Contra violência doméstica, policiais terão folga 'comprada'


Objetivo é que agentes atuem nas comunidades onde há mais ocorrência de crimes; verbas serão retiradas da Força Nacional

Por Luísa Martins

BRASÍLIA - Para reforçar o combate à violência contra a mulher, o governo federal em exercício vai "comprar" folgas dos policiais para que eles trabalhem na prevenção e repressão de agressões domésticas e crimes de natureza sexual. O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, anunciou a medida nesta terça-feira, 31, após reunião com secretários de Segurança dos 26 Estados e do Distrito Federal.

Segundo o ministro, será criado, ainda, um núcleo federal de enfrentamento à violência de gênero e um cadastro nacional de medidas restritivas contra os agressores. Cada unidade de federação deverá enviar ao Ministério da Justiça e Cidadania um banco de dados sobre os crimes de violência contra a mulher, divididos por municípios e bairros. "A ideia é redimensionar o policiamento preventivo e ostensivo", disse Moraes.

Encontro no Ministério da Justiça e Cidadania reuniu o presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), o ministro Alexandre de Moraes e os 27 secretários de Segurança dos Estados e do DF Foto: André Dusek/Estadão
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A verba para implementar as medidas será retirada do orçamento da Força Nacional. O ministro não quis especificar o valor nem os prazos, mas afirmou confiar na celeridade do envio de informações pelos Estados e pelo Distrito Federal para celebrar os convênios com rapidez.

Ao repassar diárias para os policiais em seu período de descanso, o objetivo do ministério é aumentar o efetivo do policiamento local nas comunidades onde há mais ocorrência de crimes contra a mulher.

"Vamos realizar verdadeiros mutirões na área repressiva, para que as mulheres não tenham dificuldades de encontrar um policial que possa ajudá-la", afirmou o ministro.

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Veja casos de violência sexual contra mulher que chocaram o Brasil e o mundo

1 | 12

Jovem sofre estupro coletivo no Rio

Foto: Wilton Junior/Estadão
2 | 12

Menina de 12 anos é estuprada por três menores

Foto: Daniel Teixeira/Estadão
3 | 12

Ex-médico é condenado por estuprar pacientes

Foto: Evelson Freitas/Estadão
4 | 12

Vítima no Paquistão é morta e pendurada em árvore

Foto: Reuters
5 | 12

Turista americana é violentada no Rio

Foto: Antonio Lacerda/EFE
6 | 12

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Foto: Jacobo Garcia/Reuters
7 | 12

Estupro na Índia gera comoção e muda leis do país

Foto: Adnan Abidi/Reuters
8 | 12

Cultura do estupro

Foto: AFP
9 | 12

Turista é estuprada no Ceará

Foto: Divulgação
10 | 12

Jovem morre após estupro coletivo no PI

Foto: Governo do Piauí/Divulgação
11 | 12

Crimes de Champinha promoveram discussão sobre maioridade penal

Foto: Sérgio Castro/Estadão
12 | 12

Em 1973, menina de 8 anos foi estuprada e morta no ES

Foto: Divulgação

Homicídios. De acordo com Moraes, o mapeamento feito no Estado de São Paulo, onde foi secretário de Segurança antes de assumir o ministério, mostra que os casos de violência doméstica coincidem com os locais onde houve aumento no número de homicídios em geral. Esse padrão, conforme o ministro, se repetiria nas demais unidades de federação. 

Outro projeto do governo federal é unificar o protocolo de atendimento à mulher vítima de violência. Moraes afirma que não será um atendimento "apenas burocrático, mas também social", já que profissionais como psicólogos, assistentes sociais e médicos também farão parte dessa rede. Ele deve apresentar a proposta ao presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), até o fim desta semana, para que depois se estabeleça um prazo para os Estados enviarem suas sugestões.

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O ministro afirmou que as decisões não foram pensadas "no calor dos fatos", referindo-se ao estupro coletivo ocorrido semana passada contra uma jovem de 16 anos no Rio de Janeiro. "Mas esse episódio demarcou a importância de haver união entre governos federal e estaduais sobre o tema."

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A delegada Cristiana Bento, da Polícia Civil, afirmou nesta-segunda-feira ter convicção de que houve estupro da menor de 16 anos cujo vídeo foi publicado e compartilhado nas redes sociais. Dois suspeitos estão detidos.

BRASÍLIA - Para reforçar o combate à violência contra a mulher, o governo federal em exercício vai "comprar" folgas dos policiais para que eles trabalhem na prevenção e repressão de agressões domésticas e crimes de natureza sexual. O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, anunciou a medida nesta terça-feira, 31, após reunião com secretários de Segurança dos 26 Estados e do Distrito Federal.

Segundo o ministro, será criado, ainda, um núcleo federal de enfrentamento à violência de gênero e um cadastro nacional de medidas restritivas contra os agressores. Cada unidade de federação deverá enviar ao Ministério da Justiça e Cidadania um banco de dados sobre os crimes de violência contra a mulher, divididos por municípios e bairros. "A ideia é redimensionar o policiamento preventivo e ostensivo", disse Moraes.

Encontro no Ministério da Justiça e Cidadania reuniu o presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), o ministro Alexandre de Moraes e os 27 secretários de Segurança dos Estados e do DF Foto: André Dusek/Estadão

A verba para implementar as medidas será retirada do orçamento da Força Nacional. O ministro não quis especificar o valor nem os prazos, mas afirmou confiar na celeridade do envio de informações pelos Estados e pelo Distrito Federal para celebrar os convênios com rapidez.

Ao repassar diárias para os policiais em seu período de descanso, o objetivo do ministério é aumentar o efetivo do policiamento local nas comunidades onde há mais ocorrência de crimes contra a mulher.

"Vamos realizar verdadeiros mutirões na área repressiva, para que as mulheres não tenham dificuldades de encontrar um policial que possa ajudá-la", afirmou o ministro.

Veja casos de violência sexual contra mulher que chocaram o Brasil e o mundo

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Em 1973, menina de 8 anos foi estuprada e morta no ES

Foto: Divulgação

Homicídios. De acordo com Moraes, o mapeamento feito no Estado de São Paulo, onde foi secretário de Segurança antes de assumir o ministério, mostra que os casos de violência doméstica coincidem com os locais onde houve aumento no número de homicídios em geral. Esse padrão, conforme o ministro, se repetiria nas demais unidades de federação. 

Outro projeto do governo federal é unificar o protocolo de atendimento à mulher vítima de violência. Moraes afirma que não será um atendimento "apenas burocrático, mas também social", já que profissionais como psicólogos, assistentes sociais e médicos também farão parte dessa rede. Ele deve apresentar a proposta ao presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), até o fim desta semana, para que depois se estabeleça um prazo para os Estados enviarem suas sugestões.

O ministro afirmou que as decisões não foram pensadas "no calor dos fatos", referindo-se ao estupro coletivo ocorrido semana passada contra uma jovem de 16 anos no Rio de Janeiro. "Mas esse episódio demarcou a importância de haver união entre governos federal e estaduais sobre o tema."

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A delegada Cristiana Bento, da Polícia Civil, afirmou nesta-segunda-feira ter convicção de que houve estupro da menor de 16 anos cujo vídeo foi publicado e compartilhado nas redes sociais. Dois suspeitos estão detidos.

BRASÍLIA - Para reforçar o combate à violência contra a mulher, o governo federal em exercício vai "comprar" folgas dos policiais para que eles trabalhem na prevenção e repressão de agressões domésticas e crimes de natureza sexual. O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, anunciou a medida nesta terça-feira, 31, após reunião com secretários de Segurança dos 26 Estados e do Distrito Federal.

Segundo o ministro, será criado, ainda, um núcleo federal de enfrentamento à violência de gênero e um cadastro nacional de medidas restritivas contra os agressores. Cada unidade de federação deverá enviar ao Ministério da Justiça e Cidadania um banco de dados sobre os crimes de violência contra a mulher, divididos por municípios e bairros. "A ideia é redimensionar o policiamento preventivo e ostensivo", disse Moraes.

Encontro no Ministério da Justiça e Cidadania reuniu o presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), o ministro Alexandre de Moraes e os 27 secretários de Segurança dos Estados e do DF Foto: André Dusek/Estadão

A verba para implementar as medidas será retirada do orçamento da Força Nacional. O ministro não quis especificar o valor nem os prazos, mas afirmou confiar na celeridade do envio de informações pelos Estados e pelo Distrito Federal para celebrar os convênios com rapidez.

Ao repassar diárias para os policiais em seu período de descanso, o objetivo do ministério é aumentar o efetivo do policiamento local nas comunidades onde há mais ocorrência de crimes contra a mulher.

"Vamos realizar verdadeiros mutirões na área repressiva, para que as mulheres não tenham dificuldades de encontrar um policial que possa ajudá-la", afirmou o ministro.

Veja casos de violência sexual contra mulher que chocaram o Brasil e o mundo

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Em 1973, menina de 8 anos foi estuprada e morta no ES

Foto: Divulgação

Homicídios. De acordo com Moraes, o mapeamento feito no Estado de São Paulo, onde foi secretário de Segurança antes de assumir o ministério, mostra que os casos de violência doméstica coincidem com os locais onde houve aumento no número de homicídios em geral. Esse padrão, conforme o ministro, se repetiria nas demais unidades de federação. 

Outro projeto do governo federal é unificar o protocolo de atendimento à mulher vítima de violência. Moraes afirma que não será um atendimento "apenas burocrático, mas também social", já que profissionais como psicólogos, assistentes sociais e médicos também farão parte dessa rede. Ele deve apresentar a proposta ao presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), até o fim desta semana, para que depois se estabeleça um prazo para os Estados enviarem suas sugestões.

O ministro afirmou que as decisões não foram pensadas "no calor dos fatos", referindo-se ao estupro coletivo ocorrido semana passada contra uma jovem de 16 anos no Rio de Janeiro. "Mas esse episódio demarcou a importância de haver união entre governos federal e estaduais sobre o tema."

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A delegada Cristiana Bento, da Polícia Civil, afirmou nesta-segunda-feira ter convicção de que houve estupro da menor de 16 anos cujo vídeo foi publicado e compartilhado nas redes sociais. Dois suspeitos estão detidos.

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