Por que o frio recorde em novembro? Meteorologista explica


Diferente das ondas de frio desta época do ano que costumam ser mais costeiras, esta frente fria veio de forma bem continental

Por Renata Okumura
Atualização:

Com características do inverno e do verão, por ser uma estação de transição, a primavera pode ter frio e também calor. No entanto, alguns fatores, entre eles a atuação da La Niña, contribuíram para a onda de frio mais intensa que atingiu praticamente todo o País no início de novembro, provocando recordes de baixas temperaturas em diversas cidades brasileiras. Na terça-feira, 1º, o Estado de Santa Catarina registrou neve em novembro pela primeira vez na série histórica, que foi iniciada em 1983.

“Diferente das ondas de frio desta época do ano que costumam ser mais costeiras, esta frente fria veio de forma bem continental, perdendo pouca força, por isso acabou congelando boa parte do Brasil”, explica Maria Clara Sassaki, meteorologista da Climatempo. “Isso também aconteceu porque estamos com a La Niña. No mês de outubro, o fenômeno atingiu o ápice de temperatura mais baixa. Outras circulações de ventos na atmosfera também contribuíram para que essa massa de ar polar viesse do Polo Sul do Brasil sem perder muita intensidade no meio do caminho.”

Definida como um fenômeno ocêanico-atmosférico, a La Niña ocorre quando as águas superficiais da região da linha equatorial do Oceano Pacífico sofrem um resfriamento anormal. Essa alteração afeta as chuvas e as temperaturas ao redor do mundo.

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Na capital paulista, às 13h da quarta-feira de Finados, 2, a temperatura máxima registrada pela estação automática do Mirante de Santana, operada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), foi de apenas 15,4°C, menor temperatura em um dia de novembro em 23 anos – em 10 de novembro 1999, a máxima foi de 14,3°C. Pela estação automática do Inmet na Vila Militar, na zona oeste do Rio de Janeiro, a máxima na quarta-feira foi de 20,9°C, menor temperatura registrada desde 2007.

Alguns fatores contribuíram para a onda de frio mais intensa que atingiu praticamente todo o País no início de novembro. Foto: Felipe Rau/Estadão

A onda de frio, afirma ela, já está começando a perder a força no Brasil. “Cidades que registraram recordes de frio nesta semana já não devem registrar novamente nos próximos dias. Na região Sul, áreas de geadas que atingiram, inclusive, partes do Paraná, já não devem ser mais tão amplas, ficando mais restritas às áreas da serra gaúcha e serra catarinense, onde são mais comuns”, acrescenta Maria Clara. Na quarta-feira, foram registradas temperaturas muito baixas, entre 0°C e 5°C, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul e também em partes do Paraná.

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Virada brusca

A temperatura deve começar a subir a partir de domingo, 6. Para a próxima semana, a previsão é de calor, principalmente, na região Centro-Oeste do País. “Há possibilidade de temperatura perto dos 40ºC entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul na quarta-feira que vem, 9. Será uma virada brusca de temperatura”, afirma a meteorologista da Climatempo. Em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, a mínima na quarta-feira foi de 9,5°C, 0,3°C a menos do que os 9,8°C registrados como menor temperatura no dia anterior. A temperatura mínima de 9,5°C é a menor já registrada em Campo Grande desde 29 de novembro de 1965, quando fez 9,2°C.

Na capital paulista, a máxima deve ser de 24ºC no domingo, mas deve persistir no fim de semana a sensação de frio. “A temperatura vai subindo gradativamente. Já tivemos nesta quinta-feira, 3, 18ºC, diferentemente de quarta-feira, 2, quando tivemos 15ºC. No domingo, já começa a ser sentido um calorzinho na capital paulista. Não há expectativa de chuva”, diz Maria Clara.

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Há expectativa de mais frentes frias ainda para novembro?

Entre domingo e quarta-feira, o calor retorna. Não está prevista outra onda de frente fria tão intensa quanto a atual para o mês de novembro, mas as temperaturas voltarão a cair a partir de quinta-feira, 10.

“Os fenômenos que foram favoráveis para esta frente fria, em especial, já estão voltando aos padrões de normalidade. A tendência é que as ondas de frio aconteçam ainda, mas não com a mesma intensidade. A partir do dia 10, terá a chegada de uma nova frente fria”, reforça a meteorologista da Climatempo.

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Depois desta nova frente fria, haverá bastante umidade, que deve provocar nova queda de temperatura e mais chuva, com chance de queda de granizo, principalmente em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Com características do inverno e do verão, por ser uma estação de transição, a primavera pode ter frio e também calor. No entanto, alguns fatores, entre eles a atuação da La Niña, contribuíram para a onda de frio mais intensa que atingiu praticamente todo o País no início de novembro, provocando recordes de baixas temperaturas em diversas cidades brasileiras. Na terça-feira, 1º, o Estado de Santa Catarina registrou neve em novembro pela primeira vez na série histórica, que foi iniciada em 1983.

“Diferente das ondas de frio desta época do ano que costumam ser mais costeiras, esta frente fria veio de forma bem continental, perdendo pouca força, por isso acabou congelando boa parte do Brasil”, explica Maria Clara Sassaki, meteorologista da Climatempo. “Isso também aconteceu porque estamos com a La Niña. No mês de outubro, o fenômeno atingiu o ápice de temperatura mais baixa. Outras circulações de ventos na atmosfera também contribuíram para que essa massa de ar polar viesse do Polo Sul do Brasil sem perder muita intensidade no meio do caminho.”

Definida como um fenômeno ocêanico-atmosférico, a La Niña ocorre quando as águas superficiais da região da linha equatorial do Oceano Pacífico sofrem um resfriamento anormal. Essa alteração afeta as chuvas e as temperaturas ao redor do mundo.

Na capital paulista, às 13h da quarta-feira de Finados, 2, a temperatura máxima registrada pela estação automática do Mirante de Santana, operada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), foi de apenas 15,4°C, menor temperatura em um dia de novembro em 23 anos – em 10 de novembro 1999, a máxima foi de 14,3°C. Pela estação automática do Inmet na Vila Militar, na zona oeste do Rio de Janeiro, a máxima na quarta-feira foi de 20,9°C, menor temperatura registrada desde 2007.

Alguns fatores contribuíram para a onda de frio mais intensa que atingiu praticamente todo o País no início de novembro. Foto: Felipe Rau/Estadão

A onda de frio, afirma ela, já está começando a perder a força no Brasil. “Cidades que registraram recordes de frio nesta semana já não devem registrar novamente nos próximos dias. Na região Sul, áreas de geadas que atingiram, inclusive, partes do Paraná, já não devem ser mais tão amplas, ficando mais restritas às áreas da serra gaúcha e serra catarinense, onde são mais comuns”, acrescenta Maria Clara. Na quarta-feira, foram registradas temperaturas muito baixas, entre 0°C e 5°C, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul e também em partes do Paraná.

Virada brusca

A temperatura deve começar a subir a partir de domingo, 6. Para a próxima semana, a previsão é de calor, principalmente, na região Centro-Oeste do País. “Há possibilidade de temperatura perto dos 40ºC entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul na quarta-feira que vem, 9. Será uma virada brusca de temperatura”, afirma a meteorologista da Climatempo. Em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, a mínima na quarta-feira foi de 9,5°C, 0,3°C a menos do que os 9,8°C registrados como menor temperatura no dia anterior. A temperatura mínima de 9,5°C é a menor já registrada em Campo Grande desde 29 de novembro de 1965, quando fez 9,2°C.

Na capital paulista, a máxima deve ser de 24ºC no domingo, mas deve persistir no fim de semana a sensação de frio. “A temperatura vai subindo gradativamente. Já tivemos nesta quinta-feira, 3, 18ºC, diferentemente de quarta-feira, 2, quando tivemos 15ºC. No domingo, já começa a ser sentido um calorzinho na capital paulista. Não há expectativa de chuva”, diz Maria Clara.

Há expectativa de mais frentes frias ainda para novembro?

Entre domingo e quarta-feira, o calor retorna. Não está prevista outra onda de frente fria tão intensa quanto a atual para o mês de novembro, mas as temperaturas voltarão a cair a partir de quinta-feira, 10.

“Os fenômenos que foram favoráveis para esta frente fria, em especial, já estão voltando aos padrões de normalidade. A tendência é que as ondas de frio aconteçam ainda, mas não com a mesma intensidade. A partir do dia 10, terá a chegada de uma nova frente fria”, reforça a meteorologista da Climatempo.

Depois desta nova frente fria, haverá bastante umidade, que deve provocar nova queda de temperatura e mais chuva, com chance de queda de granizo, principalmente em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Com características do inverno e do verão, por ser uma estação de transição, a primavera pode ter frio e também calor. No entanto, alguns fatores, entre eles a atuação da La Niña, contribuíram para a onda de frio mais intensa que atingiu praticamente todo o País no início de novembro, provocando recordes de baixas temperaturas em diversas cidades brasileiras. Na terça-feira, 1º, o Estado de Santa Catarina registrou neve em novembro pela primeira vez na série histórica, que foi iniciada em 1983.

“Diferente das ondas de frio desta época do ano que costumam ser mais costeiras, esta frente fria veio de forma bem continental, perdendo pouca força, por isso acabou congelando boa parte do Brasil”, explica Maria Clara Sassaki, meteorologista da Climatempo. “Isso também aconteceu porque estamos com a La Niña. No mês de outubro, o fenômeno atingiu o ápice de temperatura mais baixa. Outras circulações de ventos na atmosfera também contribuíram para que essa massa de ar polar viesse do Polo Sul do Brasil sem perder muita intensidade no meio do caminho.”

Definida como um fenômeno ocêanico-atmosférico, a La Niña ocorre quando as águas superficiais da região da linha equatorial do Oceano Pacífico sofrem um resfriamento anormal. Essa alteração afeta as chuvas e as temperaturas ao redor do mundo.

Na capital paulista, às 13h da quarta-feira de Finados, 2, a temperatura máxima registrada pela estação automática do Mirante de Santana, operada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), foi de apenas 15,4°C, menor temperatura em um dia de novembro em 23 anos – em 10 de novembro 1999, a máxima foi de 14,3°C. Pela estação automática do Inmet na Vila Militar, na zona oeste do Rio de Janeiro, a máxima na quarta-feira foi de 20,9°C, menor temperatura registrada desde 2007.

Alguns fatores contribuíram para a onda de frio mais intensa que atingiu praticamente todo o País no início de novembro. Foto: Felipe Rau/Estadão

A onda de frio, afirma ela, já está começando a perder a força no Brasil. “Cidades que registraram recordes de frio nesta semana já não devem registrar novamente nos próximos dias. Na região Sul, áreas de geadas que atingiram, inclusive, partes do Paraná, já não devem ser mais tão amplas, ficando mais restritas às áreas da serra gaúcha e serra catarinense, onde são mais comuns”, acrescenta Maria Clara. Na quarta-feira, foram registradas temperaturas muito baixas, entre 0°C e 5°C, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul e também em partes do Paraná.

Virada brusca

A temperatura deve começar a subir a partir de domingo, 6. Para a próxima semana, a previsão é de calor, principalmente, na região Centro-Oeste do País. “Há possibilidade de temperatura perto dos 40ºC entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul na quarta-feira que vem, 9. Será uma virada brusca de temperatura”, afirma a meteorologista da Climatempo. Em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, a mínima na quarta-feira foi de 9,5°C, 0,3°C a menos do que os 9,8°C registrados como menor temperatura no dia anterior. A temperatura mínima de 9,5°C é a menor já registrada em Campo Grande desde 29 de novembro de 1965, quando fez 9,2°C.

Na capital paulista, a máxima deve ser de 24ºC no domingo, mas deve persistir no fim de semana a sensação de frio. “A temperatura vai subindo gradativamente. Já tivemos nesta quinta-feira, 3, 18ºC, diferentemente de quarta-feira, 2, quando tivemos 15ºC. No domingo, já começa a ser sentido um calorzinho na capital paulista. Não há expectativa de chuva”, diz Maria Clara.

Há expectativa de mais frentes frias ainda para novembro?

Entre domingo e quarta-feira, o calor retorna. Não está prevista outra onda de frente fria tão intensa quanto a atual para o mês de novembro, mas as temperaturas voltarão a cair a partir de quinta-feira, 10.

“Os fenômenos que foram favoráveis para esta frente fria, em especial, já estão voltando aos padrões de normalidade. A tendência é que as ondas de frio aconteçam ainda, mas não com a mesma intensidade. A partir do dia 10, terá a chegada de uma nova frente fria”, reforça a meteorologista da Climatempo.

Depois desta nova frente fria, haverá bastante umidade, que deve provocar nova queda de temperatura e mais chuva, com chance de queda de granizo, principalmente em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Com características do inverno e do verão, por ser uma estação de transição, a primavera pode ter frio e também calor. No entanto, alguns fatores, entre eles a atuação da La Niña, contribuíram para a onda de frio mais intensa que atingiu praticamente todo o País no início de novembro, provocando recordes de baixas temperaturas em diversas cidades brasileiras. Na terça-feira, 1º, o Estado de Santa Catarina registrou neve em novembro pela primeira vez na série histórica, que foi iniciada em 1983.

“Diferente das ondas de frio desta época do ano que costumam ser mais costeiras, esta frente fria veio de forma bem continental, perdendo pouca força, por isso acabou congelando boa parte do Brasil”, explica Maria Clara Sassaki, meteorologista da Climatempo. “Isso também aconteceu porque estamos com a La Niña. No mês de outubro, o fenômeno atingiu o ápice de temperatura mais baixa. Outras circulações de ventos na atmosfera também contribuíram para que essa massa de ar polar viesse do Polo Sul do Brasil sem perder muita intensidade no meio do caminho.”

Definida como um fenômeno ocêanico-atmosférico, a La Niña ocorre quando as águas superficiais da região da linha equatorial do Oceano Pacífico sofrem um resfriamento anormal. Essa alteração afeta as chuvas e as temperaturas ao redor do mundo.

Na capital paulista, às 13h da quarta-feira de Finados, 2, a temperatura máxima registrada pela estação automática do Mirante de Santana, operada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), foi de apenas 15,4°C, menor temperatura em um dia de novembro em 23 anos – em 10 de novembro 1999, a máxima foi de 14,3°C. Pela estação automática do Inmet na Vila Militar, na zona oeste do Rio de Janeiro, a máxima na quarta-feira foi de 20,9°C, menor temperatura registrada desde 2007.

Alguns fatores contribuíram para a onda de frio mais intensa que atingiu praticamente todo o País no início de novembro. Foto: Felipe Rau/Estadão

A onda de frio, afirma ela, já está começando a perder a força no Brasil. “Cidades que registraram recordes de frio nesta semana já não devem registrar novamente nos próximos dias. Na região Sul, áreas de geadas que atingiram, inclusive, partes do Paraná, já não devem ser mais tão amplas, ficando mais restritas às áreas da serra gaúcha e serra catarinense, onde são mais comuns”, acrescenta Maria Clara. Na quarta-feira, foram registradas temperaturas muito baixas, entre 0°C e 5°C, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul e também em partes do Paraná.

Virada brusca

A temperatura deve começar a subir a partir de domingo, 6. Para a próxima semana, a previsão é de calor, principalmente, na região Centro-Oeste do País. “Há possibilidade de temperatura perto dos 40ºC entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul na quarta-feira que vem, 9. Será uma virada brusca de temperatura”, afirma a meteorologista da Climatempo. Em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, a mínima na quarta-feira foi de 9,5°C, 0,3°C a menos do que os 9,8°C registrados como menor temperatura no dia anterior. A temperatura mínima de 9,5°C é a menor já registrada em Campo Grande desde 29 de novembro de 1965, quando fez 9,2°C.

Na capital paulista, a máxima deve ser de 24ºC no domingo, mas deve persistir no fim de semana a sensação de frio. “A temperatura vai subindo gradativamente. Já tivemos nesta quinta-feira, 3, 18ºC, diferentemente de quarta-feira, 2, quando tivemos 15ºC. No domingo, já começa a ser sentido um calorzinho na capital paulista. Não há expectativa de chuva”, diz Maria Clara.

Há expectativa de mais frentes frias ainda para novembro?

Entre domingo e quarta-feira, o calor retorna. Não está prevista outra onda de frente fria tão intensa quanto a atual para o mês de novembro, mas as temperaturas voltarão a cair a partir de quinta-feira, 10.

“Os fenômenos que foram favoráveis para esta frente fria, em especial, já estão voltando aos padrões de normalidade. A tendência é que as ondas de frio aconteçam ainda, mas não com a mesma intensidade. A partir do dia 10, terá a chegada de uma nova frente fria”, reforça a meteorologista da Climatempo.

Depois desta nova frente fria, haverá bastante umidade, que deve provocar nova queda de temperatura e mais chuva, com chance de queda de granizo, principalmente em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Com características do inverno e do verão, por ser uma estação de transição, a primavera pode ter frio e também calor. No entanto, alguns fatores, entre eles a atuação da La Niña, contribuíram para a onda de frio mais intensa que atingiu praticamente todo o País no início de novembro, provocando recordes de baixas temperaturas em diversas cidades brasileiras. Na terça-feira, 1º, o Estado de Santa Catarina registrou neve em novembro pela primeira vez na série histórica, que foi iniciada em 1983.

“Diferente das ondas de frio desta época do ano que costumam ser mais costeiras, esta frente fria veio de forma bem continental, perdendo pouca força, por isso acabou congelando boa parte do Brasil”, explica Maria Clara Sassaki, meteorologista da Climatempo. “Isso também aconteceu porque estamos com a La Niña. No mês de outubro, o fenômeno atingiu o ápice de temperatura mais baixa. Outras circulações de ventos na atmosfera também contribuíram para que essa massa de ar polar viesse do Polo Sul do Brasil sem perder muita intensidade no meio do caminho.”

Definida como um fenômeno ocêanico-atmosférico, a La Niña ocorre quando as águas superficiais da região da linha equatorial do Oceano Pacífico sofrem um resfriamento anormal. Essa alteração afeta as chuvas e as temperaturas ao redor do mundo.

Na capital paulista, às 13h da quarta-feira de Finados, 2, a temperatura máxima registrada pela estação automática do Mirante de Santana, operada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), foi de apenas 15,4°C, menor temperatura em um dia de novembro em 23 anos – em 10 de novembro 1999, a máxima foi de 14,3°C. Pela estação automática do Inmet na Vila Militar, na zona oeste do Rio de Janeiro, a máxima na quarta-feira foi de 20,9°C, menor temperatura registrada desde 2007.

Alguns fatores contribuíram para a onda de frio mais intensa que atingiu praticamente todo o País no início de novembro. Foto: Felipe Rau/Estadão

A onda de frio, afirma ela, já está começando a perder a força no Brasil. “Cidades que registraram recordes de frio nesta semana já não devem registrar novamente nos próximos dias. Na região Sul, áreas de geadas que atingiram, inclusive, partes do Paraná, já não devem ser mais tão amplas, ficando mais restritas às áreas da serra gaúcha e serra catarinense, onde são mais comuns”, acrescenta Maria Clara. Na quarta-feira, foram registradas temperaturas muito baixas, entre 0°C e 5°C, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul e também em partes do Paraná.

Virada brusca

A temperatura deve começar a subir a partir de domingo, 6. Para a próxima semana, a previsão é de calor, principalmente, na região Centro-Oeste do País. “Há possibilidade de temperatura perto dos 40ºC entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul na quarta-feira que vem, 9. Será uma virada brusca de temperatura”, afirma a meteorologista da Climatempo. Em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, a mínima na quarta-feira foi de 9,5°C, 0,3°C a menos do que os 9,8°C registrados como menor temperatura no dia anterior. A temperatura mínima de 9,5°C é a menor já registrada em Campo Grande desde 29 de novembro de 1965, quando fez 9,2°C.

Na capital paulista, a máxima deve ser de 24ºC no domingo, mas deve persistir no fim de semana a sensação de frio. “A temperatura vai subindo gradativamente. Já tivemos nesta quinta-feira, 3, 18ºC, diferentemente de quarta-feira, 2, quando tivemos 15ºC. No domingo, já começa a ser sentido um calorzinho na capital paulista. Não há expectativa de chuva”, diz Maria Clara.

Há expectativa de mais frentes frias ainda para novembro?

Entre domingo e quarta-feira, o calor retorna. Não está prevista outra onda de frente fria tão intensa quanto a atual para o mês de novembro, mas as temperaturas voltarão a cair a partir de quinta-feira, 10.

“Os fenômenos que foram favoráveis para esta frente fria, em especial, já estão voltando aos padrões de normalidade. A tendência é que as ondas de frio aconteçam ainda, mas não com a mesma intensidade. A partir do dia 10, terá a chegada de uma nova frente fria”, reforça a meteorologista da Climatempo.

Depois desta nova frente fria, haverá bastante umidade, que deve provocar nova queda de temperatura e mais chuva, com chance de queda de granizo, principalmente em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

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