Poluição ´pode ser mais nociva que radiação nuclear´


Sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki sofrem conseqüências à saúde parecidas ou até menores que quem vive em áreas poluídas, fuma ou é obeso, diz estudo

Por Agencia Estado

Respirar o ar poluído de grandes cidades como São Paulo e Londres pode ser mais perigoso para a saúde do que ser exposto a altos níveis de radiação, de acordo com uma pesquisa publicada nesta terça-feira, 3, na revista científica BMC Public Health. O estudo concluiu que os sobreviventes do acidente na usina nuclear de Chernobyl, em 1986, e das bombas atômicas que atingiram Hiroshima e Nagasaki, em 1945, sofrem conseqüências parecidas ou até menores do que quem vive em áreas poluídas, fuma ou é obeso. "A percepção comum é de que a exposição à radiação causa grandes riscos para a saúde pública. Este estudo mostra que a população exposta a doses significativas de radiação (...) têm o mesmo risco de morte prematura que aqueles que comem demais ou são sujeitos a longos períodos de fumo passivo", diz o autor da pesquisa, Jim Smith. "Todos nós enfrentamos esses riscos à saúde no nosso dia a dia", afirma ele. Cigarro, obesidade e poluição Estimativas sugerem que pessoas que fumaram a vida inteira podem morrer dez anos antes por causa do hábito, enquanto quem é severamente obeso aos 35 anos (com um Índice de Massa Corporal acima de 40) pode viver de quatro a dez anos a menos. Já os sobreviventes das bombas atômicas do Japão que estavam num raio de 1,5 quilômetro do epicentro da explosão têm a expectativa de vida reduzida em 2,6 anos, em média, de acordo com a pesquisa. O estudo revelou ainda que pessoas expostas à radiação em Chernobyl têm uma chance em 100 de contrair um câncer fatal ao longo da vida, o que representa uma alta no risco de mortalidade de 1%. Já um não-fumante que vive com um parceiro que fuma tem 1,7% mais chance de morrer de uma doença cardíaca devido ao fumo passivo e alguém que deixa uma cidade pouco poluída para um grande centro aumenta seu risco de morte devido aos efeitos da poluição em 2,8%. Chernobyl O autor da pesquisa, Jim Smith, afirma ainda que as pessoas que optaram por viver na zona de exclusão ao redor de Chernobyl podem sofrer menos problemas de saúde do que se elas decidissem se mudar para uma cidade grande próxima, como Kiev, devido aos níveis de poluição. Um relatório da Organização das Nações Unidas estima em 9 mil pessoas o número total de pessoas que morreram ou ainda morrerão por causa da exposição à radiação durante o acidente em Chernobyl, apesar de o Greenpeace acreditar que o número de mortes ligados ao desastre será próximo a 90 mil. As bombas atômicas que atingiram as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki mataram mais de 200 mil pessoas devido a efeitos da explosão, queimaduras e doenças ligadas à radiação. include $_SERVER["DOCUMENT_ROOT"]."/ext/selos/bbc.inc"; ?>

Respirar o ar poluído de grandes cidades como São Paulo e Londres pode ser mais perigoso para a saúde do que ser exposto a altos níveis de radiação, de acordo com uma pesquisa publicada nesta terça-feira, 3, na revista científica BMC Public Health. O estudo concluiu que os sobreviventes do acidente na usina nuclear de Chernobyl, em 1986, e das bombas atômicas que atingiram Hiroshima e Nagasaki, em 1945, sofrem conseqüências parecidas ou até menores do que quem vive em áreas poluídas, fuma ou é obeso. "A percepção comum é de que a exposição à radiação causa grandes riscos para a saúde pública. Este estudo mostra que a população exposta a doses significativas de radiação (...) têm o mesmo risco de morte prematura que aqueles que comem demais ou são sujeitos a longos períodos de fumo passivo", diz o autor da pesquisa, Jim Smith. "Todos nós enfrentamos esses riscos à saúde no nosso dia a dia", afirma ele. Cigarro, obesidade e poluição Estimativas sugerem que pessoas que fumaram a vida inteira podem morrer dez anos antes por causa do hábito, enquanto quem é severamente obeso aos 35 anos (com um Índice de Massa Corporal acima de 40) pode viver de quatro a dez anos a menos. Já os sobreviventes das bombas atômicas do Japão que estavam num raio de 1,5 quilômetro do epicentro da explosão têm a expectativa de vida reduzida em 2,6 anos, em média, de acordo com a pesquisa. O estudo revelou ainda que pessoas expostas à radiação em Chernobyl têm uma chance em 100 de contrair um câncer fatal ao longo da vida, o que representa uma alta no risco de mortalidade de 1%. Já um não-fumante que vive com um parceiro que fuma tem 1,7% mais chance de morrer de uma doença cardíaca devido ao fumo passivo e alguém que deixa uma cidade pouco poluída para um grande centro aumenta seu risco de morte devido aos efeitos da poluição em 2,8%. Chernobyl O autor da pesquisa, Jim Smith, afirma ainda que as pessoas que optaram por viver na zona de exclusão ao redor de Chernobyl podem sofrer menos problemas de saúde do que se elas decidissem se mudar para uma cidade grande próxima, como Kiev, devido aos níveis de poluição. Um relatório da Organização das Nações Unidas estima em 9 mil pessoas o número total de pessoas que morreram ou ainda morrerão por causa da exposição à radiação durante o acidente em Chernobyl, apesar de o Greenpeace acreditar que o número de mortes ligados ao desastre será próximo a 90 mil. As bombas atômicas que atingiram as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki mataram mais de 200 mil pessoas devido a efeitos da explosão, queimaduras e doenças ligadas à radiação. include $_SERVER["DOCUMENT_ROOT"]."/ext/selos/bbc.inc"; ?>

Respirar o ar poluído de grandes cidades como São Paulo e Londres pode ser mais perigoso para a saúde do que ser exposto a altos níveis de radiação, de acordo com uma pesquisa publicada nesta terça-feira, 3, na revista científica BMC Public Health. O estudo concluiu que os sobreviventes do acidente na usina nuclear de Chernobyl, em 1986, e das bombas atômicas que atingiram Hiroshima e Nagasaki, em 1945, sofrem conseqüências parecidas ou até menores do que quem vive em áreas poluídas, fuma ou é obeso. "A percepção comum é de que a exposição à radiação causa grandes riscos para a saúde pública. Este estudo mostra que a população exposta a doses significativas de radiação (...) têm o mesmo risco de morte prematura que aqueles que comem demais ou são sujeitos a longos períodos de fumo passivo", diz o autor da pesquisa, Jim Smith. "Todos nós enfrentamos esses riscos à saúde no nosso dia a dia", afirma ele. Cigarro, obesidade e poluição Estimativas sugerem que pessoas que fumaram a vida inteira podem morrer dez anos antes por causa do hábito, enquanto quem é severamente obeso aos 35 anos (com um Índice de Massa Corporal acima de 40) pode viver de quatro a dez anos a menos. Já os sobreviventes das bombas atômicas do Japão que estavam num raio de 1,5 quilômetro do epicentro da explosão têm a expectativa de vida reduzida em 2,6 anos, em média, de acordo com a pesquisa. O estudo revelou ainda que pessoas expostas à radiação em Chernobyl têm uma chance em 100 de contrair um câncer fatal ao longo da vida, o que representa uma alta no risco de mortalidade de 1%. Já um não-fumante que vive com um parceiro que fuma tem 1,7% mais chance de morrer de uma doença cardíaca devido ao fumo passivo e alguém que deixa uma cidade pouco poluída para um grande centro aumenta seu risco de morte devido aos efeitos da poluição em 2,8%. Chernobyl O autor da pesquisa, Jim Smith, afirma ainda que as pessoas que optaram por viver na zona de exclusão ao redor de Chernobyl podem sofrer menos problemas de saúde do que se elas decidissem se mudar para uma cidade grande próxima, como Kiev, devido aos níveis de poluição. Um relatório da Organização das Nações Unidas estima em 9 mil pessoas o número total de pessoas que morreram ou ainda morrerão por causa da exposição à radiação durante o acidente em Chernobyl, apesar de o Greenpeace acreditar que o número de mortes ligados ao desastre será próximo a 90 mil. As bombas atômicas que atingiram as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki mataram mais de 200 mil pessoas devido a efeitos da explosão, queimaduras e doenças ligadas à radiação. include $_SERVER["DOCUMENT_ROOT"]."/ext/selos/bbc.inc"; ?>

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