Prefeitura investiga máfia no Serviço Funerário de SP


Por Camilla Haddad

Funcionários do Serviço Funerário da capital têm aproveitado o momento de fragilidade das famílias que perdem parentes para aplicar golpes durante o processo de sepultamento. Pelo menos 75 servidores são investigados pela Prefeitura de São Paulo em casos que vão desde achaques às vítimas para agilizar a retirada de corpos até vendas casadas de caixões e flores. Em junho, um dos suspeitos da lista foi demitido do serviço público. As irregularidades envolvendo servidores também chegaram às mãos de promotores do Mistério Público do Estado (MPE). O Departamento de Polícia Proteção à Cidadania (DPPC) informou que abriu inquérito para investigar um dos episódios.O funcionário demitido, Antonio dos Santos Ramos, chegou a ser preso em flagrante por crimes contra a administração pública e corrupção passiva quatro meses antes da sua exoneração. Ele foi acusado por parentes de uma vítima de tentar levar vantagem para adiantar o encaminhamento do corpo para o exame necroscópico.No boletim de ocorrência, obtido pelo jornal o Estado de S. Paulo, consta que o acusado disse ainda aos parentes que ele tinha um "preço fixo" e que "não era qualquer dinheiro, não". A suposta extorsão foi registrada no bairro do Jabaquara, na zona sul. Sua exoneração publicada no Diário Oficial da Cidade em 15 de junho. O advogado de Ramos não foi encontrado pela reportagem.Fora do caixaOutra vítima que se diz enganada pelos servidores é um autônomo que perdeu o pai em janeiro deste ano. De acordo com ele, o pai morreu em um hospital e, quando funcionários do Serviço Funerário chegaram, negociaram um preço para fazer o serviço de tanatopraxia (procedimento que retira líquidos do corpo para evitar inchaços). A vítima entregou um cheque para o servidor e recebeu um recibo sem assinatura do contratante. O cheque não consta na nota de contratação do Serviço Funerário - o que significa que foram os servidores que ficaram com o pagamento.Com uma empresária da zona sul a situação envolveu flores, em fevereiro. Ela conta que, naquele momento de dor da família, levou uma "bronca" de um atendente de uma agência funerária municipal por ter adquirido as flores em outro local em vez do indicado por ele. Depois, o suposto desconto na urna acabou sendo deixado de lado, já que ela não cedeu à venda casada. "Imagina o que não fazem com outras pessoas?", reclama.Dados da Ouvidoria Geral do Município mostram que no ano passado 19 pessoas reclamaram sobre o serviço de sepultamento. Neste ano, são três. O conteúdo das queixas não foi divulgado.GratuitoAinda nas apurações, existem casos em que a família não tem condições de pagar pelo funeral e é abordada nas imediações do Instituto Médico Legal (IML). O Serviço Funerário alerta que esse tipo de atitude é ilegal e aponta quatro cemitérios que oferecem esses serviços gratuitamente para quem se enquadra em certos pré-requisitos: Vila Formosa, Vila Nova Cachoeirinha, Dom Bosco e São Luís.A Secretaria de Segurança Pública disse que não permite atuação de supostos funcionários dentro dos IMLs, porém, não controla o lado externo dos prédios. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Funcionários do Serviço Funerário da capital têm aproveitado o momento de fragilidade das famílias que perdem parentes para aplicar golpes durante o processo de sepultamento. Pelo menos 75 servidores são investigados pela Prefeitura de São Paulo em casos que vão desde achaques às vítimas para agilizar a retirada de corpos até vendas casadas de caixões e flores. Em junho, um dos suspeitos da lista foi demitido do serviço público. As irregularidades envolvendo servidores também chegaram às mãos de promotores do Mistério Público do Estado (MPE). O Departamento de Polícia Proteção à Cidadania (DPPC) informou que abriu inquérito para investigar um dos episódios.O funcionário demitido, Antonio dos Santos Ramos, chegou a ser preso em flagrante por crimes contra a administração pública e corrupção passiva quatro meses antes da sua exoneração. Ele foi acusado por parentes de uma vítima de tentar levar vantagem para adiantar o encaminhamento do corpo para o exame necroscópico.No boletim de ocorrência, obtido pelo jornal o Estado de S. Paulo, consta que o acusado disse ainda aos parentes que ele tinha um "preço fixo" e que "não era qualquer dinheiro, não". A suposta extorsão foi registrada no bairro do Jabaquara, na zona sul. Sua exoneração publicada no Diário Oficial da Cidade em 15 de junho. O advogado de Ramos não foi encontrado pela reportagem.Fora do caixaOutra vítima que se diz enganada pelos servidores é um autônomo que perdeu o pai em janeiro deste ano. De acordo com ele, o pai morreu em um hospital e, quando funcionários do Serviço Funerário chegaram, negociaram um preço para fazer o serviço de tanatopraxia (procedimento que retira líquidos do corpo para evitar inchaços). A vítima entregou um cheque para o servidor e recebeu um recibo sem assinatura do contratante. O cheque não consta na nota de contratação do Serviço Funerário - o que significa que foram os servidores que ficaram com o pagamento.Com uma empresária da zona sul a situação envolveu flores, em fevereiro. Ela conta que, naquele momento de dor da família, levou uma "bronca" de um atendente de uma agência funerária municipal por ter adquirido as flores em outro local em vez do indicado por ele. Depois, o suposto desconto na urna acabou sendo deixado de lado, já que ela não cedeu à venda casada. "Imagina o que não fazem com outras pessoas?", reclama.Dados da Ouvidoria Geral do Município mostram que no ano passado 19 pessoas reclamaram sobre o serviço de sepultamento. Neste ano, são três. O conteúdo das queixas não foi divulgado.GratuitoAinda nas apurações, existem casos em que a família não tem condições de pagar pelo funeral e é abordada nas imediações do Instituto Médico Legal (IML). O Serviço Funerário alerta que esse tipo de atitude é ilegal e aponta quatro cemitérios que oferecem esses serviços gratuitamente para quem se enquadra em certos pré-requisitos: Vila Formosa, Vila Nova Cachoeirinha, Dom Bosco e São Luís.A Secretaria de Segurança Pública disse que não permite atuação de supostos funcionários dentro dos IMLs, porém, não controla o lado externo dos prédios. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Funcionários do Serviço Funerário da capital têm aproveitado o momento de fragilidade das famílias que perdem parentes para aplicar golpes durante o processo de sepultamento. Pelo menos 75 servidores são investigados pela Prefeitura de São Paulo em casos que vão desde achaques às vítimas para agilizar a retirada de corpos até vendas casadas de caixões e flores. Em junho, um dos suspeitos da lista foi demitido do serviço público. As irregularidades envolvendo servidores também chegaram às mãos de promotores do Mistério Público do Estado (MPE). O Departamento de Polícia Proteção à Cidadania (DPPC) informou que abriu inquérito para investigar um dos episódios.O funcionário demitido, Antonio dos Santos Ramos, chegou a ser preso em flagrante por crimes contra a administração pública e corrupção passiva quatro meses antes da sua exoneração. Ele foi acusado por parentes de uma vítima de tentar levar vantagem para adiantar o encaminhamento do corpo para o exame necroscópico.No boletim de ocorrência, obtido pelo jornal o Estado de S. Paulo, consta que o acusado disse ainda aos parentes que ele tinha um "preço fixo" e que "não era qualquer dinheiro, não". A suposta extorsão foi registrada no bairro do Jabaquara, na zona sul. Sua exoneração publicada no Diário Oficial da Cidade em 15 de junho. O advogado de Ramos não foi encontrado pela reportagem.Fora do caixaOutra vítima que se diz enganada pelos servidores é um autônomo que perdeu o pai em janeiro deste ano. De acordo com ele, o pai morreu em um hospital e, quando funcionários do Serviço Funerário chegaram, negociaram um preço para fazer o serviço de tanatopraxia (procedimento que retira líquidos do corpo para evitar inchaços). A vítima entregou um cheque para o servidor e recebeu um recibo sem assinatura do contratante. O cheque não consta na nota de contratação do Serviço Funerário - o que significa que foram os servidores que ficaram com o pagamento.Com uma empresária da zona sul a situação envolveu flores, em fevereiro. Ela conta que, naquele momento de dor da família, levou uma "bronca" de um atendente de uma agência funerária municipal por ter adquirido as flores em outro local em vez do indicado por ele. Depois, o suposto desconto na urna acabou sendo deixado de lado, já que ela não cedeu à venda casada. "Imagina o que não fazem com outras pessoas?", reclama.Dados da Ouvidoria Geral do Município mostram que no ano passado 19 pessoas reclamaram sobre o serviço de sepultamento. Neste ano, são três. O conteúdo das queixas não foi divulgado.GratuitoAinda nas apurações, existem casos em que a família não tem condições de pagar pelo funeral e é abordada nas imediações do Instituto Médico Legal (IML). O Serviço Funerário alerta que esse tipo de atitude é ilegal e aponta quatro cemitérios que oferecem esses serviços gratuitamente para quem se enquadra em certos pré-requisitos: Vila Formosa, Vila Nova Cachoeirinha, Dom Bosco e São Luís.A Secretaria de Segurança Pública disse que não permite atuação de supostos funcionários dentro dos IMLs, porém, não controla o lado externo dos prédios. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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