'Nós brasileiros não sabemos pedir direito'


Entrevista com Custódio Pereira, especialista em captação de recursos

Por Ocimara Balmant

Diz-se que o brasileiro não tem tradição de doar. Você concorda?

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Discordo. Não é apenas uma questão cultural ou de falta de incentivo fiscal. Nos EUA não havia incentivo nos anos 1600 e os fazendeiros doavam legumes, ovos e terrenos. As pessoas doam por acreditar que é um ato nobre, que com isso está ajudando a comunidade, colaborando com o País.

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E por qual razão o brasileiro doa pouco?

Porque não pedimos e, quando o fazemos, pedimos errado. Damos a impressão de que a pessoa está fazendo um favor, quando na verdade o tom deveria ser de que o ato é uma oportunidade de contribuir com a sociedade. Nos EUA, no primeiro dia de aula, o calouro já escuta: "Fulano, você está em uma das melhores universidades do mundo e sua responsabilidade é levá-la para frente". Depois de formado, a instituição não o esquece. Ela mantém contato, cria um vínculo perene. Isso, claro, faz com que esse aluno queira que seu filho estude na mesma instituição.

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No Brasil, são raras as instituições que sabem o paradeiro de seus ex-alunos...

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Vivemos em uma caverna de Platão. A instituição não sabe sua história. Isso tem de mudar. É preciso construir um banco de dados com contatos e trajetória profissional dos egressos e convidá-los para os eventos institucionais. Afinal, mesmo que inconscientemente, todos querem o melhor para sua universidade. Se ela está bem, isso agrega valor ao currículo.

Diz-se que o brasileiro não tem tradição de doar. Você concorda?

Discordo. Não é apenas uma questão cultural ou de falta de incentivo fiscal. Nos EUA não havia incentivo nos anos 1600 e os fazendeiros doavam legumes, ovos e terrenos. As pessoas doam por acreditar que é um ato nobre, que com isso está ajudando a comunidade, colaborando com o País.

E por qual razão o brasileiro doa pouco?

Porque não pedimos e, quando o fazemos, pedimos errado. Damos a impressão de que a pessoa está fazendo um favor, quando na verdade o tom deveria ser de que o ato é uma oportunidade de contribuir com a sociedade. Nos EUA, no primeiro dia de aula, o calouro já escuta: "Fulano, você está em uma das melhores universidades do mundo e sua responsabilidade é levá-la para frente". Depois de formado, a instituição não o esquece. Ela mantém contato, cria um vínculo perene. Isso, claro, faz com que esse aluno queira que seu filho estude na mesma instituição.

No Brasil, são raras as instituições que sabem o paradeiro de seus ex-alunos...

Vivemos em uma caverna de Platão. A instituição não sabe sua história. Isso tem de mudar. É preciso construir um banco de dados com contatos e trajetória profissional dos egressos e convidá-los para os eventos institucionais. Afinal, mesmo que inconscientemente, todos querem o melhor para sua universidade. Se ela está bem, isso agrega valor ao currículo.

Diz-se que o brasileiro não tem tradição de doar. Você concorda?

Discordo. Não é apenas uma questão cultural ou de falta de incentivo fiscal. Nos EUA não havia incentivo nos anos 1600 e os fazendeiros doavam legumes, ovos e terrenos. As pessoas doam por acreditar que é um ato nobre, que com isso está ajudando a comunidade, colaborando com o País.

E por qual razão o brasileiro doa pouco?

Porque não pedimos e, quando o fazemos, pedimos errado. Damos a impressão de que a pessoa está fazendo um favor, quando na verdade o tom deveria ser de que o ato é uma oportunidade de contribuir com a sociedade. Nos EUA, no primeiro dia de aula, o calouro já escuta: "Fulano, você está em uma das melhores universidades do mundo e sua responsabilidade é levá-la para frente". Depois de formado, a instituição não o esquece. Ela mantém contato, cria um vínculo perene. Isso, claro, faz com que esse aluno queira que seu filho estude na mesma instituição.

No Brasil, são raras as instituições que sabem o paradeiro de seus ex-alunos...

Vivemos em uma caverna de Platão. A instituição não sabe sua história. Isso tem de mudar. É preciso construir um banco de dados com contatos e trajetória profissional dos egressos e convidá-los para os eventos institucionais. Afinal, mesmo que inconscientemente, todos querem o melhor para sua universidade. Se ela está bem, isso agrega valor ao currículo.

Diz-se que o brasileiro não tem tradição de doar. Você concorda?

Discordo. Não é apenas uma questão cultural ou de falta de incentivo fiscal. Nos EUA não havia incentivo nos anos 1600 e os fazendeiros doavam legumes, ovos e terrenos. As pessoas doam por acreditar que é um ato nobre, que com isso está ajudando a comunidade, colaborando com o País.

E por qual razão o brasileiro doa pouco?

Porque não pedimos e, quando o fazemos, pedimos errado. Damos a impressão de que a pessoa está fazendo um favor, quando na verdade o tom deveria ser de que o ato é uma oportunidade de contribuir com a sociedade. Nos EUA, no primeiro dia de aula, o calouro já escuta: "Fulano, você está em uma das melhores universidades do mundo e sua responsabilidade é levá-la para frente". Depois de formado, a instituição não o esquece. Ela mantém contato, cria um vínculo perene. Isso, claro, faz com que esse aluno queira que seu filho estude na mesma instituição.

No Brasil, são raras as instituições que sabem o paradeiro de seus ex-alunos...

Vivemos em uma caverna de Platão. A instituição não sabe sua história. Isso tem de mudar. É preciso construir um banco de dados com contatos e trajetória profissional dos egressos e convidá-los para os eventos institucionais. Afinal, mesmo que inconscientemente, todos querem o melhor para sua universidade. Se ela está bem, isso agrega valor ao currículo.

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