PM atira em entregador após se recusar a descer para pegar pedido; estado é grave


Disparo aconteceu em ocorrência na zona oeste do Rio. Entregador relatou que agente se recusou a descer até a portaria para receber a encomenda. Policial alega que disparou em legítima defesa

Por Rariane Costa
Atualização:

O policial militar Roy Martins Cavalcanti efetuou um disparo de arma de fogo contra o entregador Nilton Ramon de Oliveira, de 24 anos, após uma discussão sobre a entrega de um pedido de delivery. Oliveira diz que Cavalcanti não quis descer até a portaria para receber a encomenda. O tiro atingiu a coxa do entregador, que foi socorrido e segue internado em estado grave. Na delegacia, o agente disse ter agido em legítima defesa. O caso está sob investigação da Polícia Civil.

O caso aconteceu na Praça Saiqui, em Vila Valqueire, na zona oeste do Rio de Janeiro, na noite de segunda-feira, 4. O momento da briga foi gravado pelo próprio entregador, que compartilhou nas redes sociais a discussão que antecedeu o disparo. “O cliente acha nós temos que descer e levar. Não sou obrigado a passar depois da portaria”, afirma Nilton em um trecho. Em outro momento é possível ver a arma que o policial mantém na cintura enquanto chama o entregador de “desrespeitoso”.

O desentendimento teria começado ainda pelo aplicativo, onde o militar afirmou que não iria até a rua buscar o pedido, na versão dada pela vítima do disparo. O entregador então iniciou o processo de devolução da compra, mas foi seguido pelo policial. De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Militar, agentes do 18º BPM (Jacarepaguá), foram acionados para o local da briga.

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Ao chegarem na rua, os agentes identificaram o entregador atingido pelo disparo e caído no chão. Nilton foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para o Hospital Salgado Filho, onde permanece internado. Ele passou por duas cirurgias s e está se recuperando dos procedimentos na UTI da unidade. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o estado de saúde ainda é considerado grave.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro colheu depoimento e liberou o policial. O agente se apresentou na 32ª DP (Taquara), onde alegou ter agido em legítima defesa. A delegacia não informou como o caso foi registrado no boletim de ocorrência. A reportagem não conseguiu localizar o policial nem sua defesa para comentários sobre o caso.

Em paralelo às investigações da 28ª DP (Praça Seca), ele se tornou alvo de um procedimento de apuração que está em andamento na Corregedoria da Polícia para avaliar as circunstâncias do ocorrido e a conduta do militar.

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Nilton Ramon de Oliveira, baleado na coxa, segue internado em estado grave Foto: Google Street View

O Ifood, empresa para a qual Nilton trabalha, destacou que a orientação dada aos entregadores foi seguida pelo rapaz uma vez que “a obrigação é deixar o pedido no primeiro ponto de contato, seja o portão da casa ou a portaria do prédio”.

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A empresa afirmou que realiza, desde 2023, iniciativas em parceria com o Sindicato da Habitação do Rio de Janeiro (Secovi Rio), para conscientização de moradores e capacitação de porteiros e síndicos de condomínios da cidade. A plataforma alegou ainda que fornece apoio jurídico e psicológico a profissionais vítimas de qualquer tipo de violência.

“Lamentamos muito o acontecido com Nilton Ramon de Oliveira e estamos em contato com a família, que já está recebendo o apoio jurídico, por meio de uma advogada da Black Sisters in Law, que dará seguimento em todo processo jurídico do caso. A conta do cliente em questão foi banida da plataforma”, informaram em nota.

O policial militar Roy Martins Cavalcanti efetuou um disparo de arma de fogo contra o entregador Nilton Ramon de Oliveira, de 24 anos, após uma discussão sobre a entrega de um pedido de delivery. Oliveira diz que Cavalcanti não quis descer até a portaria para receber a encomenda. O tiro atingiu a coxa do entregador, que foi socorrido e segue internado em estado grave. Na delegacia, o agente disse ter agido em legítima defesa. O caso está sob investigação da Polícia Civil.

O caso aconteceu na Praça Saiqui, em Vila Valqueire, na zona oeste do Rio de Janeiro, na noite de segunda-feira, 4. O momento da briga foi gravado pelo próprio entregador, que compartilhou nas redes sociais a discussão que antecedeu o disparo. “O cliente acha nós temos que descer e levar. Não sou obrigado a passar depois da portaria”, afirma Nilton em um trecho. Em outro momento é possível ver a arma que o policial mantém na cintura enquanto chama o entregador de “desrespeitoso”.

O desentendimento teria começado ainda pelo aplicativo, onde o militar afirmou que não iria até a rua buscar o pedido, na versão dada pela vítima do disparo. O entregador então iniciou o processo de devolução da compra, mas foi seguido pelo policial. De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Militar, agentes do 18º BPM (Jacarepaguá), foram acionados para o local da briga.

Ao chegarem na rua, os agentes identificaram o entregador atingido pelo disparo e caído no chão. Nilton foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para o Hospital Salgado Filho, onde permanece internado. Ele passou por duas cirurgias s e está se recuperando dos procedimentos na UTI da unidade. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o estado de saúde ainda é considerado grave.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro colheu depoimento e liberou o policial. O agente se apresentou na 32ª DP (Taquara), onde alegou ter agido em legítima defesa. A delegacia não informou como o caso foi registrado no boletim de ocorrência. A reportagem não conseguiu localizar o policial nem sua defesa para comentários sobre o caso.

Em paralelo às investigações da 28ª DP (Praça Seca), ele se tornou alvo de um procedimento de apuração que está em andamento na Corregedoria da Polícia para avaliar as circunstâncias do ocorrido e a conduta do militar.

Nilton Ramon de Oliveira, baleado na coxa, segue internado em estado grave Foto: Google Street View

O Ifood, empresa para a qual Nilton trabalha, destacou que a orientação dada aos entregadores foi seguida pelo rapaz uma vez que “a obrigação é deixar o pedido no primeiro ponto de contato, seja o portão da casa ou a portaria do prédio”.

A empresa afirmou que realiza, desde 2023, iniciativas em parceria com o Sindicato da Habitação do Rio de Janeiro (Secovi Rio), para conscientização de moradores e capacitação de porteiros e síndicos de condomínios da cidade. A plataforma alegou ainda que fornece apoio jurídico e psicológico a profissionais vítimas de qualquer tipo de violência.

“Lamentamos muito o acontecido com Nilton Ramon de Oliveira e estamos em contato com a família, que já está recebendo o apoio jurídico, por meio de uma advogada da Black Sisters in Law, que dará seguimento em todo processo jurídico do caso. A conta do cliente em questão foi banida da plataforma”, informaram em nota.

O policial militar Roy Martins Cavalcanti efetuou um disparo de arma de fogo contra o entregador Nilton Ramon de Oliveira, de 24 anos, após uma discussão sobre a entrega de um pedido de delivery. Oliveira diz que Cavalcanti não quis descer até a portaria para receber a encomenda. O tiro atingiu a coxa do entregador, que foi socorrido e segue internado em estado grave. Na delegacia, o agente disse ter agido em legítima defesa. O caso está sob investigação da Polícia Civil.

O caso aconteceu na Praça Saiqui, em Vila Valqueire, na zona oeste do Rio de Janeiro, na noite de segunda-feira, 4. O momento da briga foi gravado pelo próprio entregador, que compartilhou nas redes sociais a discussão que antecedeu o disparo. “O cliente acha nós temos que descer e levar. Não sou obrigado a passar depois da portaria”, afirma Nilton em um trecho. Em outro momento é possível ver a arma que o policial mantém na cintura enquanto chama o entregador de “desrespeitoso”.

O desentendimento teria começado ainda pelo aplicativo, onde o militar afirmou que não iria até a rua buscar o pedido, na versão dada pela vítima do disparo. O entregador então iniciou o processo de devolução da compra, mas foi seguido pelo policial. De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Militar, agentes do 18º BPM (Jacarepaguá), foram acionados para o local da briga.

Ao chegarem na rua, os agentes identificaram o entregador atingido pelo disparo e caído no chão. Nilton foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para o Hospital Salgado Filho, onde permanece internado. Ele passou por duas cirurgias s e está se recuperando dos procedimentos na UTI da unidade. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o estado de saúde ainda é considerado grave.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro colheu depoimento e liberou o policial. O agente se apresentou na 32ª DP (Taquara), onde alegou ter agido em legítima defesa. A delegacia não informou como o caso foi registrado no boletim de ocorrência. A reportagem não conseguiu localizar o policial nem sua defesa para comentários sobre o caso.

Em paralelo às investigações da 28ª DP (Praça Seca), ele se tornou alvo de um procedimento de apuração que está em andamento na Corregedoria da Polícia para avaliar as circunstâncias do ocorrido e a conduta do militar.

Nilton Ramon de Oliveira, baleado na coxa, segue internado em estado grave Foto: Google Street View

O Ifood, empresa para a qual Nilton trabalha, destacou que a orientação dada aos entregadores foi seguida pelo rapaz uma vez que “a obrigação é deixar o pedido no primeiro ponto de contato, seja o portão da casa ou a portaria do prédio”.

A empresa afirmou que realiza, desde 2023, iniciativas em parceria com o Sindicato da Habitação do Rio de Janeiro (Secovi Rio), para conscientização de moradores e capacitação de porteiros e síndicos de condomínios da cidade. A plataforma alegou ainda que fornece apoio jurídico e psicológico a profissionais vítimas de qualquer tipo de violência.

“Lamentamos muito o acontecido com Nilton Ramon de Oliveira e estamos em contato com a família, que já está recebendo o apoio jurídico, por meio de uma advogada da Black Sisters in Law, que dará seguimento em todo processo jurídico do caso. A conta do cliente em questão foi banida da plataforma”, informaram em nota.

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