Por patrocínio, evento veta obesidade infantil


Carta assinada por presidente de congresso mundial diz que debate sobre a influência da propaganda na obesidade afugentaria patrocinadores

Por Paulo Saldaña e Ocimara Balmant

O 16.º Congresso Mundial de Ciência e Tecnologia de Alimentos, que será realizado em agosto pela primeira vez no Brasil, teve um debate sobre obesidade infantil cancelado após a presidente do encontro, Glaucia Pastore, argumentar que o tema afugentaria patrocinadores. A mesa abordaria o papel da mídia em relação à obesidade e a polêmica regulamentação da publicidade voltada às crianças. O Estado teve acesso a uma carta da Associação Latino-Americana de Ciência e Tecnologia de Alimentos (Allacta), que também é presidida por Gláucia, em que pede o cancelamento do tema para a Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos (SBCTA). Outros dez membros também assinam. Professora da Unicamp, Glaucia é referência em alimentação no País. Em espanhol, o texto diz que o tema "causaria inconvenientes com potenciais patrocinadores". "Isso é um absurdo. Mostra como estamos vendidos à indústria e como, em nome desses interesses, deixa-se de discutir um tema tão importante e grave no País", afirma a presidente da SBCTA, Jane Menegaldo, pesquisadora da Embrapa. "Perde-se a chance de fazer de forma séria esse evento, que pela primeira vez será na América Latina." A SBCTA havia proposto a discussão por considerá-la um dos graves problemas de saúde atuais. Em 2009, 16,6% dos meninos entre 5 e 9 anos estavam obesos no Brasil - a taxa era de 2,9% em 1975. A preocupação é tanta que em 2011 o governo federal lançou um programa para reduzir a obesidade entre crianças.Outro foco. Apesar do conteúdo da carta deixar explícito a questão do entrave com patrocinadores, Gláucia Pastore nega que tenha havido interesse em coibir o tema. "A retirada da mesa é muito mais uma questão de adequação científica do que uma questão ética. Eles propuseram sem que o comitê soubesse", argumenta. Segundo Gláucia, a alteração foi uma questão de falta de foco. "O assunto seria contemplado, mas no âmbito da programação internacional. Tanto é que a questão da obesidade está na programação", afirma. Na programação do congresso há uma série de palestras sobre o assunto, mas nenhuma delas aborda o papel da publicidade na obesidade infantil. Entre os temas estão, por exemplo, "Uma visão sobre a epidemia global da obesidade" e "Comida tradicional e os modernos parâmetros e marcadores de obesidade". Quem conduziria a mesa sobre a influência da mídia na obesidade infantil seria o engenheiro de alimentos Luiz Eduardo de Carvalho, professor da Universidade Federal do Rio Janeiro e ex-presidente a SBCTA (1986-1991). "Para que serve um congresso científico? Não é para discutir o que afeta a sociedade?", questiona. "Acho um despropósito. Eu cheguei a fazer os convites aos debatedores e tomei o cuidado de não chamar quem poderia ser visto como militante." Na lista de convidados para o debate estavam a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) e a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia).Desconhecimento. A Abia diz desconhecer a existência da carta e, em nota, afirma que "o setor de alimentos entende que o tema deve ser debatido nos fóruns de interesse para que se encontre a melhor solução para a sociedade e a indústria". Em 2010, a Anvisa publicou uma resolução sobre a oferta e a propaganda de alimentos com o objetivo de "coibir práticas excessivas que levem o público, em especial o infantil, a padrões de consumo incompatíveis com a saúde". A norma foi suspensa pela Justiça três meses depois, em resposta a uma ação da Abia.

O 16.º Congresso Mundial de Ciência e Tecnologia de Alimentos, que será realizado em agosto pela primeira vez no Brasil, teve um debate sobre obesidade infantil cancelado após a presidente do encontro, Glaucia Pastore, argumentar que o tema afugentaria patrocinadores. A mesa abordaria o papel da mídia em relação à obesidade e a polêmica regulamentação da publicidade voltada às crianças. O Estado teve acesso a uma carta da Associação Latino-Americana de Ciência e Tecnologia de Alimentos (Allacta), que também é presidida por Gláucia, em que pede o cancelamento do tema para a Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos (SBCTA). Outros dez membros também assinam. Professora da Unicamp, Glaucia é referência em alimentação no País. Em espanhol, o texto diz que o tema "causaria inconvenientes com potenciais patrocinadores". "Isso é um absurdo. Mostra como estamos vendidos à indústria e como, em nome desses interesses, deixa-se de discutir um tema tão importante e grave no País", afirma a presidente da SBCTA, Jane Menegaldo, pesquisadora da Embrapa. "Perde-se a chance de fazer de forma séria esse evento, que pela primeira vez será na América Latina." A SBCTA havia proposto a discussão por considerá-la um dos graves problemas de saúde atuais. Em 2009, 16,6% dos meninos entre 5 e 9 anos estavam obesos no Brasil - a taxa era de 2,9% em 1975. A preocupação é tanta que em 2011 o governo federal lançou um programa para reduzir a obesidade entre crianças.Outro foco. Apesar do conteúdo da carta deixar explícito a questão do entrave com patrocinadores, Gláucia Pastore nega que tenha havido interesse em coibir o tema. "A retirada da mesa é muito mais uma questão de adequação científica do que uma questão ética. Eles propuseram sem que o comitê soubesse", argumenta. Segundo Gláucia, a alteração foi uma questão de falta de foco. "O assunto seria contemplado, mas no âmbito da programação internacional. Tanto é que a questão da obesidade está na programação", afirma. Na programação do congresso há uma série de palestras sobre o assunto, mas nenhuma delas aborda o papel da publicidade na obesidade infantil. Entre os temas estão, por exemplo, "Uma visão sobre a epidemia global da obesidade" e "Comida tradicional e os modernos parâmetros e marcadores de obesidade". Quem conduziria a mesa sobre a influência da mídia na obesidade infantil seria o engenheiro de alimentos Luiz Eduardo de Carvalho, professor da Universidade Federal do Rio Janeiro e ex-presidente a SBCTA (1986-1991). "Para que serve um congresso científico? Não é para discutir o que afeta a sociedade?", questiona. "Acho um despropósito. Eu cheguei a fazer os convites aos debatedores e tomei o cuidado de não chamar quem poderia ser visto como militante." Na lista de convidados para o debate estavam a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) e a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia).Desconhecimento. A Abia diz desconhecer a existência da carta e, em nota, afirma que "o setor de alimentos entende que o tema deve ser debatido nos fóruns de interesse para que se encontre a melhor solução para a sociedade e a indústria". Em 2010, a Anvisa publicou uma resolução sobre a oferta e a propaganda de alimentos com o objetivo de "coibir práticas excessivas que levem o público, em especial o infantil, a padrões de consumo incompatíveis com a saúde". A norma foi suspensa pela Justiça três meses depois, em resposta a uma ação da Abia.

O 16.º Congresso Mundial de Ciência e Tecnologia de Alimentos, que será realizado em agosto pela primeira vez no Brasil, teve um debate sobre obesidade infantil cancelado após a presidente do encontro, Glaucia Pastore, argumentar que o tema afugentaria patrocinadores. A mesa abordaria o papel da mídia em relação à obesidade e a polêmica regulamentação da publicidade voltada às crianças. O Estado teve acesso a uma carta da Associação Latino-Americana de Ciência e Tecnologia de Alimentos (Allacta), que também é presidida por Gláucia, em que pede o cancelamento do tema para a Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos (SBCTA). Outros dez membros também assinam. Professora da Unicamp, Glaucia é referência em alimentação no País. Em espanhol, o texto diz que o tema "causaria inconvenientes com potenciais patrocinadores". "Isso é um absurdo. Mostra como estamos vendidos à indústria e como, em nome desses interesses, deixa-se de discutir um tema tão importante e grave no País", afirma a presidente da SBCTA, Jane Menegaldo, pesquisadora da Embrapa. "Perde-se a chance de fazer de forma séria esse evento, que pela primeira vez será na América Latina." A SBCTA havia proposto a discussão por considerá-la um dos graves problemas de saúde atuais. Em 2009, 16,6% dos meninos entre 5 e 9 anos estavam obesos no Brasil - a taxa era de 2,9% em 1975. A preocupação é tanta que em 2011 o governo federal lançou um programa para reduzir a obesidade entre crianças.Outro foco. Apesar do conteúdo da carta deixar explícito a questão do entrave com patrocinadores, Gláucia Pastore nega que tenha havido interesse em coibir o tema. "A retirada da mesa é muito mais uma questão de adequação científica do que uma questão ética. Eles propuseram sem que o comitê soubesse", argumenta. Segundo Gláucia, a alteração foi uma questão de falta de foco. "O assunto seria contemplado, mas no âmbito da programação internacional. Tanto é que a questão da obesidade está na programação", afirma. Na programação do congresso há uma série de palestras sobre o assunto, mas nenhuma delas aborda o papel da publicidade na obesidade infantil. Entre os temas estão, por exemplo, "Uma visão sobre a epidemia global da obesidade" e "Comida tradicional e os modernos parâmetros e marcadores de obesidade". Quem conduziria a mesa sobre a influência da mídia na obesidade infantil seria o engenheiro de alimentos Luiz Eduardo de Carvalho, professor da Universidade Federal do Rio Janeiro e ex-presidente a SBCTA (1986-1991). "Para que serve um congresso científico? Não é para discutir o que afeta a sociedade?", questiona. "Acho um despropósito. Eu cheguei a fazer os convites aos debatedores e tomei o cuidado de não chamar quem poderia ser visto como militante." Na lista de convidados para o debate estavam a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) e a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia).Desconhecimento. A Abia diz desconhecer a existência da carta e, em nota, afirma que "o setor de alimentos entende que o tema deve ser debatido nos fóruns de interesse para que se encontre a melhor solução para a sociedade e a indústria". Em 2010, a Anvisa publicou uma resolução sobre a oferta e a propaganda de alimentos com o objetivo de "coibir práticas excessivas que levem o público, em especial o infantil, a padrões de consumo incompatíveis com a saúde". A norma foi suspensa pela Justiça três meses depois, em resposta a uma ação da Abia.

O 16.º Congresso Mundial de Ciência e Tecnologia de Alimentos, que será realizado em agosto pela primeira vez no Brasil, teve um debate sobre obesidade infantil cancelado após a presidente do encontro, Glaucia Pastore, argumentar que o tema afugentaria patrocinadores. A mesa abordaria o papel da mídia em relação à obesidade e a polêmica regulamentação da publicidade voltada às crianças. O Estado teve acesso a uma carta da Associação Latino-Americana de Ciência e Tecnologia de Alimentos (Allacta), que também é presidida por Gláucia, em que pede o cancelamento do tema para a Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos (SBCTA). Outros dez membros também assinam. Professora da Unicamp, Glaucia é referência em alimentação no País. Em espanhol, o texto diz que o tema "causaria inconvenientes com potenciais patrocinadores". "Isso é um absurdo. Mostra como estamos vendidos à indústria e como, em nome desses interesses, deixa-se de discutir um tema tão importante e grave no País", afirma a presidente da SBCTA, Jane Menegaldo, pesquisadora da Embrapa. "Perde-se a chance de fazer de forma séria esse evento, que pela primeira vez será na América Latina." A SBCTA havia proposto a discussão por considerá-la um dos graves problemas de saúde atuais. Em 2009, 16,6% dos meninos entre 5 e 9 anos estavam obesos no Brasil - a taxa era de 2,9% em 1975. A preocupação é tanta que em 2011 o governo federal lançou um programa para reduzir a obesidade entre crianças.Outro foco. Apesar do conteúdo da carta deixar explícito a questão do entrave com patrocinadores, Gláucia Pastore nega que tenha havido interesse em coibir o tema. "A retirada da mesa é muito mais uma questão de adequação científica do que uma questão ética. Eles propuseram sem que o comitê soubesse", argumenta. Segundo Gláucia, a alteração foi uma questão de falta de foco. "O assunto seria contemplado, mas no âmbito da programação internacional. Tanto é que a questão da obesidade está na programação", afirma. Na programação do congresso há uma série de palestras sobre o assunto, mas nenhuma delas aborda o papel da publicidade na obesidade infantil. Entre os temas estão, por exemplo, "Uma visão sobre a epidemia global da obesidade" e "Comida tradicional e os modernos parâmetros e marcadores de obesidade". Quem conduziria a mesa sobre a influência da mídia na obesidade infantil seria o engenheiro de alimentos Luiz Eduardo de Carvalho, professor da Universidade Federal do Rio Janeiro e ex-presidente a SBCTA (1986-1991). "Para que serve um congresso científico? Não é para discutir o que afeta a sociedade?", questiona. "Acho um despropósito. Eu cheguei a fazer os convites aos debatedores e tomei o cuidado de não chamar quem poderia ser visto como militante." Na lista de convidados para o debate estavam a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) e a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia).Desconhecimento. A Abia diz desconhecer a existência da carta e, em nota, afirma que "o setor de alimentos entende que o tema deve ser debatido nos fóruns de interesse para que se encontre a melhor solução para a sociedade e a indústria". Em 2010, a Anvisa publicou uma resolução sobre a oferta e a propaganda de alimentos com o objetivo de "coibir práticas excessivas que levem o público, em especial o infantil, a padrões de consumo incompatíveis com a saúde". A norma foi suspensa pela Justiça três meses depois, em resposta a uma ação da Abia.

O 16.º Congresso Mundial de Ciência e Tecnologia de Alimentos, que será realizado em agosto pela primeira vez no Brasil, teve um debate sobre obesidade infantil cancelado após a presidente do encontro, Glaucia Pastore, argumentar que o tema afugentaria patrocinadores. A mesa abordaria o papel da mídia em relação à obesidade e a polêmica regulamentação da publicidade voltada às crianças. O Estado teve acesso a uma carta da Associação Latino-Americana de Ciência e Tecnologia de Alimentos (Allacta), que também é presidida por Gláucia, em que pede o cancelamento do tema para a Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos (SBCTA). Outros dez membros também assinam. Professora da Unicamp, Glaucia é referência em alimentação no País. Em espanhol, o texto diz que o tema "causaria inconvenientes com potenciais patrocinadores". "Isso é um absurdo. Mostra como estamos vendidos à indústria e como, em nome desses interesses, deixa-se de discutir um tema tão importante e grave no País", afirma a presidente da SBCTA, Jane Menegaldo, pesquisadora da Embrapa. "Perde-se a chance de fazer de forma séria esse evento, que pela primeira vez será na América Latina." A SBCTA havia proposto a discussão por considerá-la um dos graves problemas de saúde atuais. Em 2009, 16,6% dos meninos entre 5 e 9 anos estavam obesos no Brasil - a taxa era de 2,9% em 1975. A preocupação é tanta que em 2011 o governo federal lançou um programa para reduzir a obesidade entre crianças.Outro foco. Apesar do conteúdo da carta deixar explícito a questão do entrave com patrocinadores, Gláucia Pastore nega que tenha havido interesse em coibir o tema. "A retirada da mesa é muito mais uma questão de adequação científica do que uma questão ética. Eles propuseram sem que o comitê soubesse", argumenta. Segundo Gláucia, a alteração foi uma questão de falta de foco. "O assunto seria contemplado, mas no âmbito da programação internacional. Tanto é que a questão da obesidade está na programação", afirma. Na programação do congresso há uma série de palestras sobre o assunto, mas nenhuma delas aborda o papel da publicidade na obesidade infantil. Entre os temas estão, por exemplo, "Uma visão sobre a epidemia global da obesidade" e "Comida tradicional e os modernos parâmetros e marcadores de obesidade". Quem conduziria a mesa sobre a influência da mídia na obesidade infantil seria o engenheiro de alimentos Luiz Eduardo de Carvalho, professor da Universidade Federal do Rio Janeiro e ex-presidente a SBCTA (1986-1991). "Para que serve um congresso científico? Não é para discutir o que afeta a sociedade?", questiona. "Acho um despropósito. Eu cheguei a fazer os convites aos debatedores e tomei o cuidado de não chamar quem poderia ser visto como militante." Na lista de convidados para o debate estavam a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) e a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia).Desconhecimento. A Abia diz desconhecer a existência da carta e, em nota, afirma que "o setor de alimentos entende que o tema deve ser debatido nos fóruns de interesse para que se encontre a melhor solução para a sociedade e a indústria". Em 2010, a Anvisa publicou uma resolução sobre a oferta e a propaganda de alimentos com o objetivo de "coibir práticas excessivas que levem o público, em especial o infantil, a padrões de consumo incompatíveis com a saúde". A norma foi suspensa pela Justiça três meses depois, em resposta a uma ação da Abia.

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