Reconstrução do RS prevê cerca de 5 mil novas casas em até 4 meses e ‘cidade temporária’ na capital


Gestão estuda também a possibilidade de dar subsídios para famílias financiarem novos imóveis ou fazerem reformas

Por Paula Ferreira
Atualização:

ENVIADA ESPECIAL A PORTO ALEGRE - Com mais de 500 mil desalojados, o déficit habitacional virou um desafio para o Rio Grande do Sul. Para resolver parte do problema, o governo estadual planeja construir num primeiro momento cerca de 5 mil casas, entre moradias temporárias e permanentes, que devem estar prontas em até quatro meses. O número ainda não está fechado e deve ser anunciado em breve pelo governador Eduardo Leite (PSDB).

Após essa primeira fase, o governo estima que seja necessária, no total, a construção de cerca de 20 mil casas em todo o Estado. Além da construção das habitações para população de baixa renda, a gestão Leite estuda a possibilidade de dar subsídios para famílias de classe média financiarem novos imóveis ou fazerem reformas. Todo o plano está sendo estruturado pela Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária.

Mais de 79 mil pessoas estão em abrigos no Rio Grande do Sul por causa das fortes chuvas que atingiram o Estado. Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO
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“Algumas pessoas já não têm condições de fazer financiamento. Fizeram financiamento da primeira enchente, a água veio e levou tudo. Fizeram financiamento para a segunda enchente, a água veio e levou tudo, então não aguentam mais fazer financiamento. O que precisamos é a contratação de métodos construtitvos rápidos. Ou seja, entregar a casa em até 4 meses”, afirmou ao Estadão o secretário da pasta, Carlos Gomes.

As edificações temporárias serão construídas em módulos, já as permanentes utilizarão tecnologia semelhante à usada nas casas americanas, o que facilita a construção rápida. A cidade de Porto Alegre planeja, por exemplo, a construção de uma espécie de bairro para os desalojados que hoje estão em abrigos. A prefeitura já teria entrado em contato com o governo federal para solicitar apoio no projeto, que se assemelha a um campo de refugiados.

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As autoridades consideram que é inviável manter os abrigos em funcionamento por muito tempo. Isso porque, muitos locais de acolhimento funcionam em escolas e instituições privadas, que voltarão a ter atividades quando a situação se normalizar. Além disso, a permanência de diversas famílias em colchões lado a lado não se sustenta por muito tempo sem problemas de convivência e outras questões.

O secretário afirma que as casas permanentes feitas com a tecnologia de construção rápida são “seguras”, “leves” e “térmicas”. Ele diz ainda que não é possível cravar o número de construções necessárias porque é preciso esperar as águas baixarem.

“Áreas onde a água baixou e já têm terrenos capacitados tecnicamente terão prioridade de início da construção”, afirmou Gomes.

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‘Cidade temporária’ em Porto Alegre

A capital gaúcha tem como uma das opções de abrigamento a construção de um uma espécie de “cidade temporária” para receber pessoas que estão nos abrigos da capital. O projeto, que já teria sido submetido ao governo federal, estuda erguer barracas para receber cerca de 10 mil pessoas no bairro Porto Seco, onde ocorre tradicionalmente o desfile das escolas de samba da capital.

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A construção dessa “cidade” facilitaria, por exemplo, o remanejamento de crianças em escolas, já que será necessária uma reorganização da rede educacional.

O Rio Grande do Sul vive a maior tragédia climática de sua história, atingido por fortes temporais desde o último dia 29. Segundo a Defesa Civil estadual, 446 dos 497 municípios gaúchos foram impactados. Em consequência das chuvas, 149 pessoas morreram e 112 seguem desaparecidas.

Uma das iniciativas em análise pela Secretaria Municipal de Habitação e Regularização Fundiária de Porto Alegre é a ampliação do benefício “Estadia Solidária”, criado na enchente de setembro ao ano passado. A medida prevê pagamentos mensais de R$ 700 para pessoas que estejam alojadas na casa de familiares e amigos. Cerca de 300 famílias foram beneficiadas no ano passado. Agora, a pasta está fazendo uma mapeamento para identificar possíveis novos beneficiários.

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“A gente tem uma população que está nos abrigos, que já é muito grande, mas a gente sabe que tem também uma série de pessoas que não foram para abrigos e estão em casa de amigos, parentes, vizinhos, que também são pessoas que podem ter problemas habitacionais e que a gente vai ter que mapear essas pessoas também”, disse ao Estadão, a secretária Simone Somensi.

Ela destaca ainda que outra medida em análise é a construção rápida de casas com tecnologias semelhante às citadas pelo secretário estadual. Além disso, o programa Minha Casa, Minha Vida será um aliado importante das cidades gaúchas.

ENVIADA ESPECIAL A PORTO ALEGRE - Com mais de 500 mil desalojados, o déficit habitacional virou um desafio para o Rio Grande do Sul. Para resolver parte do problema, o governo estadual planeja construir num primeiro momento cerca de 5 mil casas, entre moradias temporárias e permanentes, que devem estar prontas em até quatro meses. O número ainda não está fechado e deve ser anunciado em breve pelo governador Eduardo Leite (PSDB).

Após essa primeira fase, o governo estima que seja necessária, no total, a construção de cerca de 20 mil casas em todo o Estado. Além da construção das habitações para população de baixa renda, a gestão Leite estuda a possibilidade de dar subsídios para famílias de classe média financiarem novos imóveis ou fazerem reformas. Todo o plano está sendo estruturado pela Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária.

Mais de 79 mil pessoas estão em abrigos no Rio Grande do Sul por causa das fortes chuvas que atingiram o Estado. Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

“Algumas pessoas já não têm condições de fazer financiamento. Fizeram financiamento da primeira enchente, a água veio e levou tudo. Fizeram financiamento para a segunda enchente, a água veio e levou tudo, então não aguentam mais fazer financiamento. O que precisamos é a contratação de métodos construtitvos rápidos. Ou seja, entregar a casa em até 4 meses”, afirmou ao Estadão o secretário da pasta, Carlos Gomes.

As edificações temporárias serão construídas em módulos, já as permanentes utilizarão tecnologia semelhante à usada nas casas americanas, o que facilita a construção rápida. A cidade de Porto Alegre planeja, por exemplo, a construção de uma espécie de bairro para os desalojados que hoje estão em abrigos. A prefeitura já teria entrado em contato com o governo federal para solicitar apoio no projeto, que se assemelha a um campo de refugiados.

As autoridades consideram que é inviável manter os abrigos em funcionamento por muito tempo. Isso porque, muitos locais de acolhimento funcionam em escolas e instituições privadas, que voltarão a ter atividades quando a situação se normalizar. Além disso, a permanência de diversas famílias em colchões lado a lado não se sustenta por muito tempo sem problemas de convivência e outras questões.

O secretário afirma que as casas permanentes feitas com a tecnologia de construção rápida são “seguras”, “leves” e “térmicas”. Ele diz ainda que não é possível cravar o número de construções necessárias porque é preciso esperar as águas baixarem.

“Áreas onde a água baixou e já têm terrenos capacitados tecnicamente terão prioridade de início da construção”, afirmou Gomes.

‘Cidade temporária’ em Porto Alegre

A capital gaúcha tem como uma das opções de abrigamento a construção de um uma espécie de “cidade temporária” para receber pessoas que estão nos abrigos da capital. O projeto, que já teria sido submetido ao governo federal, estuda erguer barracas para receber cerca de 10 mil pessoas no bairro Porto Seco, onde ocorre tradicionalmente o desfile das escolas de samba da capital.

A construção dessa “cidade” facilitaria, por exemplo, o remanejamento de crianças em escolas, já que será necessária uma reorganização da rede educacional.

O Rio Grande do Sul vive a maior tragédia climática de sua história, atingido por fortes temporais desde o último dia 29. Segundo a Defesa Civil estadual, 446 dos 497 municípios gaúchos foram impactados. Em consequência das chuvas, 149 pessoas morreram e 112 seguem desaparecidas.

Uma das iniciativas em análise pela Secretaria Municipal de Habitação e Regularização Fundiária de Porto Alegre é a ampliação do benefício “Estadia Solidária”, criado na enchente de setembro ao ano passado. A medida prevê pagamentos mensais de R$ 700 para pessoas que estejam alojadas na casa de familiares e amigos. Cerca de 300 famílias foram beneficiadas no ano passado. Agora, a pasta está fazendo uma mapeamento para identificar possíveis novos beneficiários.

“A gente tem uma população que está nos abrigos, que já é muito grande, mas a gente sabe que tem também uma série de pessoas que não foram para abrigos e estão em casa de amigos, parentes, vizinhos, que também são pessoas que podem ter problemas habitacionais e que a gente vai ter que mapear essas pessoas também”, disse ao Estadão, a secretária Simone Somensi.

Ela destaca ainda que outra medida em análise é a construção rápida de casas com tecnologias semelhante às citadas pelo secretário estadual. Além disso, o programa Minha Casa, Minha Vida será um aliado importante das cidades gaúchas.

ENVIADA ESPECIAL A PORTO ALEGRE - Com mais de 500 mil desalojados, o déficit habitacional virou um desafio para o Rio Grande do Sul. Para resolver parte do problema, o governo estadual planeja construir num primeiro momento cerca de 5 mil casas, entre moradias temporárias e permanentes, que devem estar prontas em até quatro meses. O número ainda não está fechado e deve ser anunciado em breve pelo governador Eduardo Leite (PSDB).

Após essa primeira fase, o governo estima que seja necessária, no total, a construção de cerca de 20 mil casas em todo o Estado. Além da construção das habitações para população de baixa renda, a gestão Leite estuda a possibilidade de dar subsídios para famílias de classe média financiarem novos imóveis ou fazerem reformas. Todo o plano está sendo estruturado pela Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária.

Mais de 79 mil pessoas estão em abrigos no Rio Grande do Sul por causa das fortes chuvas que atingiram o Estado. Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

“Algumas pessoas já não têm condições de fazer financiamento. Fizeram financiamento da primeira enchente, a água veio e levou tudo. Fizeram financiamento para a segunda enchente, a água veio e levou tudo, então não aguentam mais fazer financiamento. O que precisamos é a contratação de métodos construtitvos rápidos. Ou seja, entregar a casa em até 4 meses”, afirmou ao Estadão o secretário da pasta, Carlos Gomes.

As edificações temporárias serão construídas em módulos, já as permanentes utilizarão tecnologia semelhante à usada nas casas americanas, o que facilita a construção rápida. A cidade de Porto Alegre planeja, por exemplo, a construção de uma espécie de bairro para os desalojados que hoje estão em abrigos. A prefeitura já teria entrado em contato com o governo federal para solicitar apoio no projeto, que se assemelha a um campo de refugiados.

As autoridades consideram que é inviável manter os abrigos em funcionamento por muito tempo. Isso porque, muitos locais de acolhimento funcionam em escolas e instituições privadas, que voltarão a ter atividades quando a situação se normalizar. Além disso, a permanência de diversas famílias em colchões lado a lado não se sustenta por muito tempo sem problemas de convivência e outras questões.

O secretário afirma que as casas permanentes feitas com a tecnologia de construção rápida são “seguras”, “leves” e “térmicas”. Ele diz ainda que não é possível cravar o número de construções necessárias porque é preciso esperar as águas baixarem.

“Áreas onde a água baixou e já têm terrenos capacitados tecnicamente terão prioridade de início da construção”, afirmou Gomes.

‘Cidade temporária’ em Porto Alegre

A capital gaúcha tem como uma das opções de abrigamento a construção de um uma espécie de “cidade temporária” para receber pessoas que estão nos abrigos da capital. O projeto, que já teria sido submetido ao governo federal, estuda erguer barracas para receber cerca de 10 mil pessoas no bairro Porto Seco, onde ocorre tradicionalmente o desfile das escolas de samba da capital.

A construção dessa “cidade” facilitaria, por exemplo, o remanejamento de crianças em escolas, já que será necessária uma reorganização da rede educacional.

O Rio Grande do Sul vive a maior tragédia climática de sua história, atingido por fortes temporais desde o último dia 29. Segundo a Defesa Civil estadual, 446 dos 497 municípios gaúchos foram impactados. Em consequência das chuvas, 149 pessoas morreram e 112 seguem desaparecidas.

Uma das iniciativas em análise pela Secretaria Municipal de Habitação e Regularização Fundiária de Porto Alegre é a ampliação do benefício “Estadia Solidária”, criado na enchente de setembro ao ano passado. A medida prevê pagamentos mensais de R$ 700 para pessoas que estejam alojadas na casa de familiares e amigos. Cerca de 300 famílias foram beneficiadas no ano passado. Agora, a pasta está fazendo uma mapeamento para identificar possíveis novos beneficiários.

“A gente tem uma população que está nos abrigos, que já é muito grande, mas a gente sabe que tem também uma série de pessoas que não foram para abrigos e estão em casa de amigos, parentes, vizinhos, que também são pessoas que podem ter problemas habitacionais e que a gente vai ter que mapear essas pessoas também”, disse ao Estadão, a secretária Simone Somensi.

Ela destaca ainda que outra medida em análise é a construção rápida de casas com tecnologias semelhante às citadas pelo secretário estadual. Além disso, o programa Minha Casa, Minha Vida será um aliado importante das cidades gaúchas.

ENVIADA ESPECIAL A PORTO ALEGRE - Com mais de 500 mil desalojados, o déficit habitacional virou um desafio para o Rio Grande do Sul. Para resolver parte do problema, o governo estadual planeja construir num primeiro momento cerca de 5 mil casas, entre moradias temporárias e permanentes, que devem estar prontas em até quatro meses. O número ainda não está fechado e deve ser anunciado em breve pelo governador Eduardo Leite (PSDB).

Após essa primeira fase, o governo estima que seja necessária, no total, a construção de cerca de 20 mil casas em todo o Estado. Além da construção das habitações para população de baixa renda, a gestão Leite estuda a possibilidade de dar subsídios para famílias de classe média financiarem novos imóveis ou fazerem reformas. Todo o plano está sendo estruturado pela Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária.

Mais de 79 mil pessoas estão em abrigos no Rio Grande do Sul por causa das fortes chuvas que atingiram o Estado. Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

“Algumas pessoas já não têm condições de fazer financiamento. Fizeram financiamento da primeira enchente, a água veio e levou tudo. Fizeram financiamento para a segunda enchente, a água veio e levou tudo, então não aguentam mais fazer financiamento. O que precisamos é a contratação de métodos construtitvos rápidos. Ou seja, entregar a casa em até 4 meses”, afirmou ao Estadão o secretário da pasta, Carlos Gomes.

As edificações temporárias serão construídas em módulos, já as permanentes utilizarão tecnologia semelhante à usada nas casas americanas, o que facilita a construção rápida. A cidade de Porto Alegre planeja, por exemplo, a construção de uma espécie de bairro para os desalojados que hoje estão em abrigos. A prefeitura já teria entrado em contato com o governo federal para solicitar apoio no projeto, que se assemelha a um campo de refugiados.

As autoridades consideram que é inviável manter os abrigos em funcionamento por muito tempo. Isso porque, muitos locais de acolhimento funcionam em escolas e instituições privadas, que voltarão a ter atividades quando a situação se normalizar. Além disso, a permanência de diversas famílias em colchões lado a lado não se sustenta por muito tempo sem problemas de convivência e outras questões.

O secretário afirma que as casas permanentes feitas com a tecnologia de construção rápida são “seguras”, “leves” e “térmicas”. Ele diz ainda que não é possível cravar o número de construções necessárias porque é preciso esperar as águas baixarem.

“Áreas onde a água baixou e já têm terrenos capacitados tecnicamente terão prioridade de início da construção”, afirmou Gomes.

‘Cidade temporária’ em Porto Alegre

A capital gaúcha tem como uma das opções de abrigamento a construção de um uma espécie de “cidade temporária” para receber pessoas que estão nos abrigos da capital. O projeto, que já teria sido submetido ao governo federal, estuda erguer barracas para receber cerca de 10 mil pessoas no bairro Porto Seco, onde ocorre tradicionalmente o desfile das escolas de samba da capital.

A construção dessa “cidade” facilitaria, por exemplo, o remanejamento de crianças em escolas, já que será necessária uma reorganização da rede educacional.

O Rio Grande do Sul vive a maior tragédia climática de sua história, atingido por fortes temporais desde o último dia 29. Segundo a Defesa Civil estadual, 446 dos 497 municípios gaúchos foram impactados. Em consequência das chuvas, 149 pessoas morreram e 112 seguem desaparecidas.

Uma das iniciativas em análise pela Secretaria Municipal de Habitação e Regularização Fundiária de Porto Alegre é a ampliação do benefício “Estadia Solidária”, criado na enchente de setembro ao ano passado. A medida prevê pagamentos mensais de R$ 700 para pessoas que estejam alojadas na casa de familiares e amigos. Cerca de 300 famílias foram beneficiadas no ano passado. Agora, a pasta está fazendo uma mapeamento para identificar possíveis novos beneficiários.

“A gente tem uma população que está nos abrigos, que já é muito grande, mas a gente sabe que tem também uma série de pessoas que não foram para abrigos e estão em casa de amigos, parentes, vizinhos, que também são pessoas que podem ter problemas habitacionais e que a gente vai ter que mapear essas pessoas também”, disse ao Estadão, a secretária Simone Somensi.

Ela destaca ainda que outra medida em análise é a construção rápida de casas com tecnologias semelhante às citadas pelo secretário estadual. Além disso, o programa Minha Casa, Minha Vida será um aliado importante das cidades gaúchas.

ENVIADA ESPECIAL A PORTO ALEGRE - Com mais de 500 mil desalojados, o déficit habitacional virou um desafio para o Rio Grande do Sul. Para resolver parte do problema, o governo estadual planeja construir num primeiro momento cerca de 5 mil casas, entre moradias temporárias e permanentes, que devem estar prontas em até quatro meses. O número ainda não está fechado e deve ser anunciado em breve pelo governador Eduardo Leite (PSDB).

Após essa primeira fase, o governo estima que seja necessária, no total, a construção de cerca de 20 mil casas em todo o Estado. Além da construção das habitações para população de baixa renda, a gestão Leite estuda a possibilidade de dar subsídios para famílias de classe média financiarem novos imóveis ou fazerem reformas. Todo o plano está sendo estruturado pela Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária.

Mais de 79 mil pessoas estão em abrigos no Rio Grande do Sul por causa das fortes chuvas que atingiram o Estado. Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

“Algumas pessoas já não têm condições de fazer financiamento. Fizeram financiamento da primeira enchente, a água veio e levou tudo. Fizeram financiamento para a segunda enchente, a água veio e levou tudo, então não aguentam mais fazer financiamento. O que precisamos é a contratação de métodos construtitvos rápidos. Ou seja, entregar a casa em até 4 meses”, afirmou ao Estadão o secretário da pasta, Carlos Gomes.

As edificações temporárias serão construídas em módulos, já as permanentes utilizarão tecnologia semelhante à usada nas casas americanas, o que facilita a construção rápida. A cidade de Porto Alegre planeja, por exemplo, a construção de uma espécie de bairro para os desalojados que hoje estão em abrigos. A prefeitura já teria entrado em contato com o governo federal para solicitar apoio no projeto, que se assemelha a um campo de refugiados.

As autoridades consideram que é inviável manter os abrigos em funcionamento por muito tempo. Isso porque, muitos locais de acolhimento funcionam em escolas e instituições privadas, que voltarão a ter atividades quando a situação se normalizar. Além disso, a permanência de diversas famílias em colchões lado a lado não se sustenta por muito tempo sem problemas de convivência e outras questões.

O secretário afirma que as casas permanentes feitas com a tecnologia de construção rápida são “seguras”, “leves” e “térmicas”. Ele diz ainda que não é possível cravar o número de construções necessárias porque é preciso esperar as águas baixarem.

“Áreas onde a água baixou e já têm terrenos capacitados tecnicamente terão prioridade de início da construção”, afirmou Gomes.

‘Cidade temporária’ em Porto Alegre

A capital gaúcha tem como uma das opções de abrigamento a construção de um uma espécie de “cidade temporária” para receber pessoas que estão nos abrigos da capital. O projeto, que já teria sido submetido ao governo federal, estuda erguer barracas para receber cerca de 10 mil pessoas no bairro Porto Seco, onde ocorre tradicionalmente o desfile das escolas de samba da capital.

A construção dessa “cidade” facilitaria, por exemplo, o remanejamento de crianças em escolas, já que será necessária uma reorganização da rede educacional.

O Rio Grande do Sul vive a maior tragédia climática de sua história, atingido por fortes temporais desde o último dia 29. Segundo a Defesa Civil estadual, 446 dos 497 municípios gaúchos foram impactados. Em consequência das chuvas, 149 pessoas morreram e 112 seguem desaparecidas.

Uma das iniciativas em análise pela Secretaria Municipal de Habitação e Regularização Fundiária de Porto Alegre é a ampliação do benefício “Estadia Solidária”, criado na enchente de setembro ao ano passado. A medida prevê pagamentos mensais de R$ 700 para pessoas que estejam alojadas na casa de familiares e amigos. Cerca de 300 famílias foram beneficiadas no ano passado. Agora, a pasta está fazendo uma mapeamento para identificar possíveis novos beneficiários.

“A gente tem uma população que está nos abrigos, que já é muito grande, mas a gente sabe que tem também uma série de pessoas que não foram para abrigos e estão em casa de amigos, parentes, vizinhos, que também são pessoas que podem ter problemas habitacionais e que a gente vai ter que mapear essas pessoas também”, disse ao Estadão, a secretária Simone Somensi.

Ela destaca ainda que outra medida em análise é a construção rápida de casas com tecnologias semelhante às citadas pelo secretário estadual. Além disso, o programa Minha Casa, Minha Vida será um aliado importante das cidades gaúchas.

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