O papa Francisco, de 84 anos, reagiu bem após se submeter a uma cirurgia no intestino realizada neste domingo, 4, no Hospital Policlínico Gemelli de Roma, informou o Vaticano à noite. O objetivo do procedimento foi de reparar uma estenose (estreitamento) no intestino. A Santa Sé informou ser uma cirurgia programada, mas o assunto havia ficado sob sigilo até a chegada do pontífice ao hospital.
A estenose diverticular sintomática do cólon é uma espécie de inflamação, potencialmente dolorisa, por causa de divertículos - pequenas bolsas que se formam na parede do sistema digestivo - ou hérnias. Ficam mais comuns entre os idosos.
O Vaticano não informou quanto tempo demorou o procedimento, que exigiu anestesia geral do paciente. O profissional responsável pela operação foi o professor Sergio Alfieri, especialista em cirurgias no aparelho digestivo. A internação no hospital deve durar pelo menos cinco dias.
O anúncio causou surpresa porque Francisco participou pela manhã da tradicional oração do Angelus, na Praça São Pedro, no Vaticano, mas não havia mencionado a cirurgia. Para dezenas de fiéis que acompanharam a celebração, o pontífice argentino anunciou que pretende viajar em setembro para a Hungria e a Eslováquia. Em março, ele visitou o Iraque. Na semana passada, porém, o papa chegou a pedir aos fiéis que fizessem uma oração especial por ele, sem especificar a razão.
Em geral, Francisco tem boa saúde, mas ele teve parte do pulmão removido quando era jovem e ainda vivia na Argentina. Ele também sofre de ciática, que afeta a coluna e as pernas. Às vezes, essa condição faz com que ele tenha de se ausentar de aparições programadas.
Na última semana, ele teve uma agenda particularmente exigente, incluindo uma celebração em homenagem a São Pedro e São Paulo e uma cerimônia especial para o Líbano. No último dia 28, ele também teve um longo encontro privado com o secretário de Estado americano, Antony Blinken.
Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, assumiu o posto mais alto da Igreja Católica em 2013, após seu antecessor, Bento 16, renunciar. Foi o primeiro pontifíce a abandonar o trono de São Pedro em mais de 600 anos. /AGÊNCIAS INTERNACIONAIS