País debate bem-estar no aviário


Normas que garantam maior conforto às aves de corte e de postura [br]devem entrar em breve em vigor

Por Fernanda Yoneya

Em breve a avicultura brasileira deve ganhar normas que regulamentam o que é bem-estar animal nas criações, tanto de corte quanto de postura. Essas normas, explica o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura (Mapa), Márcio Portocarrero, foram determinadas pela União Europeia, o principal mercado da carne de frango brasileira, e debatidas pelo setor produtivo.   Veja também: Avicultura: Mudança no setor de ovos será maior Genética para criação 'a pasto' Criação alternativa também segue normas   "A portaria referente ao assunto deve sair este ano. Quando for publicada, a adesão dos produtores será voluntária", diz. Na Europa, as normas de bem-estar, não só para a avicultura, passam a vigorar em 2012, mas muitos compradores estão antecipando as exigências, diz o secretário, que participou, há duas semanas, da Conferência Mundial de Bem-Estar e Comércio na Produção Animal, na Bélgica. Para a produção de frangos de corte, um dos itens exigidos pela UE, e já cumprido por exportadores brasileiros, diz respeito à lotação nos galpões. Conforme explica a assessora técnica da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef), a zootecnista Sulivan Pereira Alves, a UE recomenda densidade de 33 quilos/metro quadrado, podendo esta se estender a até 39 quilos/metro quadrado. No Brasil, a densidade média é de 34 quilos/metro quadrado. Conforto térmico Outra exigência refere-se ao conforto térmico nos galpões, com a instalação de aviários climatizados. "É um item já cumprido nas granjas brasileiras mais modernas e temos o clima a nosso favor, já que não temos inverno rigoroso, nem calor que torne inviável a criação", diz Portocarrero. "No quesito bem-estar, estamos muito bem", garante. Sulivan confirma: "As instalações para aves de corte no País favorecem o bem-estar. Os galpões são tipicamente abertos, com as paredes laterais teladas, o que facilita a renovação do ar e a entrada de luz natural", diz. Entre as regras referentes ao transporte para o abate está identificar o tipo de gaiola utilizada, para não machucar os animais; treinar e cadastrar motoristas e monitorar os veículos por GPS. "Embarque e desembarque deverão ser feitos por profissionais capacitados e em estruturas adequadas", diz Portocarrero. E, para garantir o bem-estar no frigorífico, diz Sulivan, um convênio da Abef e da União Brasileira de Avicultura (UBA) com indústrias vai reforçar os princípios de abate humanitário. "Termo de cooperação técnica com a Sociedade Mundial de Proteção Animal foi firmado para a adoção de programas de capacitação de veterinários e demais profissionais que atuam no manejo pré-abate e abate das aves, nas ações diretamente ligadas ao bem-estar e ao abate humanitário, incluindo os padrões internacionais e as diretrizes da OIE e da UE sobre o tema." Difícil medição Segundo o diretor-técnico da Associação Paulista de Avicultura (APA), José Roberto Bottura, é difícil medir o bem-estar animal. "Grosseiramente, a questão está vinculada à produtividade e à mortalidade. Se o plantel produz bem, com baixa mortalidade, considera-se que as aves são bem tratadas." Para ele, a proposta de criar as aves soltas - no sistema free range - é arriscada, pois "o plantel fica mais suscetível a verminoses, com o contato direto com o solo". A questão é a demanda do consumidor final, que está cobrando de quem produz a adoção de práticas que garantam o bem-estar animal, avalia Portocarrero. "O Brasil, como maior exportador mundial de carne de frango, terá de se ajustar se quiser atender à UE, nosso principal cliente", diz ele, que compõe a Comissão Técnica Permanente de Bem-Estar Animal do Mapa. O que é o sistema free range Abrigo: Ao nascer, a ave fica no abrigo, com água e ração à vontade e luz para aquecimento. A lotação mínima é de 10 aves/metro quadrado Piquete: Aos 15 dias de vida, a ave é solta no piquete de dia e volta ao abrigo à noite. No piquete, telado, cercado e com sombra, adquire o hábito de ciscar e comer capim. O espaço é de 1 a 3 metros quadrados/ave Controle: É feito registro de controle contendo dia de chegada e saída, mortalidade, consumo de ração e vacinas aplicadas Higiene: Entre um lote e outro, é feita a limpeza do abrigo, retirando a cama de frango, varrendo as instalações e lavando e desinfetando os materiais usados. Após a limpeza, o galpão fica fechado por 20 dias (vazio sanitário)

Em breve a avicultura brasileira deve ganhar normas que regulamentam o que é bem-estar animal nas criações, tanto de corte quanto de postura. Essas normas, explica o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura (Mapa), Márcio Portocarrero, foram determinadas pela União Europeia, o principal mercado da carne de frango brasileira, e debatidas pelo setor produtivo.   Veja também: Avicultura: Mudança no setor de ovos será maior Genética para criação 'a pasto' Criação alternativa também segue normas   "A portaria referente ao assunto deve sair este ano. Quando for publicada, a adesão dos produtores será voluntária", diz. Na Europa, as normas de bem-estar, não só para a avicultura, passam a vigorar em 2012, mas muitos compradores estão antecipando as exigências, diz o secretário, que participou, há duas semanas, da Conferência Mundial de Bem-Estar e Comércio na Produção Animal, na Bélgica. Para a produção de frangos de corte, um dos itens exigidos pela UE, e já cumprido por exportadores brasileiros, diz respeito à lotação nos galpões. Conforme explica a assessora técnica da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef), a zootecnista Sulivan Pereira Alves, a UE recomenda densidade de 33 quilos/metro quadrado, podendo esta se estender a até 39 quilos/metro quadrado. No Brasil, a densidade média é de 34 quilos/metro quadrado. Conforto térmico Outra exigência refere-se ao conforto térmico nos galpões, com a instalação de aviários climatizados. "É um item já cumprido nas granjas brasileiras mais modernas e temos o clima a nosso favor, já que não temos inverno rigoroso, nem calor que torne inviável a criação", diz Portocarrero. "No quesito bem-estar, estamos muito bem", garante. Sulivan confirma: "As instalações para aves de corte no País favorecem o bem-estar. Os galpões são tipicamente abertos, com as paredes laterais teladas, o que facilita a renovação do ar e a entrada de luz natural", diz. Entre as regras referentes ao transporte para o abate está identificar o tipo de gaiola utilizada, para não machucar os animais; treinar e cadastrar motoristas e monitorar os veículos por GPS. "Embarque e desembarque deverão ser feitos por profissionais capacitados e em estruturas adequadas", diz Portocarrero. E, para garantir o bem-estar no frigorífico, diz Sulivan, um convênio da Abef e da União Brasileira de Avicultura (UBA) com indústrias vai reforçar os princípios de abate humanitário. "Termo de cooperação técnica com a Sociedade Mundial de Proteção Animal foi firmado para a adoção de programas de capacitação de veterinários e demais profissionais que atuam no manejo pré-abate e abate das aves, nas ações diretamente ligadas ao bem-estar e ao abate humanitário, incluindo os padrões internacionais e as diretrizes da OIE e da UE sobre o tema." Difícil medição Segundo o diretor-técnico da Associação Paulista de Avicultura (APA), José Roberto Bottura, é difícil medir o bem-estar animal. "Grosseiramente, a questão está vinculada à produtividade e à mortalidade. Se o plantel produz bem, com baixa mortalidade, considera-se que as aves são bem tratadas." Para ele, a proposta de criar as aves soltas - no sistema free range - é arriscada, pois "o plantel fica mais suscetível a verminoses, com o contato direto com o solo". A questão é a demanda do consumidor final, que está cobrando de quem produz a adoção de práticas que garantam o bem-estar animal, avalia Portocarrero. "O Brasil, como maior exportador mundial de carne de frango, terá de se ajustar se quiser atender à UE, nosso principal cliente", diz ele, que compõe a Comissão Técnica Permanente de Bem-Estar Animal do Mapa. O que é o sistema free range Abrigo: Ao nascer, a ave fica no abrigo, com água e ração à vontade e luz para aquecimento. A lotação mínima é de 10 aves/metro quadrado Piquete: Aos 15 dias de vida, a ave é solta no piquete de dia e volta ao abrigo à noite. No piquete, telado, cercado e com sombra, adquire o hábito de ciscar e comer capim. O espaço é de 1 a 3 metros quadrados/ave Controle: É feito registro de controle contendo dia de chegada e saída, mortalidade, consumo de ração e vacinas aplicadas Higiene: Entre um lote e outro, é feita a limpeza do abrigo, retirando a cama de frango, varrendo as instalações e lavando e desinfetando os materiais usados. Após a limpeza, o galpão fica fechado por 20 dias (vazio sanitário)

Em breve a avicultura brasileira deve ganhar normas que regulamentam o que é bem-estar animal nas criações, tanto de corte quanto de postura. Essas normas, explica o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura (Mapa), Márcio Portocarrero, foram determinadas pela União Europeia, o principal mercado da carne de frango brasileira, e debatidas pelo setor produtivo.   Veja também: Avicultura: Mudança no setor de ovos será maior Genética para criação 'a pasto' Criação alternativa também segue normas   "A portaria referente ao assunto deve sair este ano. Quando for publicada, a adesão dos produtores será voluntária", diz. Na Europa, as normas de bem-estar, não só para a avicultura, passam a vigorar em 2012, mas muitos compradores estão antecipando as exigências, diz o secretário, que participou, há duas semanas, da Conferência Mundial de Bem-Estar e Comércio na Produção Animal, na Bélgica. Para a produção de frangos de corte, um dos itens exigidos pela UE, e já cumprido por exportadores brasileiros, diz respeito à lotação nos galpões. Conforme explica a assessora técnica da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef), a zootecnista Sulivan Pereira Alves, a UE recomenda densidade de 33 quilos/metro quadrado, podendo esta se estender a até 39 quilos/metro quadrado. No Brasil, a densidade média é de 34 quilos/metro quadrado. Conforto térmico Outra exigência refere-se ao conforto térmico nos galpões, com a instalação de aviários climatizados. "É um item já cumprido nas granjas brasileiras mais modernas e temos o clima a nosso favor, já que não temos inverno rigoroso, nem calor que torne inviável a criação", diz Portocarrero. "No quesito bem-estar, estamos muito bem", garante. Sulivan confirma: "As instalações para aves de corte no País favorecem o bem-estar. Os galpões são tipicamente abertos, com as paredes laterais teladas, o que facilita a renovação do ar e a entrada de luz natural", diz. Entre as regras referentes ao transporte para o abate está identificar o tipo de gaiola utilizada, para não machucar os animais; treinar e cadastrar motoristas e monitorar os veículos por GPS. "Embarque e desembarque deverão ser feitos por profissionais capacitados e em estruturas adequadas", diz Portocarrero. E, para garantir o bem-estar no frigorífico, diz Sulivan, um convênio da Abef e da União Brasileira de Avicultura (UBA) com indústrias vai reforçar os princípios de abate humanitário. "Termo de cooperação técnica com a Sociedade Mundial de Proteção Animal foi firmado para a adoção de programas de capacitação de veterinários e demais profissionais que atuam no manejo pré-abate e abate das aves, nas ações diretamente ligadas ao bem-estar e ao abate humanitário, incluindo os padrões internacionais e as diretrizes da OIE e da UE sobre o tema." Difícil medição Segundo o diretor-técnico da Associação Paulista de Avicultura (APA), José Roberto Bottura, é difícil medir o bem-estar animal. "Grosseiramente, a questão está vinculada à produtividade e à mortalidade. Se o plantel produz bem, com baixa mortalidade, considera-se que as aves são bem tratadas." Para ele, a proposta de criar as aves soltas - no sistema free range - é arriscada, pois "o plantel fica mais suscetível a verminoses, com o contato direto com o solo". A questão é a demanda do consumidor final, que está cobrando de quem produz a adoção de práticas que garantam o bem-estar animal, avalia Portocarrero. "O Brasil, como maior exportador mundial de carne de frango, terá de se ajustar se quiser atender à UE, nosso principal cliente", diz ele, que compõe a Comissão Técnica Permanente de Bem-Estar Animal do Mapa. O que é o sistema free range Abrigo: Ao nascer, a ave fica no abrigo, com água e ração à vontade e luz para aquecimento. A lotação mínima é de 10 aves/metro quadrado Piquete: Aos 15 dias de vida, a ave é solta no piquete de dia e volta ao abrigo à noite. No piquete, telado, cercado e com sombra, adquire o hábito de ciscar e comer capim. O espaço é de 1 a 3 metros quadrados/ave Controle: É feito registro de controle contendo dia de chegada e saída, mortalidade, consumo de ração e vacinas aplicadas Higiene: Entre um lote e outro, é feita a limpeza do abrigo, retirando a cama de frango, varrendo as instalações e lavando e desinfetando os materiais usados. Após a limpeza, o galpão fica fechado por 20 dias (vazio sanitário)

Em breve a avicultura brasileira deve ganhar normas que regulamentam o que é bem-estar animal nas criações, tanto de corte quanto de postura. Essas normas, explica o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura (Mapa), Márcio Portocarrero, foram determinadas pela União Europeia, o principal mercado da carne de frango brasileira, e debatidas pelo setor produtivo.   Veja também: Avicultura: Mudança no setor de ovos será maior Genética para criação 'a pasto' Criação alternativa também segue normas   "A portaria referente ao assunto deve sair este ano. Quando for publicada, a adesão dos produtores será voluntária", diz. Na Europa, as normas de bem-estar, não só para a avicultura, passam a vigorar em 2012, mas muitos compradores estão antecipando as exigências, diz o secretário, que participou, há duas semanas, da Conferência Mundial de Bem-Estar e Comércio na Produção Animal, na Bélgica. Para a produção de frangos de corte, um dos itens exigidos pela UE, e já cumprido por exportadores brasileiros, diz respeito à lotação nos galpões. Conforme explica a assessora técnica da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef), a zootecnista Sulivan Pereira Alves, a UE recomenda densidade de 33 quilos/metro quadrado, podendo esta se estender a até 39 quilos/metro quadrado. No Brasil, a densidade média é de 34 quilos/metro quadrado. Conforto térmico Outra exigência refere-se ao conforto térmico nos galpões, com a instalação de aviários climatizados. "É um item já cumprido nas granjas brasileiras mais modernas e temos o clima a nosso favor, já que não temos inverno rigoroso, nem calor que torne inviável a criação", diz Portocarrero. "No quesito bem-estar, estamos muito bem", garante. Sulivan confirma: "As instalações para aves de corte no País favorecem o bem-estar. Os galpões são tipicamente abertos, com as paredes laterais teladas, o que facilita a renovação do ar e a entrada de luz natural", diz. Entre as regras referentes ao transporte para o abate está identificar o tipo de gaiola utilizada, para não machucar os animais; treinar e cadastrar motoristas e monitorar os veículos por GPS. "Embarque e desembarque deverão ser feitos por profissionais capacitados e em estruturas adequadas", diz Portocarrero. E, para garantir o bem-estar no frigorífico, diz Sulivan, um convênio da Abef e da União Brasileira de Avicultura (UBA) com indústrias vai reforçar os princípios de abate humanitário. "Termo de cooperação técnica com a Sociedade Mundial de Proteção Animal foi firmado para a adoção de programas de capacitação de veterinários e demais profissionais que atuam no manejo pré-abate e abate das aves, nas ações diretamente ligadas ao bem-estar e ao abate humanitário, incluindo os padrões internacionais e as diretrizes da OIE e da UE sobre o tema." Difícil medição Segundo o diretor-técnico da Associação Paulista de Avicultura (APA), José Roberto Bottura, é difícil medir o bem-estar animal. "Grosseiramente, a questão está vinculada à produtividade e à mortalidade. Se o plantel produz bem, com baixa mortalidade, considera-se que as aves são bem tratadas." Para ele, a proposta de criar as aves soltas - no sistema free range - é arriscada, pois "o plantel fica mais suscetível a verminoses, com o contato direto com o solo". A questão é a demanda do consumidor final, que está cobrando de quem produz a adoção de práticas que garantam o bem-estar animal, avalia Portocarrero. "O Brasil, como maior exportador mundial de carne de frango, terá de se ajustar se quiser atender à UE, nosso principal cliente", diz ele, que compõe a Comissão Técnica Permanente de Bem-Estar Animal do Mapa. O que é o sistema free range Abrigo: Ao nascer, a ave fica no abrigo, com água e ração à vontade e luz para aquecimento. A lotação mínima é de 10 aves/metro quadrado Piquete: Aos 15 dias de vida, a ave é solta no piquete de dia e volta ao abrigo à noite. No piquete, telado, cercado e com sombra, adquire o hábito de ciscar e comer capim. O espaço é de 1 a 3 metros quadrados/ave Controle: É feito registro de controle contendo dia de chegada e saída, mortalidade, consumo de ração e vacinas aplicadas Higiene: Entre um lote e outro, é feita a limpeza do abrigo, retirando a cama de frango, varrendo as instalações e lavando e desinfetando os materiais usados. Após a limpeza, o galpão fica fechado por 20 dias (vazio sanitário)

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