O mundo das viagens e as minhas viagens pelo mundo

Intercâmbio acima dos 50 anos, com inglês, atividades e concierge


EC English lança curso para terceira idade com idioma e experiências. Está disponível em Malta, Nova York, Londres, Cidade do Cabo, Montréal e Dublin

Por Nathalia Molina

Se matricular num curso de inglês no exterior, se aventurar em lugares novos, conhecer pessoas, se abrir para experiências a que você nunca havia se proposto. Consigo entender perfeitamente o que leva cada vez mais alunos da EC English Language Centres, com escolas em 24 cidades pelo mundo, a fazerem um intercâmbio acima dos 50 anos. Nos últimos 4 anos, a empresa fundada em Malta passou a receber mais alunos nessa faixa etária.

Para mim, fazer 50 anos (especialmente no meio de uma pandemia) foi um marco na mudança da forma como eu via a vida. E, pelo que tenho lido sobre longevidade, acredito que isso aconteça com muita gente.

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Inglês para 'viajantes maduros' na EC English - Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

O perfil dos alunos da EC English confirma a tendência. "Analisando as turmas, nós percebemos: 'Tem alguma coisa acontecendo aqui'. Sentamos com uns 40 ou 50 estudantes nos seus 50, 60 e 70 anos e perguntamos o que os havia trazido ao curso, o que eles estavam procurando, o que esperavam. E isso automaticamente nos levou ao programa que estamos lançando: o EC Escapes", explicou Andrew Mangion, CEO da EC English Language Centres, fundada em Malta, onde ele expôs a novidade a mim e a outros 4 jornalistas estrangeiros.

O EC Escapes recebe alunos até um pouco mais novos, a partir dos 45 anos. É o que a escola chama de "viajante maduro", já que fazer parte desse grupo se refere mais à fase em que se está do que a um número exato. "Tem uma enorme busca hoje em dia por longevidade. As pessoas estão vivendo mais, querem ser mais saudáveis. E não é mais sobre idade, e sim sobre etapa de vida", acrescentou Mangion.

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EC Escapes: idioma e atividades culturais fora de sala de aula  

Próximo ou acima dos 50 anos, o interessado aproveita o aprendizado do idioma estrangeiro junto com novas experiências e o contato com outras culturas. "Vimos que esses alunos maduros estavam em busca de uma vivência diferente, não apenas do inglês para trabalhar. Queriam saber o idioma para viajar. Foram ali para conhecer gente. Desejavam se manter ativos. Mas não apenas viajar como turista. Queriam aprender, melhorar como pessoa", contou Mangion.

Como é o EC Escapes e onde existe

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A cada 20 aulas de inglês, o novo programa prevê 6 sessões de exploração. Chamadas de Get Ready to Explore (Se Prepare para Explorar), elas propõem aos viajantes um aprofundamento na cultura local. "Por 1,5 hora, 3 vezes por semana, temos sessões de exploração, mais informais. Se forem para uma degustação de vinho, vão aprender o vocabulário. Por exemplo, full body wine. Quando vão à excursão, eles conseguem se comunicar melhor", explicou Chantal Briffa, diretora de Desenvolvimento de Negócios da marca.

Além disso, os alunos participam de tours guiados, idas a pontos relevantes das cidades, descobertas culinárias, caminhadas relaxantes e atividades sociais. Em Malta, acompanhei uma turma na visita à Mosta Dome, rotunda de 57 m de diâmetro, tida como a 3ª maior do mundo.

Com projeto inspirado no Panteão de Roma, o lugar ficou famoso também por uma bomba que caiu lá dentro e não explodiu durante a 2ª Guerra Mundial. Com o grupo, visitei também um abrigo da época do conflito.

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Abrigo da 2ª Guerra Mundial no país europeu  

Atualmente o programa EC Escapes está disponível em 4 das 24 escolas do grupo. "Procuramos escolher a melhor época em cada lugar. Malta na primavera é fantástica. Londres tende a ter um clima melhor no calor. Depois, Nova York no outono, uma época ótima para visitar. Aí, Cidade do Cabo no verão", contou o CEO da empresa.

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Em Malta, juntamente com abril, maio e junho, há datas recomendadas para o começo do EC Escapes em setembro, outubro e novembro, mesmos meses do novo programa na americana Nova York. No meio do ano (entre junho e agosto), é a vez de Londres; e, na virada, da africana Cidade do Cabo, de dezembro a fevereiro. A resposta do público levou a uma ampliação já em 2025, quando a novidade chega à irlandesa Dublin (junho) e à canadense Montréal (dezembro).

Área de socialização na escola de intercâmbio em Malta  

"Vamos ter o programa ao longo do ano. O aluno pode vir a Malta e, no próximo ano, escolher outro destino, ou fazer 2 na mesma época", explicou o CEO. Nesse caso, segundo a diretora de Desenvolvimento de Negócios, há uma comunicação entre as unidades. "Nossos estudantes do EC Escapes podem combinar localidades e as escolas se falam para fazer uma transição tranquila de um destino para outro", afirmou Chantal.

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Primeiro intercâmbio na terceira idade

Para muitos dos alunos ouvidos pela EC English, foi a primeira vez em que fizeram intercâmbio. "Muitas pessoas da nossa geração não viajaram tanto quando éramos jovens porque não havia tanta companhia aérea e facilidades como WhatsApp. Viajar não era tão popular quanto é atualmente. Para os jovens é fácil. E por que não para nós? Tenho 49 anos, quase 50, e há 10 anos fui aprender chinês", lembrou Chantal. "Eu não precisava, mas queria aprender uma língua diferente dos idiomas europeus. Cheguei ao nível intermediário e consegui me comunicar com chineses. Foi uma experiência estimulante."

A diretora ressaltou a importância da língua como ferramenta para entender melhor outros povos. "A língua não serve apenas para se comunicar, mas também para entender a cultura, as sutilezas. Isso é o que estamos buscando. Queremos dar oportunidade a pessoas mais maduras de irem para o mundo e encontrarem outras na mesma fase de vida. Depois de todo o sacrifício feito por seus filhos ou suas famílias, poderem pensar em si e viverem seus sonhos", disse Chantal.

Envelhecimento da população mundial

Durante a apresentação em Malta, o CEO da EC English mostrou informações da Organização Mundial da Saúde sobre os 7 principais mercados da empresa. De acordo com os dados, a quantidade de pessoas acima dos 50 anos é de: 41% na França e na Suíça; 45% na Alemanha; 47% na Espanha; 48% na Itália; e 51% no Japão. A exceção é o Brasil, com 27%. "No entanto, devido ao tamanho do Brasil, estamos vendo um grande número de estudantes brasileiros de 50, 60 e até 70 anos nas nossas escolas."

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Andrew Mangion, CEO da EC English, na apresentação em Malta  

De acordo com Mangion, a empresa está buscando acompanhar essa tendência de envelhecimento da população mundial. A viagem, feita a convite da EC English e do Visit Malta, foi para apresentar o novo programa a 5 jornalistas estrangeiros, provenientes dos principais mercados da empresa. Além de mim, pelo Brasil, havia 2 alemães, 1 italiano e 1 japonesa.

Lá vivenciamos experiências organizadas pela EC, para mostrar a riqueza cultural do país, caso da degustação de azeite na Ta'Xmun Olive Grove. Outra foi a aula na cozinha da Mediterranean Culinary Academy, na qual preparamos o ravjul, ravioli maltês. Nossa hospedagem foi no Hilton Malta, localizado em St. Julian's, mesmo bairro da escola de intercâmbio.

Degustação de azeite na Ta'Xmun Olive Grove  

Achei interessante a chance de ir ao país, muito procurado para intercâmbio, setor que venho acompanhando há anos. Conhecido destino para cursos de inglês no exterior, Malta também me despertava curiosidade por sua estratégica posição geográfica, que resultou em muita história e arqueologia. A escola de intercâmbio eu conhecia, tanto por ser um dos maiores grupos do mercado quanto por ter sido na EC Montréal que fiz meu 1º intercâmbio, combinando aulas de francês com gastronomia, em 2017.

Curso de inglês acima dos 30 anos

De modo pioneiro, a EC English já havia ampliado suas classes para além de adolescentes e jovens adultos, com um programa voltado para estudantes acima dos 30 anos. "Ao longo de 10 anos, o 30+ cresceu e se tornou uma das maiores partes da nossa empresa. Eu diria que são aproximadamente 55% dos nossos alunos." O que começou em 1 escola hoje está presente em 8: Malta; Londres e Brighton (Inglaterra); Dublin (Irlanda); Nova York (Estados Unidos); Vancouver e Toronto (Canadá); e Cidade do Cabo (África do Sul).

Quem faz parte dessas turmas exclusivamente com colegas acima dos 30 anos tem acesso a um lounge exclusivo para essa faixa etária, além do outro aberto a todos os alunos. Com mesas, cadeiras, sofás e livros, o ambiente 30+ é calmo, longe do barulho dos adolescentes, o que permite momentos de estudo ou descanso.

Lounge exclusivo para alunos acima dos 30 anos  

Quando consultados sobre a possibilidade de frequentar classes apenas com pessoas acima de 45 anos, os estudantes mais velhos afirmaram que preferiam manter o contato com os adultos mais jovens durante as aulas de idioma. "As aulas do EC Escapes, então, ocorrem dentro das classes 30+. O que é bom é que os estudantes mais velhos conhecem também pessoas mais novas", disse Chantal.

Concierge e possibilidades de acomodação

Fora das aulas, no entanto, a única semelhança é o uso do lounge 30+. "Há diferenças que definimos por causa da demanda dos clientes mais velhos por outros tipos de atividades, mais voltadas para estilo de vida, bem-estar e a habilidade de conhecer pessoas, e menos competitivas ou ligadas ao universo do trabalho", pontuou Mangion.

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Aula de gastronomia com o preparo do ravjul, o ravioli maltês  

Uma das conveniências do EC Escapes é contar com um serviço de concierge. Em cada escola, um funcionário que conhece bem a cidade presta assessoria aos estudantes, incluindo com a reserva de refeições e passeios. "Eles já deram duro na vida, sabem que podem buscar e reservar tudo. Mas quais são os melhores restaurantes? Quais são os melhores lugares para ir? Então tivemos a ideia do concierge", contou Mangion.

A hospedagem pode ser tanto em casa de família, como é comum em intercâmbios, quanto em imóveis alugados ou hotéis. "As pessoas saem de férias, mas com aspectos mais intelectuais e estimulantes. Embora não seja o típico all inclusive, tem tudo incluído no programa, com mais elementos do que um simples curso de inglês", ressaltou Chantal.

Curso de inglês em Malta, na EC English  

Entendo claramente a demanda por um programa como o EC Escapes. Adorei o curso de intercâmbio de 2 semanas no Canadá em 2017. Porém, eu já estava nessa fase madura, em busca de aprender com curiosidade, mas com a liberdade que a faixa etária pede. O novo programa parece propor isso.

Quando assisti à apresentação do EC Escapes em Malta, me dei conta de que tudo o que eu senti falta naquele intercâmbio aos 46 anos foi incluído no novo programa. É uma pena que ele não existisse na época, tampouco o app para estudantes, desenvolvido depois. Mesmo assim, valeu muito viver na prática o que eu cobria como jornalista.

 

CHECK OUT

Brasileiros na EC English

"O que nos permitiu fazer o EC Escapes são 33 anos ensinando inglês a estudantes de vários países. Estamos chegando a quase 1 milhão", disse Mangion. Segundo ele, as unidades da empresa já recebem alunos do Brasil há muito anos. "O número de brasileiros vinha aumentando de modo significativo antes da pandemia e, depois, houve uma enorme expansão. É como se todo mundo quisesse sair de casa, então nossas escolas estão experimentando um crescimento de estudantes do Brasil como nunca antes."

Escola em Dubai em 2024

Em 2002, a EC English começou a abrir escolas fora de Malta. "Primeiramente, no Reino Unido, onde hoje mantemos 5 unidades nas principais cidades. Fomos para a África do Sul em 2006, fundando uma escola na Cidade do Cabo. Aí continuamos a expansão para a América do Norte, com Estados Unidos e Canadá", lembrou Mangion. "No fim deste ano, vamos abrir em Dubai."

 

QUEM FAZ

Nathalia Molina viaja desde os 5 anos, adora café da manhã e aprecia um bom serviço no turismo. Essencialmente urbana, também tem seus dias de paisagem natural. É jornalista de viagem há 20 anos e ganhou 4 vezes o prêmio da Comissão Europeia de Turismo. Em 2011, criou o Como Viaja: acompanhe no Instagram @ComoViaja, no grupo gratuito no WhatsApp e em comoviaja.com.br

Se matricular num curso de inglês no exterior, se aventurar em lugares novos, conhecer pessoas, se abrir para experiências a que você nunca havia se proposto. Consigo entender perfeitamente o que leva cada vez mais alunos da EC English Language Centres, com escolas em 24 cidades pelo mundo, a fazerem um intercâmbio acima dos 50 anos. Nos últimos 4 anos, a empresa fundada em Malta passou a receber mais alunos nessa faixa etária.

Para mim, fazer 50 anos (especialmente no meio de uma pandemia) foi um marco na mudança da forma como eu via a vida. E, pelo que tenho lido sobre longevidade, acredito que isso aconteça com muita gente.

Entre no grupo gratuito de WhatsApp do Como Viaja para receber novidades e dicas na palma da mão, sempre no fim do dia

Inglês para 'viajantes maduros' na EC English - Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

O perfil dos alunos da EC English confirma a tendência. "Analisando as turmas, nós percebemos: 'Tem alguma coisa acontecendo aqui'. Sentamos com uns 40 ou 50 estudantes nos seus 50, 60 e 70 anos e perguntamos o que os havia trazido ao curso, o que eles estavam procurando, o que esperavam. E isso automaticamente nos levou ao programa que estamos lançando: o EC Escapes", explicou Andrew Mangion, CEO da EC English Language Centres, fundada em Malta, onde ele expôs a novidade a mim e a outros 4 jornalistas estrangeiros.

O EC Escapes recebe alunos até um pouco mais novos, a partir dos 45 anos. É o que a escola chama de "viajante maduro", já que fazer parte desse grupo se refere mais à fase em que se está do que a um número exato. "Tem uma enorme busca hoje em dia por longevidade. As pessoas estão vivendo mais, querem ser mais saudáveis. E não é mais sobre idade, e sim sobre etapa de vida", acrescentou Mangion.

EC Escapes: idioma e atividades culturais fora de sala de aula  

Próximo ou acima dos 50 anos, o interessado aproveita o aprendizado do idioma estrangeiro junto com novas experiências e o contato com outras culturas. "Vimos que esses alunos maduros estavam em busca de uma vivência diferente, não apenas do inglês para trabalhar. Queriam saber o idioma para viajar. Foram ali para conhecer gente. Desejavam se manter ativos. Mas não apenas viajar como turista. Queriam aprender, melhorar como pessoa", contou Mangion.

Como é o EC Escapes e onde existe

A cada 20 aulas de inglês, o novo programa prevê 6 sessões de exploração. Chamadas de Get Ready to Explore (Se Prepare para Explorar), elas propõem aos viajantes um aprofundamento na cultura local. "Por 1,5 hora, 3 vezes por semana, temos sessões de exploração, mais informais. Se forem para uma degustação de vinho, vão aprender o vocabulário. Por exemplo, full body wine. Quando vão à excursão, eles conseguem se comunicar melhor", explicou Chantal Briffa, diretora de Desenvolvimento de Negócios da marca.

Além disso, os alunos participam de tours guiados, idas a pontos relevantes das cidades, descobertas culinárias, caminhadas relaxantes e atividades sociais. Em Malta, acompanhei uma turma na visita à Mosta Dome, rotunda de 57 m de diâmetro, tida como a 3ª maior do mundo.

Com projeto inspirado no Panteão de Roma, o lugar ficou famoso também por uma bomba que caiu lá dentro e não explodiu durante a 2ª Guerra Mundial. Com o grupo, visitei também um abrigo da época do conflito.

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Abrigo da 2ª Guerra Mundial no país europeu  

Atualmente o programa EC Escapes está disponível em 4 das 24 escolas do grupo. "Procuramos escolher a melhor época em cada lugar. Malta na primavera é fantástica. Londres tende a ter um clima melhor no calor. Depois, Nova York no outono, uma época ótima para visitar. Aí, Cidade do Cabo no verão", contou o CEO da empresa.

Em Malta, juntamente com abril, maio e junho, há datas recomendadas para o começo do EC Escapes em setembro, outubro e novembro, mesmos meses do novo programa na americana Nova York. No meio do ano (entre junho e agosto), é a vez de Londres; e, na virada, da africana Cidade do Cabo, de dezembro a fevereiro. A resposta do público levou a uma ampliação já em 2025, quando a novidade chega à irlandesa Dublin (junho) e à canadense Montréal (dezembro).

Área de socialização na escola de intercâmbio em Malta  

"Vamos ter o programa ao longo do ano. O aluno pode vir a Malta e, no próximo ano, escolher outro destino, ou fazer 2 na mesma época", explicou o CEO. Nesse caso, segundo a diretora de Desenvolvimento de Negócios, há uma comunicação entre as unidades. "Nossos estudantes do EC Escapes podem combinar localidades e as escolas se falam para fazer uma transição tranquila de um destino para outro", afirmou Chantal.

Primeiro intercâmbio na terceira idade

Para muitos dos alunos ouvidos pela EC English, foi a primeira vez em que fizeram intercâmbio. "Muitas pessoas da nossa geração não viajaram tanto quando éramos jovens porque não havia tanta companhia aérea e facilidades como WhatsApp. Viajar não era tão popular quanto é atualmente. Para os jovens é fácil. E por que não para nós? Tenho 49 anos, quase 50, e há 10 anos fui aprender chinês", lembrou Chantal. "Eu não precisava, mas queria aprender uma língua diferente dos idiomas europeus. Cheguei ao nível intermediário e consegui me comunicar com chineses. Foi uma experiência estimulante."

A diretora ressaltou a importância da língua como ferramenta para entender melhor outros povos. "A língua não serve apenas para se comunicar, mas também para entender a cultura, as sutilezas. Isso é o que estamos buscando. Queremos dar oportunidade a pessoas mais maduras de irem para o mundo e encontrarem outras na mesma fase de vida. Depois de todo o sacrifício feito por seus filhos ou suas famílias, poderem pensar em si e viverem seus sonhos", disse Chantal.

Envelhecimento da população mundial

Durante a apresentação em Malta, o CEO da EC English mostrou informações da Organização Mundial da Saúde sobre os 7 principais mercados da empresa. De acordo com os dados, a quantidade de pessoas acima dos 50 anos é de: 41% na França e na Suíça; 45% na Alemanha; 47% na Espanha; 48% na Itália; e 51% no Japão. A exceção é o Brasil, com 27%. "No entanto, devido ao tamanho do Brasil, estamos vendo um grande número de estudantes brasileiros de 50, 60 e até 70 anos nas nossas escolas."

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Andrew Mangion, CEO da EC English, na apresentação em Malta  

De acordo com Mangion, a empresa está buscando acompanhar essa tendência de envelhecimento da população mundial. A viagem, feita a convite da EC English e do Visit Malta, foi para apresentar o novo programa a 5 jornalistas estrangeiros, provenientes dos principais mercados da empresa. Além de mim, pelo Brasil, havia 2 alemães, 1 italiano e 1 japonesa.

Lá vivenciamos experiências organizadas pela EC, para mostrar a riqueza cultural do país, caso da degustação de azeite na Ta'Xmun Olive Grove. Outra foi a aula na cozinha da Mediterranean Culinary Academy, na qual preparamos o ravjul, ravioli maltês. Nossa hospedagem foi no Hilton Malta, localizado em St. Julian's, mesmo bairro da escola de intercâmbio.

Degustação de azeite na Ta'Xmun Olive Grove  

Achei interessante a chance de ir ao país, muito procurado para intercâmbio, setor que venho acompanhando há anos. Conhecido destino para cursos de inglês no exterior, Malta também me despertava curiosidade por sua estratégica posição geográfica, que resultou em muita história e arqueologia. A escola de intercâmbio eu conhecia, tanto por ser um dos maiores grupos do mercado quanto por ter sido na EC Montréal que fiz meu 1º intercâmbio, combinando aulas de francês com gastronomia, em 2017.

Curso de inglês acima dos 30 anos

De modo pioneiro, a EC English já havia ampliado suas classes para além de adolescentes e jovens adultos, com um programa voltado para estudantes acima dos 30 anos. "Ao longo de 10 anos, o 30+ cresceu e se tornou uma das maiores partes da nossa empresa. Eu diria que são aproximadamente 55% dos nossos alunos." O que começou em 1 escola hoje está presente em 8: Malta; Londres e Brighton (Inglaterra); Dublin (Irlanda); Nova York (Estados Unidos); Vancouver e Toronto (Canadá); e Cidade do Cabo (África do Sul).

Quem faz parte dessas turmas exclusivamente com colegas acima dos 30 anos tem acesso a um lounge exclusivo para essa faixa etária, além do outro aberto a todos os alunos. Com mesas, cadeiras, sofás e livros, o ambiente 30+ é calmo, longe do barulho dos adolescentes, o que permite momentos de estudo ou descanso.

Lounge exclusivo para alunos acima dos 30 anos  

Quando consultados sobre a possibilidade de frequentar classes apenas com pessoas acima de 45 anos, os estudantes mais velhos afirmaram que preferiam manter o contato com os adultos mais jovens durante as aulas de idioma. "As aulas do EC Escapes, então, ocorrem dentro das classes 30+. O que é bom é que os estudantes mais velhos conhecem também pessoas mais novas", disse Chantal.

Concierge e possibilidades de acomodação

Fora das aulas, no entanto, a única semelhança é o uso do lounge 30+. "Há diferenças que definimos por causa da demanda dos clientes mais velhos por outros tipos de atividades, mais voltadas para estilo de vida, bem-estar e a habilidade de conhecer pessoas, e menos competitivas ou ligadas ao universo do trabalho", pontuou Mangion.

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Aula de gastronomia com o preparo do ravjul, o ravioli maltês  

Uma das conveniências do EC Escapes é contar com um serviço de concierge. Em cada escola, um funcionário que conhece bem a cidade presta assessoria aos estudantes, incluindo com a reserva de refeições e passeios. "Eles já deram duro na vida, sabem que podem buscar e reservar tudo. Mas quais são os melhores restaurantes? Quais são os melhores lugares para ir? Então tivemos a ideia do concierge", contou Mangion.

A hospedagem pode ser tanto em casa de família, como é comum em intercâmbios, quanto em imóveis alugados ou hotéis. "As pessoas saem de férias, mas com aspectos mais intelectuais e estimulantes. Embora não seja o típico all inclusive, tem tudo incluído no programa, com mais elementos do que um simples curso de inglês", ressaltou Chantal.

Curso de inglês em Malta, na EC English  

Entendo claramente a demanda por um programa como o EC Escapes. Adorei o curso de intercâmbio de 2 semanas no Canadá em 2017. Porém, eu já estava nessa fase madura, em busca de aprender com curiosidade, mas com a liberdade que a faixa etária pede. O novo programa parece propor isso.

Quando assisti à apresentação do EC Escapes em Malta, me dei conta de que tudo o que eu senti falta naquele intercâmbio aos 46 anos foi incluído no novo programa. É uma pena que ele não existisse na época, tampouco o app para estudantes, desenvolvido depois. Mesmo assim, valeu muito viver na prática o que eu cobria como jornalista.

 

CHECK OUT

Brasileiros na EC English

"O que nos permitiu fazer o EC Escapes são 33 anos ensinando inglês a estudantes de vários países. Estamos chegando a quase 1 milhão", disse Mangion. Segundo ele, as unidades da empresa já recebem alunos do Brasil há muito anos. "O número de brasileiros vinha aumentando de modo significativo antes da pandemia e, depois, houve uma enorme expansão. É como se todo mundo quisesse sair de casa, então nossas escolas estão experimentando um crescimento de estudantes do Brasil como nunca antes."

Escola em Dubai em 2024

Em 2002, a EC English começou a abrir escolas fora de Malta. "Primeiramente, no Reino Unido, onde hoje mantemos 5 unidades nas principais cidades. Fomos para a África do Sul em 2006, fundando uma escola na Cidade do Cabo. Aí continuamos a expansão para a América do Norte, com Estados Unidos e Canadá", lembrou Mangion. "No fim deste ano, vamos abrir em Dubai."

 

QUEM FAZ

Nathalia Molina viaja desde os 5 anos, adora café da manhã e aprecia um bom serviço no turismo. Essencialmente urbana, também tem seus dias de paisagem natural. É jornalista de viagem há 20 anos e ganhou 4 vezes o prêmio da Comissão Europeia de Turismo. Em 2011, criou o Como Viaja: acompanhe no Instagram @ComoViaja, no grupo gratuito no WhatsApp e em comoviaja.com.br

Se matricular num curso de inglês no exterior, se aventurar em lugares novos, conhecer pessoas, se abrir para experiências a que você nunca havia se proposto. Consigo entender perfeitamente o que leva cada vez mais alunos da EC English Language Centres, com escolas em 24 cidades pelo mundo, a fazerem um intercâmbio acima dos 50 anos. Nos últimos 4 anos, a empresa fundada em Malta passou a receber mais alunos nessa faixa etária.

Para mim, fazer 50 anos (especialmente no meio de uma pandemia) foi um marco na mudança da forma como eu via a vida. E, pelo que tenho lido sobre longevidade, acredito que isso aconteça com muita gente.

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Inglês para 'viajantes maduros' na EC English - Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

O perfil dos alunos da EC English confirma a tendência. "Analisando as turmas, nós percebemos: 'Tem alguma coisa acontecendo aqui'. Sentamos com uns 40 ou 50 estudantes nos seus 50, 60 e 70 anos e perguntamos o que os havia trazido ao curso, o que eles estavam procurando, o que esperavam. E isso automaticamente nos levou ao programa que estamos lançando: o EC Escapes", explicou Andrew Mangion, CEO da EC English Language Centres, fundada em Malta, onde ele expôs a novidade a mim e a outros 4 jornalistas estrangeiros.

O EC Escapes recebe alunos até um pouco mais novos, a partir dos 45 anos. É o que a escola chama de "viajante maduro", já que fazer parte desse grupo se refere mais à fase em que se está do que a um número exato. "Tem uma enorme busca hoje em dia por longevidade. As pessoas estão vivendo mais, querem ser mais saudáveis. E não é mais sobre idade, e sim sobre etapa de vida", acrescentou Mangion.

EC Escapes: idioma e atividades culturais fora de sala de aula  

Próximo ou acima dos 50 anos, o interessado aproveita o aprendizado do idioma estrangeiro junto com novas experiências e o contato com outras culturas. "Vimos que esses alunos maduros estavam em busca de uma vivência diferente, não apenas do inglês para trabalhar. Queriam saber o idioma para viajar. Foram ali para conhecer gente. Desejavam se manter ativos. Mas não apenas viajar como turista. Queriam aprender, melhorar como pessoa", contou Mangion.

Como é o EC Escapes e onde existe

A cada 20 aulas de inglês, o novo programa prevê 6 sessões de exploração. Chamadas de Get Ready to Explore (Se Prepare para Explorar), elas propõem aos viajantes um aprofundamento na cultura local. "Por 1,5 hora, 3 vezes por semana, temos sessões de exploração, mais informais. Se forem para uma degustação de vinho, vão aprender o vocabulário. Por exemplo, full body wine. Quando vão à excursão, eles conseguem se comunicar melhor", explicou Chantal Briffa, diretora de Desenvolvimento de Negócios da marca.

Além disso, os alunos participam de tours guiados, idas a pontos relevantes das cidades, descobertas culinárias, caminhadas relaxantes e atividades sociais. Em Malta, acompanhei uma turma na visita à Mosta Dome, rotunda de 57 m de diâmetro, tida como a 3ª maior do mundo.

Com projeto inspirado no Panteão de Roma, o lugar ficou famoso também por uma bomba que caiu lá dentro e não explodiu durante a 2ª Guerra Mundial. Com o grupo, visitei também um abrigo da época do conflito.

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Abrigo da 2ª Guerra Mundial no país europeu  

Atualmente o programa EC Escapes está disponível em 4 das 24 escolas do grupo. "Procuramos escolher a melhor época em cada lugar. Malta na primavera é fantástica. Londres tende a ter um clima melhor no calor. Depois, Nova York no outono, uma época ótima para visitar. Aí, Cidade do Cabo no verão", contou o CEO da empresa.

Em Malta, juntamente com abril, maio e junho, há datas recomendadas para o começo do EC Escapes em setembro, outubro e novembro, mesmos meses do novo programa na americana Nova York. No meio do ano (entre junho e agosto), é a vez de Londres; e, na virada, da africana Cidade do Cabo, de dezembro a fevereiro. A resposta do público levou a uma ampliação já em 2025, quando a novidade chega à irlandesa Dublin (junho) e à canadense Montréal (dezembro).

Área de socialização na escola de intercâmbio em Malta  

"Vamos ter o programa ao longo do ano. O aluno pode vir a Malta e, no próximo ano, escolher outro destino, ou fazer 2 na mesma época", explicou o CEO. Nesse caso, segundo a diretora de Desenvolvimento de Negócios, há uma comunicação entre as unidades. "Nossos estudantes do EC Escapes podem combinar localidades e as escolas se falam para fazer uma transição tranquila de um destino para outro", afirmou Chantal.

Primeiro intercâmbio na terceira idade

Para muitos dos alunos ouvidos pela EC English, foi a primeira vez em que fizeram intercâmbio. "Muitas pessoas da nossa geração não viajaram tanto quando éramos jovens porque não havia tanta companhia aérea e facilidades como WhatsApp. Viajar não era tão popular quanto é atualmente. Para os jovens é fácil. E por que não para nós? Tenho 49 anos, quase 50, e há 10 anos fui aprender chinês", lembrou Chantal. "Eu não precisava, mas queria aprender uma língua diferente dos idiomas europeus. Cheguei ao nível intermediário e consegui me comunicar com chineses. Foi uma experiência estimulante."

A diretora ressaltou a importância da língua como ferramenta para entender melhor outros povos. "A língua não serve apenas para se comunicar, mas também para entender a cultura, as sutilezas. Isso é o que estamos buscando. Queremos dar oportunidade a pessoas mais maduras de irem para o mundo e encontrarem outras na mesma fase de vida. Depois de todo o sacrifício feito por seus filhos ou suas famílias, poderem pensar em si e viverem seus sonhos", disse Chantal.

Envelhecimento da população mundial

Durante a apresentação em Malta, o CEO da EC English mostrou informações da Organização Mundial da Saúde sobre os 7 principais mercados da empresa. De acordo com os dados, a quantidade de pessoas acima dos 50 anos é de: 41% na França e na Suíça; 45% na Alemanha; 47% na Espanha; 48% na Itália; e 51% no Japão. A exceção é o Brasil, com 27%. "No entanto, devido ao tamanho do Brasil, estamos vendo um grande número de estudantes brasileiros de 50, 60 e até 70 anos nas nossas escolas."

Entre no grupo gratuito de WhatsApp do Como Viaja para receber novidades e dicas na palma da mão, sempre no fim do dia

Andrew Mangion, CEO da EC English, na apresentação em Malta  

De acordo com Mangion, a empresa está buscando acompanhar essa tendência de envelhecimento da população mundial. A viagem, feita a convite da EC English e do Visit Malta, foi para apresentar o novo programa a 5 jornalistas estrangeiros, provenientes dos principais mercados da empresa. Além de mim, pelo Brasil, havia 2 alemães, 1 italiano e 1 japonesa.

Lá vivenciamos experiências organizadas pela EC, para mostrar a riqueza cultural do país, caso da degustação de azeite na Ta'Xmun Olive Grove. Outra foi a aula na cozinha da Mediterranean Culinary Academy, na qual preparamos o ravjul, ravioli maltês. Nossa hospedagem foi no Hilton Malta, localizado em St. Julian's, mesmo bairro da escola de intercâmbio.

Degustação de azeite na Ta'Xmun Olive Grove  

Achei interessante a chance de ir ao país, muito procurado para intercâmbio, setor que venho acompanhando há anos. Conhecido destino para cursos de inglês no exterior, Malta também me despertava curiosidade por sua estratégica posição geográfica, que resultou em muita história e arqueologia. A escola de intercâmbio eu conhecia, tanto por ser um dos maiores grupos do mercado quanto por ter sido na EC Montréal que fiz meu 1º intercâmbio, combinando aulas de francês com gastronomia, em 2017.

Curso de inglês acima dos 30 anos

De modo pioneiro, a EC English já havia ampliado suas classes para além de adolescentes e jovens adultos, com um programa voltado para estudantes acima dos 30 anos. "Ao longo de 10 anos, o 30+ cresceu e se tornou uma das maiores partes da nossa empresa. Eu diria que são aproximadamente 55% dos nossos alunos." O que começou em 1 escola hoje está presente em 8: Malta; Londres e Brighton (Inglaterra); Dublin (Irlanda); Nova York (Estados Unidos); Vancouver e Toronto (Canadá); e Cidade do Cabo (África do Sul).

Quem faz parte dessas turmas exclusivamente com colegas acima dos 30 anos tem acesso a um lounge exclusivo para essa faixa etária, além do outro aberto a todos os alunos. Com mesas, cadeiras, sofás e livros, o ambiente 30+ é calmo, longe do barulho dos adolescentes, o que permite momentos de estudo ou descanso.

Lounge exclusivo para alunos acima dos 30 anos  

Quando consultados sobre a possibilidade de frequentar classes apenas com pessoas acima de 45 anos, os estudantes mais velhos afirmaram que preferiam manter o contato com os adultos mais jovens durante as aulas de idioma. "As aulas do EC Escapes, então, ocorrem dentro das classes 30+. O que é bom é que os estudantes mais velhos conhecem também pessoas mais novas", disse Chantal.

Concierge e possibilidades de acomodação

Fora das aulas, no entanto, a única semelhança é o uso do lounge 30+. "Há diferenças que definimos por causa da demanda dos clientes mais velhos por outros tipos de atividades, mais voltadas para estilo de vida, bem-estar e a habilidade de conhecer pessoas, e menos competitivas ou ligadas ao universo do trabalho", pontuou Mangion.

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Aula de gastronomia com o preparo do ravjul, o ravioli maltês  

Uma das conveniências do EC Escapes é contar com um serviço de concierge. Em cada escola, um funcionário que conhece bem a cidade presta assessoria aos estudantes, incluindo com a reserva de refeições e passeios. "Eles já deram duro na vida, sabem que podem buscar e reservar tudo. Mas quais são os melhores restaurantes? Quais são os melhores lugares para ir? Então tivemos a ideia do concierge", contou Mangion.

A hospedagem pode ser tanto em casa de família, como é comum em intercâmbios, quanto em imóveis alugados ou hotéis. "As pessoas saem de férias, mas com aspectos mais intelectuais e estimulantes. Embora não seja o típico all inclusive, tem tudo incluído no programa, com mais elementos do que um simples curso de inglês", ressaltou Chantal.

Curso de inglês em Malta, na EC English  

Entendo claramente a demanda por um programa como o EC Escapes. Adorei o curso de intercâmbio de 2 semanas no Canadá em 2017. Porém, eu já estava nessa fase madura, em busca de aprender com curiosidade, mas com a liberdade que a faixa etária pede. O novo programa parece propor isso.

Quando assisti à apresentação do EC Escapes em Malta, me dei conta de que tudo o que eu senti falta naquele intercâmbio aos 46 anos foi incluído no novo programa. É uma pena que ele não existisse na época, tampouco o app para estudantes, desenvolvido depois. Mesmo assim, valeu muito viver na prática o que eu cobria como jornalista.

 

CHECK OUT

Brasileiros na EC English

"O que nos permitiu fazer o EC Escapes são 33 anos ensinando inglês a estudantes de vários países. Estamos chegando a quase 1 milhão", disse Mangion. Segundo ele, as unidades da empresa já recebem alunos do Brasil há muito anos. "O número de brasileiros vinha aumentando de modo significativo antes da pandemia e, depois, houve uma enorme expansão. É como se todo mundo quisesse sair de casa, então nossas escolas estão experimentando um crescimento de estudantes do Brasil como nunca antes."

Escola em Dubai em 2024

Em 2002, a EC English começou a abrir escolas fora de Malta. "Primeiramente, no Reino Unido, onde hoje mantemos 5 unidades nas principais cidades. Fomos para a África do Sul em 2006, fundando uma escola na Cidade do Cabo. Aí continuamos a expansão para a América do Norte, com Estados Unidos e Canadá", lembrou Mangion. "No fim deste ano, vamos abrir em Dubai."

 

QUEM FAZ

Nathalia Molina viaja desde os 5 anos, adora café da manhã e aprecia um bom serviço no turismo. Essencialmente urbana, também tem seus dias de paisagem natural. É jornalista de viagem há 20 anos e ganhou 4 vezes o prêmio da Comissão Europeia de Turismo. Em 2011, criou o Como Viaja: acompanhe no Instagram @ComoViaja, no grupo gratuito no WhatsApp e em comoviaja.com.br

Se matricular num curso de inglês no exterior, se aventurar em lugares novos, conhecer pessoas, se abrir para experiências a que você nunca havia se proposto. Consigo entender perfeitamente o que leva cada vez mais alunos da EC English Language Centres, com escolas em 24 cidades pelo mundo, a fazerem um intercâmbio acima dos 50 anos. Nos últimos 4 anos, a empresa fundada em Malta passou a receber mais alunos nessa faixa etária.

Para mim, fazer 50 anos (especialmente no meio de uma pandemia) foi um marco na mudança da forma como eu via a vida. E, pelo que tenho lido sobre longevidade, acredito que isso aconteça com muita gente.

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Inglês para 'viajantes maduros' na EC English - Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

O perfil dos alunos da EC English confirma a tendência. "Analisando as turmas, nós percebemos: 'Tem alguma coisa acontecendo aqui'. Sentamos com uns 40 ou 50 estudantes nos seus 50, 60 e 70 anos e perguntamos o que os havia trazido ao curso, o que eles estavam procurando, o que esperavam. E isso automaticamente nos levou ao programa que estamos lançando: o EC Escapes", explicou Andrew Mangion, CEO da EC English Language Centres, fundada em Malta, onde ele expôs a novidade a mim e a outros 4 jornalistas estrangeiros.

O EC Escapes recebe alunos até um pouco mais novos, a partir dos 45 anos. É o que a escola chama de "viajante maduro", já que fazer parte desse grupo se refere mais à fase em que se está do que a um número exato. "Tem uma enorme busca hoje em dia por longevidade. As pessoas estão vivendo mais, querem ser mais saudáveis. E não é mais sobre idade, e sim sobre etapa de vida", acrescentou Mangion.

EC Escapes: idioma e atividades culturais fora de sala de aula  

Próximo ou acima dos 50 anos, o interessado aproveita o aprendizado do idioma estrangeiro junto com novas experiências e o contato com outras culturas. "Vimos que esses alunos maduros estavam em busca de uma vivência diferente, não apenas do inglês para trabalhar. Queriam saber o idioma para viajar. Foram ali para conhecer gente. Desejavam se manter ativos. Mas não apenas viajar como turista. Queriam aprender, melhorar como pessoa", contou Mangion.

Como é o EC Escapes e onde existe

A cada 20 aulas de inglês, o novo programa prevê 6 sessões de exploração. Chamadas de Get Ready to Explore (Se Prepare para Explorar), elas propõem aos viajantes um aprofundamento na cultura local. "Por 1,5 hora, 3 vezes por semana, temos sessões de exploração, mais informais. Se forem para uma degustação de vinho, vão aprender o vocabulário. Por exemplo, full body wine. Quando vão à excursão, eles conseguem se comunicar melhor", explicou Chantal Briffa, diretora de Desenvolvimento de Negócios da marca.

Além disso, os alunos participam de tours guiados, idas a pontos relevantes das cidades, descobertas culinárias, caminhadas relaxantes e atividades sociais. Em Malta, acompanhei uma turma na visita à Mosta Dome, rotunda de 57 m de diâmetro, tida como a 3ª maior do mundo.

Com projeto inspirado no Panteão de Roma, o lugar ficou famoso também por uma bomba que caiu lá dentro e não explodiu durante a 2ª Guerra Mundial. Com o grupo, visitei também um abrigo da época do conflito.

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Abrigo da 2ª Guerra Mundial no país europeu  

Atualmente o programa EC Escapes está disponível em 4 das 24 escolas do grupo. "Procuramos escolher a melhor época em cada lugar. Malta na primavera é fantástica. Londres tende a ter um clima melhor no calor. Depois, Nova York no outono, uma época ótima para visitar. Aí, Cidade do Cabo no verão", contou o CEO da empresa.

Em Malta, juntamente com abril, maio e junho, há datas recomendadas para o começo do EC Escapes em setembro, outubro e novembro, mesmos meses do novo programa na americana Nova York. No meio do ano (entre junho e agosto), é a vez de Londres; e, na virada, da africana Cidade do Cabo, de dezembro a fevereiro. A resposta do público levou a uma ampliação já em 2025, quando a novidade chega à irlandesa Dublin (junho) e à canadense Montréal (dezembro).

Área de socialização na escola de intercâmbio em Malta  

"Vamos ter o programa ao longo do ano. O aluno pode vir a Malta e, no próximo ano, escolher outro destino, ou fazer 2 na mesma época", explicou o CEO. Nesse caso, segundo a diretora de Desenvolvimento de Negócios, há uma comunicação entre as unidades. "Nossos estudantes do EC Escapes podem combinar localidades e as escolas se falam para fazer uma transição tranquila de um destino para outro", afirmou Chantal.

Primeiro intercâmbio na terceira idade

Para muitos dos alunos ouvidos pela EC English, foi a primeira vez em que fizeram intercâmbio. "Muitas pessoas da nossa geração não viajaram tanto quando éramos jovens porque não havia tanta companhia aérea e facilidades como WhatsApp. Viajar não era tão popular quanto é atualmente. Para os jovens é fácil. E por que não para nós? Tenho 49 anos, quase 50, e há 10 anos fui aprender chinês", lembrou Chantal. "Eu não precisava, mas queria aprender uma língua diferente dos idiomas europeus. Cheguei ao nível intermediário e consegui me comunicar com chineses. Foi uma experiência estimulante."

A diretora ressaltou a importância da língua como ferramenta para entender melhor outros povos. "A língua não serve apenas para se comunicar, mas também para entender a cultura, as sutilezas. Isso é o que estamos buscando. Queremos dar oportunidade a pessoas mais maduras de irem para o mundo e encontrarem outras na mesma fase de vida. Depois de todo o sacrifício feito por seus filhos ou suas famílias, poderem pensar em si e viverem seus sonhos", disse Chantal.

Envelhecimento da população mundial

Durante a apresentação em Malta, o CEO da EC English mostrou informações da Organização Mundial da Saúde sobre os 7 principais mercados da empresa. De acordo com os dados, a quantidade de pessoas acima dos 50 anos é de: 41% na França e na Suíça; 45% na Alemanha; 47% na Espanha; 48% na Itália; e 51% no Japão. A exceção é o Brasil, com 27%. "No entanto, devido ao tamanho do Brasil, estamos vendo um grande número de estudantes brasileiros de 50, 60 e até 70 anos nas nossas escolas."

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Andrew Mangion, CEO da EC English, na apresentação em Malta  

De acordo com Mangion, a empresa está buscando acompanhar essa tendência de envelhecimento da população mundial. A viagem, feita a convite da EC English e do Visit Malta, foi para apresentar o novo programa a 5 jornalistas estrangeiros, provenientes dos principais mercados da empresa. Além de mim, pelo Brasil, havia 2 alemães, 1 italiano e 1 japonesa.

Lá vivenciamos experiências organizadas pela EC, para mostrar a riqueza cultural do país, caso da degustação de azeite na Ta'Xmun Olive Grove. Outra foi a aula na cozinha da Mediterranean Culinary Academy, na qual preparamos o ravjul, ravioli maltês. Nossa hospedagem foi no Hilton Malta, localizado em St. Julian's, mesmo bairro da escola de intercâmbio.

Degustação de azeite na Ta'Xmun Olive Grove  

Achei interessante a chance de ir ao país, muito procurado para intercâmbio, setor que venho acompanhando há anos. Conhecido destino para cursos de inglês no exterior, Malta também me despertava curiosidade por sua estratégica posição geográfica, que resultou em muita história e arqueologia. A escola de intercâmbio eu conhecia, tanto por ser um dos maiores grupos do mercado quanto por ter sido na EC Montréal que fiz meu 1º intercâmbio, combinando aulas de francês com gastronomia, em 2017.

Curso de inglês acima dos 30 anos

De modo pioneiro, a EC English já havia ampliado suas classes para além de adolescentes e jovens adultos, com um programa voltado para estudantes acima dos 30 anos. "Ao longo de 10 anos, o 30+ cresceu e se tornou uma das maiores partes da nossa empresa. Eu diria que são aproximadamente 55% dos nossos alunos." O que começou em 1 escola hoje está presente em 8: Malta; Londres e Brighton (Inglaterra); Dublin (Irlanda); Nova York (Estados Unidos); Vancouver e Toronto (Canadá); e Cidade do Cabo (África do Sul).

Quem faz parte dessas turmas exclusivamente com colegas acima dos 30 anos tem acesso a um lounge exclusivo para essa faixa etária, além do outro aberto a todos os alunos. Com mesas, cadeiras, sofás e livros, o ambiente 30+ é calmo, longe do barulho dos adolescentes, o que permite momentos de estudo ou descanso.

Lounge exclusivo para alunos acima dos 30 anos  

Quando consultados sobre a possibilidade de frequentar classes apenas com pessoas acima de 45 anos, os estudantes mais velhos afirmaram que preferiam manter o contato com os adultos mais jovens durante as aulas de idioma. "As aulas do EC Escapes, então, ocorrem dentro das classes 30+. O que é bom é que os estudantes mais velhos conhecem também pessoas mais novas", disse Chantal.

Concierge e possibilidades de acomodação

Fora das aulas, no entanto, a única semelhança é o uso do lounge 30+. "Há diferenças que definimos por causa da demanda dos clientes mais velhos por outros tipos de atividades, mais voltadas para estilo de vida, bem-estar e a habilidade de conhecer pessoas, e menos competitivas ou ligadas ao universo do trabalho", pontuou Mangion.

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Aula de gastronomia com o preparo do ravjul, o ravioli maltês  

Uma das conveniências do EC Escapes é contar com um serviço de concierge. Em cada escola, um funcionário que conhece bem a cidade presta assessoria aos estudantes, incluindo com a reserva de refeições e passeios. "Eles já deram duro na vida, sabem que podem buscar e reservar tudo. Mas quais são os melhores restaurantes? Quais são os melhores lugares para ir? Então tivemos a ideia do concierge", contou Mangion.

A hospedagem pode ser tanto em casa de família, como é comum em intercâmbios, quanto em imóveis alugados ou hotéis. "As pessoas saem de férias, mas com aspectos mais intelectuais e estimulantes. Embora não seja o típico all inclusive, tem tudo incluído no programa, com mais elementos do que um simples curso de inglês", ressaltou Chantal.

Curso de inglês em Malta, na EC English  

Entendo claramente a demanda por um programa como o EC Escapes. Adorei o curso de intercâmbio de 2 semanas no Canadá em 2017. Porém, eu já estava nessa fase madura, em busca de aprender com curiosidade, mas com a liberdade que a faixa etária pede. O novo programa parece propor isso.

Quando assisti à apresentação do EC Escapes em Malta, me dei conta de que tudo o que eu senti falta naquele intercâmbio aos 46 anos foi incluído no novo programa. É uma pena que ele não existisse na época, tampouco o app para estudantes, desenvolvido depois. Mesmo assim, valeu muito viver na prática o que eu cobria como jornalista.

 

CHECK OUT

Brasileiros na EC English

"O que nos permitiu fazer o EC Escapes são 33 anos ensinando inglês a estudantes de vários países. Estamos chegando a quase 1 milhão", disse Mangion. Segundo ele, as unidades da empresa já recebem alunos do Brasil há muito anos. "O número de brasileiros vinha aumentando de modo significativo antes da pandemia e, depois, houve uma enorme expansão. É como se todo mundo quisesse sair de casa, então nossas escolas estão experimentando um crescimento de estudantes do Brasil como nunca antes."

Escola em Dubai em 2024

Em 2002, a EC English começou a abrir escolas fora de Malta. "Primeiramente, no Reino Unido, onde hoje mantemos 5 unidades nas principais cidades. Fomos para a África do Sul em 2006, fundando uma escola na Cidade do Cabo. Aí continuamos a expansão para a América do Norte, com Estados Unidos e Canadá", lembrou Mangion. "No fim deste ano, vamos abrir em Dubai."

 

QUEM FAZ

Nathalia Molina viaja desde os 5 anos, adora café da manhã e aprecia um bom serviço no turismo. Essencialmente urbana, também tem seus dias de paisagem natural. É jornalista de viagem há 20 anos e ganhou 4 vezes o prêmio da Comissão Europeia de Turismo. Em 2011, criou o Como Viaja: acompanhe no Instagram @ComoViaja, no grupo gratuito no WhatsApp e em comoviaja.com.br

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