A Polícia Federal apreendeu, esta sexta-feira, em Belém, três submetralhadoras e uma espingarda de grande poder de fogo no principal templo da Igreja Universal do Reino de Deus na cidade. Um bispo, responsável pela igreja no Pará, e um segurança foram presos, mas acabaram libertados no início da manhã de ontem. A PF fez diversas diligências e poderia vistoriar outros templos na capital para averiguar a existência de mais armas. Segundo o superintendente da Polícia Federal no Pará, Geraldo Araújo, as submetralhadoras eram feitas artesanalmente, mas tinham as mesmas condições das fabricadas em indústrias. ?O poder de fogo era o mesmo e também havia a alternativa de utilização de dois tipos de calibres?, afirmou. Junto com as três submetralhadoras, os agentes encontraram farta munição 9 milímetros, privativa de Forças Armadas e polícias, além de coletes à prova de bala e dois silenciadores. Durante a operação, foram presos o bispo Paulo dos Santos, que afirmou desconhecer a existência das armas no local, e Cícero Coelho da Silva, responsável pela segurança do templo, onde se reúnem semanalmente 2 mil pessoas em cultos, apesar de o local estar em construção. ?É a principal igreja da Universal em Belém e, por isso, estranhamos muito a existência do armamento. Se fosse só para segurança, bastariam as armas de calibres normais e não as submetralhadoras?, avaliou um delegado que participou da missão. Armário - Segundo o policial, as armas estavam em um armário trancado com cadeado. ?Seria impossível alguém, sendo responsável pela igreja, desconhecer o que havia em um armário trancado dentro do templo?, afirmou o delegado. A Polícia Federal chegou ao local depois de uma denúncia anônima e, desde ontem, tem mandado de busca e apreensão da Justiça e poderia começar novas diligências para averiguar outros templos. Os dois presos, não localizados ontem para comentar o caso, foram libertados e vão responder a inquérito em liberdade, de acordo com Geraldo Araújo.
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