Poluição não será 'desculpa' para atletas, diz presidente do COB


Segundo Carlos Nuzman, problema nunca impediu bons desempenhos na China

Por Diego Toledo

O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, minimizou nesta segunda-feira, 4, o impacto da poluição em Pequim como um fator negativo para o desempenho dos atletas que participam da Olimpíada. "A poluição só servirá como desculpa, e não trabalho com desculpas, trabalho com a realidade", disse Nuzman, após a cerimônia de hasteamento da bandeira brasileira que marcou a chegada oficial da delegação do país à Vila Olímpica de Pequim. "Não vamos nos enganar, quantos atletas já conseguiram bons resultados na China", perguntou o presidente do COB, lembrando que Pequim já recebeu outros importantes eventos esportivos e que as condições do ar na cidade serão as mesmas para todos os atletas. "Não devemos nos preocupar com a poluição", acrescentou Nuzman. "Se algo tiver que ser feito, o Comitê Olímpico Internacional o fará." Preocupação A poluição em Pequim tem sido uma das maiores preocupações das autoridades chinesas na organização dos Jogos Olímpicos. Nas últimas semanas, a China suspendeu a atividade de fábricas perto da capital, impôs um rodízio de carros e criou um sistema de alta tecnologia para criar chuvas artificiais, com o objetivo de limpar a poluição em Pequim. Medições realizadas nos últimos meses por grupos como o ambientalista Greenpeace indicaram que o ar na capital chinesa tem mais do que o dobro do nível de poluição aceito pela Organização Mundial de Saúde. Os chineses argumentam, no entanto, que as medidas adotadas pelo governo têm surtido efeito e que o risco de disputas olímpicas serem adiadas por causa do problema é baixo. "Pelas estatísticas que colhemos nos últimos dias, acredito que a possibilidade de remarcar eventos esportivos devido a preocupações com a qualidade do ar é muito pequena", afirmou Fan Yuansheng, diretor de controle de poluição do Ministério de Proteção Ambiental da China. Índice de poluição Nesta segunda-feira, depois de um fim de semana de sol e céu azul, a capital chinesa amanheceu com o ar abafado e o tempo nublado. De acordo com os dados das autoridades chinesas, o índice de poluição do ar (em uma escala de 0 a 500) em Pequim chegou a cair a 28 na última sexta-feira. No sábado, ficou em 34 e, no domingo, em 35. A China afirma que o índice é calculado com base nas informações de 27 estações de monitoramento espalhadas pela cidade. Quando a poluição fica abaixo de 50, os chineses classificam a qualidade do ar como "excelente". Entre 51 e 100, a classificação é "muito boa". De 101 a 200, o indicador aponta um ar "levemente poluído". Acima de 200, as autoridades consideram a qualidade do ar "ruim" e, acima de 300, "perigosa".   BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, minimizou nesta segunda-feira, 4, o impacto da poluição em Pequim como um fator negativo para o desempenho dos atletas que participam da Olimpíada. "A poluição só servirá como desculpa, e não trabalho com desculpas, trabalho com a realidade", disse Nuzman, após a cerimônia de hasteamento da bandeira brasileira que marcou a chegada oficial da delegação do país à Vila Olímpica de Pequim. "Não vamos nos enganar, quantos atletas já conseguiram bons resultados na China", perguntou o presidente do COB, lembrando que Pequim já recebeu outros importantes eventos esportivos e que as condições do ar na cidade serão as mesmas para todos os atletas. "Não devemos nos preocupar com a poluição", acrescentou Nuzman. "Se algo tiver que ser feito, o Comitê Olímpico Internacional o fará." Preocupação A poluição em Pequim tem sido uma das maiores preocupações das autoridades chinesas na organização dos Jogos Olímpicos. Nas últimas semanas, a China suspendeu a atividade de fábricas perto da capital, impôs um rodízio de carros e criou um sistema de alta tecnologia para criar chuvas artificiais, com o objetivo de limpar a poluição em Pequim. Medições realizadas nos últimos meses por grupos como o ambientalista Greenpeace indicaram que o ar na capital chinesa tem mais do que o dobro do nível de poluição aceito pela Organização Mundial de Saúde. Os chineses argumentam, no entanto, que as medidas adotadas pelo governo têm surtido efeito e que o risco de disputas olímpicas serem adiadas por causa do problema é baixo. "Pelas estatísticas que colhemos nos últimos dias, acredito que a possibilidade de remarcar eventos esportivos devido a preocupações com a qualidade do ar é muito pequena", afirmou Fan Yuansheng, diretor de controle de poluição do Ministério de Proteção Ambiental da China. Índice de poluição Nesta segunda-feira, depois de um fim de semana de sol e céu azul, a capital chinesa amanheceu com o ar abafado e o tempo nublado. De acordo com os dados das autoridades chinesas, o índice de poluição do ar (em uma escala de 0 a 500) em Pequim chegou a cair a 28 na última sexta-feira. No sábado, ficou em 34 e, no domingo, em 35. A China afirma que o índice é calculado com base nas informações de 27 estações de monitoramento espalhadas pela cidade. Quando a poluição fica abaixo de 50, os chineses classificam a qualidade do ar como "excelente". Entre 51 e 100, a classificação é "muito boa". De 101 a 200, o indicador aponta um ar "levemente poluído". Acima de 200, as autoridades consideram a qualidade do ar "ruim" e, acima de 300, "perigosa".   BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, minimizou nesta segunda-feira, 4, o impacto da poluição em Pequim como um fator negativo para o desempenho dos atletas que participam da Olimpíada. "A poluição só servirá como desculpa, e não trabalho com desculpas, trabalho com a realidade", disse Nuzman, após a cerimônia de hasteamento da bandeira brasileira que marcou a chegada oficial da delegação do país à Vila Olímpica de Pequim. "Não vamos nos enganar, quantos atletas já conseguiram bons resultados na China", perguntou o presidente do COB, lembrando que Pequim já recebeu outros importantes eventos esportivos e que as condições do ar na cidade serão as mesmas para todos os atletas. "Não devemos nos preocupar com a poluição", acrescentou Nuzman. "Se algo tiver que ser feito, o Comitê Olímpico Internacional o fará." Preocupação A poluição em Pequim tem sido uma das maiores preocupações das autoridades chinesas na organização dos Jogos Olímpicos. Nas últimas semanas, a China suspendeu a atividade de fábricas perto da capital, impôs um rodízio de carros e criou um sistema de alta tecnologia para criar chuvas artificiais, com o objetivo de limpar a poluição em Pequim. Medições realizadas nos últimos meses por grupos como o ambientalista Greenpeace indicaram que o ar na capital chinesa tem mais do que o dobro do nível de poluição aceito pela Organização Mundial de Saúde. Os chineses argumentam, no entanto, que as medidas adotadas pelo governo têm surtido efeito e que o risco de disputas olímpicas serem adiadas por causa do problema é baixo. "Pelas estatísticas que colhemos nos últimos dias, acredito que a possibilidade de remarcar eventos esportivos devido a preocupações com a qualidade do ar é muito pequena", afirmou Fan Yuansheng, diretor de controle de poluição do Ministério de Proteção Ambiental da China. Índice de poluição Nesta segunda-feira, depois de um fim de semana de sol e céu azul, a capital chinesa amanheceu com o ar abafado e o tempo nublado. De acordo com os dados das autoridades chinesas, o índice de poluição do ar (em uma escala de 0 a 500) em Pequim chegou a cair a 28 na última sexta-feira. No sábado, ficou em 34 e, no domingo, em 35. A China afirma que o índice é calculado com base nas informações de 27 estações de monitoramento espalhadas pela cidade. Quando a poluição fica abaixo de 50, os chineses classificam a qualidade do ar como "excelente". Entre 51 e 100, a classificação é "muito boa". De 101 a 200, o indicador aponta um ar "levemente poluído". Acima de 200, as autoridades consideram a qualidade do ar "ruim" e, acima de 300, "perigosa".   BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.