Parada gay de Madri faz campanha sobre escolas 'sem armários'


Grupos de defessa de direitos de gays na Espanha querem que ensino adote aulas sobre homossexualidade.

Por Anelise Infante

A Parada do Orgulho Gay em Madri comemora 40 anos nesta semana com uma nova reivindicação: aulas sobre homossexualidade nos colégios para acabar com as discriminações. O lema da manifestação será "Escolas sem armários". A campanha do lobby gay espanhol - que já conseguiu a aprovação de leis que permitem os casamentos entre pessoas do mesmo sexo, adoção de menores por casais gays, ajuda aos transexuais para mudança de sexo - agora pretende provocar uma revolução nas salas de aula. Baseados em pesquisas sociológicas que denunciam casos de marginalidade e perseguição a estudantes homossexuais, a Federação Estatal de Lésbicas, Gays, Transexuais e Bissexuais (FELGTB) exige mudanças no sistema educativo para incluir nas escolas uma disciplina ou temáticas que abordem a homossexualidade. "O sistema educativo não pode deixar de lado tantos jovens que estão crescendo se sentindo perseguidos, marginalizados, culpados ou estranhos. É uma questão de resolver cedo os problemas de discriminação através da educação", disse à BBC Brasil o presidente da FELGTB, Antonio Poveda. "Parece mentira que no século 21 ainda haja casos de menores ridicularizados nos pátios escolares chamados de marica e tratados de forma pejorativa. Por isso vamos levar esta campanha às ruas declarando 2009 como o ano da diversidade afetivo-sexual na educação." Campanha Para criar o lema "Escolas sem armário" a organização da parada do orgulho gay usou como referência dois relatórios que concluíram que a discriminação contra menores de idade gays provoca marginalidade, problemas de saúde e até abandono escolar. O informe sobre homofobia e discriminação na União Europeia, divulgado em março de 2009 pela Agência Europeia de Direitos Fundamentais, mostrou exemplos de rejeição nos colégios onde alunos são ridicularizados, marginalizados e perseguidos por causa de sua orientação sexual. Segundo esta pesquisa feita em 18 países da UE, existe uma "situação de isolamento dos estudantes gays" e os professores "raramente são treinados, preparados ou inclinados a discutir sobre o tema da sexualidade". O relatório indicou ainda que há instituições religiosas e esportivas em que o tema homossexualidade é um assunto tratado como tabu. Esta também foi a conclusão de outro informe espanhol encomendado pela FELGTB. Uma pesquisa entre estudantes espanhóis indicou que 85% dos entrevistados de ensino médio não souberam citar nenhum nome de personalidade histórica conhecida também por ser gay. O poeta espanhol Federico García Lorca, assassinado durante a guerra civil espanhola, acusado de subversivo e homossexual, foi reconhecido como gay por apenas 7% dos alunos que responderam à pesquisa. Lorca será o homenageado da parada gay deste ano, "porque sua condição de homossexual marcou sua vida, obra e morte", disse Poveda. "Durante décadas, essa opção sexual foi invisível para muita gente, não aparecia em nenhuma biografia. O que fazemos agora é uma reparação histórica porque o mundo precisa de referências como ele." A FELCTB criou no início do ano um projeto piloto em uma escola madrilenha, onde uma vez por mês um homossexual conversa com alunos e esclarece dúvidas sobre o cotidiano, preconceitos e hábitos de saúde nas relações sexuais. Os eventos do Orgulho Gay em Madri vão ocorrer entre os dias 25 de junho e 5 de julho, com a parada principal marcada para o dia 4 de julho. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

A Parada do Orgulho Gay em Madri comemora 40 anos nesta semana com uma nova reivindicação: aulas sobre homossexualidade nos colégios para acabar com as discriminações. O lema da manifestação será "Escolas sem armários". A campanha do lobby gay espanhol - que já conseguiu a aprovação de leis que permitem os casamentos entre pessoas do mesmo sexo, adoção de menores por casais gays, ajuda aos transexuais para mudança de sexo - agora pretende provocar uma revolução nas salas de aula. Baseados em pesquisas sociológicas que denunciam casos de marginalidade e perseguição a estudantes homossexuais, a Federação Estatal de Lésbicas, Gays, Transexuais e Bissexuais (FELGTB) exige mudanças no sistema educativo para incluir nas escolas uma disciplina ou temáticas que abordem a homossexualidade. "O sistema educativo não pode deixar de lado tantos jovens que estão crescendo se sentindo perseguidos, marginalizados, culpados ou estranhos. É uma questão de resolver cedo os problemas de discriminação através da educação", disse à BBC Brasil o presidente da FELGTB, Antonio Poveda. "Parece mentira que no século 21 ainda haja casos de menores ridicularizados nos pátios escolares chamados de marica e tratados de forma pejorativa. Por isso vamos levar esta campanha às ruas declarando 2009 como o ano da diversidade afetivo-sexual na educação." Campanha Para criar o lema "Escolas sem armário" a organização da parada do orgulho gay usou como referência dois relatórios que concluíram que a discriminação contra menores de idade gays provoca marginalidade, problemas de saúde e até abandono escolar. O informe sobre homofobia e discriminação na União Europeia, divulgado em março de 2009 pela Agência Europeia de Direitos Fundamentais, mostrou exemplos de rejeição nos colégios onde alunos são ridicularizados, marginalizados e perseguidos por causa de sua orientação sexual. Segundo esta pesquisa feita em 18 países da UE, existe uma "situação de isolamento dos estudantes gays" e os professores "raramente são treinados, preparados ou inclinados a discutir sobre o tema da sexualidade". O relatório indicou ainda que há instituições religiosas e esportivas em que o tema homossexualidade é um assunto tratado como tabu. Esta também foi a conclusão de outro informe espanhol encomendado pela FELGTB. Uma pesquisa entre estudantes espanhóis indicou que 85% dos entrevistados de ensino médio não souberam citar nenhum nome de personalidade histórica conhecida também por ser gay. O poeta espanhol Federico García Lorca, assassinado durante a guerra civil espanhola, acusado de subversivo e homossexual, foi reconhecido como gay por apenas 7% dos alunos que responderam à pesquisa. Lorca será o homenageado da parada gay deste ano, "porque sua condição de homossexual marcou sua vida, obra e morte", disse Poveda. "Durante décadas, essa opção sexual foi invisível para muita gente, não aparecia em nenhuma biografia. O que fazemos agora é uma reparação histórica porque o mundo precisa de referências como ele." A FELCTB criou no início do ano um projeto piloto em uma escola madrilenha, onde uma vez por mês um homossexual conversa com alunos e esclarece dúvidas sobre o cotidiano, preconceitos e hábitos de saúde nas relações sexuais. Os eventos do Orgulho Gay em Madri vão ocorrer entre os dias 25 de junho e 5 de julho, com a parada principal marcada para o dia 4 de julho. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

A Parada do Orgulho Gay em Madri comemora 40 anos nesta semana com uma nova reivindicação: aulas sobre homossexualidade nos colégios para acabar com as discriminações. O lema da manifestação será "Escolas sem armários". A campanha do lobby gay espanhol - que já conseguiu a aprovação de leis que permitem os casamentos entre pessoas do mesmo sexo, adoção de menores por casais gays, ajuda aos transexuais para mudança de sexo - agora pretende provocar uma revolução nas salas de aula. Baseados em pesquisas sociológicas que denunciam casos de marginalidade e perseguição a estudantes homossexuais, a Federação Estatal de Lésbicas, Gays, Transexuais e Bissexuais (FELGTB) exige mudanças no sistema educativo para incluir nas escolas uma disciplina ou temáticas que abordem a homossexualidade. "O sistema educativo não pode deixar de lado tantos jovens que estão crescendo se sentindo perseguidos, marginalizados, culpados ou estranhos. É uma questão de resolver cedo os problemas de discriminação através da educação", disse à BBC Brasil o presidente da FELGTB, Antonio Poveda. "Parece mentira que no século 21 ainda haja casos de menores ridicularizados nos pátios escolares chamados de marica e tratados de forma pejorativa. Por isso vamos levar esta campanha às ruas declarando 2009 como o ano da diversidade afetivo-sexual na educação." Campanha Para criar o lema "Escolas sem armário" a organização da parada do orgulho gay usou como referência dois relatórios que concluíram que a discriminação contra menores de idade gays provoca marginalidade, problemas de saúde e até abandono escolar. O informe sobre homofobia e discriminação na União Europeia, divulgado em março de 2009 pela Agência Europeia de Direitos Fundamentais, mostrou exemplos de rejeição nos colégios onde alunos são ridicularizados, marginalizados e perseguidos por causa de sua orientação sexual. Segundo esta pesquisa feita em 18 países da UE, existe uma "situação de isolamento dos estudantes gays" e os professores "raramente são treinados, preparados ou inclinados a discutir sobre o tema da sexualidade". O relatório indicou ainda que há instituições religiosas e esportivas em que o tema homossexualidade é um assunto tratado como tabu. Esta também foi a conclusão de outro informe espanhol encomendado pela FELGTB. Uma pesquisa entre estudantes espanhóis indicou que 85% dos entrevistados de ensino médio não souberam citar nenhum nome de personalidade histórica conhecida também por ser gay. O poeta espanhol Federico García Lorca, assassinado durante a guerra civil espanhola, acusado de subversivo e homossexual, foi reconhecido como gay por apenas 7% dos alunos que responderam à pesquisa. Lorca será o homenageado da parada gay deste ano, "porque sua condição de homossexual marcou sua vida, obra e morte", disse Poveda. "Durante décadas, essa opção sexual foi invisível para muita gente, não aparecia em nenhuma biografia. O que fazemos agora é uma reparação histórica porque o mundo precisa de referências como ele." A FELCTB criou no início do ano um projeto piloto em uma escola madrilenha, onde uma vez por mês um homossexual conversa com alunos e esclarece dúvidas sobre o cotidiano, preconceitos e hábitos de saúde nas relações sexuais. Os eventos do Orgulho Gay em Madri vão ocorrer entre os dias 25 de junho e 5 de julho, com a parada principal marcada para o dia 4 de julho. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

A Parada do Orgulho Gay em Madri comemora 40 anos nesta semana com uma nova reivindicação: aulas sobre homossexualidade nos colégios para acabar com as discriminações. O lema da manifestação será "Escolas sem armários". A campanha do lobby gay espanhol - que já conseguiu a aprovação de leis que permitem os casamentos entre pessoas do mesmo sexo, adoção de menores por casais gays, ajuda aos transexuais para mudança de sexo - agora pretende provocar uma revolução nas salas de aula. Baseados em pesquisas sociológicas que denunciam casos de marginalidade e perseguição a estudantes homossexuais, a Federação Estatal de Lésbicas, Gays, Transexuais e Bissexuais (FELGTB) exige mudanças no sistema educativo para incluir nas escolas uma disciplina ou temáticas que abordem a homossexualidade. "O sistema educativo não pode deixar de lado tantos jovens que estão crescendo se sentindo perseguidos, marginalizados, culpados ou estranhos. É uma questão de resolver cedo os problemas de discriminação através da educação", disse à BBC Brasil o presidente da FELGTB, Antonio Poveda. "Parece mentira que no século 21 ainda haja casos de menores ridicularizados nos pátios escolares chamados de marica e tratados de forma pejorativa. Por isso vamos levar esta campanha às ruas declarando 2009 como o ano da diversidade afetivo-sexual na educação." Campanha Para criar o lema "Escolas sem armário" a organização da parada do orgulho gay usou como referência dois relatórios que concluíram que a discriminação contra menores de idade gays provoca marginalidade, problemas de saúde e até abandono escolar. O informe sobre homofobia e discriminação na União Europeia, divulgado em março de 2009 pela Agência Europeia de Direitos Fundamentais, mostrou exemplos de rejeição nos colégios onde alunos são ridicularizados, marginalizados e perseguidos por causa de sua orientação sexual. Segundo esta pesquisa feita em 18 países da UE, existe uma "situação de isolamento dos estudantes gays" e os professores "raramente são treinados, preparados ou inclinados a discutir sobre o tema da sexualidade". O relatório indicou ainda que há instituições religiosas e esportivas em que o tema homossexualidade é um assunto tratado como tabu. Esta também foi a conclusão de outro informe espanhol encomendado pela FELGTB. Uma pesquisa entre estudantes espanhóis indicou que 85% dos entrevistados de ensino médio não souberam citar nenhum nome de personalidade histórica conhecida também por ser gay. O poeta espanhol Federico García Lorca, assassinado durante a guerra civil espanhola, acusado de subversivo e homossexual, foi reconhecido como gay por apenas 7% dos alunos que responderam à pesquisa. Lorca será o homenageado da parada gay deste ano, "porque sua condição de homossexual marcou sua vida, obra e morte", disse Poveda. "Durante décadas, essa opção sexual foi invisível para muita gente, não aparecia em nenhuma biografia. O que fazemos agora é uma reparação histórica porque o mundo precisa de referências como ele." A FELCTB criou no início do ano um projeto piloto em uma escola madrilenha, onde uma vez por mês um homossexual conversa com alunos e esclarece dúvidas sobre o cotidiano, preconceitos e hábitos de saúde nas relações sexuais. Os eventos do Orgulho Gay em Madri vão ocorrer entre os dias 25 de junho e 5 de julho, com a parada principal marcada para o dia 4 de julho. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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