PCC enviou R$ 1,2 bi para o exterior em esquema que inclui contas virtuais e criptomoedas, diz MP


Dois operadores financeiros suspeitos de lavar R$ 100 milhões por ano para a facção foram detidos nesta terça-feira

Por José Maria Tomazela

Uma operação do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Militar prendeu, nesta terça-feira, 2, dois operadores financeiros suspeitos de lavar R$ 100 milhões por ano para a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Os suspeitos mantinham contas virtuais e faziam operações com criptomoedas, dificultando o rastreio. A quadrilha já enviou para o exterior R$ 1,2 bilhão, segundo o MP. Um dos suspeitos tinha relógios avaliados em R$ 2 milhões.

A segunda fase da Operação Sharks (Tubarões, em inglês) cumpriu 22 mandados de busca e apreensão na capital paulista e na Baixada Santista e outros dois na Bahia. De acordo com o procurador-geral de Justiça Mario Sarrubbo, nas buscas foram apreendidas armas, munições, relógios, celulares, notebooks, pendrives e farta documentação, além de cerca de R$ 100 mil em moeda nacional, dólares, euros e pesos argentinos.

“O interesse das investigações é por contas bancárias, cartões e escriturações de imóveis”, disse Sarrubbo, durante entrevista coletiva que apresentou os resultados da operação.

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Policiais da Rota, tropa de elite da PM de São Paulo, deram apoio ao cumprimento dos mandados de busca e prisão na segunda fase da Operação Sharks Foto: Divulgação/MP-SP

Segundo o MP, os operadores presos se reportavam diretamente a dois dos principais líderes do PCC, Marcos Roberto de Almeida, o ‘Tuta’, e Odair Mazzi, o ‘Dezinho’. O ‘Dezinho’ está preso desde julho e ‘Tuta’ é considerado foragido.

“Só esses eixos movimentaram em certo período mais de R$ 100 milhões. Estamos atacando o patrimônio deles. Com os mandados cumpridos, verificaremos a questão do sequestro de imóveis e bens de luxo, como joias e relógios”, disse o promotor Lincoln Gakiya, conhecido por sua atuação na repressão ao PCC.

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Um dos alvos de mandados de busca cumpridos na operação foi a casa de ‘Dezinho’, uma mansão de 600 m2 em Alphaville, em Barueri, avaliada em R$ 4 milhões. Foragido desde 2020, o líder do PCC foi preso em um condomínio de luxo na Praia dos Carneiros, uma das mais badaladas do litoral de Pernambuco. A mulher dele é dona de uma clínica de estética que, segundo declarou, fatura R$ 100 mil por mês.

Relógios de luxo também foram levados pelos policiais na segunda fase da Operação Sharks Foto: Divulgação/MP-SP

Segundo a investigação, os operadores usavam criptomoedas e contas em bancos digitais para dificultar a identificação dos caminhos percorridos pelo dinheiro. Conforme o promotor Fabio Bechara, do Gaeco, a fragilidade dos sistemas de abertura e alteração de empresas foi explorada pela quadrilha, assim como a falta de rigor na fiscalização dos documentos públicos e particulares.

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“Isso traz grande facilidade para que essas transações de lavagem de dinheiro aconteçam de forma muito diluída e capilarizada”, disse.

Operação Sharks

Esta fase da operação é um desdobramento da Operação Sharks que, em 2020, mirou o tráfico internacional de cocaína através do Porto de Santos, na Baixada Santista. Na época, a investigação apontou que ‘Dezinho’ atuava no setor financeiro da organização e lavava dinheiro para o PCC através de contas bancárias de laranjas e empresas fantasmas.

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Ele foi acusado de ficar responsável pela recepção da maioria das cargas de cocaína que chegavam à capital e à Baixada Santista. Em 2021, o MPSP identificou Dezinho como um dos gerentes do PCC na Bolívia, responsável pelo transporte de ao menos 15 toneladas de cocaína por ano.

Uma operação do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Militar prendeu, nesta terça-feira, 2, dois operadores financeiros suspeitos de lavar R$ 100 milhões por ano para a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Os suspeitos mantinham contas virtuais e faziam operações com criptomoedas, dificultando o rastreio. A quadrilha já enviou para o exterior R$ 1,2 bilhão, segundo o MP. Um dos suspeitos tinha relógios avaliados em R$ 2 milhões.

A segunda fase da Operação Sharks (Tubarões, em inglês) cumpriu 22 mandados de busca e apreensão na capital paulista e na Baixada Santista e outros dois na Bahia. De acordo com o procurador-geral de Justiça Mario Sarrubbo, nas buscas foram apreendidas armas, munições, relógios, celulares, notebooks, pendrives e farta documentação, além de cerca de R$ 100 mil em moeda nacional, dólares, euros e pesos argentinos.

“O interesse das investigações é por contas bancárias, cartões e escriturações de imóveis”, disse Sarrubbo, durante entrevista coletiva que apresentou os resultados da operação.

Policiais da Rota, tropa de elite da PM de São Paulo, deram apoio ao cumprimento dos mandados de busca e prisão na segunda fase da Operação Sharks Foto: Divulgação/MP-SP

Segundo o MP, os operadores presos se reportavam diretamente a dois dos principais líderes do PCC, Marcos Roberto de Almeida, o ‘Tuta’, e Odair Mazzi, o ‘Dezinho’. O ‘Dezinho’ está preso desde julho e ‘Tuta’ é considerado foragido.

“Só esses eixos movimentaram em certo período mais de R$ 100 milhões. Estamos atacando o patrimônio deles. Com os mandados cumpridos, verificaremos a questão do sequestro de imóveis e bens de luxo, como joias e relógios”, disse o promotor Lincoln Gakiya, conhecido por sua atuação na repressão ao PCC.

Um dos alvos de mandados de busca cumpridos na operação foi a casa de ‘Dezinho’, uma mansão de 600 m2 em Alphaville, em Barueri, avaliada em R$ 4 milhões. Foragido desde 2020, o líder do PCC foi preso em um condomínio de luxo na Praia dos Carneiros, uma das mais badaladas do litoral de Pernambuco. A mulher dele é dona de uma clínica de estética que, segundo declarou, fatura R$ 100 mil por mês.

Relógios de luxo também foram levados pelos policiais na segunda fase da Operação Sharks Foto: Divulgação/MP-SP

Segundo a investigação, os operadores usavam criptomoedas e contas em bancos digitais para dificultar a identificação dos caminhos percorridos pelo dinheiro. Conforme o promotor Fabio Bechara, do Gaeco, a fragilidade dos sistemas de abertura e alteração de empresas foi explorada pela quadrilha, assim como a falta de rigor na fiscalização dos documentos públicos e particulares.

“Isso traz grande facilidade para que essas transações de lavagem de dinheiro aconteçam de forma muito diluída e capilarizada”, disse.

Operação Sharks

Esta fase da operação é um desdobramento da Operação Sharks que, em 2020, mirou o tráfico internacional de cocaína através do Porto de Santos, na Baixada Santista. Na época, a investigação apontou que ‘Dezinho’ atuava no setor financeiro da organização e lavava dinheiro para o PCC através de contas bancárias de laranjas e empresas fantasmas.

Ele foi acusado de ficar responsável pela recepção da maioria das cargas de cocaína que chegavam à capital e à Baixada Santista. Em 2021, o MPSP identificou Dezinho como um dos gerentes do PCC na Bolívia, responsável pelo transporte de ao menos 15 toneladas de cocaína por ano.

Uma operação do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Militar prendeu, nesta terça-feira, 2, dois operadores financeiros suspeitos de lavar R$ 100 milhões por ano para a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Os suspeitos mantinham contas virtuais e faziam operações com criptomoedas, dificultando o rastreio. A quadrilha já enviou para o exterior R$ 1,2 bilhão, segundo o MP. Um dos suspeitos tinha relógios avaliados em R$ 2 milhões.

A segunda fase da Operação Sharks (Tubarões, em inglês) cumpriu 22 mandados de busca e apreensão na capital paulista e na Baixada Santista e outros dois na Bahia. De acordo com o procurador-geral de Justiça Mario Sarrubbo, nas buscas foram apreendidas armas, munições, relógios, celulares, notebooks, pendrives e farta documentação, além de cerca de R$ 100 mil em moeda nacional, dólares, euros e pesos argentinos.

“O interesse das investigações é por contas bancárias, cartões e escriturações de imóveis”, disse Sarrubbo, durante entrevista coletiva que apresentou os resultados da operação.

Policiais da Rota, tropa de elite da PM de São Paulo, deram apoio ao cumprimento dos mandados de busca e prisão na segunda fase da Operação Sharks Foto: Divulgação/MP-SP

Segundo o MP, os operadores presos se reportavam diretamente a dois dos principais líderes do PCC, Marcos Roberto de Almeida, o ‘Tuta’, e Odair Mazzi, o ‘Dezinho’. O ‘Dezinho’ está preso desde julho e ‘Tuta’ é considerado foragido.

“Só esses eixos movimentaram em certo período mais de R$ 100 milhões. Estamos atacando o patrimônio deles. Com os mandados cumpridos, verificaremos a questão do sequestro de imóveis e bens de luxo, como joias e relógios”, disse o promotor Lincoln Gakiya, conhecido por sua atuação na repressão ao PCC.

Um dos alvos de mandados de busca cumpridos na operação foi a casa de ‘Dezinho’, uma mansão de 600 m2 em Alphaville, em Barueri, avaliada em R$ 4 milhões. Foragido desde 2020, o líder do PCC foi preso em um condomínio de luxo na Praia dos Carneiros, uma das mais badaladas do litoral de Pernambuco. A mulher dele é dona de uma clínica de estética que, segundo declarou, fatura R$ 100 mil por mês.

Relógios de luxo também foram levados pelos policiais na segunda fase da Operação Sharks Foto: Divulgação/MP-SP

Segundo a investigação, os operadores usavam criptomoedas e contas em bancos digitais para dificultar a identificação dos caminhos percorridos pelo dinheiro. Conforme o promotor Fabio Bechara, do Gaeco, a fragilidade dos sistemas de abertura e alteração de empresas foi explorada pela quadrilha, assim como a falta de rigor na fiscalização dos documentos públicos e particulares.

“Isso traz grande facilidade para que essas transações de lavagem de dinheiro aconteçam de forma muito diluída e capilarizada”, disse.

Operação Sharks

Esta fase da operação é um desdobramento da Operação Sharks que, em 2020, mirou o tráfico internacional de cocaína através do Porto de Santos, na Baixada Santista. Na época, a investigação apontou que ‘Dezinho’ atuava no setor financeiro da organização e lavava dinheiro para o PCC através de contas bancárias de laranjas e empresas fantasmas.

Ele foi acusado de ficar responsável pela recepção da maioria das cargas de cocaína que chegavam à capital e à Baixada Santista. Em 2021, o MPSP identificou Dezinho como um dos gerentes do PCC na Bolívia, responsável pelo transporte de ao menos 15 toneladas de cocaína por ano.

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