O louco exército de seres paranormais


Livro do repórter Jon Ronson, que virou filme, mostra como os militares dos EUA treinam soldados com superpoderes

Por Antonio Gonçalves Filho

Com estreia prevista para o dia 12, o filme Os Homens Que Encararam as Cabras (The Men Who Stare at Goats), de Grant Heslov, tem um elenco all star (George Clooney, Ewan McGregor, Jeff Bridges, Kevin Spacey) para uma história de anônimos soldados superdotados, capazes de matar uma cabra apenas com o olhar. Parece comédia. E é. Pelo menos no cinema. No livro que deu origem ao filme, escrito pelo repórter norte-americano Jon Ronson, a história é bem mais dramática e não se limita a fenômenos paranormais como eliminar um inocente caprino. No filme, um repórter (Ewan McGregor) vai ao Iraque atrás de Lyn Cassidy (George Clooney), agente das Forças Especiais Americanas que revela aplicar seus poderes sobrenaturais em missões. No livro, é o próprio Ronson que corre atrás de generais verdadeiros para descobrir a relação entre o treinamento dos supersoldados paranormais e as torturas psicológicas aplicadas aos presos iraquianos de Abu Ghraib há sete anos.A reportagem de Ronson, transformada no livro que a Record promete colocar nas livrarias em março, beira o surrealismo, mas ele garante ser tudo real, até mesmo o general Albert Stubblebine III, chefe de Inteligência americana com 16 mil soldados sob seu comando e com a estranha - e frustrada - mania de atravessar paredes com o poder da mente. Basicamente, essa é uma das etapas obrigatórias na trajetória dos paranormais. Eles tentam alinhar as partículas atômicas de seus corpos com as do espaço em que se encontram. Parece coisa de Flash Gordon, mas Ronson conta em 16 capítulos como esse treinamento, aprovado pelo governo Bush, levou a Inteligência americana a incorporar técnicas do Projeto Jedi para arrancar confissões de suspeitos quando o ex-presidente dos EUA declarou guerra ao terror, após o ataque às torres gêmeas.Se, nos anos 1950, a CIA, segundo Ranson, aplicava heroína nos prisioneiros para depois privar os viciados da droga e obter confissões, nos anos 1960 ela teria introduzido o ácido lisérgico nos EUA com o mesmo objetivo, conseguindo, nos anos 1970, a adesão de médicos que desenvolveram programas de tortura ainda mais sádicos. Ronson encontra um médico da Geórgia que patenteou um método de tortura sonora, usando sons subliminares que induzem a mudanças no estado emocional da vítimas. Num outro capítulo, topa com um sádico ainda mais delirante, que criou uma arma de tortura de plástico amarelo parecida com um brinquedo infantil. Ela faz suas infelizes vítimas caírem ao chão com suas partes pontiagudas e as matam em segundos. A arma, chamada Predador, foi usada por uma divisão do Exército no Iraque, garante.Contudo, a revelação mais surpreendente de Ranson diz respeito à formação do Primeiro Batalhão da Terra, o dos soldados paranormais, protótipos malucos de militares com visão remota e precisão de guerreiros zen, cuja formação se deve a um programa desenvolvido por um veterano do Vietnã. Em busca de consolo, ele estudou todas as filosofias e movimentos da Nova Era, além, do poder dos sons subliminares usados em igrejas evangélicas americanas. Aprendeu com eles que o que cura também pode matar. Fez a segunda opção.

Com estreia prevista para o dia 12, o filme Os Homens Que Encararam as Cabras (The Men Who Stare at Goats), de Grant Heslov, tem um elenco all star (George Clooney, Ewan McGregor, Jeff Bridges, Kevin Spacey) para uma história de anônimos soldados superdotados, capazes de matar uma cabra apenas com o olhar. Parece comédia. E é. Pelo menos no cinema. No livro que deu origem ao filme, escrito pelo repórter norte-americano Jon Ronson, a história é bem mais dramática e não se limita a fenômenos paranormais como eliminar um inocente caprino. No filme, um repórter (Ewan McGregor) vai ao Iraque atrás de Lyn Cassidy (George Clooney), agente das Forças Especiais Americanas que revela aplicar seus poderes sobrenaturais em missões. No livro, é o próprio Ronson que corre atrás de generais verdadeiros para descobrir a relação entre o treinamento dos supersoldados paranormais e as torturas psicológicas aplicadas aos presos iraquianos de Abu Ghraib há sete anos.A reportagem de Ronson, transformada no livro que a Record promete colocar nas livrarias em março, beira o surrealismo, mas ele garante ser tudo real, até mesmo o general Albert Stubblebine III, chefe de Inteligência americana com 16 mil soldados sob seu comando e com a estranha - e frustrada - mania de atravessar paredes com o poder da mente. Basicamente, essa é uma das etapas obrigatórias na trajetória dos paranormais. Eles tentam alinhar as partículas atômicas de seus corpos com as do espaço em que se encontram. Parece coisa de Flash Gordon, mas Ronson conta em 16 capítulos como esse treinamento, aprovado pelo governo Bush, levou a Inteligência americana a incorporar técnicas do Projeto Jedi para arrancar confissões de suspeitos quando o ex-presidente dos EUA declarou guerra ao terror, após o ataque às torres gêmeas.Se, nos anos 1950, a CIA, segundo Ranson, aplicava heroína nos prisioneiros para depois privar os viciados da droga e obter confissões, nos anos 1960 ela teria introduzido o ácido lisérgico nos EUA com o mesmo objetivo, conseguindo, nos anos 1970, a adesão de médicos que desenvolveram programas de tortura ainda mais sádicos. Ronson encontra um médico da Geórgia que patenteou um método de tortura sonora, usando sons subliminares que induzem a mudanças no estado emocional da vítimas. Num outro capítulo, topa com um sádico ainda mais delirante, que criou uma arma de tortura de plástico amarelo parecida com um brinquedo infantil. Ela faz suas infelizes vítimas caírem ao chão com suas partes pontiagudas e as matam em segundos. A arma, chamada Predador, foi usada por uma divisão do Exército no Iraque, garante.Contudo, a revelação mais surpreendente de Ranson diz respeito à formação do Primeiro Batalhão da Terra, o dos soldados paranormais, protótipos malucos de militares com visão remota e precisão de guerreiros zen, cuja formação se deve a um programa desenvolvido por um veterano do Vietnã. Em busca de consolo, ele estudou todas as filosofias e movimentos da Nova Era, além, do poder dos sons subliminares usados em igrejas evangélicas americanas. Aprendeu com eles que o que cura também pode matar. Fez a segunda opção.

Com estreia prevista para o dia 12, o filme Os Homens Que Encararam as Cabras (The Men Who Stare at Goats), de Grant Heslov, tem um elenco all star (George Clooney, Ewan McGregor, Jeff Bridges, Kevin Spacey) para uma história de anônimos soldados superdotados, capazes de matar uma cabra apenas com o olhar. Parece comédia. E é. Pelo menos no cinema. No livro que deu origem ao filme, escrito pelo repórter norte-americano Jon Ronson, a história é bem mais dramática e não se limita a fenômenos paranormais como eliminar um inocente caprino. No filme, um repórter (Ewan McGregor) vai ao Iraque atrás de Lyn Cassidy (George Clooney), agente das Forças Especiais Americanas que revela aplicar seus poderes sobrenaturais em missões. No livro, é o próprio Ronson que corre atrás de generais verdadeiros para descobrir a relação entre o treinamento dos supersoldados paranormais e as torturas psicológicas aplicadas aos presos iraquianos de Abu Ghraib há sete anos.A reportagem de Ronson, transformada no livro que a Record promete colocar nas livrarias em março, beira o surrealismo, mas ele garante ser tudo real, até mesmo o general Albert Stubblebine III, chefe de Inteligência americana com 16 mil soldados sob seu comando e com a estranha - e frustrada - mania de atravessar paredes com o poder da mente. Basicamente, essa é uma das etapas obrigatórias na trajetória dos paranormais. Eles tentam alinhar as partículas atômicas de seus corpos com as do espaço em que se encontram. Parece coisa de Flash Gordon, mas Ronson conta em 16 capítulos como esse treinamento, aprovado pelo governo Bush, levou a Inteligência americana a incorporar técnicas do Projeto Jedi para arrancar confissões de suspeitos quando o ex-presidente dos EUA declarou guerra ao terror, após o ataque às torres gêmeas.Se, nos anos 1950, a CIA, segundo Ranson, aplicava heroína nos prisioneiros para depois privar os viciados da droga e obter confissões, nos anos 1960 ela teria introduzido o ácido lisérgico nos EUA com o mesmo objetivo, conseguindo, nos anos 1970, a adesão de médicos que desenvolveram programas de tortura ainda mais sádicos. Ronson encontra um médico da Geórgia que patenteou um método de tortura sonora, usando sons subliminares que induzem a mudanças no estado emocional da vítimas. Num outro capítulo, topa com um sádico ainda mais delirante, que criou uma arma de tortura de plástico amarelo parecida com um brinquedo infantil. Ela faz suas infelizes vítimas caírem ao chão com suas partes pontiagudas e as matam em segundos. A arma, chamada Predador, foi usada por uma divisão do Exército no Iraque, garante.Contudo, a revelação mais surpreendente de Ranson diz respeito à formação do Primeiro Batalhão da Terra, o dos soldados paranormais, protótipos malucos de militares com visão remota e precisão de guerreiros zen, cuja formação se deve a um programa desenvolvido por um veterano do Vietnã. Em busca de consolo, ele estudou todas as filosofias e movimentos da Nova Era, além, do poder dos sons subliminares usados em igrejas evangélicas americanas. Aprendeu com eles que o que cura também pode matar. Fez a segunda opção.

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