Os primeiros números do Censo 2022, divulgados na manhã desta quarta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam um substancial crescimento no número de domicílios no País. De um total de 67.569.688 registrados em 2010 (data do censo anterior), o número saltou para 90.688. 021 – um aumento de 34% ou o equivalente a 1/3 do total. Este aumento foi registrado em todos os Estados e no Distrito Federal.
Entre os municípios com o maior número de domicílios recenseados estão São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília e Fortaleza. No entanto, os maiores aumentos nos números de domicílios foram registrados em pequenos municípios do interior, caso de Abadia de Goiás (GO), com um aumento de 197%, Canaã dos Carajás (PA), com 176%, Goianira (GO), com 143%, Extremoz (RN), com 136%, e Iranduba (AM), com 130%.
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Por outro lado, a média de moradores por domicílio caiu entre 2010 e 2022, passando de 3,31 para 2,79 – uma queda de 18,7%, um número ainda mais acentuado do que o registrado entre 2000 e 2010, de 13,5%. A região Norte apresenta a maior densidade domiciliar (3,3 moradores), enquanto a região Sul registra a menor, 2,6.
“A redução da média de moradores por domicílio explica, em parte, o crescimento expressivo do número de domicílios”, afirmou o diretor de Geociências do IBGE, Cláudio Stenner, ressaltando, no entanto, que as razões para o aumento ainda estão sendo estuadas.
A densidade demográfica do País, de acordo com o novo Censo, é de 23,8 habitantes por quilômetro quadrado. De acordo com o levantamento, a densidade ainda é muito desigual entre as diversas regiões brasileiras, sendo de 4,5 habitantes/km2 no Norte e de 91,8 no Sudeste.
O levantamento destaca que Taboão da Serra (SP), Diadema (SP), São João de Meriti (RJ), Osasco (SP), Carapicuíba (SP) e São Caetano do Sul (SP) eram os seis únicos municípios brasileiros com densidade populacional superior a dez mil habitantes por quilômetro quadrado.