PM e bandido são mortos dentro de delegacia no Rio


Militar foi baleado enquanto registrava boletim de ocorrência; ainda ferido policial acertou suspeito

Por Solange Spigliatti e Pedro Dantas

Um menor, identificado como Jefferson, preso com algemas de plástico conseguiu se soltar, roubar a arma do policial que o conduzia, e atirar contra ele que, mesmo ferido, sacou uma outra arma e revidou contra o garoto, morto na hora. O incidente aconteceu no pátio da 25.ª Delegacia Policial, no Rocha, zona norte do Rio, nesta quinta-feira, 7. De acordo com a versão oficial, Jefferson aproveitou-se de um momento de distração do policial para tirar-lhe uma pistola ponto 40, e houve luta entre os dois. No confronto, o menor teria dado três tiros no PM, que teria recuperado a arma e baleado o rapaz. Testemunhas, contudo, afirmaram que houve mais tiros, disparados por outros policiais. Jefferson morreu na delegacia. O policial militar foi levado para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu. As algemas de plástico não foram recolhidas pelos peritos, mas reapareceram à tarde no carro que levou o policial ao hospital. O ataque ocorreu por volta das 9h30, depois que o soldado identificado apenas como Leite foi à sala de plantão pedir a abertura da carceragem. Aproveitando-se que o cabo estava sozinho, Jefferson o atacou. Outro menor que chegara preso com Jefferson, P., de 16 anos, não conseguiu fugir: foi rendido por um policial civil que chegava para trabalhar. "Imobilizei (P.), mas não consegui chegar perto do policial, porque ele estava agarrado ao menor lutando e atirando", contou Cláudio Medeiros. Testemunhas afirmaram, porém, que, alertados pelos tiros, vários policiais civis trocaram tiros com Jefferson. O delegado encarregado pelo caso negou essa versão. "Recolhemos apenas 10 cápsulas, apenas de calibre ponto 40. Logo, acredito que a mesma arma matou os dois. Desconfiamos que o menor conseguiu tirar a algema dentro do carro e o policial não percebeu", disse o delegado-adjunto Márcio Esteves. Mais cedo, os dois menores tinham embarcado no carro do taxista Antônio Eudes Paiva, de 49 anos, em Madureira na zona norte. Pouco depois, na Avenida Dom Hélder Câmara, renderam o taxista com uma pistola 9 mm e mandaram que entrasse na Rua José Bonifácio, no Cachambi, onde saltaram. "Eles vieram no carro falando sobre Fernandinho Beira-Mar. Anunciaram o assalto e encostaram a arma na minha barriga. Eu expliquei que estava sem dinheiro porque havia iniciado o expediente. Me revistaram, levaram R$ 30 e saíram andando. As pessoas alertaram que havia uma patrulha mais adiante e fui até os policiais. Eles prenderam os bandidos a pé", contou o taxista. Paiva confirmou a versão da polícia e disse que viu os dois serem algemados com o lacre plástico. Alguns policiais criticaram as algemas de plástico e outros afirmaram que não há padrão para imobilizar os presos. "Fica a cargo do policial algemar com a mão para a frente ou para trás. Com a algema de ferro ou com o lacre de plástico", revelou um PM. A Polícia Militar afirmou que o material é confiável e usado internacionalmente e acrescentou que aguardará a conclusão pericial para se posicionar sobre o assunto. Atualizado às 20 horas

Um menor, identificado como Jefferson, preso com algemas de plástico conseguiu se soltar, roubar a arma do policial que o conduzia, e atirar contra ele que, mesmo ferido, sacou uma outra arma e revidou contra o garoto, morto na hora. O incidente aconteceu no pátio da 25.ª Delegacia Policial, no Rocha, zona norte do Rio, nesta quinta-feira, 7. De acordo com a versão oficial, Jefferson aproveitou-se de um momento de distração do policial para tirar-lhe uma pistola ponto 40, e houve luta entre os dois. No confronto, o menor teria dado três tiros no PM, que teria recuperado a arma e baleado o rapaz. Testemunhas, contudo, afirmaram que houve mais tiros, disparados por outros policiais. Jefferson morreu na delegacia. O policial militar foi levado para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu. As algemas de plástico não foram recolhidas pelos peritos, mas reapareceram à tarde no carro que levou o policial ao hospital. O ataque ocorreu por volta das 9h30, depois que o soldado identificado apenas como Leite foi à sala de plantão pedir a abertura da carceragem. Aproveitando-se que o cabo estava sozinho, Jefferson o atacou. Outro menor que chegara preso com Jefferson, P., de 16 anos, não conseguiu fugir: foi rendido por um policial civil que chegava para trabalhar. "Imobilizei (P.), mas não consegui chegar perto do policial, porque ele estava agarrado ao menor lutando e atirando", contou Cláudio Medeiros. Testemunhas afirmaram, porém, que, alertados pelos tiros, vários policiais civis trocaram tiros com Jefferson. O delegado encarregado pelo caso negou essa versão. "Recolhemos apenas 10 cápsulas, apenas de calibre ponto 40. Logo, acredito que a mesma arma matou os dois. Desconfiamos que o menor conseguiu tirar a algema dentro do carro e o policial não percebeu", disse o delegado-adjunto Márcio Esteves. Mais cedo, os dois menores tinham embarcado no carro do taxista Antônio Eudes Paiva, de 49 anos, em Madureira na zona norte. Pouco depois, na Avenida Dom Hélder Câmara, renderam o taxista com uma pistola 9 mm e mandaram que entrasse na Rua José Bonifácio, no Cachambi, onde saltaram. "Eles vieram no carro falando sobre Fernandinho Beira-Mar. Anunciaram o assalto e encostaram a arma na minha barriga. Eu expliquei que estava sem dinheiro porque havia iniciado o expediente. Me revistaram, levaram R$ 30 e saíram andando. As pessoas alertaram que havia uma patrulha mais adiante e fui até os policiais. Eles prenderam os bandidos a pé", contou o taxista. Paiva confirmou a versão da polícia e disse que viu os dois serem algemados com o lacre plástico. Alguns policiais criticaram as algemas de plástico e outros afirmaram que não há padrão para imobilizar os presos. "Fica a cargo do policial algemar com a mão para a frente ou para trás. Com a algema de ferro ou com o lacre de plástico", revelou um PM. A Polícia Militar afirmou que o material é confiável e usado internacionalmente e acrescentou que aguardará a conclusão pericial para se posicionar sobre o assunto. Atualizado às 20 horas

Um menor, identificado como Jefferson, preso com algemas de plástico conseguiu se soltar, roubar a arma do policial que o conduzia, e atirar contra ele que, mesmo ferido, sacou uma outra arma e revidou contra o garoto, morto na hora. O incidente aconteceu no pátio da 25.ª Delegacia Policial, no Rocha, zona norte do Rio, nesta quinta-feira, 7. De acordo com a versão oficial, Jefferson aproveitou-se de um momento de distração do policial para tirar-lhe uma pistola ponto 40, e houve luta entre os dois. No confronto, o menor teria dado três tiros no PM, que teria recuperado a arma e baleado o rapaz. Testemunhas, contudo, afirmaram que houve mais tiros, disparados por outros policiais. Jefferson morreu na delegacia. O policial militar foi levado para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu. As algemas de plástico não foram recolhidas pelos peritos, mas reapareceram à tarde no carro que levou o policial ao hospital. O ataque ocorreu por volta das 9h30, depois que o soldado identificado apenas como Leite foi à sala de plantão pedir a abertura da carceragem. Aproveitando-se que o cabo estava sozinho, Jefferson o atacou. Outro menor que chegara preso com Jefferson, P., de 16 anos, não conseguiu fugir: foi rendido por um policial civil que chegava para trabalhar. "Imobilizei (P.), mas não consegui chegar perto do policial, porque ele estava agarrado ao menor lutando e atirando", contou Cláudio Medeiros. Testemunhas afirmaram, porém, que, alertados pelos tiros, vários policiais civis trocaram tiros com Jefferson. O delegado encarregado pelo caso negou essa versão. "Recolhemos apenas 10 cápsulas, apenas de calibre ponto 40. Logo, acredito que a mesma arma matou os dois. Desconfiamos que o menor conseguiu tirar a algema dentro do carro e o policial não percebeu", disse o delegado-adjunto Márcio Esteves. Mais cedo, os dois menores tinham embarcado no carro do taxista Antônio Eudes Paiva, de 49 anos, em Madureira na zona norte. Pouco depois, na Avenida Dom Hélder Câmara, renderam o taxista com uma pistola 9 mm e mandaram que entrasse na Rua José Bonifácio, no Cachambi, onde saltaram. "Eles vieram no carro falando sobre Fernandinho Beira-Mar. Anunciaram o assalto e encostaram a arma na minha barriga. Eu expliquei que estava sem dinheiro porque havia iniciado o expediente. Me revistaram, levaram R$ 30 e saíram andando. As pessoas alertaram que havia uma patrulha mais adiante e fui até os policiais. Eles prenderam os bandidos a pé", contou o taxista. Paiva confirmou a versão da polícia e disse que viu os dois serem algemados com o lacre plástico. Alguns policiais criticaram as algemas de plástico e outros afirmaram que não há padrão para imobilizar os presos. "Fica a cargo do policial algemar com a mão para a frente ou para trás. Com a algema de ferro ou com o lacre de plástico", revelou um PM. A Polícia Militar afirmou que o material é confiável e usado internacionalmente e acrescentou que aguardará a conclusão pericial para se posicionar sobre o assunto. Atualizado às 20 horas

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