Os partidos tradicionais e pró-União Europeia aparecem como favoritos para dominar o Parlamento holandês a ser eleito nesta quarta-feira, afastando os temores sobre um avanço de radicais eurocéticos que tentem tirar o país da UE ou rever suas regras orçamentárias. Mas a Holanda deve continuar sendo um integrante incômodo e agressivo da zona do euro, resistindo a transferências financeiras para integrantes endividados do bloco, independentemente de o Parlamento ser dominado pelos liberais, do primeiro-ministro interino Mark Rutte, ou pelos trabalhistas (centro-esquerda) comandados por Diederik Samsom. Pesquisas na terça-feira mostram liberais e trabalhistas com 36 deputados cada, ou uma ligeira vantagem liberal. Os socialistas e o Partido da Liberdade (ultradireita) aparecem em terceiro e quarto, respectivamente. Isso torna bastante provável - mas não garantido - que Rutte, um ex-executivo da Unilever, de 45 anos, permaneça como premiê.