Polícia investiga morte de jovem por superdosagem de remédios durante crise de ansiedade em Goiás


Família denuncia erro médico após estudante sofrer parada cardiorrespiratória; prefeitura de Silvânia diz que ‘segue acompanhando e colaborando com as investigações’

Por Andréia Bahia

A Polícia Civil de Goiás investiga a morte de uma estudante de 21 anos depois de ser atendida com crise de ansiedade no Hospital Municipal de Silvânia, a 80 km da capital Goiânia. A família diz que Vitória Cristina Queiroz dos Santos recebeu uma superdosagem de medicamentos, o que teria provocado uma parada cardiorrespiratória e, consequentemente, sua morte, em 9 de julho.

Segundo a farmacêutica Raquel Príncipe dos Santos, mãe de Vitória, as duas chegaram ao hospital por volta das 17h do dia 3 de julho. A filha estava com crise ansiedade, a mais grave desde que a doença manifestara, há cerca de dois anos. Ela estava muito agitada e foi necessário o esforço de três pessoas para segurá-la.

Ainda de acordo com Raquel, assim que chegou, Vitória foi medicada com Haldol, antipsicótico para crise de agitação, e morfina, indicado para dor. Já mais calma e no quarto, a mãe conta que foram administrados mais dois medicamentos: “Midazolam, um sedativo benzodiazepínico muito utilizado no centro cirúrgico e para entubar paciente, e Fentanila, um opioide 100 vezes mais forte que a morfina, com efeito analgésico e sedativo, usado em processo de entubação”.

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Raquel conta que dez minutos após a ultima medicação, Vitória teve uma parada cardiorrespiratória e foi reanimada. “O médico disse que ela havia passado o braço pelo pescoço, pressionado a traqueia”, relata a mãe.

Vitória Cristina Queiroz dos Santos teria recebido uma superdosagem de medicamentos, o que provocou uma parada cardiorrespiratória Foto: Acervo Pessoal

Vitória foi entubada e, segundo Raquel, já não demonstrava nenhuma reação depois da reanimação. “Perguntei ao médico se ela tinha morrido. Ele disse que não, que estava estável”, conta a mãe. Mas, um outro médico do hospital avaliou Vitória e adiantou que ela tinha um dano cerebral grave.

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Às 23 horas do mesmo dia, Vitoria foi levada a uma unidade de saúde de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital, e, segundo Raquel, o médico que a recebeu afirmou que ela havia chegado em estado gravíssimo e com dano cerebral grave. “Ele me disse: ‘o colega desovou sua filha aqui, ela já chegou sem vida’”, relata Raquel.

No dia 5, ela foi transferida para outro hospital e, no dia 9 de julho, foi declarada a sua morte encefálica. A causa da morte deve ser esclarecida com exames complementares, afirma o laudo.

Os pais de Vitória foram ao hospital em busca do prontuário da filha e foram informados que o documento havia “sumido”. O médico, de acordo com Raquel, teria preenchido outro prontuário para lhes entregar. Mas neste, afirma a mãe, além de não constar os medicamentos administrados no dia do atendimento da filha, relatava que Vitória teria tentado se suicidar, ingerindo 60 comprimidos de Clonazepam, remédio para ansiedade, e 60 comprimidos de carbonato de lítio, utilizado no tratamento de transtorno bipolar.

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A mãe nega. Segundo ela, se Vitória tivesse ingerido aquela quantidade de medicamento, não estaria agitada ao chegar ao hospital.

Raquel é farmacêutica no hospital em que a filha foi atendida, na cidade de Silvânia, e teve acesso às receitas dos medicamentos administrados na filha. Ela afirma que houve erro médico. “O protocolo adotado para crise de ansiedade não foi o recomendado”, diz.

No último dia 9, a polícia cumpriu mandado de busca e apreensão no hospital. Segundo o delegado à frente do caso, Leonardo Sanches, em busca de indícios de que os documentos que o hospital encaminhou à polícia “não correspondiam com a verdade dos fatos”.

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A pedido do delgado, a Justiça afastou os três envolvidos na suposta manipulação dos documentos: a secretária de Saúde do município, Laydiane Gonçalves Ribeiro, o médico e diretor clínico do hospital, Murilo Dell Eugênio, e a coordenadora da enfermagem, Eliane Aparecida dos Santos.

O advogado da família da estudante, Jales Gregório, afirma que além do erro médico, os envolvidos agiram para dificultar a investigação, ocultando e alterando informações sobre o atendimento de Vitória, e coagindo testemunhas.

Em nota, a prefeitura de Silvânia diz que “segue acompanhando e colaborando com as investigações e com as solicitações das autoridades policiais, buscando os esclarecimentos dos questionamentos levantados”. Foi aberto um processo interno para apuração do caso.

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O Estadão não localizou as defesas de Laydiane, Murilo e Eliane.

A Polícia Civil de Goiás investiga a morte de uma estudante de 21 anos depois de ser atendida com crise de ansiedade no Hospital Municipal de Silvânia, a 80 km da capital Goiânia. A família diz que Vitória Cristina Queiroz dos Santos recebeu uma superdosagem de medicamentos, o que teria provocado uma parada cardiorrespiratória e, consequentemente, sua morte, em 9 de julho.

Segundo a farmacêutica Raquel Príncipe dos Santos, mãe de Vitória, as duas chegaram ao hospital por volta das 17h do dia 3 de julho. A filha estava com crise ansiedade, a mais grave desde que a doença manifestara, há cerca de dois anos. Ela estava muito agitada e foi necessário o esforço de três pessoas para segurá-la.

Ainda de acordo com Raquel, assim que chegou, Vitória foi medicada com Haldol, antipsicótico para crise de agitação, e morfina, indicado para dor. Já mais calma e no quarto, a mãe conta que foram administrados mais dois medicamentos: “Midazolam, um sedativo benzodiazepínico muito utilizado no centro cirúrgico e para entubar paciente, e Fentanila, um opioide 100 vezes mais forte que a morfina, com efeito analgésico e sedativo, usado em processo de entubação”.

Raquel conta que dez minutos após a ultima medicação, Vitória teve uma parada cardiorrespiratória e foi reanimada. “O médico disse que ela havia passado o braço pelo pescoço, pressionado a traqueia”, relata a mãe.

Vitória Cristina Queiroz dos Santos teria recebido uma superdosagem de medicamentos, o que provocou uma parada cardiorrespiratória Foto: Acervo Pessoal

Vitória foi entubada e, segundo Raquel, já não demonstrava nenhuma reação depois da reanimação. “Perguntei ao médico se ela tinha morrido. Ele disse que não, que estava estável”, conta a mãe. Mas, um outro médico do hospital avaliou Vitória e adiantou que ela tinha um dano cerebral grave.

Às 23 horas do mesmo dia, Vitoria foi levada a uma unidade de saúde de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital, e, segundo Raquel, o médico que a recebeu afirmou que ela havia chegado em estado gravíssimo e com dano cerebral grave. “Ele me disse: ‘o colega desovou sua filha aqui, ela já chegou sem vida’”, relata Raquel.

No dia 5, ela foi transferida para outro hospital e, no dia 9 de julho, foi declarada a sua morte encefálica. A causa da morte deve ser esclarecida com exames complementares, afirma o laudo.

Os pais de Vitória foram ao hospital em busca do prontuário da filha e foram informados que o documento havia “sumido”. O médico, de acordo com Raquel, teria preenchido outro prontuário para lhes entregar. Mas neste, afirma a mãe, além de não constar os medicamentos administrados no dia do atendimento da filha, relatava que Vitória teria tentado se suicidar, ingerindo 60 comprimidos de Clonazepam, remédio para ansiedade, e 60 comprimidos de carbonato de lítio, utilizado no tratamento de transtorno bipolar.

A mãe nega. Segundo ela, se Vitória tivesse ingerido aquela quantidade de medicamento, não estaria agitada ao chegar ao hospital.

Raquel é farmacêutica no hospital em que a filha foi atendida, na cidade de Silvânia, e teve acesso às receitas dos medicamentos administrados na filha. Ela afirma que houve erro médico. “O protocolo adotado para crise de ansiedade não foi o recomendado”, diz.

No último dia 9, a polícia cumpriu mandado de busca e apreensão no hospital. Segundo o delegado à frente do caso, Leonardo Sanches, em busca de indícios de que os documentos que o hospital encaminhou à polícia “não correspondiam com a verdade dos fatos”.

A pedido do delgado, a Justiça afastou os três envolvidos na suposta manipulação dos documentos: a secretária de Saúde do município, Laydiane Gonçalves Ribeiro, o médico e diretor clínico do hospital, Murilo Dell Eugênio, e a coordenadora da enfermagem, Eliane Aparecida dos Santos.

O advogado da família da estudante, Jales Gregório, afirma que além do erro médico, os envolvidos agiram para dificultar a investigação, ocultando e alterando informações sobre o atendimento de Vitória, e coagindo testemunhas.

Em nota, a prefeitura de Silvânia diz que “segue acompanhando e colaborando com as investigações e com as solicitações das autoridades policiais, buscando os esclarecimentos dos questionamentos levantados”. Foi aberto um processo interno para apuração do caso.

O Estadão não localizou as defesas de Laydiane, Murilo e Eliane.

A Polícia Civil de Goiás investiga a morte de uma estudante de 21 anos depois de ser atendida com crise de ansiedade no Hospital Municipal de Silvânia, a 80 km da capital Goiânia. A família diz que Vitória Cristina Queiroz dos Santos recebeu uma superdosagem de medicamentos, o que teria provocado uma parada cardiorrespiratória e, consequentemente, sua morte, em 9 de julho.

Segundo a farmacêutica Raquel Príncipe dos Santos, mãe de Vitória, as duas chegaram ao hospital por volta das 17h do dia 3 de julho. A filha estava com crise ansiedade, a mais grave desde que a doença manifestara, há cerca de dois anos. Ela estava muito agitada e foi necessário o esforço de três pessoas para segurá-la.

Ainda de acordo com Raquel, assim que chegou, Vitória foi medicada com Haldol, antipsicótico para crise de agitação, e morfina, indicado para dor. Já mais calma e no quarto, a mãe conta que foram administrados mais dois medicamentos: “Midazolam, um sedativo benzodiazepínico muito utilizado no centro cirúrgico e para entubar paciente, e Fentanila, um opioide 100 vezes mais forte que a morfina, com efeito analgésico e sedativo, usado em processo de entubação”.

Raquel conta que dez minutos após a ultima medicação, Vitória teve uma parada cardiorrespiratória e foi reanimada. “O médico disse que ela havia passado o braço pelo pescoço, pressionado a traqueia”, relata a mãe.

Vitória Cristina Queiroz dos Santos teria recebido uma superdosagem de medicamentos, o que provocou uma parada cardiorrespiratória Foto: Acervo Pessoal

Vitória foi entubada e, segundo Raquel, já não demonstrava nenhuma reação depois da reanimação. “Perguntei ao médico se ela tinha morrido. Ele disse que não, que estava estável”, conta a mãe. Mas, um outro médico do hospital avaliou Vitória e adiantou que ela tinha um dano cerebral grave.

Às 23 horas do mesmo dia, Vitoria foi levada a uma unidade de saúde de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital, e, segundo Raquel, o médico que a recebeu afirmou que ela havia chegado em estado gravíssimo e com dano cerebral grave. “Ele me disse: ‘o colega desovou sua filha aqui, ela já chegou sem vida’”, relata Raquel.

No dia 5, ela foi transferida para outro hospital e, no dia 9 de julho, foi declarada a sua morte encefálica. A causa da morte deve ser esclarecida com exames complementares, afirma o laudo.

Os pais de Vitória foram ao hospital em busca do prontuário da filha e foram informados que o documento havia “sumido”. O médico, de acordo com Raquel, teria preenchido outro prontuário para lhes entregar. Mas neste, afirma a mãe, além de não constar os medicamentos administrados no dia do atendimento da filha, relatava que Vitória teria tentado se suicidar, ingerindo 60 comprimidos de Clonazepam, remédio para ansiedade, e 60 comprimidos de carbonato de lítio, utilizado no tratamento de transtorno bipolar.

A mãe nega. Segundo ela, se Vitória tivesse ingerido aquela quantidade de medicamento, não estaria agitada ao chegar ao hospital.

Raquel é farmacêutica no hospital em que a filha foi atendida, na cidade de Silvânia, e teve acesso às receitas dos medicamentos administrados na filha. Ela afirma que houve erro médico. “O protocolo adotado para crise de ansiedade não foi o recomendado”, diz.

No último dia 9, a polícia cumpriu mandado de busca e apreensão no hospital. Segundo o delegado à frente do caso, Leonardo Sanches, em busca de indícios de que os documentos que o hospital encaminhou à polícia “não correspondiam com a verdade dos fatos”.

A pedido do delgado, a Justiça afastou os três envolvidos na suposta manipulação dos documentos: a secretária de Saúde do município, Laydiane Gonçalves Ribeiro, o médico e diretor clínico do hospital, Murilo Dell Eugênio, e a coordenadora da enfermagem, Eliane Aparecida dos Santos.

O advogado da família da estudante, Jales Gregório, afirma que além do erro médico, os envolvidos agiram para dificultar a investigação, ocultando e alterando informações sobre o atendimento de Vitória, e coagindo testemunhas.

Em nota, a prefeitura de Silvânia diz que “segue acompanhando e colaborando com as investigações e com as solicitações das autoridades policiais, buscando os esclarecimentos dos questionamentos levantados”. Foi aberto um processo interno para apuração do caso.

O Estadão não localizou as defesas de Laydiane, Murilo e Eliane.

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