pelo MPF.

Na semana passada, a PRF informou ter aberto procedimento para investigar o caso. Além disso, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse nas redes sociais que mandou acelerar a revisão de protocolos da PRF. “E mandei acelerar a revisão da doutrina policial e manuais de procedimento na PRF, como já havia determinado quando da demissão dos policiais do caso Genivaldo, em Sergipe. Outras medidas serão informadas em breve”, afirmou.

Nesta semana, Justiça Federal condenou a União a pagar R$ 1 milhão por danos morais ao filho de Genivaldo de Jesus Santos, que morreu ao ser trancado no porta-malas de uma viatura da PRF, durante abordagem feita no município sergipano de Umbaúba, em maio de 2022. A sentença também obriga a União a pagar mensalmente uma pensão no valor de dois terços do salário mínimo, até que ele complete 24 anos.

Oito crianças morreram baleadas na Grande Rio

Segundo a plataforma Fogo Cruzado, que monitora a violência no Rio e na região metropolitana, Heloísa e pelo menos outras sete crianças morreram baleadas neste ano.

No mês passado, o Fogo Cruzado lançou a plataforma Futuro Exterminado, onde é possível consultar informações sobre cada criança e adolescente vítima de violência armada no Grande Rio desde 2016 (https://fogocruzado.org.br/mapa-futuro-exterminado). /COM AGÊNCIA BRASIL

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