Polícia ouve cirurgião em caso de passista que teve o braço amputado; profissional nega negligência


O caso da cabeleireira Alessandra dos Santos Silva está sob investigação policial depois que cirurgia no útero resultou em amputação do braço. Médico foi ouvido nesta terça-feira

Por Fabio Grellet

RIO - O médico Gustavo Machado, responsável pela primeira cirurgia a que foi submetida a cabeleireira Alessandra dos Santos Silva, de 35 anos, negou, em depoimento nesta terça-feira, 25, na 64ª DP (São João de Meriti), ter havido negligência na operação para retirada de miomas (tumores benignos que se desenvolvem no útero).

A paciente se internou no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti (Baixada Fluminense), em 3 de fevereiro, para o procedimento, e uma semana depois, na terceira intervenção a que foi submetida, já em outro hospital, teve o braço esquerdo amputado.

O delegado Bruno Enrique de Abreu Menezes, responsável pela investigação, disse que o médico, que declarou ter feito apenas a primeira cirurgia, contou que extirpou do corpo de Alessandra dezenove miomas. O material pesava dois quilos e meio.

continua após a publicidade

“(Segundo o médico) Após a cirurgia, ela teve uma hemorragia interna e foi submetida a uma nova cirurgia, que culminou com a histerectomia, a retirada do útero”, disse o delegado. “Após essa cirurgia (de retirada do útero), ela teve um problema vascular e por isso foi encaminhada para o segundo hospital, que ficou responsável pela cirurgia vascular e pela retirada do membro da paciente. Provavelmente, quem retirou o membro foi o cirurgião-vascular.”

Primeira cirurgia foi realizada no Hospital da Mulher. Caso está sob investigação da polícia Foto: Hospital da Mulher

Menezes ainda não ouviu os depoimentos dos médicos do segundo hospital, o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro, em Botafogo (zona sul do Rio). A Polícia Civil investiga se houve negligência ou imperícia por parte dos profissionais que atenderam Alessandra.

continua após a publicidade

“Só vamos ter essa reposta após uma perícia médico-legal. O prontuário médico será analisado e o Instituto Médico Legal nos dará uma resposta. Se houver negligência ou imperícia, será imputada uma responsabilidade penal ao responsável, que iremos identificar. Vamos ouvir o responsável pelo CTI e o médico responsável pela retirada do membro”, afirmou o delegado.

A conduta dos médicos também é investigada pela Secretaria estadual de Saúde do Rio.

Amputação

continua após a publicidade

Em agosto de 2022, Alessandra – que também é passista da escola de samba Acadêmicos do Grande Rio, de Duque de Caxias – sentiu dores e teve sangramentos. Fez exames que indicaram a presença de miomas no útero, e então passou a tentar agendar a cirurgia de retirada dos tumores na rede pública de saúde.

Alesssandra só conseguiu marcar a cirurgia no início de fevereiro deste ano. Na manhã do dia 3, foi internada no Hospital da Mulher Heloneida Studart e submetida à operação para retirada dos miomas. À noite, os médicos detectaram uma hemorragia. No dia seguinte, a equipe concluiu pela necessidade de retirar todo o útero. Foi o primeiro imprevisto da internação. A cirurgia foi feita e o útero, retirado.

Familiares relataram que no dia 5 foram visitar Alessandra e notaram que as pontas dos dedos da mão esquerda estavam escurecidas. Os braços e as pernas dela estavam enfaixados, e segundo a mãe funcionários do hospital disseram que a paciente “estava com frio” e por isso foi enfaixada.

continua após a publicidade

A cabeleireira foi transferida em 6 de fevereiro para o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro. O braço esquerdo dela estava totalmente escuro e foi submetido a drenagem. Cinco dias depois, a família foi informada que a drenagem não havia dado certo e que o braço teria de ser amputado, para evitar que a necrose se alastrasse. A cirurgia foi feita, mas o estado de saúde de Alessandra se agravou – o rim e o fígado estavam parando de funcionar. Depois a situação se normalizou e a cabeleireira teve alta no dia 15.

Revisão

Em 28 de fevereiro, Alessandra foi ao Instituto de Cardiologia para a revisão da cirurgia de amputação do braço. Um médico se alarmou com a aparência dos pontos na barriga (da retirada do útero) e recomendou que a cabeleireira voltasse ao Hospital da Mulher. Mas ela preferiu procurar atendimento em outros hospitais públicos. Em 4 de março conseguiu ser internada no Hospital Maternidade Fernando Magalhães e depois foi transferida para o Hospital Miguel Couto, onde foi tratada e de onde recebeu alta um mês depois. Nesta terça-feira, Alessandra voltou ao Miguel Couto para retirar pontos da cirurgia.

continua após a publicidade

Em nota emitida na segunda-feira, 24, a Secretaria estadual de Saúde informou que a Fundação Saúde, que administra o Hospital da Mulher Heloneida Studart, “lamenta o ocorrido e informa que abriu sindicância para apurar o caso”.

RIO - O médico Gustavo Machado, responsável pela primeira cirurgia a que foi submetida a cabeleireira Alessandra dos Santos Silva, de 35 anos, negou, em depoimento nesta terça-feira, 25, na 64ª DP (São João de Meriti), ter havido negligência na operação para retirada de miomas (tumores benignos que se desenvolvem no útero).

A paciente se internou no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti (Baixada Fluminense), em 3 de fevereiro, para o procedimento, e uma semana depois, na terceira intervenção a que foi submetida, já em outro hospital, teve o braço esquerdo amputado.

O delegado Bruno Enrique de Abreu Menezes, responsável pela investigação, disse que o médico, que declarou ter feito apenas a primeira cirurgia, contou que extirpou do corpo de Alessandra dezenove miomas. O material pesava dois quilos e meio.

“(Segundo o médico) Após a cirurgia, ela teve uma hemorragia interna e foi submetida a uma nova cirurgia, que culminou com a histerectomia, a retirada do útero”, disse o delegado. “Após essa cirurgia (de retirada do útero), ela teve um problema vascular e por isso foi encaminhada para o segundo hospital, que ficou responsável pela cirurgia vascular e pela retirada do membro da paciente. Provavelmente, quem retirou o membro foi o cirurgião-vascular.”

Primeira cirurgia foi realizada no Hospital da Mulher. Caso está sob investigação da polícia Foto: Hospital da Mulher

Menezes ainda não ouviu os depoimentos dos médicos do segundo hospital, o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro, em Botafogo (zona sul do Rio). A Polícia Civil investiga se houve negligência ou imperícia por parte dos profissionais que atenderam Alessandra.

“Só vamos ter essa reposta após uma perícia médico-legal. O prontuário médico será analisado e o Instituto Médico Legal nos dará uma resposta. Se houver negligência ou imperícia, será imputada uma responsabilidade penal ao responsável, que iremos identificar. Vamos ouvir o responsável pelo CTI e o médico responsável pela retirada do membro”, afirmou o delegado.

A conduta dos médicos também é investigada pela Secretaria estadual de Saúde do Rio.

Amputação

Em agosto de 2022, Alessandra – que também é passista da escola de samba Acadêmicos do Grande Rio, de Duque de Caxias – sentiu dores e teve sangramentos. Fez exames que indicaram a presença de miomas no útero, e então passou a tentar agendar a cirurgia de retirada dos tumores na rede pública de saúde.

Alesssandra só conseguiu marcar a cirurgia no início de fevereiro deste ano. Na manhã do dia 3, foi internada no Hospital da Mulher Heloneida Studart e submetida à operação para retirada dos miomas. À noite, os médicos detectaram uma hemorragia. No dia seguinte, a equipe concluiu pela necessidade de retirar todo o útero. Foi o primeiro imprevisto da internação. A cirurgia foi feita e o útero, retirado.

Familiares relataram que no dia 5 foram visitar Alessandra e notaram que as pontas dos dedos da mão esquerda estavam escurecidas. Os braços e as pernas dela estavam enfaixados, e segundo a mãe funcionários do hospital disseram que a paciente “estava com frio” e por isso foi enfaixada.

A cabeleireira foi transferida em 6 de fevereiro para o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro. O braço esquerdo dela estava totalmente escuro e foi submetido a drenagem. Cinco dias depois, a família foi informada que a drenagem não havia dado certo e que o braço teria de ser amputado, para evitar que a necrose se alastrasse. A cirurgia foi feita, mas o estado de saúde de Alessandra se agravou – o rim e o fígado estavam parando de funcionar. Depois a situação se normalizou e a cabeleireira teve alta no dia 15.

Revisão

Em 28 de fevereiro, Alessandra foi ao Instituto de Cardiologia para a revisão da cirurgia de amputação do braço. Um médico se alarmou com a aparência dos pontos na barriga (da retirada do útero) e recomendou que a cabeleireira voltasse ao Hospital da Mulher. Mas ela preferiu procurar atendimento em outros hospitais públicos. Em 4 de março conseguiu ser internada no Hospital Maternidade Fernando Magalhães e depois foi transferida para o Hospital Miguel Couto, onde foi tratada e de onde recebeu alta um mês depois. Nesta terça-feira, Alessandra voltou ao Miguel Couto para retirar pontos da cirurgia.

Em nota emitida na segunda-feira, 24, a Secretaria estadual de Saúde informou que a Fundação Saúde, que administra o Hospital da Mulher Heloneida Studart, “lamenta o ocorrido e informa que abriu sindicância para apurar o caso”.

RIO - O médico Gustavo Machado, responsável pela primeira cirurgia a que foi submetida a cabeleireira Alessandra dos Santos Silva, de 35 anos, negou, em depoimento nesta terça-feira, 25, na 64ª DP (São João de Meriti), ter havido negligência na operação para retirada de miomas (tumores benignos que se desenvolvem no útero).

A paciente se internou no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti (Baixada Fluminense), em 3 de fevereiro, para o procedimento, e uma semana depois, na terceira intervenção a que foi submetida, já em outro hospital, teve o braço esquerdo amputado.

O delegado Bruno Enrique de Abreu Menezes, responsável pela investigação, disse que o médico, que declarou ter feito apenas a primeira cirurgia, contou que extirpou do corpo de Alessandra dezenove miomas. O material pesava dois quilos e meio.

“(Segundo o médico) Após a cirurgia, ela teve uma hemorragia interna e foi submetida a uma nova cirurgia, que culminou com a histerectomia, a retirada do útero”, disse o delegado. “Após essa cirurgia (de retirada do útero), ela teve um problema vascular e por isso foi encaminhada para o segundo hospital, que ficou responsável pela cirurgia vascular e pela retirada do membro da paciente. Provavelmente, quem retirou o membro foi o cirurgião-vascular.”

Primeira cirurgia foi realizada no Hospital da Mulher. Caso está sob investigação da polícia Foto: Hospital da Mulher

Menezes ainda não ouviu os depoimentos dos médicos do segundo hospital, o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro, em Botafogo (zona sul do Rio). A Polícia Civil investiga se houve negligência ou imperícia por parte dos profissionais que atenderam Alessandra.

“Só vamos ter essa reposta após uma perícia médico-legal. O prontuário médico será analisado e o Instituto Médico Legal nos dará uma resposta. Se houver negligência ou imperícia, será imputada uma responsabilidade penal ao responsável, que iremos identificar. Vamos ouvir o responsável pelo CTI e o médico responsável pela retirada do membro”, afirmou o delegado.

A conduta dos médicos também é investigada pela Secretaria estadual de Saúde do Rio.

Amputação

Em agosto de 2022, Alessandra – que também é passista da escola de samba Acadêmicos do Grande Rio, de Duque de Caxias – sentiu dores e teve sangramentos. Fez exames que indicaram a presença de miomas no útero, e então passou a tentar agendar a cirurgia de retirada dos tumores na rede pública de saúde.

Alesssandra só conseguiu marcar a cirurgia no início de fevereiro deste ano. Na manhã do dia 3, foi internada no Hospital da Mulher Heloneida Studart e submetida à operação para retirada dos miomas. À noite, os médicos detectaram uma hemorragia. No dia seguinte, a equipe concluiu pela necessidade de retirar todo o útero. Foi o primeiro imprevisto da internação. A cirurgia foi feita e o útero, retirado.

Familiares relataram que no dia 5 foram visitar Alessandra e notaram que as pontas dos dedos da mão esquerda estavam escurecidas. Os braços e as pernas dela estavam enfaixados, e segundo a mãe funcionários do hospital disseram que a paciente “estava com frio” e por isso foi enfaixada.

A cabeleireira foi transferida em 6 de fevereiro para o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro. O braço esquerdo dela estava totalmente escuro e foi submetido a drenagem. Cinco dias depois, a família foi informada que a drenagem não havia dado certo e que o braço teria de ser amputado, para evitar que a necrose se alastrasse. A cirurgia foi feita, mas o estado de saúde de Alessandra se agravou – o rim e o fígado estavam parando de funcionar. Depois a situação se normalizou e a cabeleireira teve alta no dia 15.

Revisão

Em 28 de fevereiro, Alessandra foi ao Instituto de Cardiologia para a revisão da cirurgia de amputação do braço. Um médico se alarmou com a aparência dos pontos na barriga (da retirada do útero) e recomendou que a cabeleireira voltasse ao Hospital da Mulher. Mas ela preferiu procurar atendimento em outros hospitais públicos. Em 4 de março conseguiu ser internada no Hospital Maternidade Fernando Magalhães e depois foi transferida para o Hospital Miguel Couto, onde foi tratada e de onde recebeu alta um mês depois. Nesta terça-feira, Alessandra voltou ao Miguel Couto para retirar pontos da cirurgia.

Em nota emitida na segunda-feira, 24, a Secretaria estadual de Saúde informou que a Fundação Saúde, que administra o Hospital da Mulher Heloneida Studart, “lamenta o ocorrido e informa que abriu sindicância para apurar o caso”.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.