Otan diz que não é tarde demais para uma intervenção na Líbia


Por GABRIELA BACZYNSKA

O chefe da Otan disse nesta quinta-feira que não considera já ser tarde demais para uma intervenção na Líbia, mas que muita coisa depende do Conselho de Segurança da ONU. "O tempo é essencial, o tempo está se esgotando rapidamente, mas acho que ainda não é tarde demais", disse o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, em coletiva de imprensa em Varsóvia. "Muito vai depender da decisão do Conselho de Segurança da ONU", disse ele, aludindo às deliberações do organismo mundial. "Não posso imaginar a comunidade internacional e as Nações Unidas se abstendo de agir se o regime líbio continuar a atacar sua população civil." O conselho votará uma resolução para autorizar uma zona de exclusão aérea na Líbia ainda nesta quinta, segundo o embaixador britânico na ONU, Mark Lyall Grant. Rasmussen disse mais cedo nesta quinta que a Otan não quer intervir na Líbia, mas que está traçando planos para todas as eventualidades. Ele reiterou as condições para uma possível intervenção da Otan: que haja uma "necessidade demonstrável" para que a aliança atue, que exista apoio regional e que haja uma base legal firme, "que eu presumo que seria uma decisão da ONU". Divisões no Conselho de Segurança da ONU vêm atrasando a resposta da comunidade internacional aos combates na Líbia. Os EUA, inicialmente refratários à ideia de uma intervenção militar estrangeira, agora levantam a possibilidade de ataques aéreos para frear as forças de Gaddafi. RASMUSSEN PEDE DECISÃO RÁPIDA Rasmussen disse em sua página do Twitter que, quanto antes a ONU puder chegar a um acordo em relação à Líbia, melhor, e que a Otan "está preparada para proteger a população civil", se as condições de aliança forem atendidas. "Se Gaddafi prevalecer, isso enviará um sinal claro de que a violência vale a pena", disse Rasmussen. O ex-primeiro-ministro dinamarquês disse que os ex-Estados comunistas da Europa central poderiam ser um exemplo a ser seguido por países do norte da África e Oriente Médio em sua luta por democracia e liberdade de expressão. "Quando olho para a Europa central e do leste hoje, isso me dá otimismo tremendo em relação ao que espero possa ser conquistado no norte da África e no Oriente Médio", disse ele em seminário que teve a presença do presidente polonês, Bronislaw Komorowski, e dos ministros da Defesa de muitos dos países membros ex-comunistas da Otan. "Há duas décadas apenas, uma onda de transformação varreu esta região", disse Rasmussen, referindo-se à queda dos regimes comunistas da região, apoiados pela União Soviética, em 1989. Ele disse que a Otan precisa analisar como poderia ajudar países do norte da África em sua transição à democracia. Komorowski traçou paralelos entre a incerteza internacional atual sobre como reagir aos fatos no norte da África e a reação do Ocidente aos protestos de 1989. "No final dos anos 1980 e início dos 1990, a Polônia e outros países conquistaram sua liberdade. Houve reações de surpresa, às vezes surpresa difícil, da parte de muitas que não souberam como reagir", disse. Alguns líderes ocidentais na época demonstraram frieza em relação à reunificação alemã e se preocuparam com o impacto desestabilizador das transformações na Europa do leste. (Reportagem de Gabriela Baczynska)

O chefe da Otan disse nesta quinta-feira que não considera já ser tarde demais para uma intervenção na Líbia, mas que muita coisa depende do Conselho de Segurança da ONU. "O tempo é essencial, o tempo está se esgotando rapidamente, mas acho que ainda não é tarde demais", disse o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, em coletiva de imprensa em Varsóvia. "Muito vai depender da decisão do Conselho de Segurança da ONU", disse ele, aludindo às deliberações do organismo mundial. "Não posso imaginar a comunidade internacional e as Nações Unidas se abstendo de agir se o regime líbio continuar a atacar sua população civil." O conselho votará uma resolução para autorizar uma zona de exclusão aérea na Líbia ainda nesta quinta, segundo o embaixador britânico na ONU, Mark Lyall Grant. Rasmussen disse mais cedo nesta quinta que a Otan não quer intervir na Líbia, mas que está traçando planos para todas as eventualidades. Ele reiterou as condições para uma possível intervenção da Otan: que haja uma "necessidade demonstrável" para que a aliança atue, que exista apoio regional e que haja uma base legal firme, "que eu presumo que seria uma decisão da ONU". Divisões no Conselho de Segurança da ONU vêm atrasando a resposta da comunidade internacional aos combates na Líbia. Os EUA, inicialmente refratários à ideia de uma intervenção militar estrangeira, agora levantam a possibilidade de ataques aéreos para frear as forças de Gaddafi. RASMUSSEN PEDE DECISÃO RÁPIDA Rasmussen disse em sua página do Twitter que, quanto antes a ONU puder chegar a um acordo em relação à Líbia, melhor, e que a Otan "está preparada para proteger a população civil", se as condições de aliança forem atendidas. "Se Gaddafi prevalecer, isso enviará um sinal claro de que a violência vale a pena", disse Rasmussen. O ex-primeiro-ministro dinamarquês disse que os ex-Estados comunistas da Europa central poderiam ser um exemplo a ser seguido por países do norte da África e Oriente Médio em sua luta por democracia e liberdade de expressão. "Quando olho para a Europa central e do leste hoje, isso me dá otimismo tremendo em relação ao que espero possa ser conquistado no norte da África e no Oriente Médio", disse ele em seminário que teve a presença do presidente polonês, Bronislaw Komorowski, e dos ministros da Defesa de muitos dos países membros ex-comunistas da Otan. "Há duas décadas apenas, uma onda de transformação varreu esta região", disse Rasmussen, referindo-se à queda dos regimes comunistas da região, apoiados pela União Soviética, em 1989. Ele disse que a Otan precisa analisar como poderia ajudar países do norte da África em sua transição à democracia. Komorowski traçou paralelos entre a incerteza internacional atual sobre como reagir aos fatos no norte da África e a reação do Ocidente aos protestos de 1989. "No final dos anos 1980 e início dos 1990, a Polônia e outros países conquistaram sua liberdade. Houve reações de surpresa, às vezes surpresa difícil, da parte de muitas que não souberam como reagir", disse. Alguns líderes ocidentais na época demonstraram frieza em relação à reunificação alemã e se preocuparam com o impacto desestabilizador das transformações na Europa do leste. (Reportagem de Gabriela Baczynska)

O chefe da Otan disse nesta quinta-feira que não considera já ser tarde demais para uma intervenção na Líbia, mas que muita coisa depende do Conselho de Segurança da ONU. "O tempo é essencial, o tempo está se esgotando rapidamente, mas acho que ainda não é tarde demais", disse o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, em coletiva de imprensa em Varsóvia. "Muito vai depender da decisão do Conselho de Segurança da ONU", disse ele, aludindo às deliberações do organismo mundial. "Não posso imaginar a comunidade internacional e as Nações Unidas se abstendo de agir se o regime líbio continuar a atacar sua população civil." O conselho votará uma resolução para autorizar uma zona de exclusão aérea na Líbia ainda nesta quinta, segundo o embaixador britânico na ONU, Mark Lyall Grant. Rasmussen disse mais cedo nesta quinta que a Otan não quer intervir na Líbia, mas que está traçando planos para todas as eventualidades. Ele reiterou as condições para uma possível intervenção da Otan: que haja uma "necessidade demonstrável" para que a aliança atue, que exista apoio regional e que haja uma base legal firme, "que eu presumo que seria uma decisão da ONU". Divisões no Conselho de Segurança da ONU vêm atrasando a resposta da comunidade internacional aos combates na Líbia. Os EUA, inicialmente refratários à ideia de uma intervenção militar estrangeira, agora levantam a possibilidade de ataques aéreos para frear as forças de Gaddafi. RASMUSSEN PEDE DECISÃO RÁPIDA Rasmussen disse em sua página do Twitter que, quanto antes a ONU puder chegar a um acordo em relação à Líbia, melhor, e que a Otan "está preparada para proteger a população civil", se as condições de aliança forem atendidas. "Se Gaddafi prevalecer, isso enviará um sinal claro de que a violência vale a pena", disse Rasmussen. O ex-primeiro-ministro dinamarquês disse que os ex-Estados comunistas da Europa central poderiam ser um exemplo a ser seguido por países do norte da África e Oriente Médio em sua luta por democracia e liberdade de expressão. "Quando olho para a Europa central e do leste hoje, isso me dá otimismo tremendo em relação ao que espero possa ser conquistado no norte da África e no Oriente Médio", disse ele em seminário que teve a presença do presidente polonês, Bronislaw Komorowski, e dos ministros da Defesa de muitos dos países membros ex-comunistas da Otan. "Há duas décadas apenas, uma onda de transformação varreu esta região", disse Rasmussen, referindo-se à queda dos regimes comunistas da região, apoiados pela União Soviética, em 1989. Ele disse que a Otan precisa analisar como poderia ajudar países do norte da África em sua transição à democracia. Komorowski traçou paralelos entre a incerteza internacional atual sobre como reagir aos fatos no norte da África e a reação do Ocidente aos protestos de 1989. "No final dos anos 1980 e início dos 1990, a Polônia e outros países conquistaram sua liberdade. Houve reações de surpresa, às vezes surpresa difícil, da parte de muitas que não souberam como reagir", disse. Alguns líderes ocidentais na época demonstraram frieza em relação à reunificação alemã e se preocuparam com o impacto desestabilizador das transformações na Europa do leste. (Reportagem de Gabriela Baczynska)

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