Uma gangue formada por 50 pessoas, com idade entre 13 e 26 anos, conhecida por assaltar comerciantes coreanos, chineses e árabes começou a ser desmantelada pela polícia. Batata da Mooca é o apelido do líder da gangue Mooca Chapa Quente, acusada de assaltar, desde o começo do ano, 15 imóveis de luxo na zona leste da cidade. A Polícia Civil espera prendê-lo nos próximos dias. Até a noite de ontem, 14 integrantes foram presos. Conversa interceptada durante as investigações mostra que Batata usou a internet para planejar um dos últimos roubos da gangue, em um condomínio na Avenida Celso Garcia. Segundo policiais, Batata combinou como seria o crime na manhã de 14 de março, quando dois apartamentos de coreanos foram furtados. Os ladrões levaram 30 mil. O delegado Marco Antônio Bernardino, titular do Setor de Investigações Gerais (SIG), disse que as investigações sobre a Chapa Quente começaram há quatro meses. Em metade das 15 ocorrências, as vítimas sofreram algum tipo de agressão física. Uma coreana de 78 anos morreu baleada. Ela tentava defender o marido, que seria queimado vivo pelos criminosos durante um assalto ao sobrado do casal, no Pari, zona leste. Segundo policiais civis, os coreanos, chineses e árabes são os alvos da gangue por guardarem grandes quantias de dinheiro em casa e não denunciar as ocorrências. Coreanos também evitam fazer o reconhecimento dos autores do crime, com medo de represálias. Um dos presos acusados de envolvimento com a gangue disse à polícia que um dos integrantes da quadrilha vai até o endereço da vítima, analisa o local e repassa as informações de acesso ao imóvel para o restante do bando.