Por que precisamos de anos bissextos? Entenda a função do dia a mais em fevereiro


Modelo tem ligação com ‘sobras’ de horas a cada ano e foi incorporado ao calendário há mais de 2 mil anos

Por Rariane Costa
Atualização:

Os anos bissextos existem para “compensar”, a cada quatro anos, as seis horas a mais que se acumulam no formato do calendário de 365 dias. Isso porque o período de translação da Terra em torno do Sol não ocorre precisamente nos 365 dias, restando uma sobra de horas que, somada, chegam a 24 horas a cada ciclo de quatro anos.

O formato bissexto foi incorporado ao calendário pela primeira vez com o imperador romano Júlio César em cerca de 45 a.C. “O calendário romano antigo era muito irregular, estava completamente desconectado do ciclo das estações do ano, por isso a mudança”, explica Roberto Dell’Aglio Dias da Costa, doutor em Astronomia e professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP). Em homenagem ao imperador, este calendário ficou conhecido como calendário juliano.

As incoerências entre o calendário e as estações aconteceram naquele período graças ao movimento de translação da Terra, tempo em que o planeta demora para completar uma volta completa ao redor do sol. Este período, definido como ano, não tem um tempo exato de conclusão; os 365 dias comumente falados, na verdade são cerca de 365 dias e 6 horas de duração.

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Terra é vista do ponto de vista da Lua em imagem feita na missão Apollo 11, em 1969 Foto: Nasa

“Para nos adequarmos ao fenômeno natural da translação nós pegamos as 6 horas que restam e vamos guardando. No primeiro ano então teremos um saldo de 6 horas, no segundo um saldo de 12 horas, no terceiro 18 horas e finalmente no quarto ano, já com saldo de 24 horas, adicionamos um dia ao calendário anual”, explica Sebastian Alvarado, geógrafo pela Unicamp e professor do Curso Anglo.

“Se a gente não fizesse a inclusão desse dia adicional não seguiríamos as estações do ano de forma correta”, segundo Dell’Aglio.

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Leticia Trombeta, geógrafa e professora adjunta da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) explica que seguir as estações de maneira correta é fundamental para diversas atividades humanas podendo afetar, por exemplo, a agricultura e consequentemente a economia.

“Isso evita que a gente tenha um descompasso entre colheitas, plantio e ciclos sazonais de alimentos. Se o plantio de uma determinada cultura não for realizada no período adequado a produção será severamente afetada podendo causar redução de produtividade ou até a perda total da área plantada”, afirma.

Após Júlio César, o calendário passou novamente por reformas em 1582, uma iniciativa do Papa Gregório XIII. O calendário gregoriano, em homenagem ao pontífice, é o modelo seguido até hoje, ele foi implementado para, novamente, acompanhar corretamente o ciclo das estações.

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Dell’Aglio explica que após séculos utilizando o calendário juliano, algumas diferenças em comparação a translação da Terra já eram significativas e por isso foi preciso uma nova reforma.

A partir do novo calendário ficou estipulado que o ano tem cerca de 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. Agora, o próximo ano a ter 29 dias em fevereiro será 2028.

Aniversário em ano bissexto

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2024 é um ano especial para Daniela Londero Lazzari, a publicitária vai finalmente poder comemorar mais um aniversário no dia 29 de fevereiro. O evento só acontece a cada quatro anos, já que os anos bissextos, aqueles que adicionam um dia à fevereiro só acontecem nesse intervalo. “Esse ano completo 7 anos”, brinca a mulher que nasceu no dia 29 de fevereiro do ano bissexto 1996, dessa forma, completará 28 anos.

Aniversariantes do dia 29 de fevereiro não envelhecem mais devagar que as outras pessoas, eles geralmente definem o dia 28 de fevereiro ou 1º de março como data para comemorações. No caso de Daniela, os parabéns ficam para o dia 1º, data registrada nos documentos. “Sempre adorei ter essa particularidade. Todos os anos bissextos comemoro duas vezes, sempre adorei ter essa data tão única”, diz.

Daniela Londero Lazzari garante que sempre gostou da data de aniversário Foto: Daniela Lazzari/Acervo pessoal

Os anos bissextos existem para “compensar”, a cada quatro anos, as seis horas a mais que se acumulam no formato do calendário de 365 dias. Isso porque o período de translação da Terra em torno do Sol não ocorre precisamente nos 365 dias, restando uma sobra de horas que, somada, chegam a 24 horas a cada ciclo de quatro anos.

O formato bissexto foi incorporado ao calendário pela primeira vez com o imperador romano Júlio César em cerca de 45 a.C. “O calendário romano antigo era muito irregular, estava completamente desconectado do ciclo das estações do ano, por isso a mudança”, explica Roberto Dell’Aglio Dias da Costa, doutor em Astronomia e professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP). Em homenagem ao imperador, este calendário ficou conhecido como calendário juliano.

As incoerências entre o calendário e as estações aconteceram naquele período graças ao movimento de translação da Terra, tempo em que o planeta demora para completar uma volta completa ao redor do sol. Este período, definido como ano, não tem um tempo exato de conclusão; os 365 dias comumente falados, na verdade são cerca de 365 dias e 6 horas de duração.

Terra é vista do ponto de vista da Lua em imagem feita na missão Apollo 11, em 1969 Foto: Nasa

“Para nos adequarmos ao fenômeno natural da translação nós pegamos as 6 horas que restam e vamos guardando. No primeiro ano então teremos um saldo de 6 horas, no segundo um saldo de 12 horas, no terceiro 18 horas e finalmente no quarto ano, já com saldo de 24 horas, adicionamos um dia ao calendário anual”, explica Sebastian Alvarado, geógrafo pela Unicamp e professor do Curso Anglo.

“Se a gente não fizesse a inclusão desse dia adicional não seguiríamos as estações do ano de forma correta”, segundo Dell’Aglio.

Leticia Trombeta, geógrafa e professora adjunta da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) explica que seguir as estações de maneira correta é fundamental para diversas atividades humanas podendo afetar, por exemplo, a agricultura e consequentemente a economia.

“Isso evita que a gente tenha um descompasso entre colheitas, plantio e ciclos sazonais de alimentos. Se o plantio de uma determinada cultura não for realizada no período adequado a produção será severamente afetada podendo causar redução de produtividade ou até a perda total da área plantada”, afirma.

Após Júlio César, o calendário passou novamente por reformas em 1582, uma iniciativa do Papa Gregório XIII. O calendário gregoriano, em homenagem ao pontífice, é o modelo seguido até hoje, ele foi implementado para, novamente, acompanhar corretamente o ciclo das estações.

Dell’Aglio explica que após séculos utilizando o calendário juliano, algumas diferenças em comparação a translação da Terra já eram significativas e por isso foi preciso uma nova reforma.

A partir do novo calendário ficou estipulado que o ano tem cerca de 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. Agora, o próximo ano a ter 29 dias em fevereiro será 2028.

Aniversário em ano bissexto

2024 é um ano especial para Daniela Londero Lazzari, a publicitária vai finalmente poder comemorar mais um aniversário no dia 29 de fevereiro. O evento só acontece a cada quatro anos, já que os anos bissextos, aqueles que adicionam um dia à fevereiro só acontecem nesse intervalo. “Esse ano completo 7 anos”, brinca a mulher que nasceu no dia 29 de fevereiro do ano bissexto 1996, dessa forma, completará 28 anos.

Aniversariantes do dia 29 de fevereiro não envelhecem mais devagar que as outras pessoas, eles geralmente definem o dia 28 de fevereiro ou 1º de março como data para comemorações. No caso de Daniela, os parabéns ficam para o dia 1º, data registrada nos documentos. “Sempre adorei ter essa particularidade. Todos os anos bissextos comemoro duas vezes, sempre adorei ter essa data tão única”, diz.

Daniela Londero Lazzari garante que sempre gostou da data de aniversário Foto: Daniela Lazzari/Acervo pessoal

Os anos bissextos existem para “compensar”, a cada quatro anos, as seis horas a mais que se acumulam no formato do calendário de 365 dias. Isso porque o período de translação da Terra em torno do Sol não ocorre precisamente nos 365 dias, restando uma sobra de horas que, somada, chegam a 24 horas a cada ciclo de quatro anos.

O formato bissexto foi incorporado ao calendário pela primeira vez com o imperador romano Júlio César em cerca de 45 a.C. “O calendário romano antigo era muito irregular, estava completamente desconectado do ciclo das estações do ano, por isso a mudança”, explica Roberto Dell’Aglio Dias da Costa, doutor em Astronomia e professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP). Em homenagem ao imperador, este calendário ficou conhecido como calendário juliano.

As incoerências entre o calendário e as estações aconteceram naquele período graças ao movimento de translação da Terra, tempo em que o planeta demora para completar uma volta completa ao redor do sol. Este período, definido como ano, não tem um tempo exato de conclusão; os 365 dias comumente falados, na verdade são cerca de 365 dias e 6 horas de duração.

Terra é vista do ponto de vista da Lua em imagem feita na missão Apollo 11, em 1969 Foto: Nasa

“Para nos adequarmos ao fenômeno natural da translação nós pegamos as 6 horas que restam e vamos guardando. No primeiro ano então teremos um saldo de 6 horas, no segundo um saldo de 12 horas, no terceiro 18 horas e finalmente no quarto ano, já com saldo de 24 horas, adicionamos um dia ao calendário anual”, explica Sebastian Alvarado, geógrafo pela Unicamp e professor do Curso Anglo.

“Se a gente não fizesse a inclusão desse dia adicional não seguiríamos as estações do ano de forma correta”, segundo Dell’Aglio.

Leticia Trombeta, geógrafa e professora adjunta da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) explica que seguir as estações de maneira correta é fundamental para diversas atividades humanas podendo afetar, por exemplo, a agricultura e consequentemente a economia.

“Isso evita que a gente tenha um descompasso entre colheitas, plantio e ciclos sazonais de alimentos. Se o plantio de uma determinada cultura não for realizada no período adequado a produção será severamente afetada podendo causar redução de produtividade ou até a perda total da área plantada”, afirma.

Após Júlio César, o calendário passou novamente por reformas em 1582, uma iniciativa do Papa Gregório XIII. O calendário gregoriano, em homenagem ao pontífice, é o modelo seguido até hoje, ele foi implementado para, novamente, acompanhar corretamente o ciclo das estações.

Dell’Aglio explica que após séculos utilizando o calendário juliano, algumas diferenças em comparação a translação da Terra já eram significativas e por isso foi preciso uma nova reforma.

A partir do novo calendário ficou estipulado que o ano tem cerca de 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. Agora, o próximo ano a ter 29 dias em fevereiro será 2028.

Aniversário em ano bissexto

2024 é um ano especial para Daniela Londero Lazzari, a publicitária vai finalmente poder comemorar mais um aniversário no dia 29 de fevereiro. O evento só acontece a cada quatro anos, já que os anos bissextos, aqueles que adicionam um dia à fevereiro só acontecem nesse intervalo. “Esse ano completo 7 anos”, brinca a mulher que nasceu no dia 29 de fevereiro do ano bissexto 1996, dessa forma, completará 28 anos.

Aniversariantes do dia 29 de fevereiro não envelhecem mais devagar que as outras pessoas, eles geralmente definem o dia 28 de fevereiro ou 1º de março como data para comemorações. No caso de Daniela, os parabéns ficam para o dia 1º, data registrada nos documentos. “Sempre adorei ter essa particularidade. Todos os anos bissextos comemoro duas vezes, sempre adorei ter essa data tão única”, diz.

Daniela Londero Lazzari garante que sempre gostou da data de aniversário Foto: Daniela Lazzari/Acervo pessoal

Os anos bissextos existem para “compensar”, a cada quatro anos, as seis horas a mais que se acumulam no formato do calendário de 365 dias. Isso porque o período de translação da Terra em torno do Sol não ocorre precisamente nos 365 dias, restando uma sobra de horas que, somada, chegam a 24 horas a cada ciclo de quatro anos.

O formato bissexto foi incorporado ao calendário pela primeira vez com o imperador romano Júlio César em cerca de 45 a.C. “O calendário romano antigo era muito irregular, estava completamente desconectado do ciclo das estações do ano, por isso a mudança”, explica Roberto Dell’Aglio Dias da Costa, doutor em Astronomia e professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP). Em homenagem ao imperador, este calendário ficou conhecido como calendário juliano.

As incoerências entre o calendário e as estações aconteceram naquele período graças ao movimento de translação da Terra, tempo em que o planeta demora para completar uma volta completa ao redor do sol. Este período, definido como ano, não tem um tempo exato de conclusão; os 365 dias comumente falados, na verdade são cerca de 365 dias e 6 horas de duração.

Terra é vista do ponto de vista da Lua em imagem feita na missão Apollo 11, em 1969 Foto: Nasa

“Para nos adequarmos ao fenômeno natural da translação nós pegamos as 6 horas que restam e vamos guardando. No primeiro ano então teremos um saldo de 6 horas, no segundo um saldo de 12 horas, no terceiro 18 horas e finalmente no quarto ano, já com saldo de 24 horas, adicionamos um dia ao calendário anual”, explica Sebastian Alvarado, geógrafo pela Unicamp e professor do Curso Anglo.

“Se a gente não fizesse a inclusão desse dia adicional não seguiríamos as estações do ano de forma correta”, segundo Dell’Aglio.

Leticia Trombeta, geógrafa e professora adjunta da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) explica que seguir as estações de maneira correta é fundamental para diversas atividades humanas podendo afetar, por exemplo, a agricultura e consequentemente a economia.

“Isso evita que a gente tenha um descompasso entre colheitas, plantio e ciclos sazonais de alimentos. Se o plantio de uma determinada cultura não for realizada no período adequado a produção será severamente afetada podendo causar redução de produtividade ou até a perda total da área plantada”, afirma.

Após Júlio César, o calendário passou novamente por reformas em 1582, uma iniciativa do Papa Gregório XIII. O calendário gregoriano, em homenagem ao pontífice, é o modelo seguido até hoje, ele foi implementado para, novamente, acompanhar corretamente o ciclo das estações.

Dell’Aglio explica que após séculos utilizando o calendário juliano, algumas diferenças em comparação a translação da Terra já eram significativas e por isso foi preciso uma nova reforma.

A partir do novo calendário ficou estipulado que o ano tem cerca de 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. Agora, o próximo ano a ter 29 dias em fevereiro será 2028.

Aniversário em ano bissexto

2024 é um ano especial para Daniela Londero Lazzari, a publicitária vai finalmente poder comemorar mais um aniversário no dia 29 de fevereiro. O evento só acontece a cada quatro anos, já que os anos bissextos, aqueles que adicionam um dia à fevereiro só acontecem nesse intervalo. “Esse ano completo 7 anos”, brinca a mulher que nasceu no dia 29 de fevereiro do ano bissexto 1996, dessa forma, completará 28 anos.

Aniversariantes do dia 29 de fevereiro não envelhecem mais devagar que as outras pessoas, eles geralmente definem o dia 28 de fevereiro ou 1º de março como data para comemorações. No caso de Daniela, os parabéns ficam para o dia 1º, data registrada nos documentos. “Sempre adorei ter essa particularidade. Todos os anos bissextos comemoro duas vezes, sempre adorei ter essa data tão única”, diz.

Daniela Londero Lazzari garante que sempre gostou da data de aniversário Foto: Daniela Lazzari/Acervo pessoal

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