Por que um polvo exótico pode mudar história das águas do Rio de Janeiro


Encontrado pela primeira vez na Baía de Guanabara em novembro, polvo-pigmeu indica que despoluição pode trazer a vida de volta a antes quase morto bioma

Por Fabio Tarnapolsky
Atualização:

Antes considerado um lugar quase inóspito para a vida marinha, a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, registra, ao longo dos últimos anos, o gradual retorno da fauna a suas águas. E, agora, com direito a espécies exóticas: um polvo-pigmeu (Paroctopus cthulu) nunca antes visto ali, foi encontrado em novembro próximo à Ilha do Governador, parte central do ecossistema. Nenhum pesquisador imaginava encontrá-lo, mas veem a aparição com entusiasmo pelo ‘renascimento’ do bioma.

Além da espécie inédita, várias foram catalogadas desde que iniciaram-se na região ações de despoluição e limpeza, como raias, tartarugas, cavalos-marinhos e biguás. A vida por ali, na verdade, nunca chegou a desaparecer, mas não apresentava boas condições para banho e, consequentemente, para a conservação, fazendo com que os animais restantes tivessem de se adaptar.

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Polvo-pigmeu foi registrado na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, pela primeira vez na história. Foto: Ricardo Gomes/Instituto Mar Urbano

Segundo o biólogo e diretor do Instituto Mar Urbano (IMU), Ricardo Gomes, que fez o registro inédito do polvo-pigmeu na Baía de Guanabara, a primeira grande boa notícia veio no meio do ano, quando mergulharam na Praia do Flamengo, ponto carioca que foi, durante muitos anos, evitado pelos moradores e turistas devido à poluição. “A maior surpresa foi mergulhar e filmar ali, debaixo d’água, um paraíso das tartarugas e dezenas de outras espécies de peixes e crustáceos”, relembra ao Estadão.

Então, chegou a vez de avistar o polvo, completamente ‘sem querer’, como conta. “Estávamos fazendo um filme sobre economia azul na Baía de Guanabara e tinha um barco pequeno com dois pescadores puxando uma rede. Cheguei perto, pedi para pular e filmei os animais recolhendo-a. Aí o ‘polvinho’ veio agarrado”. Como ele já conhecia a espécie, logo tratou de consultar os especialistas com ele, que confirmaram ser, de, fato, o animal.

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“Protegê-lo (o polvo) pode proteger todo o ecossistema ao redor, pois ele se enquadra como uma espécie bandeira”, ressalta Gomes. Esse termo é usado para classificar seres vivos escolhidos para representar causas ambientais, como a própria conservação de um ecossistema, citada pelo diretor do IMU.

Espécie do polvo-pigmeu foi encontrada por pescadores, que trabalhavam próximo à Ilha do Governador. Foto: Reprodução/Instituto Mar Urbano

O polvo-pigmeu era familiar ao biólogo por conta de outra aparição marcante: em 2019, o animal foi registrado pela primeira vez no município do Rio de Janeiro ao ser encontrado dentro de uma lata de cerveja na Praia da Urca. Apesar de ter sido um momento importante para estudos, já que o Instituto Mar Urbano conseguiu observar a desova, chamou a atenção o problema da adaptação ‘forçada’ pela poluição.

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“Essa espécie possui grande habilidade de se esconder em tocas e conchas”, explica Gomes. “No entanto, devido ao aumento de resíduos sólidos no ambiente, tem sido cada vez mais encontrado utilizando materiais como garrafas e latas de alumínio como abrigo”, continuou, referindo-se também às mais aparições nas águas rasas entre o Espírito Santo e Santa Catarina, seu habitat no Brasil.

De acordo com o diretor do IMU, encontrar o polvo-pigmeu longe do lixo não significa que a fauna efetivamente, já retornou, mas sim que as condições aos mergulhos na Baía de Guanabara têm aumentado. E, de fato, a conservação de algumas praias que fazem parte do ecossistema está em boa fase. O boletim anual do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) do Rio de Janeiro aponta que a Praia do Flamengo passou a maior parte de 2024 como própria para banho. A Enseada de Botafogo, no entanto, segue com má balneabilidade.

Tartaruga-verde, espécie típica da Baía de Guanabara, voltou a aparecer com frequência no ecossistema. Foto: Ricardo Gomes/Instituto Mar Urbano
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“Tem outros fatores além da ação humana, como queimadas e eventos naturais (chuvas fortes)”, explica Gomes, quando questionado sobre o que pode afetar as condições das águas, mesmo com ações de despoluição. “A análise da qualidade da Baía de Guanabara considera diversos parâmetros físicos, químicos e biológicos, essenciais para verificar se o ambiente é propício para preservar e manter a vida marinha”, continua.

Para o biólogo, é fundamental controlar a entrada de esgoto sem tratamento, resíduos industriais e lixo. A manutenção de correntes e renovação constante da água - 50% feita naturalmente pela Baía a cada 12 dias - desempenham papel crucial. É por isso que as áreas mais próximas ao oceano costumam ser mais limpas. “A água da Baía ainda está longe desse cenário ideal”, acrescenta o pesquisador.

Peixes também passaram a ser avistados mais regularmente no bioma da baía. Foto: Ricardo Gomes/Instituto Mar Urbano
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Uma ação pontual que contribuiu para o reaparecimento gradual das espécies, segundo o biólogo, foi a recuperação de interceptores oceânicos. Esses dispositivos são conectados a uma rede de tubulações que coleta a água de parte do centro, zona sul e de três rios e envia ao maquinário, também ligado ao emissário submarino de Ipanema, que joga os resíduos quatro quilômetros mar afora. “O interceptor foi construído na década de 70 e nunca havia sido limpo”, pontua.

A limpeza e reposição, feita concessionária de abastecimento Águas do Rio, que também é patrocinadora do IMU, impactou diretamente na qualidade da água, segundo Gomes. “Está um ‘caribezinho’ ali na Baía de Guanabara. Não foi milagre, não foi um acaso”.

O polvo-pigmeu não é o único exemplo prático de que a fauna pode estar, aos poucos, voltando ao ecossistema antes tão prejudicado. Para que essa espécie, e outras típicas do bioma, como as tartarugas, cavalos-marinhos, raias e peixes, sigam sendo avistadas, é preciso que a população tenha ‘senso de pertencimento’ à baía, segundo o biólogo. “Nosso maior mérito é tocar o coração do carioca.”

Antes considerado um lugar quase inóspito para a vida marinha, a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, registra, ao longo dos últimos anos, o gradual retorno da fauna a suas águas. E, agora, com direito a espécies exóticas: um polvo-pigmeu (Paroctopus cthulu) nunca antes visto ali, foi encontrado em novembro próximo à Ilha do Governador, parte central do ecossistema. Nenhum pesquisador imaginava encontrá-lo, mas veem a aparição com entusiasmo pelo ‘renascimento’ do bioma.

Além da espécie inédita, várias foram catalogadas desde que iniciaram-se na região ações de despoluição e limpeza, como raias, tartarugas, cavalos-marinhos e biguás. A vida por ali, na verdade, nunca chegou a desaparecer, mas não apresentava boas condições para banho e, consequentemente, para a conservação, fazendo com que os animais restantes tivessem de se adaptar.

Polvo-pigmeu foi registrado na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, pela primeira vez na história. Foto: Ricardo Gomes/Instituto Mar Urbano

Segundo o biólogo e diretor do Instituto Mar Urbano (IMU), Ricardo Gomes, que fez o registro inédito do polvo-pigmeu na Baía de Guanabara, a primeira grande boa notícia veio no meio do ano, quando mergulharam na Praia do Flamengo, ponto carioca que foi, durante muitos anos, evitado pelos moradores e turistas devido à poluição. “A maior surpresa foi mergulhar e filmar ali, debaixo d’água, um paraíso das tartarugas e dezenas de outras espécies de peixes e crustáceos”, relembra ao Estadão.

Então, chegou a vez de avistar o polvo, completamente ‘sem querer’, como conta. “Estávamos fazendo um filme sobre economia azul na Baía de Guanabara e tinha um barco pequeno com dois pescadores puxando uma rede. Cheguei perto, pedi para pular e filmei os animais recolhendo-a. Aí o ‘polvinho’ veio agarrado”. Como ele já conhecia a espécie, logo tratou de consultar os especialistas com ele, que confirmaram ser, de, fato, o animal.

“Protegê-lo (o polvo) pode proteger todo o ecossistema ao redor, pois ele se enquadra como uma espécie bandeira”, ressalta Gomes. Esse termo é usado para classificar seres vivos escolhidos para representar causas ambientais, como a própria conservação de um ecossistema, citada pelo diretor do IMU.

Espécie do polvo-pigmeu foi encontrada por pescadores, que trabalhavam próximo à Ilha do Governador. Foto: Reprodução/Instituto Mar Urbano

O polvo-pigmeu era familiar ao biólogo por conta de outra aparição marcante: em 2019, o animal foi registrado pela primeira vez no município do Rio de Janeiro ao ser encontrado dentro de uma lata de cerveja na Praia da Urca. Apesar de ter sido um momento importante para estudos, já que o Instituto Mar Urbano conseguiu observar a desova, chamou a atenção o problema da adaptação ‘forçada’ pela poluição.

“Essa espécie possui grande habilidade de se esconder em tocas e conchas”, explica Gomes. “No entanto, devido ao aumento de resíduos sólidos no ambiente, tem sido cada vez mais encontrado utilizando materiais como garrafas e latas de alumínio como abrigo”, continuou, referindo-se também às mais aparições nas águas rasas entre o Espírito Santo e Santa Catarina, seu habitat no Brasil.

De acordo com o diretor do IMU, encontrar o polvo-pigmeu longe do lixo não significa que a fauna efetivamente, já retornou, mas sim que as condições aos mergulhos na Baía de Guanabara têm aumentado. E, de fato, a conservação de algumas praias que fazem parte do ecossistema está em boa fase. O boletim anual do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) do Rio de Janeiro aponta que a Praia do Flamengo passou a maior parte de 2024 como própria para banho. A Enseada de Botafogo, no entanto, segue com má balneabilidade.

Tartaruga-verde, espécie típica da Baía de Guanabara, voltou a aparecer com frequência no ecossistema. Foto: Ricardo Gomes/Instituto Mar Urbano

“Tem outros fatores além da ação humana, como queimadas e eventos naturais (chuvas fortes)”, explica Gomes, quando questionado sobre o que pode afetar as condições das águas, mesmo com ações de despoluição. “A análise da qualidade da Baía de Guanabara considera diversos parâmetros físicos, químicos e biológicos, essenciais para verificar se o ambiente é propício para preservar e manter a vida marinha”, continua.

Para o biólogo, é fundamental controlar a entrada de esgoto sem tratamento, resíduos industriais e lixo. A manutenção de correntes e renovação constante da água - 50% feita naturalmente pela Baía a cada 12 dias - desempenham papel crucial. É por isso que as áreas mais próximas ao oceano costumam ser mais limpas. “A água da Baía ainda está longe desse cenário ideal”, acrescenta o pesquisador.

Peixes também passaram a ser avistados mais regularmente no bioma da baía. Foto: Ricardo Gomes/Instituto Mar Urbano

Uma ação pontual que contribuiu para o reaparecimento gradual das espécies, segundo o biólogo, foi a recuperação de interceptores oceânicos. Esses dispositivos são conectados a uma rede de tubulações que coleta a água de parte do centro, zona sul e de três rios e envia ao maquinário, também ligado ao emissário submarino de Ipanema, que joga os resíduos quatro quilômetros mar afora. “O interceptor foi construído na década de 70 e nunca havia sido limpo”, pontua.

A limpeza e reposição, feita concessionária de abastecimento Águas do Rio, que também é patrocinadora do IMU, impactou diretamente na qualidade da água, segundo Gomes. “Está um ‘caribezinho’ ali na Baía de Guanabara. Não foi milagre, não foi um acaso”.

O polvo-pigmeu não é o único exemplo prático de que a fauna pode estar, aos poucos, voltando ao ecossistema antes tão prejudicado. Para que essa espécie, e outras típicas do bioma, como as tartarugas, cavalos-marinhos, raias e peixes, sigam sendo avistadas, é preciso que a população tenha ‘senso de pertencimento’ à baía, segundo o biólogo. “Nosso maior mérito é tocar o coração do carioca.”

Antes considerado um lugar quase inóspito para a vida marinha, a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, registra, ao longo dos últimos anos, o gradual retorno da fauna a suas águas. E, agora, com direito a espécies exóticas: um polvo-pigmeu (Paroctopus cthulu) nunca antes visto ali, foi encontrado em novembro próximo à Ilha do Governador, parte central do ecossistema. Nenhum pesquisador imaginava encontrá-lo, mas veem a aparição com entusiasmo pelo ‘renascimento’ do bioma.

Além da espécie inédita, várias foram catalogadas desde que iniciaram-se na região ações de despoluição e limpeza, como raias, tartarugas, cavalos-marinhos e biguás. A vida por ali, na verdade, nunca chegou a desaparecer, mas não apresentava boas condições para banho e, consequentemente, para a conservação, fazendo com que os animais restantes tivessem de se adaptar.

Polvo-pigmeu foi registrado na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, pela primeira vez na história. Foto: Ricardo Gomes/Instituto Mar Urbano

Segundo o biólogo e diretor do Instituto Mar Urbano (IMU), Ricardo Gomes, que fez o registro inédito do polvo-pigmeu na Baía de Guanabara, a primeira grande boa notícia veio no meio do ano, quando mergulharam na Praia do Flamengo, ponto carioca que foi, durante muitos anos, evitado pelos moradores e turistas devido à poluição. “A maior surpresa foi mergulhar e filmar ali, debaixo d’água, um paraíso das tartarugas e dezenas de outras espécies de peixes e crustáceos”, relembra ao Estadão.

Então, chegou a vez de avistar o polvo, completamente ‘sem querer’, como conta. “Estávamos fazendo um filme sobre economia azul na Baía de Guanabara e tinha um barco pequeno com dois pescadores puxando uma rede. Cheguei perto, pedi para pular e filmei os animais recolhendo-a. Aí o ‘polvinho’ veio agarrado”. Como ele já conhecia a espécie, logo tratou de consultar os especialistas com ele, que confirmaram ser, de, fato, o animal.

“Protegê-lo (o polvo) pode proteger todo o ecossistema ao redor, pois ele se enquadra como uma espécie bandeira”, ressalta Gomes. Esse termo é usado para classificar seres vivos escolhidos para representar causas ambientais, como a própria conservação de um ecossistema, citada pelo diretor do IMU.

Espécie do polvo-pigmeu foi encontrada por pescadores, que trabalhavam próximo à Ilha do Governador. Foto: Reprodução/Instituto Mar Urbano

O polvo-pigmeu era familiar ao biólogo por conta de outra aparição marcante: em 2019, o animal foi registrado pela primeira vez no município do Rio de Janeiro ao ser encontrado dentro de uma lata de cerveja na Praia da Urca. Apesar de ter sido um momento importante para estudos, já que o Instituto Mar Urbano conseguiu observar a desova, chamou a atenção o problema da adaptação ‘forçada’ pela poluição.

“Essa espécie possui grande habilidade de se esconder em tocas e conchas”, explica Gomes. “No entanto, devido ao aumento de resíduos sólidos no ambiente, tem sido cada vez mais encontrado utilizando materiais como garrafas e latas de alumínio como abrigo”, continuou, referindo-se também às mais aparições nas águas rasas entre o Espírito Santo e Santa Catarina, seu habitat no Brasil.

De acordo com o diretor do IMU, encontrar o polvo-pigmeu longe do lixo não significa que a fauna efetivamente, já retornou, mas sim que as condições aos mergulhos na Baía de Guanabara têm aumentado. E, de fato, a conservação de algumas praias que fazem parte do ecossistema está em boa fase. O boletim anual do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) do Rio de Janeiro aponta que a Praia do Flamengo passou a maior parte de 2024 como própria para banho. A Enseada de Botafogo, no entanto, segue com má balneabilidade.

Tartaruga-verde, espécie típica da Baía de Guanabara, voltou a aparecer com frequência no ecossistema. Foto: Ricardo Gomes/Instituto Mar Urbano

“Tem outros fatores além da ação humana, como queimadas e eventos naturais (chuvas fortes)”, explica Gomes, quando questionado sobre o que pode afetar as condições das águas, mesmo com ações de despoluição. “A análise da qualidade da Baía de Guanabara considera diversos parâmetros físicos, químicos e biológicos, essenciais para verificar se o ambiente é propício para preservar e manter a vida marinha”, continua.

Para o biólogo, é fundamental controlar a entrada de esgoto sem tratamento, resíduos industriais e lixo. A manutenção de correntes e renovação constante da água - 50% feita naturalmente pela Baía a cada 12 dias - desempenham papel crucial. É por isso que as áreas mais próximas ao oceano costumam ser mais limpas. “A água da Baía ainda está longe desse cenário ideal”, acrescenta o pesquisador.

Peixes também passaram a ser avistados mais regularmente no bioma da baía. Foto: Ricardo Gomes/Instituto Mar Urbano

Uma ação pontual que contribuiu para o reaparecimento gradual das espécies, segundo o biólogo, foi a recuperação de interceptores oceânicos. Esses dispositivos são conectados a uma rede de tubulações que coleta a água de parte do centro, zona sul e de três rios e envia ao maquinário, também ligado ao emissário submarino de Ipanema, que joga os resíduos quatro quilômetros mar afora. “O interceptor foi construído na década de 70 e nunca havia sido limpo”, pontua.

A limpeza e reposição, feita concessionária de abastecimento Águas do Rio, que também é patrocinadora do IMU, impactou diretamente na qualidade da água, segundo Gomes. “Está um ‘caribezinho’ ali na Baía de Guanabara. Não foi milagre, não foi um acaso”.

O polvo-pigmeu não é o único exemplo prático de que a fauna pode estar, aos poucos, voltando ao ecossistema antes tão prejudicado. Para que essa espécie, e outras típicas do bioma, como as tartarugas, cavalos-marinhos, raias e peixes, sigam sendo avistadas, é preciso que a população tenha ‘senso de pertencimento’ à baía, segundo o biólogo. “Nosso maior mérito é tocar o coração do carioca.”

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